As Aventuras do Senhor Pickwick

As Aventuras do Senhor Pickwick Charles Dickens




Resenhas - As Aventuras do Sr. Pickwick


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Claire Scorzi 20/03/2009

Personagens que se tornam nossos amigos
Um livro engraçado, comovente, cativante. Tem centenas de personagens, figuras inesquecíveis como o Sr. Pickwick e seu criado Sam Weller (que dupla!); é frequente o uso da técnica da história-narrada-dentro-da-história, sem nunca tornar a narrativa complexa, porém dando-lhe um sabor diferente quando menos se espera; nesse seu primeiro romance, Dickens já deixa ver seu lado de crítico social (o longo trecho do livro dentro da prisão de Fleet - a mal afamada prisão para devedores - revela ironia e acidez, com toques panfletários de denúncia; também as cenas que mostram as fraudes nas eleições e aquelas que tratam da atitude rapace dos advogados). Como já disseram, as críticas às injustiças aqui ainda não tem o tom sombrio que irão adquirir em alguns livros posteriores do autor.
É possível ler "As aventuras do senhor Pickwick" e terminar sua leitura sentindo saudades dos personagens...
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Diego 13/07/2021

Dickens é ótimo
Neste romance em folhetim, de cuja técnica o autor é mestre, acompanhamos as aventuras e desventuras de um pequeno grupo de amigos (os integrantes do ?Clube Pickwik?) em suas andanças com objetivo de ?estudo científico? da sociedade inglesa.
A sátira às pretensões científicas à verdade envolve a obra e é incrivelmente atual.
Em boa parte do livro, quase até seu final, lembra um pouco as desventuras de Dom Quixote.
É uma crítica bastante sútil e muito agradável de ler, como as obras do autor que li até hoje.
Recomento fortemente!
Diego 13/07/2021minha estante
Corrigindo: Clube Pickwick.




Samuel Paiva 14/03/2012

A Doce Graça das "Aventuras do Sr Pickwick"
O filósofo André Conte-Sponville disse, distinguindo humor de ironia, que “É preciso que o riso acrescente um pouco de alegria, um pouco de doçura ou de leveza à miséria do mundo, e não mais ódio, sofrimento ou desprezo. Podemos rir de tudo, mas não de qualquer maneira”. É exatamente essa leveza que o Inglês Charles Dickens (1812-1870), em As Aventuras do Sr. Pickwick, tão agradavelmente nos proporciona. Pouco menos de seiscentas páginas divididas em cinqüenta e sete capítulos, a obra traça de elegante e cômica forma o perfil da Inglaterra oitocentista, onde os singulares membros do clube londrino “Pickwick”, de pesquisa científica, decidem aventurarem-se pelas províncias do interior da terra da Rainha. A seqüência de pitorescas e ingênuas situações que a partir dessa iniciativa se desenvolverão merece a atenção do homem do século vinte e um, tão acostumado com um humor, que é, antes de tudo, mau humor, tão agressivo como a publicidade, quanto até mesmo o amor dos pós-modernos tempos líquidos.
Snodgrass “o poeta”, Winkle, Tupman “o apaixonado”, Pickwick “o observador da natureza humana” e o criado Weller, esse é o time - sem contar os outros personagens que aparecerão ao longo da narrativa - que por serem tipos tão deliciosos e bem construídos, faziam o próprio escritor chorar de rir, borrando as páginas de tinta ainda fresca, como esse mesmo confessara.
Advogados, pastores, atores ambulantes, militares, encantadoras senhoras, todos são apertados pela pena de Dickens até que expilam suas pândegas características. Sem olvidar das partes em que o escritor tenta nos fazer chorar, talvez para em seguida gargalhar compreendendo a desnecessidade de tais expedientes, diante de uma raça, como bem diz o criado Samuel Weller, que foi jogada no mundo de cabeça para baixo, para brincar de esconde-esconde com as aflições da vida. Quem ri de si, antes de mais nada se aceita, e se aceitar, exige humildade, de quem se sabe humano, demasiado humano, para almejar perfeição.
Com talento se extrai tudo de tudo, se não, vejamos o que escreve Charles Dickens:
“Há pouquíssimos momentos na vida de um homem em que ele experimenta aflições mais ridículas e provoca menos caridosa comiseração do que correr atrás do chapéu. São necessárias muita frieza e uma dose especial de discernimento para pegá-lo. Se a gente se precipita, passa por cima dele; se corre para o extremo oposto, perde-o completamente. O melhor meio é acompanhar de perto o objeto da perseguição, com prudência e cautela, esperar uma boa oportunidade, colocar-se gradativamente na frente e, depois, mergulhar com presteza, agarrá-lo pela copa e enfiá-lo na cabeça, sorrindo graciosamente o tempo todo, como se considerasse aquilo tão divertido como o consideravam os outros.”
É por tudo isso, que, não fugindo do espírito da obra, tampouco da prolixidade de resenhista, concluo dizendo que ler Charles Dickens, é tão impactante, e ao mesmo tempo sutil, como fazer um corte na alma, usando “a faca sem lâmina à qual falta o cabo”, de propriedade de Lichtenberg.
Marta Skoober 25/05/2012minha estante
Muito boa a resenha. Parabéns.
Talvez agora o livro deixe de ser mais um na pilha...


meire 23/12/2012minha estante
rapaz, bem interessante o que você observou sobre o humor em dickens. esse paralelo com o humor de hoje é fundamental. bom exemplo o do chapéu!




Gláucia 15/08/2010

Risadas garantidas
O início é cansativo, mas apenas as dez primeiras páginas. Depois a narrativa se desenvolve leve, solta e engraçadíssima, contando as enrascadas em que se mete o bonachão sr. Pickwick e seus três inseparáveis amigos. O livro se torna ainda melhor quando surge Sam Weller, fiel criado de Pickwick, que colabora para metê-lo em mais confusões e em situações constrangedoras e hilárias. A dupla pode ser comparada a Bertie e seu fiel mordomo Jeeves.
Marta Skoober 24/03/2011minha estante
Peguei o meu livro que estava na casa da minha mãe, fiquei procurando o recado em que você sugeria a leitura dele, não sei porque eu achava que era parecido com O primo Pons, mas é com Jeeves.

Não sei ainda quando vou ler, mas agora que tá na mão já é mais fácil.




Biblioteca Álvaro Guerra 30/06/2022

As aventuras do Sr. Pickwick apresenta, em ritmo picaresco, as peripécias das personagens chaplinianas de um certo Clube Pickwick, cujo objetivo é investigar a vida na capital inglesa - resultando numa sátira ao cientificismo do século XIX. Ao mesmo tempo, o primeiro romance de Charles Dickens é um retrato comovente e humorístico da sociedade de seu tempo, com aquela objetividade que só a ficção pode conquistar.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!
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Murilo 04/05/2020

As aventuras de Pickwick
Embarque juntamente com o honrado Sr. Pickwick nas suas viagens pela Inglaterra. Livro muito bom. Boas risadas os esperam.
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vicniro 03/10/2023

Envolvente do começo ao fim
Que livro sensacional! O livro é ótimo do começo ao fim, não tem uma partezinha chata. As vezes eu esquecia quem era quem, mas como já estava prevendo que isso poderia acontecer, fui fazendo notas ao longo da leitura que ajudaram demais.

Ao longo da história principal, que é mega divertida, vamos tendo contato com outras histórias que vão sendo contadas por outros personagens, e isso foi bem legal e fez todo sentido com a ideia de que eles estavam ?coletando? aventuras e coisas do tipo. O Sr. Pickwick e o Sr. Weller são ótimos e fiquei morrendo de raiva do Sr. Jingle (aliás, eles foram atrás dele tentando pará-lo, mas obviamente depois ele continuar fazendo a mesma coisa). A única coisa que eu espero pro segundo volume é que se aprofunde um pouco mais nos outros pickwickanos porque achei que eles ficaram um pouco de lado.

P.S. Eu AMO os títulos dos capítulos dos livros do Dickens! São muito divertidos e eu fico tentando adivinhar o que vai acontecer.
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Aleksander 25/06/2014

Me surpreendeu!
Pickwick: um senhor simpático, bonachão, risonho, amável, simples (que não se deixava levar pelo fato de seu próximo ser pobre ou rico). De coração imenso, e assim reconhecido por todos que o cercam. Além de tudo isso um AVENTUREIRO. Segundo Sam Weller, seu fiel escudeiro, tinha um espírito de um rapaz de 25 anos. Apesar de às vezes parecer beirar ao ridículo (e talvez tenha sido essa a intensão do autor em alguns momentos), prevalece a marca desse grande homem, que é sua honra, motivo de grande zelo de sua parte e refúgio para outros em muitos momentos. Junto de seu criado Sam e mais 3 amigos, circulam pela Inglaterra com o intuito de observar e estudar a natureza humana, o que de alguma forma conseguem, juntamente com aventuras formidáveis. Muitas cidades visitadas, cada qual com suas peculiaridades. Muitas pousadas com seus nomes esquisitos. Muitos almoços e jantares, sempre regados com muita bebida, de uma considerável variedade, de modo que se alguém tem pouco conhecimento sobre o assunto, após a leitura passa a ter a capacidade de fazer um boa lista.

Incrível o fato de este ser o primeiro livro do Dickens, tal a destreza que ele demonstra na construção desse romance. Trata-se de uma narrativa feita por alguém que teve acesso aos documentos que registram os fatos apresentados. Logo, não é um narrador onisciente. Essa característica, no entanto, parece às vezes ser posta de lado. Apresenta uma linguagem formal mas nem por isso cansativa. Na verdade se torna gostosa no decorrer do livro (principalmente após as primeiras páginas), pelo cuidado de mostrar todos os detalhes relevantes possíveis, seja do ambiente ou das personagens, tanto em termos físicos como em relação aos sentimentos e, às vezes, possíveis cogitações e intenções. Impossível deixar de falar do tom irônico e bem-humorado empregado, que arranca risadas em muitos momentos.

Muitos personagens, todos inesquecíveis. Uns mais marcantes que outros mas todos importantes e interessantes, seja pelo papel na história ou pelo tipo que representam. Sam Weller, abaixo apenas do Sr. Pickwick na história, transforma-a ao aparecer, e forma com este uma dupla incrível, com aventuras hilárias. Destaque grande, porém, para as críticas sutilmente (ou não) expostas. De ordem social, política, comportamental.

Considero uma das melhores leituras que já fiz, talvez também pela identificação com a época e o ambiente, mas não menos pelo belo texto que se tem.
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Hugo 28/03/2021

Não é a toa que Charles Dickens é reconhecido como um dos maiores escritores ingleses, sua narrativa apesar de um pouco enjoativa prende o leitor do inicio ao fim.
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Rebeca Dccv 10/07/2020

Caro Sr. Pickwick...
Embora eu tenha demorado para ler este livro foi muito prazerosa a leitura. A forma como são narradas as aventuras do caríssimo senhor Pickwick, em que cada capítulo narra uma aventura diferente e mesmo assim da uma continuidade a história geral me impressionou. Embora o jeito como as mulheres são retratadas me inquiete a leitura no geral é fabulosa. E o final trouxe um encerramento que em alguns livros não possuem, dando um fim a cada personagem e deixando um sentimento gostoso e um pouco melancólico que bons livros trazem quando acabam.
Ass: Rebeca
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vicniro 08/10/2023

Segundo volume mais lento, mas ótimo como um todo
Em comparação com o primeiro volume, esse tem um ritmo bem mais lento por conta do fechamento dos vários arcos abertos no primeiro. Aqui vamos ver o desfecho do processo contra o Sr. Pickwick e diversos casais sendo formados.

Apesar das várias situações convenientes apresentadas nesse volume, eu me diverti bastante, mas não tanto quanto no primeiro. Não sei se eu que estava esperando o mesmo ritmo do anterior ou se realmente algumas partes se prolongaram mais que o necessário.

O final foi do jeitinho que eu gosto, tudo deu certo com diversos casais felizes. Então apesar de todos os pontos negativos, eu gostei bastante do livro como um todo, mas o primeiro volume ainda é meu favorito.
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Edna 23/02/2019

Um elo forte "a amizade"
As Aventuras do Sr. Pickwick Vol. II
#CharlesDikens

O que pode acontecer quando amigos fundam um Clube e saem em viagens, observando o comportamento humano e em busca de conhecimento estudos !? Muita confusão.


Vamos sentir a falta da maturidade conhecida de outras obras, a Literatura gótica e meio soturna que é o forte de sua maturidade, além das críticas sociais em caráter mais elevado do que aqui.


Nessa segunda parte vamos continuar a viagem e conhecer melhor um dos personagens mais incríveis, muito cômico e em algumas partes tocantes como nesse trecho que Sam seu fiel escudeiro se recusa a casar-se, para permanecer fiel ao Sr. Pickwick a quem já serve e muito se afeiçoou.

Mas já deixo claro porque você deve ler Dickens, mesmo no início de carreira, ainda assim fechou todas as pontas, com desfechos incríveis, com casamento de Sam finalmente e muitos outros finais que vai te trazer a sensação maravilhosa de ter conhecido a primeira Obra de Dickens.

"Entre eles existem uma recíproca e segura afeição que só a morte poderá quebrar.

Mas se você ainda não leu Dickens:
"__Quem teria ânimo de combater semelhante resolução? Não o Sr. Pickwick, que sentia nesse momento mais ternura e orgulho pela afeição desinteressada de seus humildes amigos, do que teriam despertado 10.000 protestos dos homens mais eminentes da terra." Pag. 291


Ainda assim fechou todas as pontas, com desfechos incríveis, com casamento de Sam e outros amigos que se deram muito bem.

"Entre eles existem uma recíproca e segura afeição que só a morte poderá quebrar.

Mas se você ainda não leu Dickens:

#bagagemindica para iniciar:?

#Grandesesperanças e/ou #DavidCopperfield

para se apaixonar assim como eu por esse Maravilhoso Escritor.

@bagagem.literaria
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Rafa 27/12/2012

O curioso Sr Pickwick
O livro nos conta a história do Sr Pickwick que fundou o Clube Pickwick e passou a viajar pela Inglaterra com mais três outros membros: Sr Tupman,Sr Snodgrass e Sr Winkle. Em toda parte que vão conhcem pessoas fazem amigos e os tornam a reencontrar estes amigos durante a história.
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Valeria 23/11/2014

O livro que tem o cheiro das minhas primeiras descobertas literárias e o rumor de risadas sem fim
As aventuras do Sr Pickwick (The Posthumous Papers of the Pickwick Club, abreviado para The Pickwick Papers, 1836) foi o primeiro romance de Charles Dickens e é considerado, com razão, uma das maiores obras-primas da literatura inglesa (minha preferida).
Foi publicado em fascículos, como muitas outras obras da época. A saída destes fascículos era uma espécie de evento: nas famílias, entre os vizinhos, esperava-se quem tivesse os meios para comprar o fascículo, lendo-o para quem não tinha a mesma possibilidade.

Dickens, com fino humorismo e a sagacidade de sempre, cria um retrato excêntrico e nostálgico de uma Inglaterra de uma época mais humana e cordial, imagem que será virada de cabeça para baixo em seus romances sucessivos, mais dramáticos, que vão representar, por sua vez, todo o cinismo da sociedade de sua época (em plena Revolução Industrial).

TRAMA

A obra é apresentada como um relato das viagens que o sr. Samuel Pickwick, fundador do Club Pickwick, faz em maio de 1827 junto com os amigos Nathaniel Winkle, Augustus Snodgrass e Tracy Tupman, percorrendo a Inglaterra do início do século XIX, com a intenção de descrever seus habitantes, entre situações paradoxais e personagens bizarras.
Desde o início de suas aventuras o pequeno grupo é notado por Jingle e seu criado Job Trotter, dois hábeis delinquentes que não se cansam de enganar e colocar em dificuldades o velho cavalheiro e seus companheiros.

A viagem pela Inglaterra apresenta o afresco de uma sociedade feita de justos e menos justos, em constante evolução na perseguição do progresso e do dinheiro, mas também dos afetos. Trata-se também de um estudo social feito por Dickens, entre risadas e paródias, que pode servir de instrumento para dar uma boa olhada no nosso mundo.
Descreve-se uma sociedade ainda plena de cordialidade e mesmo com a presença de alguns personagens ou momentos negativos, apresenta uma humanidade que em breve será destruída pelo progresso (mostrada nos romances de formação de Dickens).
É uma humanidade excêntrica e bizarra, porém, é nesta excentricidade que está localizada o poder magnético do clube Pickwick para os leitores da época: a nostalgia por um modo de vida que estava desaparecendo e sendo substituído pelo cinismo e pela solidão.
É a mesma nostalgia que o leitor de hoje sente ao lê-lo.
É um grupo de pessoas distintas: o velho mas alegre e bem disposto Samuel Pickwick; o amante de versos e poesia Augustus Snodgrass; o trapalhão Nathaniel Winkle, erroneamente convencido de ser um talento esportivo; o gorducho Tracy Tupman, amante do belo sexo; e enfim o humilde e honesto Sam Weller, jovem criado e amigo de Pickwick.
Um grupo de ingleses que amam a vida e que para aproveitá-la acabam tendo que enfrentar as situações mais absurdas: intrigas e confusões, casamentos difíceis, raptos de jovens e graciosas senhoritas (e senhoras), viagens improváveis, perigos inesperados, piqueniques que vão do grotesco à caricatura.
Cheio de ironia, mas também de simpatia pelos seus excêntricos personagens, este romance coral. com seu humorismo irreverente e irresistível, nos convida a refletir sobre nossa própria sociedade, suas características favoráveis ou não, sempre com o sorriso nos lábios e um pouco de esperança no coração. E "Carpe Diem".

site: www.deedellaterra.blogspot.com
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Laysa 13/05/2023

Um livro despretensioso
Primeira obra de Dickens que eu leio, As Aventuras do Senhor Pickwick me surpreendeu por ser genuinamente engraçado! Isso é, pra quem gosta do humor inglês, o livro é prato cheio. Dei boas risadas, especialmente com Sam Weller, o criado do sr. Pickwick kkkkk. É um livro mais longo, mas vale muito a pena a leitura!
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