Paraíso das Ideias 22/06/2020
A
pós toda a revolução do primeiro volume e a queda do reino tirano de Firgaard, iniciamos nosso segundo volume com alterações de grande importância no nosso enredo. Começando pelo fato de que Dax é o novo Rei e Roa, a nativa que teve grande participação no primeiro volume é a nossa protagonista. Desde já se percebe que a autora mudou o enfoque, ou seja, veremos muito pouco de Asha e os dragões nesse volume. Nossa Iskari é uma foragida, afinal ela matou seu pai o antigo rei, quebrando as leis de sua terra.
Roa não é bem-vinda em Firgaard e nem bem vista por seus súditos, mas ela não está preocupada com isso, não foi por eles que ela aceitou a união com Dax e sim por seu povo que vive em extrema miséria há anos, se unir com o Rei foi um meio para enfim trazer de volta a paz para seu povo, mas antes que isso enfim aconteça muitas águas rolarão.
Apesar de querer salvar seu povo existe algo que a rainha deseja com muito mais fervor... trazer de volta sua irmã gêmea. Essie faleceu em um acidente envolvendo Dax, e Roa acredita piamente que a morte da sua irmã é culpa do Rei, e agora seus objetivos podem mudar, fazendo a Rainha trair seu Rei para ter sua irmã de volta.
ー Diga que você é meu ー Roa sussurrou, olhando para ele. ー Ou não vou te aceitar.Ele inclinou a cabeça para trás, erguendo os olhos para ela.ー De quem mais eu seria?
Nesse segundo volume conheceremos mais do povo nativo e saberemos em que situação se encontra o reino após a queda do tirano, de quebra novos personagens serão incluídos na saga além de mudar o foco trazendo a luz os coadjuvantes do primeiro volume.
Apesar de ser uma personagem forte e determinada, isso não ajuda Roa a abrir os olhos e ser sensata de forma alguma, o que me causou grande irritação e uma vontade imensa de dar uns sacodes nela. A todo momento ela se contradiz, e sua imaginação é tão fértil que chega a ser cansativa. Ela passa 90% do livro conjecturando e imaginando o quanto seu marido é devasso e a envergonha, mas em nenhum momento se dá o trabalho de enfrentá-lo e colocar as coisas às claras, o que me faz pensar como alguém consegue viver assim sem enlouquecer...
Eu senti muita falta de Asha e Torwin, e apesar de revê-los em alguns momentos, nem de longe foi o suficiente para apaziguar minha saudade. Apesar de toda sua determinação e altruísmo Roa é uma personagem cansativa, e o fato dela não enxergar o que o leitor enxerga é irritante.
Dax é um doce a todo momento, e apesar de parecer ser um Rei omisso, ele é muito mais esperto e sagaz do que demonstra, e no final é surpreendente perceber que quem ensinou Dax a ser como é foi Roa.
A conversa silenciosa das duas de repente foi interrompida pelos roncos de alguém.(…) aquele era o rei-dragão. Dormindo em uma reunião importante.Roa sacrificara tudo por aquele… desperdício.
A história não chega a ser péssima, mas nem de longe me deixou tão eufórica quanto o primeiro volume, e o que me manteve presa foi sem dúvida a parte cultural dos nativos, e o fato de quê Dax já havia me conquistado no primeiro volume e apesar de ter me causado ira no final do primeiro se revelou o Rei que eu esperava que ele se tornasse.
Agora só me resta esperar e rezar para que no terceiro volume Roa venha mais madura e perspicaz e que Asha e Torwin tenham um pouco mais de cenas, já que ele vai contar a história de outro casal.
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