Ig: pedro_couts. Médium:pedro-Parke 16/11/2022
Lindo, real, e necessário.
Me deparei com a obra a certo tempo atrás através de um amigo que por sua vez é fã do escritor. Confesso que foi uma saga para comprar o livro, ora não havia quantidade disponíveis nas livrarias, ora a empresa responsável pela entrega acabava tendo problemas, enfim, no final, deu tudo certo. Dito isto, vamos a alguns pontos.
Tentarei não estragar a experiência de quem for ler, não quero contar ou dar nenhum spoiler e estragar a surpresa. Bem, vamos lá. No livro conhecemos João Victor, menino da cor do talvez (no livro sabemos mais o que isso significa), morador de uma área em que o Estado só aparece de uma única maneira, quem pensou pela repressão, acertou, o garoto, junto da família e claro, dos amigos, ou do amigo, sendo ele “Douglinhas” seu parceiro “lado a lado”, enfrenta confrontos internos, sejam eles sobre relações amorosas ou entender como é se enxergar como pessoa de direitos onde vive, além de tentar evitar os tentáculos da violência que insistem em viver perto dele e das pessoas ao seu redor. Para escapar, nem que seja um pouco dessa “brisa” que é a vida de um “Periferiano” ( O cara que me indicou o livro tem um texto ótimo explicando essa expressão) João recorre ao seu caderninho, espaço mais que sagrado, onde lá se vão todas as ideias que se passam em sua cabeça, é ali que ele vai colocando para fora ou melhor, no papel, tudo relacionado ao que sente, o caderno vira logo um confessionário, e aos poucos, o garoto vai descobrindo a dor e a delicia de ser quem é, de ser, um “periferiano”.
Caso interesse, eu tenho uma página na plataforma Medium, onde posto alguns textos, lá, está por exemplo minhas impressões sobre o contato com essa sensacional obra.
Procure por Pedro Parker Medium.