Quem Escreveu os Manuscritos do Mar Morto?

Quem Escreveu os Manuscritos do Mar Morto? Norman Golb




Resenhas - Quem Escreveu Os Manuscritos Do Mar Morto?


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Gininha 25/10/2010

NÃO FORAM OS ESSÊNIOS
É sempre um choque percebermos que uma visão de mundo a nós colocada, desde que nascemos, torna-se duvidosa, num certo momento da nossa maturidade. Quando conseguimos zerar todas as idéias que pensamos ser nossas e, corajosamente, exercitamos nosso discernimento, sem PRé-conceito, é provável que o que passamos a enxergar abale nossas convicções mais íntimas, mas, por outro lado, nos dá uma sensação de liberdade e de domínio do nosso livre arbítrio e do nossa própria capacidade de raciocínio. Sempre haver a possibilidade de escolhas é bem mais alentador do que não termos opção e sermos obrigados a aceitar o que se nos é imposto. O maior mérito desse livro de Norman Golb é este: exorcizar uma versão dos fatos sobre a autoria de manuscritos do Mar Morto, arrogantemente defendida por um grupo ligado a um tal de Padre De Vaux (evidentemente patrocinado pela Cúria do Vaticano) que não admitia fosse contraditada suas opiniões. E bem que havia interesse desse grupo, um interesse não com a verdade, mas com a manutenção de uma opinião que se transformou em dogma a não admitir contestação. Os Manuscritos do Mar Morto não foram escritos pelos essênios, como prova Norman Golb, robustamente guarnecido de provas, de documentos de paleontólogos, arqueólogos, eruditos em línguas antigas, mapas, historiadores, alguns desses testemunhos da época em que viveram os essênios. A leitura do livro, em certos momentos, tem, por vezes, sabor de história policial, de espionagem, tal o labirinto em que Norman Golb – um pesquisador sério e independente - se mete para desvendar interesses religiosos inconfessáveis e prepotentes. Por outro lado, é lamentável que um especialista da envergadura de um Geza Vermes, também autor de livros sobre esse tema, tenha, de um momento para outro, renegado tudo que dissera antes a respeito dos tais manuscritos, contraditando o Padre De Vaux, para, numa reviravolta cujas razões se tornariam, mais tarde, de conhecimento público, adotar a “opinião” de De Vaux,. Teria alguma relação essa reviravolta do erudito e competente Geza Vermes com o recebimento de vultosa verba para suas pesquisas, no departamento da universidade em que dirigia? DOU 5 ESTRELAS para esse livro, não dando mais porque o Skoob não apresentou a opção de mais estrelinhas. 

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