J. Anderson 02/10/2021
Perelandra é o Éden?!
Publicado pela primeira vez em 1943, no segundo livro da trilogia cósmica,
Jack nos leva à Perelandra, mundo que conhecemos por Vênus.
O inicio dessa história pode ser vista como o fim do livro, pois narra tanto a partida como a chegada de Ransom na terra.
No inicio do enredo, Lewis começa a sua narrativa
em primeira pessoa, sendo um personagem, amigo de Ransom, o qual
escrevia as aventuras do amigo, e que testemunhara a aparição do ser ''espiritual'' Oyarsa.
Após a narração dos primeiros capítulos, a narrativa fica em terceira pessoa, pois conta a
aventura e as lutas que Ransom passara naquele planeta.
Nesse enredo, Ransom é levado por Meleldil a Vênus, para cumprir uma missão.
Evitar algo terrível naquele mundo! E dessa vez, o nosso herói não foi sequestrado.
Ele foi levado para o espaço em um caixão!
Uma história envolvente, em um mundo puro e inocente, onde não existe a maldade.
Diferente do livro anterior, Lewis deixa claro sobre a fé de Ransom em Deus.
Perelandra, é um mundo onde não há muitos habitantes, a apenas dois seres com semelhança de um ser humano, nus e inocentes. Uma história que tem uma forte semelhança com a do nosso mundo, precisamente a do Éden. Em meio ao enredo,
há a menção da historia do criador do mundo, o Meleldil, o ser que se tornou um
homem em nosso mundo. (o ser que nos faz lembrar de Jesus)
Há um riqueza muito grande no enredo, não apenas em sua história, personagens ou cenários.
Através dos debates que ocorre ao longo da narração, sobre religião, espiritualidade e Força-Vida e até mesmo sobre o fim do mundo, horas complexa, horas fluida que nos fazendo mergulhar nessas questões.
Ransom foi tentado a desacreditar em sua fé, pelo maligno, o ser que tomou o corpo de Weston, o ser a quem deveria vencer, fazendo-nos lembrar, que nós também passamos por determinadas situações que nos desanima e colocamos em duvida a nossa crença.
A história é incrível, por mais que tenha demorado para desenrolar, porém a obra não foi afetada e segura o leitor do seu inicio ao fim, nos fazendo imaginar como o nosso mundo seria sem a queda do homem, e nos fazendo ver que existia uma razão para a permissão
da queda.
Nota: 8,7
Por: J. Anderson
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