California Girls

California Girls Susan Mallery




Resenhas - California Girls


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Nana Barcellos | @cantocultzineo 03/03/2019

O blog teve a oportunidade de receber a prova de California Girls, da Mira Books - um selo da Harlequin americana, voltado para romances com um tom mais adulto; maduro - em troca de uma resenha honesta. E como eu adoro os romances da Susan Mallery, fiquei bem animada com essa leitura. E esta, é a semana de lançamento do livro lá fora.

Em California Girls vamos conhecer as três irmãs: Finola, Zennie e Ali.
Finola é a mais velha, casada há anos com o cirurgião plástico, Nigel. Ela é famosa por apresentar um programa matinal na televisão. E prestes a entrar no ar para mais uma edição, e com participação da maior sensação musical do momento, a cantora Treasure, seu marido aparece nos bastidores e revela que pretende deixá-la, pois está tendo um caso. E não para por aí. Pouco antes de entrar no ar, ainda abalada, Treasure revela a Finola que ela é a amante de seu marido. Desastre e humilhação total. Porém, são impulsos para que Finola firme ainda mais os laços com suas irmãs, coloque sua personalidade em pauta e reveja muitas de suas ações nos últimos anos.

Zennie é a irmã do meio e sempre dita como a favorita do pai. Ela não liga para relacionamentos amorosos. Sua mente é preenchida por hobbies, diversão com as amigas e sua dedicação no trabalho. A mãe vive tentando lhe arranjar encontros, pois está obcecada pela ideia de ter netos. E assim ela conheceu Clark, que apesar dos poucos encontros, notou que a garota não está na mesma sintonia que ele, então decide romper com as tentativas. Geralmente, Zennie que dispensa os caras. Clark conseguiu o que queria, impressioná-la. Porém, antes que os caminhos deles se cruzem novamente, Zennie decide ajudar sua melhor amiga, Bernie, que nos últimos anos lidou com uma terrível doença. Como deseja ter filhos, Bernie pede a Zennie que seja sua barriga de aluguel. Zennie faria de tudo pela amiga, então aceita. Mas jamais imaginaria que a gravidez lhe despertasse um turbilhão de emoções, lidando com a reação negativa de pessoas que ama, como sua mãe, e se afastando das atividades que sempre lhe deram prazer.

Ali é a irmã caçula. Com Finola sendo adorada pela mãe, e Zennie pelo pai, ela sempre se sentiu a invisível de sua família. Até que Glen a enxergou, chegando a propor casamento. Mas Glen não era tudo que ela idealizava; os sentimentos de Ali não eram tudo que ela idealizava. E ela começa a descobrir isso no momento em que Daniel - o irmão de Glen - aparece em sua porta para informar que o casamento está cancelado. Glen simplesmente disse que não pretendia aparecer no grande dia e largaria Ali no altar. Tendo bom senso, Daniel decidiu alertá-la e ajudá-la. Há tanta coisa para cancelar, que Ali nem sabe por onde começar e se tem mente para tal ato. Daniel se torna um grande amigo, conselheiro, e está sempre lhe dando uma alta dose de estima. Tudo que Ali sempre desejou e nunca teve.

As três irmãs ainda precisam se reunir na residência de Mary Jo, a matriarca, que está de mudança e pretende realizar uma venda de garagem, para se livrar de alguns objetos. E remexer em tanta coisa, trará várias lembranças. Até mesmo um misterioso retorno. Como mencionado, a mãe está obcecada pela ideia de ter netos e se decepciona a cada anúncio de um término. Mas ela também não recebe bem a notícia da gravidez de Zennie. E para completar, o relacionamento entre ela e Ali acaba por estremecer, por causa de um dos objetos que está na família há anos.

"Eu quero netos agora. Que pena que você não pode encomendá-los na Amazon. Você é Prime. Você os teria aqui na terça-feira."

Diferente da boa parte dos romances de Mallery, California Girls é volume único. A autora sempre nos traz continuações focando em outros casais, mas neste, ela decide usar as páginas para deixar cada irmã brilhar a seu tempo. Sua narrativa nos apresentas dramas, não só amoroso, mas também familiares. Alguns problemas emocionais - como a questão da autoestima feminina - com uma dose de seu conhecido humor. São arcos bem maduros, em especial o de Finola, que precisa lidar com a traição e aceitar que, parte do que aconteceu, foi gerado por alguns de seus atos. É algo não só apenas no relacionamento com o marido, mas também com suas irmãs.

Como a personalidade de Zennie conecta-se mais com a minha, inegável que minha simpatia foi toda pra ela. Toda a história da gravidez é linda e tocante. Foi bem triste ver que ela praticamente não tinha apoio. Ali a apoiava, mas precisava lidar com os próprios problemas. Bernie está tão eufórica com a notícia que acaba por esquecer um pouco do carinho na amizade e vira uma espécie de nutricionista, com listas e tudo mais, aparecendo com todo tipo de alimento que Zennie odeia. Eu adorei como a autora re-inseriu Clark no meio dessa história.

Por outro lado, o arco de Ali nos traz um romance esperado, mas nos encanta pela postura de Daniel. O cara é um mozão! Ela, que cresceu com a estima baixa, acaba por sair do tom invisível que se deu ao longo da vida. Inclusive no emprego, que ela sabe que é excelente, mas só fica esperando, sabe? Ela é uma ótima irmã, escuta e sempre apoia. As partes focadas nela trazem cenas com mais humor para a narrativa.

"Sim, eu já transei. Com um homem, antes que pergunte. Sério? Você acha que um pênis vai fazer tudo ficar melhor?"

Mas o enredo também incomoda com uma construção, que é a da mãe. Deu-me pena das meninas, a forma como ela é tão controladora, as pressiona e como, às vezes, sua mente é fechada. Mary Jo trabalhava com teatro. Foi casada duas vezes, uma com pai de Finola e outra com pai de Zennie e Ali. Quando a narrativa sinaliza que ela prefere se mudar para um cenário mais praiano, eu imaginei que ela era mais relaxada. Engano. Ela e Finola têm personalidades bem parecidas. Toda hora que ela batia na tecla dos netos, eu dava graças a Deus que minha mãe não é assim. Porque eu tenho quase 30 e sou super Zennie contra relacionamentos. Minha mente é tão cheia de hobbies quanto a dela.

E essa questão dos trinta foi que me fez curtir bastante a leitura. Com a idade se aproximando, eu senti que era uma leitura gostosa para esse momento. Apesar que as três são mais independentes que eu - bem triste, eu sei rs -, tem seus empregos e suas moradias. Quer dizer, "moradias", já que duas delas, em um dado momento do romance, precisam morar com outras pessoas.

California Girls traz todos elementos que os fãs da autora adoram, adicionando questões maduras e arrojadas. A autora empenha-se mais nas ligações entre os pares do que nos entregar páginas a esmo de sexo. Sério, acredito que tenha lido uma cena apenas e foi bem rápida. Bem diferente de um outro livro dela, que li anos atrás. E há uma personagem que termina bem e sozinha.

"O que tem de errado com os homens? O marido da Halle Berry a traiu. E Beyoncé. Por que alguém trairia a Beyoncé?"

"Não houve nenhum roubo. Eu não sou um vaso numa prateleira para ser roubada."

Edição lida em e-book. Ainda não era a final, mas traz uma leitura fluída e gostosa. Um romance com linguagem moderna e com boas tiradas. Acredito que desde a faculdade eu não lia um livro inteiro em inglês - teacher Mary John não vai gostar disso - foi bem tranquilo. E para aqueles que tem alguns conflitos com a língua, o Kindle ajuda bastante. Adorei a capa. As três modelos representam bem as personagens, principalmente o fato de não terem esquecido que uma das irmãs tem cabelo curtinho.

site: https://cantocultzineo.blogspot.com/2019/02/livro-california-girls-susan-mallery.html
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