Leonardo 15/04/2020Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje a minha resenha é do livro maravilhoso da Faro Editorial intitulado Rumo ao Sul! A história foi escrita pelo autor Silas House e você pode conferir a resenha sem spoilers logo abaixo.
Cumberland é uma cidadezinha pequena do estado de Tennessee, no sul dos Estados Unidos. Conservadora e tradicional, Cumberland é palco de uam série de desastres naturais quando chuvas intensas alagam várias partes da cidade e deixam diversas famílias desabrigadas.
Nesse período conhecemos a família do pastor Asher Sharp, composta por sua esposa Lydia e pelo filho do casal, Justin. Em uma das tempestades, o cachorro da família desaparece, logo Justin vai procurá-lo e acaba desaparecendo, causando o pânico no pastor e em sua mulher.
Após algumas procuras resultarem em fracasso, Justin é encontrado por Jimmy e Stephen, um casal homossexual que perderam seu lar por conta dos alagamentos. Sem terem onde ficar, o pastor Asher oferece abrigo ao casal, entretanto tal ideia não é completamente aceita por Lydia, que teme que o casal gay possa exercer algum tipo de má influência em Justin.
Mediante o preconceito de sua esposa, Asher começa a perceber que tal comportamento não se relaciona com o amor que prega em sua igreja, e retomando relacionamentos do passado (inclusive com o seu irmão que também é gay), Asher começa a compreender que os muros de preconceito que criamos não nos protegem, mas sim nos isolam.
Pessoal, que leitura! Sério, costumo ter um receio em ler histórias que envolvem religião com medo da forma de como o autor (ou autora) irá retratar certos assuntos, entretanto me vi fascinado pela forma como Silas construiu esses personagens anteriormente citados. Acho importante citar aqui que o livro não tem uma abordagem fanática a respeito da religião, mas sim debate a questão do preconceito e fanatismo que ronda o nosso mundo.
Com isso, Silas consegue emocionar bastante em seu romance, seja pela evolução do Pastor Asher e pelo seu desenvolvimento com o casal abrigado e até com o próprio filho, Justin. É interessante perceber os detalhes que rondam essa obra justamente para poder dialogar sobre eles, as reflexões que o autor nos trás são imensas, mas creio que a maior delas esteja na nossa capacidade de amar!