Elegia do irmão

Elegia do irmão João Anzanello Carrascoza




Resenhas - Elegia do irmão


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Wadlia 28/10/2023

O livro foi cheio de entraves pessoais mas creio que o que fluiu foi maior. Pensar sobre essa perda é algo que já o fiz e não foi fácil nem simples. O livro traz uma linha de raciocínio sobre esta perda e isso já é suficiente para nos levar a esta leitura.
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ElisaCazorla 07/04/2020

Repetitivo
Infelizmente não tem a força de livros como Trilogia do Adeus ou, o meu preferido, Aos 7 e Aos 40. Talvez tenha sido o último dele que li. Cansativo e muito repetitivo. Não gostei muito.
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Gerusa7 25/07/2023

é sobre luto, é sobre mim e é sobre você
Comentar sobre livros já não é fácil, tratando sobre lutos, ainda pior. Mas João, eu bato palmas para você, não é fácil colocar em palavras a perda, a dor... mas você fez com maestria. Eu sei o que é perder, mas não sei o que é falar sobre... obrigada por me dar um abraço com suas palavras e me permitir conhecer Mara com a sua ótica. A sacada do "antes e depois", me pegou muito. Quando a morte é só uma sombra ela já machuca, mas quando se concretiza é perturbador.

Recomendo principalmente aos que não sabem falar com da perda que passaram. Não é preciso falar, mas permita que João te dê um abraço com as palavras.

"Pensei na rotina que o empuxo da vida nos impõe com suas ações tão naturais que parecem automáticas: caminhamos, comemos, sorrimos, conversamos, festejamos, como se nada fosse nos acontecer, como se cada cena vivida não nos levasse inevitavelmente ao aniquilamento."
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Pipoco 10/04/2019

Impossível não se emocionar
Em sua nova prosa poética, o autor nos brinda com um texto lindo.
Ele relata de maneira inigualável alguns momentos vividos entre ele e sua irmã, morta de maneira precoce por uma enfermidade.
O texto é construído com pequenos capítulos (se é que podemos chamar assim), nos quais um tema predomina sempre: saudade, ausência, infância, medos, desconhecido, fé (ou falta dela), memórias, objetos, família...
Sou fã declarado do autor e a leitura desta preciosidade somente fez aumentar minha admiração.
Verdadeira obra-prima e uma declaração de amor à irmã.
Leila 10/04/2019minha estante
comprei ontem! estou doida para ler, amo o Carrascoza!


Pipoco 10/04/2019minha estante
Amada, eu devorei. Lindo demais, mas duro demais também...
Depois me conta o que achou, viu?
Beijocas, amada amiga!




Toni 29/04/2019

“Um compositor, dos maiores, disse que devemos pôr em cada acorde de uma música toda a potência de nossa alma” (p. 73), escreve Carrascoza na metade de 'Elegia do irmão’. Com efeito, esse princípio composicional parece guiar a mão do autor em cada linha, parágrafo, capítulo, intervalo, brecha e suspiro deste romance. Contrariando as normas da “boa escrita literária” (contém ironia), não há, em suas 150 páginas, qualquer alternância de registro, prevalecendo o tom elevado (a que alguns chamam “poético”) que permanece tensionado por toda a leitura. Assim, em tensão constante, o luto é elaborado por meio de quadros de ausência, diferentes visões daquele “não mais” que martela o presente esvaziado de quem fica.
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De uma reminiscência a outra, tropeçando entre pequenas e grandes dores, remorsos, discussões, aventuras infantis, segredos fraternos e no próprio emaranhado incerto da memória, o narrador de ‘Elegia do irmão’ elabora a perda de sua irmã — vítima de uma enfermidade galopante que lhe rouba a vida oito meses após o diagnóstico. Seguindo a liturgia dos sobreviventes, o livro começa, pois, com o ritual de acender incenso e acaba em uma prece. Entrementes, a linguagem sopesada e (às vezes) titubeante traduz com sofreguidão a impossibilidade de se dar conta da aniquilação do Outro, cuja morte leva também um pedaço do Eu. Sem o contraponto da irmã, o narrador de ‘Elegia’ torna-se um sujeito profundamente cindido, abandonado entre um “antes” e um “depois” que nomeiam, não por acaso, as duas partes do romance.
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A beleza da escrita de Carrascoza não vem isenta, no entanto, de certos lugares comuns do gênero, como comparações, cenas e insights (por ex., apontar as inúmeras vidas que nascem e vivem completamente alheias àquelas que deixam o mundo) já trabalhados em outras obras até mesmo do próprio autor. Nada, contudo, que diminua o lirismo do relato, feito essencialmente de lentidão, ternura e desabrigo.
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Mariana Dal Chico 23/07/2019

“Elegia do irmão” de João Anzanello Carrascoza foi publicado em março desse ano pela @alfaguara

Quem me acompanha há algum tempo, sabe que me apaixonei pela escrita de Carrascoza quando li “Diário de um Ausente” e desde então acompanho o trabalho do autor que, com poucas palavras e muitos silêncios, consegue transmutar sentimentos em palavras, que ao chegar no leitor, penetra suas defesas e o desarma completamente.

Além das palavras cuidadosamente escolhidas, o autor retrata cenas simples em ação, mas complexas em carga emocional. É o tipo de autor que consegue com maestria mostrar em vez de dizer, com acontecimentos do cotidiano que se entrelaçam de forma profunda construindo uma narrativa sobre luto, amor, momentos, laços, perdas e companheirismo.

O que mais me tocou foi a reflexão sobre o quanto de nós vive no outro e de quantos outros nós somos feitos. Quando eu me for desse mundo, uma parte de mim vai continuar vivendo nos que me são próximos, e não apenas minhas virtudes, mas principalmente meus defeitos.

O que mais dói no luto, é a percepção da falta definitiva do outro em tarefas do dia a dia, como a louça guardada no armário de forma diferente ou um simples abrir a porta da geladeira. “… É uma mudança definitiva, entre outras, que vão fixando residência aqui. Nunca imaginei que, ao abrir a porta da nossa velha Brastemp, a realidade pudesse ser (a um só tempo) sutil e brutal.” p. 72

Sutil e Brutal, duas palavras que descrevem bem minha experiência de leitura com “Elegia do Irmão”, mais um livro que entra para lista de favoritos.

Instagram @maridalchico

site: https://www.instagram.com/p/B0GQHd8jnKk/
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marcioenrique 10/03/2020

autor parece tentar repetir em quase todos os seus livros - e quase sempre sem sucesso - a prosa poética de 'caderno de um ausente' que nos encantou a todos.
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isalimay 27/11/2023

Que livro lindo.
É sensível e principalmente belo.
Me apaixonei com a escrita de João no outro livro que li dele, mas sua narrativa nessa obra em especial me tocou mais. Senti cada palavra no fundo do peito, principalmente porque tive um luto muito sofrido. Obrigada por isso.
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