A Retornada

A Retornada Donatella Di Pietrantonio




Resenhas - A Retornada


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Evy 01/10/2020

"Eu fiquei órfã de duas mães vivas"
"Uma me entregou quando eu ainda tinha seu leite na língua; a outra quando eu tinha treze anos. Eu era filha de separações, de laços de parentescos falsos ou omitidos, de distâncias. Não sabia mais de quem eu provinha. No fundo, até hoje não sei."

Meu Deus que livro doído. Tantos sentimentos contidos em tão poucas páginas, é de partir o coração. A protagonista, que não chega a ganhar um nome sendo conhecida por todos como "A Retornada", ou "A devolvida", nos conta como se escrevesse um diário, como foi a sua jornada desde que foi levada de volta à casa de sua mãe biológica aos 13 anos e precisou se adaptar a essa nova realidade, sem entender ao certo qual foi o motivo dessa "devolução".

Nesse novo lar ela precisa aprender a conviver com irmãos que também não entendem o que ela está fazendo ali, com a distância de uma mãe que ela sequer consegue chamar de mãe, a escassez de comida, a sujeira, a violência doméstica, ou seja, a falta total de recursos financeiros e emocionais que é totalmente diferente do universo que ela tinha antes na casa da "mamãe do mar" como ela chama sua mãe adotiva.

O ponto forte dessa narrativa é o fato de que a protagonista é tão abandonada que ninguém se dá ao trabalho de explicar nada pra ela, e você se vê tão perdida e tão confusa quanto ela, querendo descobrir quais foram os motivos que a levaram a tal situação. O choque do abandono, que por si só, já é bastante traumático, é só o começo de inúmeras situações terríveis pelas quais ela passa nesse novo lar. Já de início ela se vê obrigada a dividir a cama com a irmã mais nova, um colchão velho com cheiro de mofo e xixi seco que logo ela descobre tem esse cheiro porque a irmã faz xixi na cama todas as noites e ela se vê acordando molhada diversas vezes.

Porém é justamente com essa irmã que um laço afetivo é criado e ambas se apoiam e se defendem nas situações terríveis a que são submetidas dia a dia nesse lar descompensado. Essa ligação bonita entre as duas, que persistirá pela vida toda, é construída aos poucos e aos tropeços, e é um dos poucos, ou talvez o único alento que temos ao longo da leitura.

"Nunca entendi o gesto de uma menina de dez ano que apanhava todo dia, mas queria salvar o privilégio que eu gozava, a irmã intocável chegada há pouco"

E mais uma vez, trago a reflexão sobre a importância do papel do pai. O que acontece aqui é novamente um julgamento extremo sobre essas mães que abandonam essa menina duas vezes, embora de um modo ou de outro, estejam ali e o abandono ainda mais real e palpável pra mim que é o abandono dos pais que jamais a trataram como prioridade.

Um livro que traz muitas reflexões e cuja leitura eu super recomendo!
Lara 15/10/2020minha estante
uau. me deixou com vontade de ler


Evy 15/10/2020minha estante
Ah obrigada Lara! Fico feliz quando leio isso!! E a vale super a pena a leitura viu!!




Giovanna P L Agelune 13/02/2020

Legal!!!
Livro bom, mas nada muito empolgante! Mas recomendo a leitura!
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@LuanLuan7 01/03/2022

Sensível e perturbador
A história é narrada por uma mulher, sem nome, que aos 13 anos foi devolvida à sua família biológica por aqueles que ela acreditava serem seus pais. A ?devolução? aconteceu sem explicação. De uma hora para outra, ela foi retirada de um afetuoso lar classe média, para viver numa casa pobre com vários irmãos, cujos pais não demonstram qualquer afeto.

Ao encontrar sua família biológica ela enfrenta sentimentos de rejeição e não pertencimento. Uma frase definidora foi: ?tornei-me órfã de duas mães vivas?.

No vazio existencial ela encontra forças na amizade da irmã, Adriana, com quem estabeleceu um verdadeiro sentimento de família.

O ponto interessante da obra é que ambas as mães tentam ser as melhores mães possíveis dentro dos limites de sua capacidade econômica, social e educacional. Cada uma delas têm traumas e limitações. Nenhuma delas consegue suprir o que o abandono causou na ?retornada?.

O livro é um drama familiar bastante sensível. As vezes beira ao drama psicológico, em que o leitor é levado a pensar como o personagem principal, no caso, a narradora sem nome.

O final da obra trás uma revelação impactante. Fiquei indignado e comovido com a história de cada uma das mulheres, que ao seu modo, tentaram fazer o melhor que puderam para a família.
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Suzi 20/07/2020

Órfã duas vezes de pais vivos
Esse livro foi uma surpresa, pois não esperava gostar tanto!! A escrita é muito tranquila e ao mesmo tempo instigante.
A protagonista não tem o nome revelado, sendo às vezes apontada como ?a retornada?, uma vez que foi devolvida aos pais biológicos com 13 anos de idade, sem saber o motivo. Vamos então conhecer seus medos, seus conflitos e acompanhar seu crescimento dentro dessa nova família que era indiferente a ela, com exceção dos irmãos Vincenzo e Adriana, que aliviam um pouco seus dias.
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Deaolive 29/06/2020

Um livro para ser lido em uma sentada. Uma história fluída, com mistérios envolvendo uma garota adotada que foi devolvida a sua família biológica sem conhecer os reais motivos.
Lembra as histórias da Ferrante, porém sem ser massante.
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Ivy 26/03/2019

Abrupto
Assim como a mudança na vida da protagonista o livro termina, abruptamente.
Um livro que te emociona de uma maneira não tão boa as vezes. Mas confesso que no fim queria mais. As respostas dadas não foram suficientes.
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Lavínia 04/09/2020

Irmandade
O livro é interessante por ter me levado a entrar em contato com uma literatura que eu ainda não conhecia - a italiana.
Entretanto, não posso afirmar que amei. Enrolei para terminar, mesmos sendo um livro pequeno. É um drama doméstico, e o gênero não me interessa muito.
Narrado por uma menina no final da pré-adolescência que sai da casa e família que sempre conheceu, sendo devolvida para sua família biológica. Logo ela sente o drama das diferenças, em relação ao caos e as boas condições financeiras que antes tinha. A nova casa repleta de irmãos, pais que não dão atenção e dificuldades, a narradora - que curiosamente não cita seu nome -, tenta se adaptar. Essa adaptação virá a partir do amor que ela vai sentir por uma de suas irmãs.
A relação da narradora com a irmã é muito bonita e interessante, a forma como elas se apegam e encontram conforto uma na outra. Apesar disso, o livro roda entorno do fato de por que ela foi devolvida? Por que teve que retornar sua casa? Entretanto, esse suspense não prende, e quando é revelado, não cativa. O livro é bom apenas pela situação de irmandade entre as duas, mas muitas vezes o enredo fica confuso, enquanto a autora alterna entre dois passados e o presente - pois ela narra a história já adulta.
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Laura.Radicchi 31/05/2020

Eu terminei o livro agora e nem sei o que dizer. Eu consegui sentir todo os sentimentos que a Retornada tem com relação aos familiares, tanto biológicos como os adotivos. A atitude da Adalgisa de devolver um filho adotivo após engravidar é mais comum do que a gente imagina e as sequelas que isto pode deixar no psicológico da criança são terriveis. Gostei muito de como isto foi abordado no livro, esta sensação de não pertencimento da narradora, ela vivendo ali no não lugar, sempre a espera da mãe adotiva para levar ela de volta para o lugar onde ela julga pertencer. A maneira como ela é Vincenzo não conseguem reconhecer os laços biológicos que os ligam, pois eles não foram socializados como irmãos.
E por fim a sutileza para demonstrar que a Adalgisa está de alguma maneira em um relacionamento abusivo com o pai de seu filho. Enfim o livro me surpreendeu.
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DrieleCouto 16/10/2020

Muito difícil.
Sabe aquelas histórias difícil de ler ,que você pensa ?eu não aguentaria viver isso ? Pois é foi isso . Eu ri,chorei e fiquei com muita raiva em vários momentos. E uma história que vou levar pra vida .
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Jader 04/06/2020

Grata surpresa!
Uma leitura muito bacana, fluida e cheia de melancolia de uma vida de incertezas e mudanças.
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Isadora 26/06/2020

Ah... ok
Nota: 2.5/5
Esse livro sai da minha zona de conforto, e como estou num momento totalmente aberta para isso, acreditei que poderia gostar (mesmo sabendo que a autora é comparada à Elena Ferrante e seus dramas familiares, o que não me cativa muito). Mas não rolou.
O ponto principal da história em si é muito interessante, é dolorido saber que a narradora sai de uma família para ir para outra que ela mal conhece, a própria autora abre portas para temas muito relevantes e que poderiam acrescentar na história, mas não faz isso. Então tudo acaba acontecendo sem criar um entusiasmo.
O fato de ser narrada por uma garota de 13/14 anos faz com que a leitura seja rápida e fluida, e a personagem de sua irmã mais nova me chamou atenção, acredito que por isso a leitura é válida. É pra passar o tempo...
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Livia.Gabriela 06/07/2020

Gostei bastante. Terminei com a sensação de que Adalgisa vive em um relacionamento abusivo.
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jessyhehe 19/08/2020

A visão de uma menina abandonada
O livro narra a história de uma menina que aos 13 anos é devolvida para os seus pais de origem. O porquê que sua *mãe adotiva* a devolveu é um mistério, e lá para o final do livro é desvendado tal mistério.
Contado em primeira pessoa pela própria personagem principal, ela vai contando toda a sua experiência , seus pensamentos e angústia que está vivenciando naquele momento. Mesmo tendo duas mães ela se sente órfã e perdida nesse mundo, mas mesmo assim ela consegue ser uma excelente aluna e ao mesmo tempo forte.
Gostei muito dos personagens, mas achei que eles foram poucos desenvolvidos. A escrita em si é fluída e reflexiva. O livro é triste e ao mesmo tempo tem um pouco de suspense.
No entanto, durante a leitura, o livro não me cativou, levei 2 semanas para lê-lo sendo que tem menos de 200 pag. Mas acredito que esse é um tipo de livro que não se devora , mas sim lido com calma.
Dei a nota 3/5 pq senti que faltou muita coisa... O desenvolvimento dos personagens e detalhes de mais acontecimentos .
Por fim, recomendo a leitura.
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