O povo contra a democracia

O povo contra a democracia Yascha Mounk




Resenhas - O povo contra a democracia


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Jeane 29/04/2021

Leitura esclarecedora sobre os perigos da ascensão do populismo e as formas de fortalecer a democracia.
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Cristiano.Goes 22/03/2020

Leitura obrigatória nos tempos atuais.
Conclui a leitura do livro "O povo contra a democracia" de Yascha Mounk. Mais um livro imperdível para compreender o cotidiano atual. O autor descreve a atual crise política com a ascensão de líderes populistas e autoritários no governo de diversos países. Mostra caminhos e alternativas para a defesa democrática. Indicado como leitura obrigatória no Doutorado em Ciência Política na Universidade de Lisboa. #leituradodia
Luh 18/04/2020minha estante
Estou amando a leitura. Pena que não vou conseguir terminar de ler tão cedo.




Suzanie 12/07/2020

A democracia e suas inconsistências
Antes de iniciar a leitura do livro, algo que ja me chamava a atenção era o seu titulo aparentemente contraditório: O Povo Contra a Democracia. Ao longo da obra o autor acentua a questão de que a democracia liberal se constitui de 2 termos que não andam necessariamente juntos. Demonstra claras possibilidades de existência de democracias iliberais e de governos liberais antidemocráticos. Dessa dicotomia, creio eu, nasce o sentido do titulo e da obra em si.

O livro é dividido em 3 partes: na primeira o autor expõe sua tese sobre a crise das democracias e analisa os termos como vem se dando em vários países. A segunda parte é dedicada a identificar e explicitar as origens dessa crise. Na terceira o autor discorre sobre uma gama de remédios para enfrenta-la.

Com uma linguagem muito corrente e acessível, a obra é um convite a pensarmos sobre o que hoje ameaça a continuidade da ordem democrática, como a ascensão de lideres populistas em recentes eleições ou os paradoxos engendrados pela própria democracia.

No que concerne ao populismo, seus porta-vozes vem ganhando apoio de grande parcela dos eleitores, concomitantemente a um incremento na rejeição ou desdém pelos ideais democráticos, inclusive entre a população mais jovem. Por outro lado, a democracia se constituiu até os dias atuais sobre bases excludentes, de modo que minorias étnicas, religiosas e culturais são mantidas à margem conforme o desejo de uma maioria que se sente cada vez mais ameaçada por pressões econômicas e migratórias.

Nessa linha, a relação entre o Povo e a Democracia tem se evidenciado como não linear, e o autor explora a sua complexidade na crise atual. Não há caminho ou solução fácil, mas ela certamente passa pela percepção de sua falibilidade no sentido de que não há formas de governos ou regimes eternos.

Portanto, a continuidade da democracia depende em grande parte da capacidade de superar suas inconsistências, de posiciona-la como um governo do povo e pelo povo. No leque de remédios propostos pelo autor, ele faz também o convite a cultivar uma atitude de luta contra tais ameaças democráticas, seja por meio de melhor se informar, de aproveitar oportunidades de falar sobre o assunto ou de participação em manifestações populares.
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Ale 11/03/2021

Frente pela democracia.
O livro traz as possibilidades dos porquês do povo estar "cansado" da democracia liberal e quais as formas de agir para consertamos esse erro ou pelo menos formarmos outro sistema capaz de garantir os direitos individuais e asseguramos os coletivos.
A formação de uma frente ampla pela democracia, independente de ideologias é a solução mais palpável para assegurar as garantias, uma frente em que cada lado perca um pouco pelo bem coletivo.

Muito bom, só senti falta de uma fala sobre o Brasil que vive imensamente uma derrocada democrática e poderia servir de exemplo nítido de como o povo se posiciona e das fragilidades do sistema.
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Eduardo1127 28/07/2021

Magnífico
Livro fantástico. Nos mostra um processo de corrosão das democracias protagonizada pelo próprio povo. No entanto, deixa evidente que o gatilho para isso vem da própria política.

O populismo pode ter suas raízes em fundamentos e anseios reais da população. Até mesmo em alguns políticos isso pode ser visto. Nem todo mundo ganha com a globalização. A desigualdade e as crises econômicas exarceberam problemas que por muito tempo foram controlados.

O trabalho de exibir esse processo, quando sinaliza a falta de relação dos políticos com o povo, a falta de bem estar socioeconômico e de uma moral política solida, combinado com propostas para reverter esse momento, tornam o livro simplesmente necessário.
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Leandro Vasconcelos 18/07/2019

Leia com cautela
O Povo contra a Democracia é o terceiro livro de um dos autores mais aclamados pelo “mainstream” midiático no momento, Yascha Mounk. Doutor em Harvard e professor da John Hopkins, Mounk de fato alia rigor acadêmico a um verniz de honestidade intelectual para tentar explicar a nova dinâmica política que ocorre hoje no Ocidente.

Sua principal tese é a de que a democracia liberal vem se desconsolidando nas últimas décadas. Refutando o antigo consenso de estabilidade dos regimes democráticos, o autor demonstra que os atuais movimentos políticos estão tendentes a assumir posturas extremistas. O resultado seria a degeneração do regime democrático-liberal em dois outros intermediários no caminho até o autoritarismo: a democracia iliberal e o liberalismo antidemocrático.

O autor assume a hipótese de que as condições nas quais a democracia liberal vicejou não estão mais presentes, quais sejam, a homogeneidade étnica, o crescimento econômico contínuo e o consenso político. Os motivos para que esses fatores não mais existam seriam, para ele, essencialmente a imigração em massa e o choque étnico-cultural; as novas e disruptivas tecnologias midiáticas; e a estagnação econômica dos países desenvolvidos. Isso gerou um conflito interno entre as instituições liberais e a vontade popular, ocasionando a ascensão de populistas autoritários no mundo todo e a fragilização dos outrora sólidos fundamentos democráticos.

Para Mounk, o remédio para o fenômeno seria o aprofundamento dos ideais da democracia liberal: a defesa intransigente de seus valores universais, que, segundo ele, não são efetivados na prática. Assim, propõe melhores redes de proteção social adequadas à economia do Século XXI; uma forma de patriotismo inclusivo, agregando cidadãos à diversidade; um retorno educacional às virtudes cívicas do sistema, afastando soluções extremistas; dentre outras.

Confesso que, em um primeiro momento, achei a obra fascinante. De fato, o autor esmiúça aspectos conturbados da política atual. As análises do sistema político concebido no Ocidente são bastante oportunas, evidenciando o que há de melhor na ciência política. Importantes também suas observações sobre o futuro: estaríamos a caminho de um século de experimentação política? Na pior das hipóteses, de predomínio do despotismo nacionalista? O que fazer para evitar esse cenário e valorizar os princípios da democracia liberal? As indagações levantadas são bastante pertinentes e ninguém é poupado de suas críticas, sejam grupos de esquerda ou de direita.

Entretanto, em uma análise mais detida, senti-me enganado.

Sim, não há outro termo para se descrever a sensação ao ler alguns pontos (fulcrais) do livro. Neles, Mounk subestima a inteligência do leitor, criando falsas dicotomias e manipulando dados e discursos para reforçar sua tese. Conduz a audiência até uma conclusão que, se esmiuçada, prova-se fraca ou mesmo falaciosa.

O exemplo mais enfático disso se mostra quando Mounk discorre acerca dos custos habitacionais nas grandes cidades do mundo desenvolvido. Segundo ele, em 1960, o aluguel médio de um apartamento em Nova York era de 200 dólares por mês. Em 2010, a cifra subiu para 3,5 mil dólares! Um incremento de 1650%! Esse número assombroso de aumento no custo habitacional é, contudo, FALSO! Se o leitor não checar a obscura nota do final do livro, provavelmente será levado a um equivocado sentimento de repulsa, deliberadamente pretendido pelo autor. Nela, ele deixa claro que fez uma comparação SEM CONSIDERAR CORREÇÃO MONETÁRIA. Em valores atualizados, o aluguel de 1960 corresponderia a 1,5 mil dólares. Ou seja, incremento de pouco mais de 100%, em um espaço de 50 anos, algo nada impressionante e pouco condizente com o valor apresentado no início.

E, infelizmente, não é o único momento em que Mounk utiliza desses ardis. Noutro, cita um trecho d’O Federalista, uma série de escritos dos líderes da independência dos EUA, mostrando que a democracia representativa nunca foi idealizada visando à participação do povo, mas sim pretendendo afastá-lo das decisões políticas. A frase citada está claramente DESCONTEXTUALIZADA. O trecho, atribuído a James Madison, relaciona-se ao papel do Senado, uma instituição concebida por ele justamente para EVITAR A DITADURA DA MAIORIA.

E assim prossegue o texto, repleto de armadilhas e recursos espúrios. Por vezes, são utilizados de maneira mais sutil, quando, por exemplo, o autor assevera que condições econômicas são importantes para se aferir o apoio a populistas, mas apresenta estudos em nota que sugerem justamente o contrário: não há relação de causalidade alguma (fatores culturais seriam mais importantes). Ou seja, uma das premissas básicas da tese de Mounk – que a desconsolidação democrática se deve à apreensão econômica – se mostra bastante fraca.

A repetição de contradições e sofismas acaba por minar sua credibilidade e faz o leitor se perguntar até que ponto as reflexões trazidas na obra são válidas. Ademais, a hipocrisia fica patente nos alertas do autor: na mesma medida em que cobra sensatez no debate público, repudiando difamações e análises simplistas, pratica tal nível de desonestidade intelectual. Justamente para não ser taxado de desonesto, deixa as contradições para notas de rodapé e citações obscuras, as quais passam desapercebidas pela maioria dos leitores incautos.

Por fim, Mounk abusa do senso-comum. Suas propostas econômicas, por exemplo, são risíveis: majorar salários de políticos para se diminuir a força do lobby? Desestimular a demissão pelas empresas no intuito de se proteger trabalhadores? Aumentar o gasto público a fim de melhorar a qualidade das instituições de bem-estar social? Se estudasse o Brasil, verificaria empiricamente as consequências de suas ideias. É aquele antigo vício dos intelectuais: têm grandes aspirações éticas e bolam belas teorias, mas não gostam de observar suas consequências práticas.

Sua ojeriza por Trump é, ademais, patética. Não estou defendendo-o; a questão é que Mounk dá um peso extraordinário aos populistas (e ao sensacionalismo dos discursos tanto deles quanto da oposição) e menospreza os movimentos que os geraram. Bem verdade, ele não deixa de mencionar que os populistas são, ao mesmo tempo, causa e consequência da desconsolidação democrática; todavia, o dissenso cultural no seio das sociedades ocidentais foi pouco explorado. Só com muita relutância o autor critica práticas também autoritárias dos opositores (principalmente os de esquerda) e seu relacionamento com a opinião pública em geral.

Enfim, o livro deve ser lido com cautela. Concordo com a tese do autor e também acredito que os ideais da democracia liberal devem ser defendidos a todo custo. No entanto, Mounk é mais um integrante do “mainstream” acadêmico que adora criticar tudo e todos sem se submeter a essas mesmas críticas, tampouco se sentindo responsável pelas ideias que propaga.
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Leandro.Santana 04/07/2020

Tema bastante atual, mas esperava mais do livro
Yascha Mounk é um cientista político e historiador germano-americano que atualmente leciona na Harvard University. O título do livro chama a atenção pela aparente contradição. Como assim o povo contra a democracia? Bem, é isso mesmo que Mounk argumenta em seu livro: a atual democracia liberal tem permitido que populistas com viés autoritário cheguem ao poder por meio do voto, mas, uma vez lá, lançam mão de ataques às instituições democráticas (poder judiciário, imprensa, sociedade civil etc.), colocando em risco justamente o sistema que permitiu que ele chegasse ao poder. Naturalmente, isso ocorre com aquiescência da população (ou pelo menos a parte dela que se identifica com o populista).

O livro foi lançado em 2018, portanto, o Brasil não é analisado no livro. Contudo, o autor dedicou parte do prefácio à edição brasileira para comentar sobre o momento que nossa democracia está vivendo, que não seria um caso isolado. A teoria de Mounk é justamente que a ascensão de populistas autoritários é algo sistêmico que revela fraturas no modelo atual de democracia, especialmente no ocidente.

O livro está contém nove capítulos divididos em três partes. Na primeira parte, a crise da democracia liberal, o autor faz um overview sobre a situação da democracia liberal no mundo, destacando os casos da Túrquia, Hungria e Polônia, que já vivem virtualmente sob tutela de autocratas. Destaca o caso americano, no qual Donald Trump insiste em desafiar as instituições. Por fim, discute o caso de França, Alemanha, Áustria, Itália, Espanha e Grécia que vêem partidos de extrema direita ou extrema esquerda ganhando força suficiente para brigar efetivamente pelo poder político.

Na segunda parte, são apresentadas as origens do fenômeno que estamos vivendo. Segundo Mounk, são três: a) as mídias sociais, que permitiram que discursos extremistas alcançassem um número enorme de pessoas, deixando de ser marginais; b) a estagnação econômica, que cria uma classe de ressentidos, especialmente trabalhadores pouco qualificados de países desenvolvidos, que se sentem ameaçados pela migração dos empregos para países em desenvolvimento ou pela ascensão de imigrantes bem qualificados que disputam com eles os empregos remanescentes; c) a identidade, que se traduz basicamente na relação com imigrantes de outras etnias e religiões. A questão não é somente econômica, como dito anteriormente, mas também identitária. Esses indivíduos temem ver sua cultura diluída pelo crescente número de imigrantes, sejam muçulmanos, latinos ou asiáticos.

Na terceira e última parte, o autor propõe remédios para reverter a atual situação, tratando de frente a questão do nacionalismo exacerbado, consertando os problemas econômicos que nos trouxeram até aqui e resgatando o senso cívico que se perdeu ao longo dos anos.

É uma leitura que vale a pena, mas confesso que esperava mais profundidade na discussão, o que não tira o mérito de trazer à tona um tema tão delicado e polêmico.

site: https://www.instagram.com/livroseleituraecafe/
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Fábio Perrucci 18/06/2020

Leitura obrigatória!
Um livro que aborda a deterioração que a democracia vem sofrendo nos últimos anos.
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Dalmon 06/07/2020

Cientificamente essencial
Yascha Mounk escreve de maneira a explicar conceitos como os de uma democracia sem direitos e de direitos sem democracia. Exemplifica com situações atuais nos EUA e Europa. A escrita não é muito fluida, principalmente quando se é necessário um conhecimento bem específico de geopolítica internacional. Muitas vezes é repetitivo com nomes de políticos, o que deixa a leitura cansativa. Recomendo, porém não é para iniciantes.
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Andrea 27/03/2021

A democracia está ficando ultrapassada?
O livro traz ótimas reflexões sobre os motivos de estarmos vendo tantos projetos populistas e autoritários obterem sucesso no mundo todo, inclusive em países onde parecia que a democracia liberal estava consolidada. Leva-nos a pensar no que nos trouxe até aqui e também traz estratégias de resistência para aqueles que acreditam que a democracia, mesmo com suas imperfeições, ainda é o melhor modelo.
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Maria.Gabrielly 31/07/2022

Necessário
Com uma narrativa incrível e fluida, esse livro me trouxe muitas reflexões sobre o sistema democrático que vivemos hoje. Me incomodou um pouco falar tanto dos EUA, mas é um livro muito fácil de ser lido e com análises muito contemporâneas da realidade.
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SohGabi 26/02/2022

O livro é bem interessante, só esperava que falasse um pouco mais sobre o Brasil, a nossa realidade e política não nao é tão igual a América do Norte e a Europa, mas por ele dá pra se criar uma boa consciência dos riscos que corremos aqui também. Muito útil e relevante.
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Danielle.Duca 12/04/2021

O livro traz uma análise dos pontos que possivelmente contribuem para a ascensão de líderes populistas e autoritários no mundo, enfraquecimento do sistema democrático e a consequente atual crise política em âmbito mundial.
Entender como a democracia vem enfraquecendo, os desencantos de tantas pessoas, especialmente jovens é preocupante, mas a certeza de que o voto ainda é a nossa maior arma contra líderes autoritários é um suspiro e uma motivação p continuar buscando alternativas de defesa democrática.
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Ronnayse 17/05/2021

O título do livro foi meu atrativo, mas a leitura não rolou pra mim. Tentei, posterguei, mas não deu...
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