Entre gravetos e ossos

Entre gravetos e ossos Seanan McGuire




Resenhas - Entre Gravetos e Ossos


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Queria Estar Lendo 20/09/2021

Resenha: Entre Gravetos e Ossos
Este ano eu conheci a escrita da autora Seanan McGuire no maravilhoso De volta para casa, primeiro volume da série Crianças Desajustadas que a Editora Morro Branco publica por aqui. Agora, voltei a esse universo com o segundo volume, Entre Gravetos e Ossos.

A história se passa antes dos eventos do primeiro livro e acompanha as gêmeas Jack e Jill desde o seu nascimento até o momento em que a porta para um mundo mágico e sombrio se abriu para elas, oferecendo um lugar onde as duas poderiam se encaixar, finalmente - mas não sem consequências drásticas.

Entre Gravetos e Ossos foi um livro muito rápido - 192 páginas - que fluiu bem demais. A narrativa da Seanan McGuire é muito certeira, e constrói um conto de fada sombrio e moderno de uma maneira que te fisga logo nas primeiras linhas.

Todo o conceito de portas se abrindo para novos universos é curiosa por si só, ainda mais quando esses universos são bizarros em toda a sua concepção, e únicos também. Nunca dá para saber o que está além das passagens; aqui, sabíamos um pouquinho sobre as Charnecas porque conhecemos as gêmeas no livro passado, mas vivenciar o que elas vivenciaram é uma experiência completamente diferente.

Jack e Jill nasceram de pais metódicos e extremamente desalinhados ao que significa, realmente, criar duas filhas, educá-las e entendê-las. Para seus pais, elas eram experimentos sociais e apenas isso; Jack cresceu regada a vestidos e etiqueta e a ser 'uma mocinha comportada', enquanto Jill ganhou liberdade nos esportes, mas pouquíssima na criatividade e nas brincadeiras e na feminilidade que queria experimentar.

"O tempo é a alquimia que transforma compaixão em amor."

Quando a porta se abre e elas atravessam e contemplam esse mundo sombrio, infestado de monstros, dominado por um Mestre vampiro, as possibilidades são infinitas. E os preços também.

Eu gostei de como a autora separou as gêmeas, porque essa separação já existia no mundo real. Ali, no entanto, elas se sentem à vontade para experimentar porque não têm as rédeas dos pais sobre elas; mas ainda não entendem muito do mundo e de como ele funciona, então os experimentos vêm com base em desejo puro e impensado. Pelo menos para uma delas.

Jack se torna aprendiz de um cientista. Jill, a protegida do Mestre vampiro. E, a partir daí, com a passagem do tempo, esse mundo terrível molda suas personalidades de acordo com o que já eram, mas com aqueles pequenos pontos de liberdade que se permitiram experimentar. Tem até espaço para um romance sáfico nessa história!

Suas aventuras são tão bizarras e até terríveis quanto o mundo em que passaram a viver. Elas encontram seus lares ali, mas a qual preço? Especialmente Jill, enfurnada entre paredes frias, ansiosa pela atenção do "pai" vampiro que pode mudar sua vida e mortalidade para sempre caso seja "digna" dele.

O quanto elas são desajustadas no mundo real confronta o quanto o mundo desajustado do que conhecemos como "normal" se encaixou perfeitamente nas duas. Seu afastamento é significativo, mas também é importante para os desenvolvimentos dela individualmente - e, ainda assim, como irmãs, porque elas nunca deixam de ser parte uma da outra.

"Era fascinante como as pessoas que viviam no quintal de um vampiro podiam ter medo do resto do mundo."

Entre Gravetos e Ossos tem um tom muito mais macabro e por isso eu adorei tanto. O final dele é tenso, horrendo e trágico, e é o pontapé para as gêmeas que conhecemos em De volta para casa; todas as consequências da sua vida ali nas Charnecas estão explícitas em quem elas se tornam ao fim do livro.

Eu gostei demais dessa sequência, e de como ela se mantém fiel à proposta dos contos de fadas sombrios e das possibilidades macabras que a autora apresentou no primeiro, mas abrindo margem para conhecermos mais dos mundos além das portas.

Eu amo a editora Morro Branco por ter trazido essa série para cá porque é um primórdio de fantasia. Entre Gravetos e Ossos é excelente para quem, assim como eu, se apaixonou pela criatividade cativante do primeiro livro.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2021/09/resenha-entre-gravetos-e-ossos-seanan.html
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Nathalia.Sabino 21/05/2020

Estranho, assustador e maravilhoso!
Segundo livro da série “Crianças Desajustadas”, “Entre Gravetos e Ossos” mostra que para um livro te transportar para um novo universo não é necessário muitas páginas. Em apenas 191 páginas a autora construiu um mundo riquíssimo em originalidade, repleto de mistérios e magia.

As irmãs Jack e Jill foram de longe as minhas personagens favoritas do primeiro livro (“De Volta Para Casa”) e poder ler esse livro onde suas histórias são contadas desde o início foi incrível.

Com críticas pontuais, ácidas e muito necessárias a autora levanta várias discussões sobre paternidade e sobre como as particularidades do indivíduo enquanto criança é respeitada ou não em sociedade.

Ao terminar a leitura, confesso, meu coração ficou despedaçado, eu necessitava mais e mais e mais de Jack e Jill.

Recomendo muito esse livro para quem ama fantasias obscuras e que desafiam a mente. Ler a série “Crianças Desajustadas” é se sentir acolhido em toda a sua estranheza.

site: https://www.instagram.com/p/B9ajgvdBqX-/
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Lucas Carty | @panteaodehistorias 13/08/2020

Quando o segundo volume da série te faz se apaixonar
Essa é uma das séries que eu gostei muito do primeiro volume, mas o segundo fez eu me apaixonar perdidamente.
Agora sim, é uma das minhas séries favoritas. A autora é genial demais.
Não é uma série linear, um livro se passa em um tempo para ir para outro nos próximos e depois voltar, por aí vai. Por isso, é inovador e maravilhoso.
Não vejo a hora de continuar a leitura com os próximos volumes!
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notmuchcompany 27/02/2020

Começou devagar, depois ficou muito bom e aí acabou!

Tem uma crítica super ácida à paternidade que me agradou bastante.

Adorei o romance entre Jack e Alexis, dá vontade de ler mais a respeito.

A escrita desenvolve muito bem, palmas à autora. Li o primeiro livro há uns dois anos e terminei esse querendo relê-lo.

Mas o desfecho... Putz! Dá uma angústia! Mas é muito bom, fugindo bem dos padrões. Eu poderia ler muito muito mais sobre Jack e Jill!

E a biografia da autora no final? Divertidíssima! Queria ser amiga dela. ?
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peixinho 24/03/2022

Esse é de destruir o coração.

A história de Jack e Jill antes dos eventos de De Volta Para Casa, então já dá pra imaginar a tristeza.

Graveto e Ossos realmente marca a essência do surrealismo desses livros, e cada vez mais eu me apaixono.
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Nati Morgan 25/07/2021

Eu por ter uma irmã gêmea me conectei desde o começo com a história.
Ainda não li o primeiro livro da série, descobri que tinha uma série quando terminei este rs.
Como tendo uma irmã gêmea, consegui entender estas duas meninas, tão iguais, mas ao mesmo tempo, tão diferentes.
Confesso que é um saco essa comparação que as pessoas costumam fazer, e que sem querer criam uma competição em algum grau.
Qual gêmea é a mais esperta? Qual é a mais bonita? Mas não era pra vocês sentirem o que uma e a outra estão sentindo? Olha, sua irmã está fazendo isso, você não quer ser deixada pra trás não, né?
Enfim?
Ótima reflexão que a autora trouxe e como mesmo elas sendo diferentes, elas conseguiram se manter unidas e conectadas de alguma forma.
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Liliane186 18/07/2020

Revelador
A história das gêmeas Jack e Jill que conhecemos no primeiro livro fica muito mais clara aqui. Triste e faz a gente compreender o mundo que é a casa delas. O contexto paterno é realista e te traz reflexões. É claro, a escrita de Seanan é sempre gostosa
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Lua 16/03/2024

"O problema de negar às crianças a liberdade de serem elas mesmas ? de forçá-las a uma ideia do que deveriam ser, sem permitir que escolham os próprios caminhos ? é que, com muita frequência, a pessoa que faz o projeto não sabe nada dos desejos do seu modelo. Crianças não são massas disformes, para serem moldadas de acordo com os caprichos do escultor, nem são bonecas vazias mas idênticas, esperando para serem colocadas no modo que lhes cabe melhor. Se você der uma caixa de brinquedos a dez crianças, vai vê-las escolhendo dez brinquedos diferentes, independentemente de gênero, religião ou expectativas dos pais. As crianças têm preferências. O perigo é quando elas, como acontece com qualquer ser humano, têm suas preferências negadas por muito tempo."

"A ideia de que os bebês se tornariam crianças e que as crianças se tornariam pessoas nunca lhes ocorreu. O conceito de que talvez a biologia não fosse um destino traçado e que nem todas as menininhas seriam belas princesas e nem todos os menininhos seriam soldados corajosos também não. As coisas poderiam ter sido mais fáceis se essas ideias indesejadas, mas inegavelmente importantes, tivessem passado pela cabeça deles. Infelizmente, estavam decididos e não tinham espaço para essas opiniões revolucionárias."

"Um andar abaixo, Chester e Serena dormiam em paz, despreocupados com as próprias escolhas. Eles tinham duas filhas: duas meninas para moldar no formato que desejassem. A ideia de que podiam estar prejudicando as duas ao forçá-las com ideias estreitas do que uma menina ? do que uma pessoa ? deveria ser nunca passou pela cabeça deles"
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Ritchelly - @garotagirassol_ 15/10/2020

O que achei da leitura de "Entre gravetos e osso"
Vou confessar que eu já estava com saudade desse universo que a Seanan McGuire criou para esta série, no primeiro livro como temos contatos com várias crianças que encontraram o seu mundo ideal e a única coisa que fica em nossa mente é a vontade de conhecer cada mundo e suas características. 
Este é o segundo livro da série Crianças Desajustadas, aqui vamos acompanhar a história das gêmeas Jack e Jill desde cedo nunca tiveram a oportunidade de serem elas mesmas ou ter vontades próprias, até que uma escadaria as levará para um mundo repleto de magia, uma terra cheia de monstros e morte mas também cheio de possibilidades para finalmente serem quem são.  
Neste livro além de um mundo fictício e fantasioso, vamos encontrar muitos temas sociais sendo trabalhando em um contexto único, onde cada aspecto se une formando uma história cativante, empática e reflexiva. 
Em vários momentos a autora traz críticas sobre a paternidade irresponsável, sobre impor moldes a serem seguidos pelos filhos e altas expectativas projetadas ao futuro da criança. A autora frisa bem as consequências de uma criação que não leva em conta o indivíduo que está se formando para a sociedade e nas vastas consequências no caráter e traumas que isso irá acarretar. 
A autora conseguiu trabalhar em poucas páginas aspectos familiares, patrões sociais, traumas e a busca por se encontrar, de um a forma complexa e empática. É impossível não ser cativado pelos personagens e sentir uma série de emoções a cada decisão e mudança de Jack e Jill. 
A escrita é outro ponto positivo, a forma natural que a autora faz as descrições das Charnecas e dos personagens é ideal e traz um dinamismo ótimo para a história. Além disso, a narrativa faz com que o leitor sinta uma proximidade com a história e se conecte facilmente com os personagens e suas situações. 
Em primeiro momento, a séria das crianças desajustadas pode parecer algo simples, mas só lendo para entender a complexidade dos personagens e como o seu mundo ideal refletem suas personalidades. 
Um livro ? uma série - que precisa ser lida! 
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Lala 13/08/2021

?Cada opção alimenta todas as opções que vêm depois, quer desejamos ou não.?

Jack&Jill
Jill&Jack
Duas irmãs gêmeas.
Filhas de pais metódicos, exibicionista e relapsos.
Quiseram filhos por um único motivo: mostrar para as pessoas.
Criam suas filhas para se tornarem pessoas específicas.
Jack, a imagem de filha que sua mãe queria.
Jill, a imagem de filha que seu pai queria.

?É fácil, afinal, esquecer que as crianças são pessoas e que as pessoas fazem o que fazem e que se danem as consequências.?

O que acontece quando uma criança é privada de escolher quem quer ser? de escolher o que quer ser?
~
Irmãs que parecem estranhas. Irmãs que a sua maneira se amam, mas não conseguem trazer nesse amor, uma ponte.
~
Em um certo dia, abrem um baú e descobrem uma escada. Descem. Abrem uma porta.
Encontram um novo mundo, novas possibilidades.
Encontram, quem quiseram ser ou uma versão que sempre quiseram descobrir de si mesmas.
Mas nesse mundo, não se encontram como irmãs.

Jack e Jill.
Jill e Jack.
Separadas.
Uma em um lugar bom. A outra em um ruim.
Uma que floresce. A outra que apodrece.

?Elas foram mudadas. E a história muda com elas. ?

~
Esse livro me mostrou sobre o meio.
O meio em que somos e não somos.
Aquele meio que transforma algo bom, em ruim.
Aquele meio que nos faz descobrir quem somos. Ou se tornar parecido quem queremos ser.
Um meio, um limbo, um abismo.
De se encontrar e de se perder.
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manuelaaz 27/04/2023

Entre gravetos e ossos
Esse é o segundo livro da série, é um livro bom, com uma história interessante, porém o primeiro é bem melhor. É um livro curtinho, que te prende mas não tem nenhuma reviravolta impressionante. Eu esperava mais, porém foi interessante conhecer a história dessas duas, que foram apresentadas no primeiro livro.
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Zé Guilherme 24/08/2023

A história de Jack e Jill.
Como é que essa série não explodiu por aqui?! Que livro mágico e melancólico. Se eu já tinha gostado de ?De Volta Para a Casa?, aqui McGuire me fez se apaixonar definitivamente por esse universo fantástico.

Impossível não devorar o livro. Impossível não abrir um grande sorriso com cada referência. As Charnecas ganham vida como uma ode aos livros de horror gótico, mas é na dualidade das gêmeas Jack e Jill que a gente realmente encontra o coração e a alma desse conto.

Impressionado e genuinamente emocionado. Favorito desde já.
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Bonnie | @bonnielendo 28/01/2022

leiam essa série!!!
novamente essa autora entregando tudooo!!! mas, dessa vez, contando a história das gêmeas icônicas do primeiro livro: Jack & Jill!

foi muito interessante mergulhar no mundo dessas duas, porque a leitura foi bem mais agradável do que eu achei que seria, porque, afinal, é um mundo bem desagradável (pra mim). mas foi tudo muito leve e bem na vibe ?alice no país das maravilhas? que eu tanto gosto!

além disso, também temos uma representatividade muito boa aqui, ainda que menos do que no primeiro livro, onde havia pessoas bem mais diversas! :)

por fim, ainda dei uma chorada no final. 5 estrelas merecidíssimo.
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Jeff.Rodrigues 26/04/2020

Resenha publicada no Leitor Compulsivo
Engraçado como certas histórias, por mais interessantes que sejam, deixam uma sensação de incompletude após o término. Talvez porque sua narrativa acabe se assemelhando mais como um longo conto ou porque a percepção de que havia muito mais a ser contado fica pairando no ar. Foi meu sentimento ao concluir o segundo volume da série Crianças Desajustadas. Uma história singular, singela, trágica, lida em uma tarde e que, por fim, ficou no ar…

Entre Gravetos e Ossos conta a história das gêmeas que protagonizam boa parte das cenas do livro um, focado na personagem Nancy. Muito do que a gêmea Jack conta para Nancy em De Volta para Casa é esmiuçado e esclarecido nesse segundo livro. A obra, portanto, funciona como uma antecipação da vida das meninas pré-Lar de Eleanor West, mantendo a riqueza criativa e a narração gostosa e envolvente da autora. As semelhanças param por aí. Porque diferente do livro de estreia, Entre Gravetos e Ossos é bem mais resumido e contado em uma velocidade que, na minha opinião, acaba deixando um pouco a desejar.

Há duas características bem interessantes para se falar de Entre Gravetos e Ossos. Em primeiro lugar, a crítica familiar explícita que domina boa parte das sequências iniciais. McGuire não poupa o estilo de criação de pais que projetam nos filhos aquilo que consideram como modelo ideal de vida. As críticas são bem ácidas, mesmo com tons bem humorados. Ponto alto da história, a autora faz um bom retrato de uma sociedade em que pais despreparados acabam criando filhos traumatizados, com sonhos e desejos reprimidos e com pouco ou nenhum tato para enfrentar o mundo exterior. Há passagens destacadas entre parênteses que evidenciam bem uma realidade que faz mais parte do nosso dia a dia do que podemos imaginar.

“Crianças não são massas disformes, para serem moldadas de acordo com os caprichos do escultor, nem são bonecas vazias, mas idênticas, esperando para serem colocadas no modo que lhes cabe melhor.”

E é essa criação que faz com que as gêmeas Jack e Jill sejam desajustadas com relação ao que elas de fato gostariam ou imaginavam ser. O pai que desejava um filho e acaba transformando a filha naquilo que ele pensava que o garoto poderia ser. A mãe que desejava uma bonequinha e faz da filha alguém perfeccionista, cheia de medos e modos. E os amigos e colegas ao redor que publicamente pintavam, e elogiavam, atitudes que não eram replicadas quando estavam em suas próprias casas com seus próprios filhos. Assim, temos duas gêmeas que mal se davam bem, não eram amigas como duas irmãs poderiam ser. Quase duas estranhas convivendo no mesmo quarto, na mesma casa.

Em segundo lugar, a narrativa fantástica de Entre Gravetos e Ossos pinta um mundo sombrio dominado por criaturas já bem conhecidas dos leitores de terror. Ao transpor uma porta, sempre elas, as gêmeas se veem lançadas na Charneca, um mundo que vai lhes dar a educação e formação que os pais não foram capazes. Só que isso virá às custas de sofrimento, dor e a descoberta do amor. Cada menina seguirá um rumo bem distinto daquilo que estavam acostumadas até então. É como se elas trocassem de papel e a partir disso descobrissem as verdades da vida. A partir de um mundo fantástico elas aprendem como é o mundo real. E isso acaba trazendo um pouco de maturidade, que vai culminar, muito tempo depois, nos acontecimentos e atitudes que presenciamos lá no livro um.

A fábula um tanto educativa que Entre Gravetos e Ossos traz, esbarra, contudo, na rapidez com que os acontecimentos se dão. E foi aí que me veio a sensação de que havia uma boa história ainda a ser explorada nas experiências de Jack e Jill na Charneca. Ficou bem claro que a autora tinha em mente uma história rápida, mas ela conduziu tão bem tanto a crítica quanto o processo de formação das meninas que pessoalmente eu gostaria de ter visto mais. Independente disso, a série Crianças Desajustadas deixa claro um fôlego de originalidade incomum em publicações recentes. Há potencial, personagens e mundos variados ainda a serem explorados nos próximos volumes.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2020/04/07/resenha-entre-gravetos-e-ossos-seanan-mcguire/
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Carolina 11/05/2020

Muito bom!
Este é o segundo livro da série "Crianças Desajustadas".

Todos nós conhecemos histórias de crianças que acharam uma porta estranha e foram parar em um mundo mágico. Vimos isso em Alice no País das Maravilhas, As Crônicas de Nárnia, até Peter Pan. Várias culturas estão repletas dessas histórias.

Esta série de livros diz que essas histórias existem em tantas culturas porque crianças realmente vivem entrando nesses mundos mágicos. Mas o que acontece quando elas voltam? Os livros não falam disso. Elas voltam a ter uma vida normal? São aceitas por familiares e amigos? Ou são tratadas como loucas?

Geralmente, os pais dessas crianças as colocam em uma escola especial para crianças... desajustadas. Eles acreditam quese trata de uma escola normal, mas a diretora deste lugar, Eleanor West, sabe muito bem como lidar com essas crianças porque ela mesma já foi uma delas.

Assim como o primeiro, esse livro é bem curtinho. Acredito que os livros da série seguirão os jovens do primeiro livro, mas contando sobre o que aconteceu quando eles entraram por suas portas, até o momento em que voltaram para o nosso mundo. Esse segundo livro segue a história de Jack e Jill.

Gostei muito! Como o primeiro, é muito bem escrito. Gostei mais do primeiro, porque mostra a escola e as crianças em nosso mundo, mas a curiosidade que tive de saber sobre a história de cada um está sendo saciada agora. É uma leitura super rapidinha. Dá para ser feita em um dia.

Não posso falar mais para não dar spoilers. Inclusive sobre quem são Jack e Jill. Só digo que recomendo muitro o primeiro livro e que também gostei muito do segundo.
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