A Contrapartida

A Contrapartida Uranio Bonoldi




Resenhas -


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Rafa 28/08/2020

Quê???
Ué e o pajé? Que final foi esse? Aí sério... Super devagar o desenrolar da história, umas coisas nada a ver, meio que fica em aberto, sem explicação. No final que ficou interessante, mas aí não tem desfecho. Deve ter uma continuação não é possível!
Leo 28/08/2020minha estante
Da ideia de continuação não hauahahahha


Rafa 28/08/2020minha estante
Kkkkkk eu acabei de terminar e não me conformo!


Leo 28/08/2020minha estante
Gastei muitos tuites para desabafar a raiva desse livro. Nada faz sentido, nada nada nada nada. A história do relógio de ouro, o assaltante indo assaltar com a camisa do trabalho, os diálogos inúteis - por que TODA conversa ele bota um "oi, tudo bem?" "Tudo e você?" "Tudo" AAAAHHH

Nossa, e o autor não poupa saliva para afirmar "personagem x" é inteligente, mas NADA do que x diz ou faz soa como tal

Nossa muito ruim esse livro muito mesmo


Rafa 28/08/2020minha estante
Oi tudo bem? Kkkkk

Nossa Leo realmente tô aqui revoltada mas acho que nada me deixava mais irritada igual com os diálogos com a mãe "gatão, gatona" que isso? Kkkk rindo de ódio rs.


Leo 28/08/2020minha estante
Esse gatão e gatona meu Deus!!!!

E tem um diálogo que a Índia fala algo como "não quero ver o seu pintão" que me deixou com uma vergonha alheia absurda

Enfim, até hoje sinto raiva kkkk


Rafa 28/08/2020minha estante
Kkkkkkkkkkkkkk pode crê! Pelo menos rendeu um bom papo aqui. Pq de resto...


Nayara - @nay.e.os.livros 13/11/2020minha estante
E o pajé ? E a ex namorada dele que estava sumida? e ninguém achava surreal a aparência da Iauna? rsrs


Ana Talzi 15/01/2021minha estante
Obrigada ! Estou me sentindo igual vocês. Hahahaha . Não sou a única a estar tipo "???????"


Rafa 15/01/2021minha estante
Não Ana, você não é a única kkkkkk medo de ler outro livro assim rs


Patty 28/11/2021minha estante
E também tem o Tavinho chamando a mãe de "mami" toda hora kkkk




Carla.Zuqueti 20/05/2020

Reflexão
Cristina, uma jovem sonhadora, em uma viagem à Amazônia conhece a india Iauna. Iauna foge de madeireiros que, para ocupar a área de sua tribo, dízima toda a aldeia e a ameaça de morte.

Ela consegue fugir e pede asilo a Cristina, que a leva para São Paulo e desde então, Iauna torna-se ajudante, baba, cuidadora e amiga da família de Cristina, sendo muito apegada a seu filho, Tavinho.

Tavinho é uma criança mediana, atrapalhada, confusa cujo maior desejo é ser inteligente como seu pai, um falecido e brilhante professor. Iauna então, promete dar a Tavinho toda a inteligência que precisa para honrar seu falecido pai. Porém, para tudo há uma contrapartida.

O que você seria capaz de fazer se tornar uma pessoa extremamente bem sucedida na vida?

O livro tem uma história interessante, mas achei muito lento. Há um excesso de diálogos dispensáveis e uma descrição muito alongada dos fatos. Poderia facilmente reduzir umas 60 páginas.

Como o tema prevê, você precisa algo para ter algo. Isso já diz um pouco sobre os personagens principais: pessoas que fizeram uma escolha de trocar algo que queriam por algo que perderiam.
Então, é difícil se identificar com algum personagem. Eu por exemplo, não gostei de nenhum.

O final é emblemático, cuidado com o que você deseja e o que isso vai te custar.

Achei não tão envolvente.
Leo 22/05/2020minha estante
Você pegou leve.


Carla.Zuqueti 23/05/2020minha estante
Hahaha


Franciele.Sande 31/07/2020minha estante
Também achei lento, a vontade de pular umas páginas foi grande.


Leo 31/07/2020minha estante
Fosse só ser lento, tava de boa. Mas NADA nesse livro faz sentido. NADA.

SPOILER

Tipo, a tribo tem um elixir da mega inteligência...mas não domina o...FOGO? Algo dominado na fucking pré-Historia?

E os planos da índia? COMO CONVIDAR CRIMINOSOS PARA TOMAR CHÁZINHO PODE SER CHAMADO DE PLANO INFALÍVEL??

E COMO ELA CONSTRUIU UM MEGA CALABOUÇO NA CASA?

Nossa eu me estressei demais com esse livro hakdksdks


Franciele.Sande 01/08/2020minha estante
Hahahahah verdade Leo, eu achava "incrível" a força da índia para carregar os caras .


Leo 01/08/2020minha estante
Exato hahahha pior que eu achei o final do livro muito bom, mas o caminho até chegar lá foi muito ruim. Podia ser uma novela ou um conto


Carla.Zuqueti 01/08/2020minha estante
Concordo Léo. A reflexão é boa, mas o como foi complicado. Difícil terminar esse livro.


Rafa 28/08/2020minha estante
Se eu tivesse lido isso antes nem teria iniciado a leitura! Kkkkk que difícil!


Maria 24/10/2020minha estante
Eu comecei a ler e parei um pouco dps da página 100 , achei muito lento como vc disse e as coisas só começam a melhorar dps da pág 100 ele é realmente entediante, mas pretendo terminar de ler por curiosidade não sei quando mas pretendo


graci 06/07/2021minha estante
você foi muito gentil porque o livro é um piores que eu li




graci 06/07/2021

é tão ruim que doem os olhos
nossa, que história bosta, meu pai amado. tem potencial? tem, mas nossa, muito ruim. escrita muito "boba". cada vez q eu lia "tavinho" tinha vontade de jogar o livro na parede. você entende o rumo da história logo e ai o grande plot não existe. comprei pq uma menina do yt recomendou, acontece q era uma publi.
Le Foltran 06/07/2021minha estante
só vim comentar que meu sentimento foi o mesmo! só terminei porque sou dessas, mas puta perda de tempo haha


graci 06/07/2021minha estante
só terminei pq achei um grande desaforo ter gasto 30 reais num livro ruim kkkk mas que ódio que eu senti


Le Foltran 06/07/2021minha estante
eu imagino haha. entendo a sua dor. mas tô pelo menos feliz de não ter pago pra ler.




spoiler visualizar
Margô 18/12/2023minha estante
Juliana, que bacana você registrar a tua interpretação e análise da obra lida ( ou abandonou a leitura??)
São recortes críticos e sensatos, que nos alerta o quanto o preconceito estrutural está enraizado onde menos se espera.
Ótima resenha, sou super grata por ter compartilhado.?


JurúMontalvao 18/12/2023minha estante
Valeu mesmo, Margô ?
pois é eu até pensei em abandonar sabe, mas acabei lendo até o fim.
mesmo tendo sido uma leitura ruim pra mim, eu decidi comentar minha experiência aqui pq é um autor brasileiro e sei o quanto o retorno de quem lê é importante pros autores nacionais, mesmo q n seja uma resenha ou nota positiva.
eu tbm tento colocar minhas criticas de forma construtiva e, como quem escreve tá sempre evoluindo seu estilo, eu não me apego a uma leitura negativa, pois sei q posso vir a ter uma experiência diferente com outra obra do mesmo autor, então deixo sempre a mente aberta?




Doug 14/04/2019

Sobre decisões e consequências
Thriler de estreia do autor nacional Uranio Bonoldi, A Contrapartida acompanha a trajetória de Octavio Albuquerque Júnior, mais conhecido como Tavinho, que logo cedo é obrigado a encontrar em vida, forças para enfrentar a dura realidade da crueldade humana.
Acompanhamos também as dificuldades e os dilemas que um jovem adolescente encontra em seu dia-a-dia, e o quanto ao longo dessa inevitável jornada o aumento de suas responsabilidades é natural. Seguimos o jovem Tavinho até sua vida adulta, e traçamos uma narrativa completa sobre a trajetória de vida do personagem com base em suas escolhas.
Somos apresentados também a índia Iaúna, da tribo dos Moxiruna, que anos atrás fora trazida para morar em São Paulo com a família de Cristina, mãe de Tavinho, após o trágico massacre de sua tribo. Dona Iaúna, como é conhecida por todos, se torna governanta da casa, e cada vez mais faz parte da família Albuquerque. Além de nutrir um carinho muito grande pelo jovem garoto, também se estabelece como a figura familiar que faz e fará de tudo para fazê-lo feliz.

Assim como diz todas as premissas que envolvem este livro, ele trata-se de um thriller sobre o poder e as consequências de uma decisão.
O autor aborda a ideia de que cada escolha que fazemos, por menor que seja, possui de forma inerente, o poder de trilhar um caminho correlacionado à ela. O que faz com que decisões equivocadas possam resultar em sérias consequências, sempre de magnitude relacionada às ambições embutidas nos desejos iniciais.


Minha experiência com o livro foi um tanto quanto incômoda, pois apesar da premissa no mínimo intrigante, seja por não nos dizer muito, ou por nos entregar de bandeja a moral da história, me deparei com diversas inconsistências durante a leitura que naturalmente me distanciaram dela, e facilitaram muito com que eu simplesmente não me importasse mais com as personagens retratadas.
O autor possui uma narrativa descritiva de forma que antecipa, e praticamente nos indica as impressões que devemos ter ao ler a próxima sequência de diálogos, o que em alguns momentos fez com que eu me sentisse forçado a comprar uma ideia, sem ao menos ter a possibilidade de interpretar quais eram afinal as capacidades de persuasão daquelas personagens. O que em alguns casos também me soou um tanto redundante, já que logo em seguida tudo aquilo que havia sido explicado através de adjetivos seria desenvolvido por meio da interação de personagens em determinadas situações.
Até este ponto, meu incômodo com a leitura me parecia apenas importunação de minha parte, mas foi então, ainda no início do livro, que me deparei com alguns outros detalhes narrativos que por diversas vezes me fizeram questionar o motivo de terem sido utilizados de tal forma. Exemplos como: descrição de fluxos de pensamentos das personagens de uma forma tão engessada e teatral que obviamente não acontece naturalmente, alguns diálogos que parecem não relacionar-se com as respectivas idades das personagens, bem como diálogos utilizados para descrever ou apresentar alguma situação ou objetos em específico de forma desnecessária, tornando-os claramente forçados. A sensação aqui chegou em alguns instantes a ser de que talvez o autor tenha subestimado a capacidade de percepção de seus leitores com relação ao mundo que ele criou.

Ainda assim, até este ponto, ainda creio que toda esta estrutura crítica possa apenas ser algo que particularmente tenha me inquietado.
Entretanto, conforme a trama é desenvolvida, detalhes da construção lógica do enredo e das personagens podem ser facilmente questionados.
Tratando-se especificamente das tomadas de decisões, creio que as motivações sejam contraditórias em alguns momentos, pois enquanto as motivações pessoais e emocionais são profundas e potencialmente fortes, as motivações sociais soam um tanto quanto pífias de mais perante ao sacrifício necessário, ainda mais se levarmos em consideração a maturidade das personagens nos determinados estágios da narrativa em que as escolhas serão feitas.
Já sobre as personagens e o mundo criado por Bonoldi, é possível enumerar um bocado de situações em que facilitações narrativas são utilizadas a fim de fazer com que a trama avance e chegue até o próximo ponto de virada. Claro que quanto a isso podemos sim dizer que existe licença poética e dentro da literatura as personagens não possuem limites para seus feitos, e é mais que natural que muitas ações sejam aceitas pelo leitor e enfim passem despercebidas, mas isso só funciona quando o contexto faz sentido com que esta ação seja apenas mais uma das boa características das personagens envolvidas, o que não acontece quando claramente há uma farsa tamanha nestes atos, que nem dentro da própria trama fictícia faria sentido.


Leitores mais obstinados do gênero irão facilmente juntar as peças do quebra-cabeças de forma precoce, talvez até antes da metade do livro, e traçar a linha até o derradeiro desfecho que chega, tardiamente, nas últimas trinta páginas.
O autor encerra a jornada de Tavinho deixando algumas pontas soltas e inserindo outras que não fazem muito sentido, contudo é mérito dizer que o conflito final é crucial, intenso e apreensivo, e além de tudo ele soube guardar uma boa carta na manga para ser utilizada nos acréscimos finais do segundo tempo, à lá Sexta-feira 13 (1980).


De um modo ou de outro, A Contrapartida, devido à algumas pontas soltas e desencontros narrativos poderá não agradar aos fãs do gênero, mas é fato que possui sim uma trama intrigante, que poderá agradar e até surpreender a muitos, em grande parte por sua cena final que vale pelo livro todo, e pela mensagem moral apresentada na obra.




site: @douglaskurt
Joelma 10/01/2020minha estante
Terminei esse livro ontem com a mesma sensação incômoda que vc. Alguns trechos realmente são surreais demais. Gostei muito da sua resenha.




Margarete 11/10/2023

Tive que abandonar
Não deu nem para chegar no meio do livro e, ao lembrar que se tratava de uma trilogia (!), larguei logo. Vamos lá. O autor é coach em tomada de decisões e a trilogia seria uma ficção em torno do tema. Até aí, nada demais. Toda boa trama exige que os personagens se encontrem em situações críticas em que tenham que tomar decisões que trazem ritmo, tensão e conflito à história. Mas aqui nada acontece por páginas e páginas. Os personagens são mal desenhados. Mas o pior pra mim é a escrita ruim. Antigamente eu me obrigava a ir até o fim dos livros só pra ver no que dava. Hoje não tenho mais tempo pra perder, com tanta coisa na fila pra ler. Não entendo como alguém que não sabe escrever ficção se propõe a escrever uma trilogia. Talvez agrade alguém, mas eu gosto de coisas bem escritas, com bom português, que mostrem bagagem cultural e literária. Não foi o caso aqui, infelizmente.
Marcia Schuck 13/12/2023minha estante
Nem sabia que é uma trilogia. Só li o primeiro, tem um final fechadinho. E gostei bastante. Só adivinhei bem perto do final, rsrs




Amiga Leitora 15/02/2019

Toda ação tem uma reação!
'A Contrapartida' é o livro de estreia de Uranio Bonoldi, já conhecido na área executiva por aconselhar empresários. A obra é um thriller instigante que nos faz refletir no poder de nossas decisões.

Aqui conhecemos Tavinho, um garoto de classe média alta que foi criado por sua mãe, Cristina, com a ajuda da velha Iaúna, uma índia que trabalha com a família antes mesmo de Tavinho nascer. O pai de Tavinho foi assassinado durante um assalto e infelizmente a justiça veio a falhar no que se diz respeito a prisão desses criminosos.

Sendo um garoto muito bom, Octávio Albuquerque Júnior só pensa em ser motivo de orgulho para sua mãe e seu falecido pai. No entanto ele tem muita dificuldade de aprendizado, os professores estão sempre lhe chamando a atenção e os amigos debochando sobre suas respostas erradas em sala de aula. Até mesmo Marta, a garota que Tavinho deseja impressionar e quem sabe um dia namorar.

Um certo dia ele pede ajuda para a índia Iaúna, que lhe conta sobre um ritual que sua tribo tinha o hábito de fazer para adquirir mais inteligencia, esse por sinal é mantido por Iaúna desde que ela fugiu da Amazônia, quando sua tribo era exterminada, foi graças a esse costume que ela conseguiu aprender rapidamente o idioma que falamos e a se virar pelas ruas de São Paulo.

Tavinho não pensa nas consequências e aceita imediatamente passar pelo tal ritual para adquirir sabedoria, o resultado é instantâneo e ele começa a ser elogiado pelos professores e colegas de classe, integrando também a equipe que irá participar das maratonas de xadrez e matemática contra outras escolas. O único problema é que o elixir que deu sabedoria ao garoto tem prazo contato, agora resta a Tavinho a decisão de dar continuidade a essa farsa ou não, e é quando Iaúna lhe revela que no preparo desse elixir contém ingredientes que custam a vida de um outro ser humano, que Tavinho se vê na maior encruzilhada de sua vida.

Essa foi sem sombra de dúvidas uma leitura que me surpreendeu bastante e ao mesmo tempo me fez levantar vários questionamentos internos, como por exemplo a hipocrisia do ser humano em julgar os outros por seus atos e ao mesmo tempo repetir tais atos quando estes o favorecem. O quanto estamos sempre sendo manipulados por algo ou alguém que confiamos e o preço que existe em cada uma das decisões que tomamos em nossas vidas.

O thriller é narrado em terceira pessoa e a principio pode parecer confuso por começar com uma das cenas finais do enredo, no ano de 2016, mas logo voltamos ao passado, exatamente ao ano de 2004, onde o autor vai nos entregando cada pecinha desse quebra-cabeça que a principio parece inofensivo, mas que logo passa a moldar o significado que tem cada personagem que entra em cena.

Como todo bom suspense, chegou uma hora que nada nem ninguém era mais o que eu pensava e confesso que isso é o que eu mais gosto em leituras desse gênero. Uranio Bonoldi também preenche as páginas dessa estória com muito conteúdo indígena, algo que eu acho que deveria estar presente em mais livros nacionais, uma vez que os índios tem um papel muito importante em nosso país.

Conduzindo o leitor por cenários reais de São Paulo, 'A Contrapartida' é um livro que aborda assuntos bastante importantes que são responsáveis por moldar o caráter de um ser humano. Recomendo para todos os jovens que estão entrando na fase adulta como também aos adultos que não dispensam aquele tipo de livro para se auto avaliar. O final foi ainda mais eletrizante com direito aquela última cena bem ao estilo fim de filme de terror (hahah). Acredito que assim como eu, vocês também irão gostar!!

* RESENHADO POR THAIS TEIXEIRA DO BLOG AMIGA DA LEITORA *

site: http://www.amigadaleitora.com/2019/02/resenha-contrapartida-edvalentina.html
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Alex Nascimentto 14/04/2019

é do saber de todos vocês, leitores, que eu sou viciado em thriller, e quando eu vi esse pela primeira vez, já coloquei em minha lista de desejados. Esse é um thriller com uma carga reflexiva muiito grande, pois mostra o quê o poder de uma decisão pode causar em nossas vidas.
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A trama gira em torno de Tavinho, um garoto que mora com sua mãe, Cristina, que tem a ajuda da velha Itaúna para criação do garoto e tarefas domésticas, já que ela ajuda a família desde antes do nascimento do garoto. Tavinho não tem pai, pois o mesmo foi assassinado, e os criminosos nunca pagaram pelo crime.
?
Otávio tem um enorme déficit de aprendizagem, totalmente de seu pai, ex professor universitário e com um currículo para lá de invejado. No entanto, o garoto sonha em ser o orgulho de sua família. Na escola o menino passa por muitas humilhações e é chacota frequente dos colegas, por não saber responder quase nada que os professores perguntam.
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Dona Iaúna se vê comovida com o que o menino passa todos os dias, depois que Tavinho pede sua ajuda, ela comenta sobre um ritual que realizava na sua tribo para ter mais inteligência, e foi esse ritual que a fez prosperar tanto na vida, uma vez que se ela não tivesse aprendido o ritual não teria conseguido sair das matas amazonenses.
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Sem pensar duas vezes nas consequências, o garoto aceita fazer parte do ritual para obter a inteligência necessária para enfrentar os desafios colegiais. De ímpeto, no dia seguinte, o menino já está respondendo todas as perguntas corretamente e ganhando admiração dos professores e colegas. Como nada dura para sempre o elixir que o garoto tomou tem prazo de validade, e logo, logo, ele terá que renovar suas forças, é então que Iaúna conta-lhe que em seu preparo é necessário um coração e cérebro fresquinhos de outro ser humano.
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"Rapido corte no tórax com uma faca de fio de bisturi, sem o menor esboço de dor. Incisões nas veias cavas, aorta e demais artérias. A velha índia já segurava o coração, resultado da previsão cirúrgica."


Depois de saber os verdadeiros ingredientes que são usados no elixir, Tavinho é quem decide se aceita ou não continuar com esse jogo sangrento para não perder sua inteligência...
O começo é meio confuso, por iniciar-se de forma atemporal, mas logo a gente se deixa levar para leitura e não consegue mais largar. A narrativa é feita em terceira pessoa e assim podemos conhecer mais do interior de cada personagem. O autor trouxe uma grande riqueza indígena para dentro da obra, mostrando que eles também estão presentes na nossa cultura e em nossa história. O mais incrível foi que realmente eu redescobri que ninguém é o que parece, fiquei totalmente impressionado com o final. Vocês irão gostar, pode crê!
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LT 15/04/2019

Um livro quem vai te fazer se olhar e refletir sobre suas próprias escolhas.
Olá, pessoal! Como estão hoje?

Estou aqui para falar com vocês sobre esse livro que está sendo mega divulgado por toda a rede, uma grande aposta por ser o primeiro thriller lançado pela Editora Valentina!

Eu, justamente eu, que sou doida pelo gênero, acreditaram mesmo que não iria querer lê-lo? Pois bem! Querem saber o que achei da obra? Já sabem... Continuem a ler!

A Contrapartida é aquele tipo de livro que veio para impactar, podemos perceber isso logo ao observar a capa, mas a certeza vem quando lemos o primeiro capítulo. É intenso, chocante e muito bem descrito. Sem a menor duvida, essa não é uma obra para qualquer um, pois se você não tiver estômago forte, tenho certeza de que ficará bem impressionado durante a leitura, veja bem, eu fiquei.

Tavinho é um jovem que sonha em ser médico e deseja mais do que tudo honrar a memória de seu pai que foi assassinado quando ele tinha quatro anos de idade. Originário de uma família de classe média alta, o rapaz tinha tudo o que precisava, porém, o mesmo tinha uma grande dificuldade no colégio. Não importa o quanto ele se esforçasse, não importa o quanto estudasse ou o número de professores particulares que ele possuía, ele não conseguia melhorar suas notas e isso o matava, pois além do bullying que sofria dos demais alunos, seu pai era um professor de sucesso, ou seja: isso era uma vergonha para ele.

Vendo o sofrimento do menino, Iaúna, uma senhora indígena que trabalha para a família há muito tempo e amiga de Cristina, mãe de Tavinho, resolveu ajudar, e como ajudou! Ela contou ao menino sobre um ritual de sua extinta tribo que lhe daria inteligência. Ele, por sua vez, não hesitou em participar do mesmo e o efeito foi tiro e queda. De pior aluno do colégio, Tavinho se tornou o melhor, a ponto de ser convidado a participar de competições e com isso ele conseguiu tudo o que mais desejava. Porém, nada é para sempre e quando ele mais precisava do elixir, seu efeito acabou, pois possuía prazo de validade.

Óbvio que seu primeiro impulso foi buscar o ritual novamente e é aí que a coisa toda acontece! A velha governanta expõe o que compõem o elixir e eis que a questão vem a tona: Vale a pena ter tudo o que sempre desejou e, em contrapartida, perder a sua moral e ética?

Esse livro é um thriller que expõe sem o menor pudor muitos conflitos que ocorrem na mente do ser humano. A relação do que eu quero e vou fazer de tudo para conseguir, contra aquilo que eu quero, porém a ética não permite que eu consiga. Pois veja bem, minha avó sempre dizia: o que vem fácil, vai fácil. E é justamente isso que me chamou a atenção para essa obra, nela vemos que tudo na vida tem o seu preço. E, nesse caso, o preço da inteligência de Tavinho era a sua moralidade.

Isso acontece porque o tal ritual é composto por um elixir que possui alguns ingredientes que não são fáceis de se conseguir e para consegui-los, pode ser que a vida de alguém seja posta a prova.

O livro, como disse anteriormente, se inicia de uma maneira macabra e de fato o é. Ele começa no ano de 2016 com a desova de corpos de pessoas que foram assassinadas, seguido por um telefonema confuso no qual descobrimos que uma caixa será entregue para uma segunda pessoa, seria ela uma cúmplice? E então, a partir do segundo capítulo voltamos para o ano de 2004 e conhecemos Tavinho com doze anos de idade e toda sua história até o dia em que o livro se inicia. Algo interessante que temos nesse livro é que cada personagem não está ali por um acaso e tudo de alguma forma acontece por um porque.

Essa obra é a estreia de Uranio como escritor e se tornou um prato cheio para os adoradores do gênero. Ele tem o dom de misturar suspense com um toque de misticismo, confesso que é a primeira história que tenho o prazer de ler que possui um pouco sobre a cultura indígena.

O livro inteiro é narrado em terceira pessoa e confesso que tive um sério problema para engrenar na leitura, pois o início é um pouco confuso, mas ele vale à pena de fato, porquê quando a coisa realmente começa a pegar, a leitura se torna frenética e o enredo se mostra possuidor de um plot twist de arrasar.

A capa desse livro é bem chocante, mas descreve bem o que encontramos dentro da obra. Sua edição é simples, as páginas são amareladas e a fonte é muito confortável para a leitura. Vale ressaltar que não encontrei nenhum problema quanto revisão, diagramação ou tradução.

Como já devem ter percebido, quem já leu minhas resenhas sabe que sempre busco lições através das minhas leituras e posso afirmar para vocês que esse livro em questão me deu muito para refletir, muito o que pensar. Ele trabalha muito bem a questão do nosso poder de decisão e as suas consequências, sem contar, é claro, que nos leva a pensar muito sobre a nossa moralidade e a hipocrisia da sociedade.

Recomendo a todos a leitura desse thriller nacional que tem o poder de nos colocar para pensar sobre as nossas atitudes e as nossas escolhas.

Resenhista: Mayara Milesi.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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@biaentreleituras 24/04/2019

Tavinho é um cirurgião bem-sucedido e muito requisitado, com apenas vinte e seis anos ele tem um ótimo currículo e grandes feitos, mas o que ninguém sabe é a que custo ele conquistou o seu espaço e conseguiu se destacar. Durante a adolescência ele tinha muita dificuldade de aprendizado, sua mãe contratou professores particulares e nem assim ele conseguia se concentrar e se lembrar das coisas que aprendia. Até que o diretor da escola lhe diz que ele precisa se esforçar mais ou vai repetir o ano.

Quando mais nova, a mãe de Tavinho viajou para a Amazônia para escrever a sua monografia e lá conheceu a índia Iaúna, sua tribo havia sumido misteriosamente e ela estava fugindo de uns homens maus, se a encontrassem ela morreria. Iaúna pede ajuda à Cristina que a leva para São Paulo. A amizade entre Cristina e a índia se fortalecia cada vez mais, quando Cristina se casou levou a amiga para trabalhar na casa dela.

Na tribo de Iaúna eles tinham alguns rituais de adoração aos deuses e eram conhecidos por sua impiedade, Iaúna era a filha do pajé e aprendeu todos os costumes antes de a tribo desaparecer e ela precisar fugir. Uma das coisas que ela aprendeu foi o preparo de um elixir que dá inteligência a quem o toma, para prepará-lo é necessário um ritual macabro e para conseguir os ingredientes uma pessoa deveria morrer.

Ao perceber a angústia de Tavinho ela lhe oferece ajuda, conta sobre o elixir e diz que pode lhe dar uma inteligência poderosa, no entanto, para conseguir isso ele precisa estar disposto a fazer alguns sacrifícios, pois a ingestão do elixir exige compromissos. Além do mais, o elixir tem um prazo de validade e de tempos em tempos deverá tomá-lo novamente. Na época Tavinho tinha apenas treze anos e aceitou a ajuda.

Os anos se passam e Tavinho está cada vez mais inteligente e conquistando muitas coisas, mas sempre às custas do elixir e, consequentemente, às vidas de outras pessoas. Quando soube dos ingredientes secretos ele ficou escandalizado, porém não desistiu, continuou aceitando a bebida e participando do ritual ao lado de Iaúna. A índia faria de tudo para vê-lo feliz e garantiu que Tavinho não precisaria ir atrás dos ingredientes para ela, tampouco ajudá-la a preparar a mistura, ele só teria que tomar. Tavinho foi hipócrita ao pensar que por não estar diretamente ligado às atrocidades cometidas ele também não era culpado.

As coisas pareciam ir muito bem, mas então ele reencontra uma antiga namorada que lhe faz uma revelação que o deixa intrigado, Tavinho se dá conta de que tem algo errado e começa a investigar. As suas descobertas vão deixá-lo completamente desestruturado. Máscaras vão cair e ele vai entender que nada na sua vida foi por acaso.

*Resenha completa lá no blog > http://bit.ly/2IBIJw1

site: http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/
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Três Leitoras 25/05/2019

Resenha: A Contrapartida
Neste livro, vamos acompanhar a história de Tavinho, um adolescente que perdeu o pai quando tinha 4 anos e foi criado pela sua mãe Cristina e por Iaúna.

Por mais que se esforce, Tavinho vem enfrentando sérios problemas na escola e não existe reforço escolar que lhe ajude. A cada nota baixa ou chamada de atenção, a estima dele é atingida. Tavinho está triste e envergonhado, pois queria muito orgulhar a sua mãe e honrar a memória do pai, que era muito inteligente e reconhecido no seu meio. Sem contar, que do jeito que ia nunca realizaria seu sonho de ser médico e salvar vidas.

Iaúna é uma índia que viu toda a sua tribo ser dizimada por garimpeiros e um pouco tempo depois ela conheceu Cristina que se encantou por ela e acabou a levando para São Paulo. Iaúna tornou-se uma pessoa da família, conquistando seu espaço e tornando-se alguém fundamental na vida deles, principalmente depois da morte do marido de Cristina.

Ao ver Tavinho tão triste e abatido, Iaúna lhe oferece uma ajuda que será a solução dos seus problemas e inseguranças. Ela irá compartilhar com ele um dos rituais da sua tribo que concedia uma inteligência diferencial a quem tomasse uma bebida em um período de lua cheia, porém era necessário aceitar todas as consequências do ritual, nunca compartilhando nada sobre ele e a forma como os ingredientes são coletados.

Tavinho, depois de escutar todo o relato da Iaúna, precisar pensar e é isso o que ele faz. E aqui fica o grande questionamento: Vale a pena aceitar todos os termos do ritual para a realização do seu grande sonho?

Eu procuro ser sempre muito sincera com vocês e tenho que dizer a vocês que apesar de muito animada com a história, infelizmente ela não funcionou para mim e vou dizer quais pontos me incomodaram.

Eu descobri muito rápido qual o mistério estava envolvido na história e isso me desanimou um pouco, tanto que deixei o livro de lado e enrolei, pois isso me tirou o que mais gosto no gênero que é ficar imaginando milhares de possibilidades.

A história não me prendeu e infelizmente teve furos ficando com coisas mal explicadas, mas o final da história foi uma excelente ideia do autor e este foi o momento do livro em que meu queixo caiu e falei PQP, fudeu! E mesmo já tendo sacado o que envolvia a história, as atitudes dos personagens na cena final foram coerentes, só queria um embate mais caloroso mesmo.

Mas preciso dizer a vocês que a escrita do autor é fluida e isso faz com que a leitura seja rápida, nos prendendo ao livro e uma coisa é fato, apesar de tudo, me mantive curiosa em saber o que aconteceria e até mesmo se o que eu acreditava estava correto, já que eu nunca acerto os mistérios, pois sou uma péssima detetive.

E como a minha opinião não é soberana e vi que o livro teve resenhas positivas de outros leitores, aconselho que se você ficou curioso pela história, se permita e leia. Afinal, a experiência de leitura é única e individual, os livros causam emoções diferentes.

site: http://www.tresleitoras.com.br/2019/05/resenha-contrapartida.html
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Marina Mendes 03/04/2024

O que poucas pessoas têm em mente é que Cultura, no sentido mais amplo da palavra, não se restringe apenas ao entretenimento. O objetivo maior e primeiro da Cultura é nos transformar em pessoas melhores, agregando novos conhecimentos e percepções sobre nós mesmos, os outros e o entorno em que vivemos – é isso que A Contrapartida faz. A sua leitura nos proporciona uma série de profundas e valiosas reflexões sem, contudo, deixar o entretenimento e o suspense de lado. Com relação ao suspense, gostaria de fazer uma breve analogia com o mundo do cinema para ser mais claro em minha exposição. Um bom thriller é aquele que nos causa ansiedade para ver a próxima cena e nele os acontecimentos não são óbvios e declarados. Enfim, é o que aconteceu comigo quando li A Contrapartida – eu queria saber o que estava para acontecer na próxima página, de modo a poder ligar os fatos apresentados no livro e ter as respostas às perguntas que a leitura indiretamente me fazia. Inevitavelmente, a leitura do livro me remeteu à Hollywood. Quando nos referimos a thrillers, logo vem à mente o nome de Alfred Hitchcock, cuja genialidade se encontrava em entender profundamente a psiquê do ser humano e em criar um estado emocional tão intenso no público, que seus filmes se transformavam imediatamente em sucesso. Essa mesma genialidade foi reproduzida aqui neste livro. O autor conseguiu criar caminhos mentais de condução de nós, leitores, em um mundo imaginativo de suspense e mistério dignos de um grande blockbuster.” Lion Andreassa – produtor e diretor de cinema da Lumix Art Films
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Malucas Por Romances 13/07/2019

RESENHA COMPLETA NO BLOG
A Contrapartida tem como foco a história de Octávio Albuquerque Junior, mais conhecido como Tavinho, um garoto que sempre teve uma vida boa, com família que o apoiava e amigos leais. Mesmo com tudo isso, na escola ele sentia muita dificuldade de gravar algumas matérias, com isso dificultando sua aprendizagem, mas até chegamos a história do Tavinho vamos conhecer outras pessoas.




Iauna é uma índia de uma tribo extinta, e ainda muito jovem teve sua vida marcada por violência, só que sua sorte acaba mudando quando ela conhece Cristiane, uma mulher que durante uma visita a tribo conhece Iauna e acaba levando ela pra cidade grande. Atualmente ela trabalha com Cristina mãe de Tavinho, após trabalhar um tempo com os pais de Cristina antes dos mesmo falecerem.

Cristina ainda muito nova já tinha uma meta pro seu futuro e foi durante a faculdade que ela conheceu o pai de Tavinho, Octávio Albuquerque, ambos se envolveram, só que infelizmente uma tragédia acontece e Cristina fica viúva muito cedo. Hoje além de tentar conseguir justiça, ela se dedica a profissão e também com a ajuda de Iauna criar Tavinho.

"Os Moxiruna poderiam encontrar um sacrifício acreditado em um bem sobre o mal, do bom sobre o ruim."

Com toda dificuldade de Tavinho na escola, Iauna sugere pra ele (ainda com 13 anos) fazer um ritual que ela aprendeu na sua tribo para ser mais inteligente, porém isso traria alguns sacrifícios.

Pode parecer que contei o livro inteiro, mas além de não ter spoiler comprometedor, isso não chega nem a ser a primeira parte do livro. O livro é dividido em 4 partes e escrito em terceira pessoa, e esse é o primeiro livro do autor Uranio. O que mais me chamou atenção no livro foi a capa que particularmente achei linda.




Durante a leitura eu infelizmente não me conectei nem com os personagens nem com a história, muita coisa escrita por mais que seja ficção achei tão irreal que não me agradava.

As primeiras partes do livro foram repetitivas, em muitos momentos eu pensava "já sei disso" "você falou isso na página anterior" e com isso me senti cada vez menos a vontade durante a leitura. Muitas coisas poderiam ter sido resumidas, eliminadas do enredo ou até mesmo colocada de outra forma que despertasse mais o interesse do leitor.

Resenha Completa no Blog

site: http://malucaspor-romances.blogspot.com/2019/07/resenha-contrapartida-uranio-bonoldi.html#axzz5tVTMreTp
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Lissa - @lissa.studiies 17/07/2019

Queria saber o que estava para acontecer na próxima página, de modo a poder ligar os fatos...
Em A Contrapartida vamos conhecer Tavinho, um jovem bonito, inteligente e cirurgião que mesmo com 26 anos é muito bem sucedido e requisitado na sua área de atuação.
Porém, o que mais vai chamar a nossa atenção é o que ele fez Tavinho ser tão bom, sendo que ele sofria serias dificuldades para prestar atenção nos assuntos da escola quando era mais novo, e para resolver o seu problema ele fez o que ninguém poderia imaginar...

Iaúna além de amiga de Cristina (mão de Tavinho), também deve muito a amiga por ajudá-la no momento mais difícil da sua vida quando era jovem. Iaúna é uma índia que foi erradicada da amazônia, pois estava tendo um ataque a sua tribo e ela é uma das únicas sobreviventes.
Cristina estava a trabalho na Amazônia em meados de 2004, e naquela época acabou ajudando Iaúna a vir para São Paulo onde acabou se estabelecendo e vivendo desde então.

Quando Iaúna viu que Tavinho estava com dificuldades para aprender e precisava realmente de ajuda, já que ele queria ser um Cirurgião de sucesso. Após a morte do pai, Tavinho e sua mãe estavam devastados e precisavam de algo para fazer ter esperancas ou se orgulhar.
Foi aí que Iaúna conta que na sua tribo existia uma bebida que dava inteligencia e sabedoria a quem bebesse. Mas o preço que se pagava para ter essa sabedoria era caro. Assim que Tavinho soube acabou aceitando os riscos e todos os custos que viriam com o tempo.
A bebida que Tavinho tomou, fez efeito e como podemos ver ele se tornou famoso na sua área de atuação na medicina. Mas como o tempo do elixir é um pouco curto ele tem que ficar bebendo mais vezes do que ele pensava. O que mais assusta é que um dos ingredientes é a vida de uma pessoa. Por ser muito criança naquela época ele ainda não tinha noção do que realmente estava fazendo, mas agora com 26 anos sabe que a vida é feita de escolhas. E que nada é por acaso.
Com a narrativa em terceira pessoa envolvente, viciante e instigante, vamos conhecer o passado de Octávio Albuquerque (Tavinho), da sua mãe Cristina, da Iaúna e dos seus segredos, e claro, a morte do seu pai e como tudo acabou afetando ele e sua mãe.

A Contrapartida é um livro forte, com uma escrita que bera a perfeição. Com personagens bem desenvolvidos e únicos. Com bastante suspense, um um leve romance que acaba fazendo o livro se tornar mais real. O livro é ambientado aqui no Brasil, e isso é ótimo, pois acaba te levando pra lugares que alguns já conhecem ou querem conhecer.


site: https://www.blogenjoybooks.com/2019/07/resenha-contrapartida-de-uranio-bonoldi.html
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Vicky_v 22/08/2019

Ainda dentro do meu cronograma de postagem de resenhas que demandaram duas leituras para serem escritas, hoje é dia de te contar um pouco sobre como foi a minha experiência com A Contrapartida, livro de estreia de Uranio Bonoldi. Depois de receber o exemplar da editora Valentina e ler pela primeira vez, muitos pontos da trama me deixaram insatisfeita com a leitura - tinha a impressão de que tinha lido tudo muito rápido e que provavelmente alguma coisa tinha passado e eu não tinha percebido -, o que me levou a escolher reler depois de algum tempo. Esta resenha, então, reflete minha experiência com a segunda leitura.
Nesta história conhecemos Octávio Albuquerque Junior, Tavinho, que sempre teve uma boa vida com sua família e amigos lhe dando apoio, mas tinha muita dificuldade para aprender na escola e por isso sofria bullying dos colegas. Temos também Iaúna, índia de uma tribo extinta, que tem sua vida marcada pela violência até que uma mulher visita sua tribo e a leva para a cidade, onde ela passa a trabalhar (e assim conhece Tavinho, filho de Cristina, sua patroa). Com pena do garoto e querendo ajudá-lo a realizar seus sonhos, Iaúna lhe propõe fazer um ritual antigo de sua tribo, que poderia lhe ajudar na aprendizagem, mas que leva ingredientes nada convencionais. Tavinho precisa então decidir se está disposto a fazer o que for necessário para ser o que deseja.
Dividido em quatro partes e narrado em terceira pessoa, a trama possui uma fluência interessante, pois perpassa diversos momentos da vida do personagem principal, o que nos possibilita conhecer mais sobre a história dele, de seus pais e de Iaúna. Para mim, essa abundância de passagens foi uma escolha arrojada, mas me pareceu que o autor perdeu um pouco as rédeas da narrativa em alguns momentos, pois em diversas partes precisei reler [uma, duas, três vezes] para entender o papel da passagem na trama porque a sensação era de que estava solta no meio do todo. Isso também vale para algumas situações com diálogos extensos e trechos repetitivos, onde o recontar de fatos já contados faz com que o ritmo de leitura diminua significativamente. No entanto, isso não significa que a história não entretenha e prenda em sua maior parte, apenas que não funcionou completamente para mim.
Ainda que eu não tenha realmente me conectado com as personagens (e isso é mais uma questão de momento de leitura do que outra coisa), é visível que seus personagens foram muito bem trabalhados e caracterizados durante toda a trama. Iaúna é, sem dúvidas, minha personagem preferida, mesmo que as questões morais envolvendo Tavinho sejam um ponto alto da trama e instiguem o leitor a pesar suas próprias questões, é Iaúna quem abre essa porta para o protagonista (e isso é bastante significativo ao meu ver).
Antes de terminar este texto, não posso deixar de salientar que a história é sim bem desenvolvida. O autor consegue colocar o leitor perto do personagem a todo momento e fazer com que ele (o leitor) passe boa parte da trama preocupado com as escolhas de Tavinho e se perguntando o que faria se estivesse no lugar do personagem. As noções de ética e moral são bem desenvolvidas e problematizadas e me parece que este é o ponto alto da história: nos levar a pensar nossas bases, nos questionar até que ponto conseguiríamos ir para realizar nossos sonhos. Ao acompanharmos Tavinho em sua jornada repleta de surpresas (e desfecho inesperado) e vermos qual o preço a pagar para alcançar certas coisas, conseguimos entender o peso (ou seria poder?) das escolhas que fazemos.
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