Juventude

Juventude Laís Araruna de Aquino




Resenhas - Juventude


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Marker 08/02/2019

É preciso boa dose de crença no próprio material para conceder a ele um título tão genérico e potente quanto 'Juventude' e Laís de Aquino parece ter muita confiança na sua leitura caleidoscópica para os significados dessa palavra. No entanto, sua coletânea contém em si pelo menos três livros, e me incomoda bastante que essas vozes, ou momentos, não estejam agrupados como tal. É possível encontrar poemas idílicos, quase parnasianos, sobre uma vida campestre, ao lado de memórias urbanas, pop, repletas de referências e imagens delicadas, ou ainda o poema mais cerebral, acadêmico, uma abordagem filosófica e investigativa dessa juventude. Todas essas vozes não parecem estar em constante conversa, e não consigo entender como esse descompasso seria proposital. Não que seja um livro de respostas, mas os únicos momentos em que consigo perceber um verdadeiro debruçar sobre o mote que o título joga são aqueles em que toma a frente a poesia "contemporânea", por assim dizer, e Laís usa livros que leu, filmes que viu, cidades que visitou, o Recife natal, como marcos fundamentais, como os agentes de formação que são. Parece que Juventude, afinal, pede muito mais uma fala franca do que um passeio metafísico.
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