Duda Mel @epifania_literaria 25/02/2020
Ótima leitura de carnaval
"O fundo do poço é uma visão terrível. Mas, bem... Dizem que depois que você chega nele, só existe uma direção possível."
Resenha:
Uma escrita gostosa, uma protagonista longe de ser perfeita, mas não tão distante da realidade.
Além disso, uma capa lindíssima que não se pode deixar passar sem o reconhecimento.
Júlia decide aproveitar o primeiro carnaval solteira após sete anos de relacionamento, contudo as coisas dão uma guinada quando Edu, seu ex, posta uma foto no Instagram anunciando seu noivado.
Em meio a uma bad forte cheia de perguntas de como seu namoro deu errado, Júlia resolve embarcar numa viagem a Cabo Frio com a melhor amiga, Natalie, e, consequentemente, seus três amigos esquisitos.
É aí que entra Victor, aquele carinha que vai ajudar a mudar a maneira de Júlia ver as coisas.
"Só se dê um tempo até se desligar. É muito difícil superar quando você permite que a pessoa te mantenha por perto por comodismo."
Antes de mais nada, gostaria de comentar que Victor é um pedaço de mau caminho. Abençoado seja um desses na minha vida!
Ok! Sigamos falando sobre este conto de carnaval que é curto, todavia fácil de se identificar, especialmente para quem costuma ser do Unidos da Netflix e leituras. Nem todo mundo curte tanto essa onda de sair por aí num aglomerado de pessoas e tudo bem. Logo de início, Júlia fala sobre isso e é possível encontrar um elo que faz o conto ser tanto para quem ama os blocos de rua quanto para quem prefere o conforto do lar.
Vale ressaltar que, mesmo Victor sendo um cara incrível, ele não entra como salvador da pátria para Júlia. A própria protagonista faz uma reflexão ao fim do conto que deixa bem clara a mensagem que a autora quis trazer com a obra. Não se cura um amor com outro, a não ser que seja o próprio. A mensagem maior é se permitir, libertar-se do comodismo e das inseguranças.
Foi meu primeiro contato com a escrita da Clara Alves e espero poder ler outras obras dela. Trata-se de uma ótima leitura para entreter, pois é daquelas que se lê numa sentada.