R de Rebelde

R de Rebelde Sue Grafton




Resenhas - R de Rebelde


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Lili Machado 14/09/2011

A trama só toma um grande fôlego a partir da metade do texto – não fiquem ansiosos!
Quando o idoso Nord Lafferty contrata Kinsey Millhone para ajudar sua filha rebelde, Reba, a ter uma vida honesta, ao sair da prisão, a detetive não tem idéia de onde vai se meter. A amizade de Kinsey com Reba parece totalmente improvável e é o único senão, nesta obra policial.
O ex-chefe de Reba Lafferty, Alan Beckwith, foi quem a colocou na prisão – então, como é que ela vem se encontrando com ele? E porque ele está se relacionando sexualmente com ela e com sua melhor amiga que ainda trabalha para Alan?
Uma visita de um antigo amigo do FBI esclarece o mistério (Cheney Phillips) – Beckwith está envolvido em lavagem de dinheiro, drogas, jogo e bebidas e precisa de Reba para executar suas propostas excusas.
É quando Kinsey confronta Reba com evidências fotográficas das traições de Beckwith – ela (que resolve assentar na vida) concorda, então, de ajudar os federais. Porém, somente se for da maneira que ela quer, cheia de vingança – o que pode levar ao assassinato de muita gente. Quanto mais Kinsey investiga, mais sujeira aparece, debaixo do tapete.
Enquanto isso, um triângulo amoroso envolvendo o velho senhorio de Kinsey, Henry (de 87 anos), seu irmão e uma alegre viúva de 70 anos, que parece não saber qual amante escolher, acrescenta toques de humor à trama, que só toma um grande fôlego a partir da metade do texto – não fiquem ansiosos!
Kinsey Millhone é uma detetive particular, trintona, 2 vezes divorciada, que não bebe demais, não fuma demais, não usa drogas – na verdade, alguém muito comum, com todos os altos e baixos que os meros mortais tem de passar na vida e um extraordinário senso de humor.
Kinsey Millhone montou sua agência, num bairro calmo da cidade de Santa Teresa, na Califórnia. Com pouquíssimos móveis e objetos menos ainda, um número bem restrito de amigos fiéis e aparente falta de sensibilidade, tem uma tendência a se apegar a causas perdidas e animais abandonados. E essa simplicidade toda é a sua força – excepcionalmente, uma tarde/noite com um namorado novo, e logo volta ao foco de seu trabalho.
Você não precisa ler a coleção na ordem – cada livro tem um bom pano de fundo para esclarecer suas dúvidas. A trama é bem complexa – ela usa, inclusive, várias tramas secundárias e paralelas que, ao final, acabam dando luz à trama principal.
O livro é divertido e faz com que você queira ler mais – Kinsey Millhome vicia!
Mas tenho de avisar aos amigos leitores: o alfabeto está quase terminando, na verdade – já foi lançado até a letra U (no Brasil: A, B, C, D, E e... R – estranho... cadê as outras letras?).
Além disso, seus fans devem estar se perguntando: “O que vai acontecer com Kinsey Millhone quando Sue Grafton chegar ao final do alfabeto?”
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