O que te pertence

O que te pertence Garth Greenwell




Resenhas - O que te pertence


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Vanessa602 28/02/2024

Uma história sobre inevitabilidade
Triste porque nem teria como ser diferente. Gostei de alguns trechos, a premissa por si só me impediria de odiar o livro, mas faltou alguma coisa. O destaque com certeza não está na trama (não acontece muita coisa), mas na escrita (às vezes). A cena do trem, por exemplo, e a cena final, me deixaram um pouco emotiva. O resto é bem parado, mas entendo que a proposta era entregar um drama mesmo.

A escolha do país para ambientação eu achei perfeita. Essa história não tinha como se passar em outro lugar. Também me identifiquei com vários pensamentos do narrador, achei que a escrita do Garth conversa bastante com algumas experiências universais humanas, como a relação com nossos pais e outras pessoas que estamos desesperados para salvar, para amar mais e melhor. É uma linha tênue entre o controle e a proteção, a pena e a empatia. A pergunta que a gente faz e que não deveríamos fazer: quão inevitável é o destino da infelicidade?
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Peter.Molina 30/12/2023

Relações tóxicas
Neste livro, um narrador descreve usa relação com um garoto de programa, ao mesmo tempo em que se lembra de situações familiares, vivencia o luto, a doença e outras dificuldades. A relação entre os personagens principais é bem abusiva, o que me gerou uma certa revolta na forma de como o autor lidou com isso. Escrito muitas vezes em fluxo de consciência, com páginas ininterruptas sem parágrafos, cansando a leitura e tirando o fôlego do leitor. No final , fica um sentimento amargo, pesado e de solidão, pois o protagonista tem poucos momentos de alguma felicidade sincera.
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youcancallmejunior 20/09/2023

O que te pertence
O romance escrito por Garth Greenwell traz em sua obra a história de um professor americano, gay, vivendo em Sófia, capital da Bulgária. É em um banheiro público que conhece Mitko - um garoto de programa - e a relação entre os dois se inicia. Relação essa pautada inicialmente no benefício mútuo - dinheiro/favores em troca da satisfação sexual. No entanto, no decorrer das páginas, nota-se também um desenvolvimento desse complexo relacionamento, atrelado a uma certa dependência emocional.

Ao longo da obra, o protagonista também revive as memórias e suas relações familiares durante a sua adolescência, carregada de desejo e ao mesmo tempo de muita repressão à sua sexualidade. O que serve de base para algumas das inseguranças na vida adulta do mesmo. Senti um misto de emoções pelo protagonista: ora raiva por vê-lo se permitir a essa dependência, ora compaixão por entender a razão de parte de suas inquietações.

Achei a construção narrativa bem fluida, de linguagem simples. Garth Greenwell entrega de forma bem descritiva a construção dos personagens. Ainda assim, não me vi muito cativado pela trama. Acredito que alguns trechos presentes no livro poderiam claramente ser retirados, sem impactar significativamente a história. O que não deixa de ser uma boa leitura.
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Marcelo 14/08/2023

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
"O Que Te Pertence" é um romance escrito pelo autor Garth Greenwell que narra a história do protagonista, um americano expatriado com um homem local chamado Mitko, que vive em Sófia, na Bulgária.

A trama se desenrola em um cenário de vulnerabilidade emocional e busca por conexão humana. O narrador encontra Mitko em um banheiro público e imediatamente fica intrigado por ele. Eles desenvolvem uma relação ambígua, misturando atração sexual, exploração emocional e diferenças culturais. Mitko, um jovem garoto de programas búlgaro atormentado por problemas financeiros, torna-se tanto um objeto de desejo quanto um espelho para as inseguranças e desejos não realizados do narrador.

A narrativa explora temas como solidão, desejo, identidade sexual, linguagem e comunicação, além de mergulhar na dinâmica complexa entre os dois personagens principais. O livro examina as nuances das interações humanas, destacando como as relações podem ser moldadas por desequilíbrios de poder, desejos não declarados e a luta constante para se compreender e se conectar.

Apesar de bastante elogiado por sua prosa sensível e evocativa, que explora os pensamentos mais profundos dos personagens e os sentimentos reprimidos que os impulsionam, o livro não me envolve o suficiente. Garth Greenwell aborda a complexidade da intimidade, revelando a vulnerabilidade e as inseguranças subjacentes que muitas vezes moldam nossas interações com os outros mas ainda assim sinto que falou algo que me conectasse ao livro.
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felipe.gugel 09/07/2023

Um drama belíssimo. Eu adorei a narrativa melancólica atrelada as descrições da Bulgária. O livro traz aspectos psicológicos de relacionamentos muito fortes e, de certa forma, me identifiquei com algo parecido que já vivi.
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xoelson 23/03/2023

É.. Então..
Sinceramente? Me prendeu bastante no capítulo inicial. A forma como acontece a relação com Mitko é, para algumas pessoas, a única forma de se relacionar sexualmente.. Infelizmente.

A forma como é retratada tende a ser dolorida, porém tão contemporânea que chega a ser ?normal?.

De volta ao passado do protagonista, e a forma como sua infância foi moldada de forma desagradável, faz com que façamos o link com as atitudes atuais do mesmo. Explica, mas não justifica.

Há muitos, muitos, muitos e muitos detalhes que, na minha opinião, não precisavam existir e sim focar toda essa energia para algo que prendesse mais.

O final, é de se esperar.. Claro. É bem previsível dadas as circunstâncias. E posso falar até que gostei desse final.

Recomendaria? Talvez não.

É isto! ?
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PaulonoRio 03/02/2023

Não sei nem como resenhar esse livro. Me pegou de uma forma que eu não estava esperando. Me indentifiquei em partes com o protagonista e me peguei achando ele idiota em outras partes. Acho que o final foi exatamente o que eu esperava e queria muito ver uma versão adaptada
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@emedepaula 31/01/2023

Desejo opaco
Divido em três partes, o livro tem na sua primeira parte a maior força. Partes dois e três respectivamente vão perdendo a força narrativa, e me senti arrastado pela história com menos interesse. Ainda assim, vale a experiência. Garth é um escritor muito afetuoso, e isso imprime em seus livros de um jeito muito especial.
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Leticia2513 21/08/2022

Acaba pelo amor de deus
Sinto que a opinião dada a esse livro é totalmente por culpa minha. Acho que não é o meu tipo de livro e fiquei entediada do início ao fim porque a narração é sem graça, não tem ação e é extremamente confuso. Parece aqueles filmes antigos sem diálogo onde você tem que descobrir o que tá rolando com muito esforço. E eu não gosto disso. O final foi meio estranho mas não esperava outra coisa pra esse livro. Eu li com meu total esforço e é algo que absolutamente não faria novamente
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gean. 18/08/2022

Bom
O livro tem uma leitura muito detalhada e singular sobre os personagens. Achei que em alguns momentos estava lendo capítulos anteriores novamente.

Confesso que a pouca maestria (pelo menos pra mim) do autor de não conseguir prender o leitor nas narrativas dos protagonistas me fez demorar ainda mais para terminar.

Esparava um final diferente pois muito se podia explorar a temática e os ocorridos.

Deixarei a indicação de leitura por conta de vocês.
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Gabriel Varizi 15/07/2022

Com um quê de Caio Fernando Abreu, "O que te pertence" também explora a dicotomia entre desejo e repressão, muito embora o problema aqui não sejam os conflitos ditatorias, mas aqueles internos do protagonista. À medida que o professor de literatura se aproxima/distancia de Mitko, como uma maré que sobe e desce sem avisar, os restos deixados na praia o fazem lembrar de sua própria descoberta sexual e sua relação com seu pai. Relação essa que tenta explicar a contradição entre seu desejo pelo jovem e o caráter autodestrutivo do relacionamento. Mas não consegue, afinal, desejos tais como apresentados na narrativa acelerada de Garth Greenwell são injustificáveis. Em suma: a própria definição de triste com tesão.
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Gu Vaz 09/07/2022

Melancólico
Um professor estrangeiro se vê fascinado e desejando Mitko, um garoto de programa búlgaro, com o qual se envolve sexualmente. As dificuldades linguísticas e de comunicação são as primeiras barreiras de um sentimento progressivo de solidão, construído por um passado frustrante e repreendido. Mitko é um alguém com nome completo, mas também um indivíduo perdido e empobrecido, que mal se sustenta e que cada vez mais encolhe diante do mundo, preso a um país decadente. O desejo insaciável é uma figura que penetra a consciência na procura pelo significado de ser.
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Felipe 08/06/2022

Interessante leitura de um autor contemporâneo.
Não é uma escrita morri de amores, mas teve seus momentos na estória.
Acompanhamos aqui a relação entre um professor universitário vindo dos Estados Unidos, e um jovem búlgaro chamado Mitko. Nessa relação, que é permeada de sentimento por parte do professor, e cheia de interesse monetário da parte de Mitko.
É também uma busca por respostas ao regressar ao passado, em meio a adversidades do presente.
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Cassio.Santos 23/04/2022

Um banheirão profundo.
Gostei, acho que o autor brinca com as superficialidades da yag moderna sem deixar de ser assombrado e enfrentar os demônios. Achei Foucault!
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Gui 07/03/2022

"Um clássico instantâneo."
Falar sobre este livro vai ser um tanto complicado. Leio romances com bastante frequência, mas nunca li um romance parecido com esse, de longe foi uma experiência totalmente singular. Desde o primeiro momento fiquei bem interessado no desenvolvimento e na dinâmica do relacionamento do Mitko e do professor/poeta, que logo no primeiro ato me deixou desconfortável e me perguntando de que forma o autor trabalharia com a inserção do romance, já que transpareceu ser algo contingente e descompromissado.
Ademais, conforme fui me aprofundando na história, foi se reverberando que não se tratava de um romance clichê, com os quais estou familiarizado, portanto sendo uma leitura que se desvencilha da minha zona de conforto. No que concerne ao relacionamento, logo de início ficou bem perceptível que se tratava de um romance mais real, assim por dizer, daqueles que estamos acostumados a nos deparar fora da ficção, que conseguiu trazer o sentimentalismo sem tirar os pés do chão.
A despeito de toda frustração que senti, consegui ser empático com os personagens e toda a explicação que justifica os atos foram plausíveis.
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