Lay 05/06/2021Pelo Anjo! Que fim foi esse, minha gente? Sinceramente, Cassandra pode continuar escrevendo histórias sobre Caçadores de Sombras, fadas, feiticeiros, vampiros e o que mais ela quiser que eu continuarei lendo, me surpreendendo e querendo mais.
Dama da Meia-Noite nos trouxe uma nova trilogia, Os Artifícios das Trevas, fomos para cinco anos depois do fim da Guerra Maligna e focamos em uma nova família, os Blackthorn, que vivem no Instituto de Los Angeles, mas os problemas são sempre os mesmo: demônios, seres malignos que querem dominar tudo, amores impossíveis, batalhas homéricas, perdas irreparáveis. Ainda nesse livro descobrimos que Julian (meu amor ao lado de Magnus, claro) se apaixonou por Emma, sua parabatai, o que é proibido pelas leis dos Shadowhunters, mas então veio Senhor das Sombras e nos mostrou que não era apenas uma lei que os impedia de ficar juntos, uma vez que Emma também está apaixonada por Julian, há uma maldição por trás disso tudo, que implica em tornarem-se monstros, causando dor e sofrimentos para qualquer pessoa, inclusive sua família, o que eles não cogitariam de maneira alguma, afinal sabemos tudo que Julian fez pelos irmãos e para manter a família unida ao longo dos últimos anos.
Enquanto sofrem por um amor que não podem viver, e que cresce e fortalece a cada dia, ao lado de Cristina e Mark, precisaram enfrentar demônios (porque eles não deixam de vir porque você está com algum problema, né?), lidar com a Tropa, que ganhou poder nos últimos tempos com suas ideias preconceituosas de separar os integrantes do Submundo dos Caçadores de Sombras, e ainda enfrentar um ser que voltou dos mortos. Pouco? Cassandra arrebentou meu coração (e acredito que o de todos que leram Senhor das Sombras) com aquele final, o que nos leva ao começo de Rainha do Ar e da Escuridão, momentos após a morte de Livvy.
A Tropa ganhou mais poder; a perda de Livvy é mais uma dor para Julian suportar; o sentimento por Emma só aumenta e ele percebe a maldição se manifestando nele. Desesperado, vai até Magnus para que o feiticeiro, mesmo doente, lance um feitiço para tirar seus sentimentos por ela. Mas como seria Julian sem sentimentos por Emma? Seria possível continuar sendo a mesma pessoa?
Como mencionei, Magnus (meu amor maior) continua doente e na verdade, piorando, assim como todos os feiticeiros e a causa parece muito distante de ser descoberta. Da mesma forma, a praga está se espalhando, depois da Floresta Brocelind, também já é possível vê-la em mais lugares. Jace e Clary, que foram ao Reino das Fadas em uma missão para a Clave, estão desaparecidos; Alicante está nas mãos da Tropa; o futuro parece cada vez mais preocupante e Julian e Emma são enviados em uma missão ao Reino das Fadas para reaver o Volume Negro dos Mortos, que estava com Annabel quando ela foi levada pela Corte Unseelie.
Ver Julian sem demonstrar seus sentimentos foi cruel, ele, sempre tão intenso em suas demonstrações de afeto com os irmãos, não parece a mesma pessoa. Ainda mais em um momento de dor para toda a família, quando precisam apoiar uns aos outros, e quando precisa embarcar em uma missão não desejada ao Reino das Fadas. O único alento é que ele sabe que seus irmãos estão juntos em Los Angeles, longe de Alicante e da ameaça da Tropa e seus seguidores. O problema é que eles descobrirão um segredo tenebroso na Corte Unseelie e passarão por tantos perigos que nos fazem duvidar de que conseguirão retornar para casa. E por falar em fadas, Kieran entende cada vez mais os Caçadores, principalmente com o tempo que tem passado com eles, e isso realmente mexe com ele, o que eu vi como algo muito positivo. Sem falar que a relação dele com Mark e Cristina também fará dele uma pessoa melhor (amo demais).
Ty continua com seu mais novo amigo inseparável, Kit Herondale, que finalmente vamos conhecer um pouco mais de sua história, e este é de fato um momento em que ele precisará de um amigo. Dru, que se sente ainda mais sozinha, começa a descobrir sua força e se mostra muito mais esperta e atenta do que seus irmãos imaginam; Tavvy, continua sendo um fofo e Helen, e Aline, claro, precisarão se adaptar a vida no Instituto, quando tudo que os garotos querem é a presença e o conforto que Julian proporciona.
São quase oitocentas páginas de suspense e ação que, quando poucas cenas felizes ocorrem, nos agarramos a elas com todas as forças e eu só torcia para que no fim, os personagens que aprendi a amar ao longo da série e da trilogia, tivessem um pouco de merecida paz: que Ty conseguisse continuar vivendo sem sua gêmea e não fizesse nenhuma besteira no caminho; que Dru conseguisse perceber que tinha espaço para ela na família, ainda que muitas vezes não parecesse; que Mark, Cristina e Kieran pudessem ficar juntos; que Aline e Helen pudessem ficar de vez em Los Angeles e não voltar a serem exiladas; que Julian e Emma pudessem ficar juntos e não despertar nenhuma maldição; que eles descobrissem a cura para a doença dos feiticeiros e para a praga.
Para quem já conhece os livros da Cassandra, sabe como são as coisas e Rainha do Ar e da Escuridão não foge à regra. A história é intensa, envolvente e termina daquele jeito: com muitas promessas para, quem sabe, uma nova trilogia, série, que eu tranquilamente lerei se ela escrever. Se tiver ainda esses personagens, melhor ainda. Será incrível reencontrar Jem, Tessa, Kit, Julian, Emma, Ty, Dru, Tavvy, Helen, Aline, Mark, Cristina, Kieran, Jace, Clary, Magnus e Alec.
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