Resenhas -

Marina Mendes 03/04/2024

O que poucas pessoas têm em mente é que Cultura, no sentido mais amplo da palavra, não se restringe apenas ao entretenimento. O objetivo maior e primeiro da Cultura é nos transformar em pessoas melhores, agregando novos conhecimentos e percepções sobre nós mesmos, os outros e o entorno em que vivemos – é isso que A Contrapartida faz. A sua leitura nos proporciona uma série de profundas e valiosas reflexões sem, contudo, deixar o entretenimento e o suspense de lado. Com relação ao suspense, gostaria de fazer uma breve analogia com o mundo do cinema para ser mais claro em minha exposição. Um bom thriller é aquele que nos causa ansiedade para ver a próxima cena e nele os acontecimentos não são óbvios e declarados. Enfim, é o que aconteceu comigo quando li A Contrapartida – eu queria saber o que estava para acontecer na próxima página, de modo a poder ligar os fatos apresentados no livro e ter as respostas às perguntas que a leitura indiretamente me fazia. Inevitavelmente, a leitura do livro me remeteu à Hollywood. Quando nos referimos a thrillers, logo vem à mente o nome de Alfred Hitchcock, cuja genialidade se encontrava em entender profundamente a psiquê do ser humano e em criar um estado emocional tão intenso no público, que seus filmes se transformavam imediatamente em sucesso. Essa mesma genialidade foi reproduzida aqui neste livro. O autor conseguiu criar caminhos mentais de condução de nós, leitores, em um mundo imaginativo de suspense e mistério dignos de um grande blockbuster.” Lion Andreassa – produtor e diretor de cinema da Lumix Art Films

gabrioles 24/02/2024

Um dos piores livros que já li na vida
Vou repetir a mesma coisa que falei no twitter: parece que um adolescente de 14 anos tentou escrever uma novela da record. é ruim NESSE NÍVEL!

na capa, ta escrito que é um thriller, e lendo as resenhas aqui, percebi que o problema não foi falta de entendimento da minha parte. os elementos de thriller compõem uns 5% do livro, se não menos. e essas partes sim foram interessantíssimas! mas se juntar tudo, não da 10 capítulos.

personagens BOBOS sem o menor desenvolvimento, diálogos HORRÍVEIS, passagem de tempo SEM SENTIDO e sem explicação pra isso, trechos racistas (legal incluir uma narrativa indígena na história, mas quase tudo é baseado em estereótipos), machistas e elitistas, e no geral, acaba se tornando um livro meio problemático. fora que é dividido em 4 partes, sem motivo NENHUM, e a última delas parece até outra história.

dei 1,5 de dó.

Bia 21/01/2024

Q U E L I V R O ! essa leitura é doce,intensa, perturbadora, tem romance, muito crime! Eu estou sem palavras para descrever o meu estado com o desfecho desse livro

Nanda 07/01/2024

Depois de 1 ano e quase 4 meses
LITERALMENTE demorei um ano pra ler esse livro kkkkkkk e tem N's motivos

em parte foi devido ao trabalho e a maior parte foi por estar odiando a leitura, era uma indicação de uma youtuber que gosto muito e imaginei que fosse gostar

eu entendo que o livro tem seu lado fantástico, mas o jeito que são descritas são muito irreais

tem MUITAS generalização e tantas cenas vergonha alheia, com umas coisas nada a ver com nada

eu só voltei a ler pq odeio abandonar livro e por estar ouvindo o audiobook

o final foi realmente muito bom, por ter sido um plot atrás de outro, mas isso nas 50 últimas páginas de um livro de 300 e poucas

não indico, acho a maioria dos personagens muito bobinhos e principalmente pq a gente acompanha a história deles desde criança até a vida adulta e parece que eles continuam com as mesmas idades

a maior parte do livro é sobre o dia a dia do personagem e as partes de thriller, suspense etc são 5% do livro e normalmente eu não me incomodo com isso

mas por essa contagem do dia a dia dele não mudar absolutamente nada no livro, não faz diferença estar ali ou não

a escrita é bem mais ou menos

JurúMontalvao 09/12/2023

Abandonar ou não abandonar?
Eis a questão que me fiz durante toda a leitura.

Faz tempo que não abandono um livro, então, uma pausa estratégica foi necessária para que a frustração da experiência com a obra não decidisse por mim.

Sei bem que sou a responsável pela maioria das leituras ruins que já tive, pois, em geral, eram livros de gêneros/nichos que não curto (como é o caso) ou de autorxs cujo estilo de escrita eu não me agrado (como foi aqui) ou, ainda, de conceito central/final com o qual não me identifico (o que também ocorreu).

Entretanto, mesmo batido, é sim interessante o desconhecido, o mistério que paira sobre a floresta e os povos amazônicos, ainda nos dias de hoje.
Isso fica mais intrigante quando combinado à complexidade do cérebro - a floresta mental humana - e de seus processos de aprendizagem e de desenvolvimento de inteligências, que, embora muito estudados, ainda não são totalmente compreendidos.

É durante a execução desse combo que os problemas surgem e se alastram porque a escrita não consegue sair do lugar comum, superficial, estereotipado e, portanto ou consequentemente, muitas vezes preconceituoso.

Por exemplo, o referencial indígena que é criado na obra é negativo e intencionalmente mal mesmo quando é a vítima. Há também a premissa de incompletude e inferioridade nas cenas em que se dá a comparação, mesmo que sutil, ao referencial "civilizado".

Outro problema é que todas as personagens femininas orbitam a(s) personagem(ns) masculina(s). É fato que o cuidar e o servir estão histórica e culturalmente associados à figura da mulher e, por isso, é realmente uma pena que Urânio Bonoldi tenha deixado passar aqui a oportunidade de transcender essa curva da trivialidade. E justamente diante de uma personagem que tinha tudo pronto para isso por, supostamente, não estar sob o açoite da "cultura dominante". Daí que minha surpresa foi zero quando Iaúna ocupa exatamente os únicos supostos possíveis lugares femininos que a obra permite (babá, mãe, amiga, fada madrinha, amante):

"(...) Venha, me possua. Eu busquei a juventude e a beleza para que você desfrute delas. Fiz tudo por você, somente para você? sou sua e de mais ninguém, nunca fui tocada, me guardei todos esses anos só para você."

Notei também que não há harmonia no tempo dos arcos, o que creio ter sido crucial para tornar minha leitura muitissíssimamente arrastada.

Entretanto, o ápice do meu desconforto foi a artificialidade dos diálogos. Quem, durante uma conversa com alguém íntimo, repete o nome da pessoa a cada frase que diz? Quanto mais intimidade, menos o interlocutor é nomeado porque já é conhecido e sua atenção já está garantida, bastando os pronomes. Economia linguística.
Bem, li, vi ou ouvi por aí que os diálogos são mesmo uma parte ardida da escrita. Então, fica o desconto, mas o desconforto me fez pular alguns muitos, confesso.

De positivo (e até uma recompensa pela persistência), achei o capítulo final interessante porque eu gosto de cliffhanger. Mas preciso dizer que a costura ficou a desejar, pois há muitos elementos novos pipocando em desespero. O autor poderia ter entrelaçado esses novos fios hábil e sutilmente ao longo da trama para, no final, apenas "puxar a cordinha". Bom, pelo menos para mim, é isso que faz um cliffhanger satisfatório.

sofi ladrona 01/12/2023

Morta com essa velha
Iaúna é simplesmente o cão na terra
passada demais
martha não aprendeu mesmo, sem caráter nenhum
coitada de cristina
e no fim o pai de tavinho tinha razão

Letícia Miranda 24/10/2023

Mediano
Comecei o livro com expectativas elevadas, depois de ver alguns influencers falando sobre. Porém, esperava bem mais.

A trama é interessante, tinha tudo pra ser um livro envolvente e que prendesse do início ao fim, tem uma ótima premissa mas foi pouco explorada.

Até o meio do livro, estava gostando, apesar de em alguns momentos eu o achar repetitivo, estava fluindo.

Do meio pro fim, senti que houve uma forçação de barra, muitos palavrões, esteriótipos muito exacerbados e um final que deixou a desejar.

Margarete 11/10/2023

Tive que abandonar
Não deu nem para chegar no meio do livro e, ao lembrar que se tratava de uma trilogia (!), larguei logo. Vamos lá. O autor é coach em tomada de decisões e a trilogia seria uma ficção em torno do tema. Até aí, nada demais. Toda boa trama exige que os personagens se encontrem em situações críticas em que tenham que tomar decisões que trazem ritmo, tensão e conflito à história. Mas aqui nada acontece por páginas e páginas. Os personagens são mal desenhados. Mas o pior pra mim é a escrita ruim. Antigamente eu me obrigava a ir até o fim dos livros só pra ver no que dava. Hoje não tenho mais tempo pra perder, com tanta coisa na fila pra ler. Não entendo como alguém que não sabe escrever ficção se propõe a escrever uma trilogia. Talvez agrade alguém, mas eu gosto de coisas bem escritas, com bom português, que mostrem bagagem cultural e literária. Não foi o caso aqui, infelizmente.

Bia 27/09/2023

Não leia
Triste, mas como eu gostaria que alguém tivesse me falado isso, digo aqui: não perca seu tempo. 1,5 pela coragem e disponibilidade de escrever um livro. 1,5 também pelos diálogos, construções, ganchos, vocabulário, enredo, personagens?. Assim, se pudesse dar só uma dica pro resto da vida é: não leia esta livro.

Airton Alcântara 20/08/2023

Um bom enredo, mas muitos defeitos irritantes
A proposta do livro é bem interessante: para todo bônus um ônus.

O problema é que o livro tem vários trechos/defeitos muito irritantes, que tiram o leitor da imersão da leitura. Por exemplo:
a) gastou vários parágrafos para desenhar uma figura de herói dos brancos que vão salvar a índia na floresta (não, os índios não precisam disso);
b) Fiquei com a sensação de que o livro precisava bater uma meta de corretismo, ressaltando muito que a índia tinha todos os direitos garantidos. A forma com que isso foi exposto foi muito artificial;
c) vários trechos sobre boa vida, riqueza, viagens... tudo muito cafona, brega;
d) e tinha que trazer a índia ao final como uma bruxa, feiticeira, vilã?

A parte do suspende foi legal, mas o livro no conjunto é muito ruim. Não recomendaria.

isaindistress 07/08/2023

É engraçado de tão ruim
Comprei o livro pq vi uma recomendação no Youtube, e a única coisa boa é que numa promoção de feira do livro, levei outros da editora que fiquei apaixonada. Porque esse livro mesmo, não funcionou pra mim.
A trama é forçada, as relações, os diálogos! Eu morri de rir com os diálogos, parece que o autor nunca viu duas pessoas interagindo. Alguns highlights:

1.
[Casal brigando]
"Calma, isso não vai acontecer"
"Mas então ela que pare de ser folgada"
"Fofo, chega, tá? Aliás, adoro quando você fica bravo!"
Cristina lhe deu um beijo e o abraçou por trás. Sabia como acalmá-lo e enchê-lo de carícias. Beijava-o na testa, fazendo-o sorrir, e depois lhe tascava um daqueles nos lábios

2.
[Governanta subindo no quarto do menino da casa que ela trabalha, que tem 13 anos]
- Tô subindo! - Sorrindo para quebrar o gelo, Iaúna solta: - Você está pelado?
- Claro que não, né, dona Iaúna!
- Ainda bem! Não quero ver o seu pintão, não!
Ambos dão risada

3.
"- O que você tem, Tavinho? O que está te perturbando?
- Como sempre, a senhora me desnudando (...)"
[As mesmas duas pessoas do pintão, Tavinho agora tá com 20 e poucos]

4.
"- Esse é o Rubens, ele também é médico... ginecologista - apresentou ela.
Seu acompanhante, para descontrair, disse imediatamente:
- Vulgo gineco, como as mulheres gostam de nos chamar.
Todos riram"

5.
"- É Tavinho, o doutor sabe pedir. Que vida e educação incríveis sua mãe te deu, e você está sabendo usufruir. Eu, como você bem deve lembrar, tive pais que não deram lá muita bola pra mim. Não estou reclamando, não. Mas é que você teve uma oportunidade que poucos tiveram, de conhecer o mundo, o que há de bom e melhor por aí. Admiro sua mãe e você por darem valor a tudo isso."

Se você acha que pode se divertir com a escrita, vai fundo. Se não, é um tempo que ninguém vai te devolver

Duda 19/07/2023

Uma pena
É uma pena ter partes tao chatas e sem o menor sentido, dialogos horrorosos e explicações desnecessárias. Porque o livro foi fluido algumas vezes principalmente o final, por mais que tenha outras continuações nao quero ler. A escrita é esquisita em alguns pontos.

Maria.Juliana 18/07/2023

Viciante
Vale tudo pelo sucesso?
Você sabendo ou não das consequências, tudo tem consequências todas as escolhas refletem algo.
Li em 2021 e ainda lembro da atmosfera que ele livro me levou, colocando "O contra-ataque" a sequência na minha lista desse ano de 2023

Dana 16/07/2023

História interessante
Prende a atenção e é diferente de outras obras por trabalhar com elementos da cultura e história brasileira. Valeu a leitura.

debinha 14/07/2023

Culpado ou vítima?
Esse é um dos meus livros nacionais preferidos. A representatividade cultural é absurda, cheio de referências políticas e até mesmo históricas. Embora comece com um capítulo enigmático, se desenvolve aos poucos de forma sútil nos dando sinais do que está por vir.
Amo esse livro, foi ele que fez eu me encantar por suspenses. Espero que todos tenham o prazer de conhecer a vida do Tavinho e saber como ele chegou onde chegou.

OBS: recentemente descobri que é uma trilogia e tenho muita vontade de ler mas pouco dinheiro para comprar, quem tiver lido e puder me dizer se a continuação é boa eu adoraria saber