Carta à rainha louca

Carta à rainha louca Maria Valéria Rezende




Resenhas - Carta à rainha louca


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Kecia.Viana 30/06/2022

Tive dificuldade pra pegar o ritmo, mas gostei no final
No início a linguagem é diferente a bem difícil de fluir.

Após a primeira parte melhora um pouco e consegui curtir.

Me apeguei à criatividade da autora e à força da personagem.
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Vilamarc 12/03/2020

Bel sincerona
Isabel das Santas Virgens Alves da Estrela é a mulher-personagem-narradora desse romance inteligente com que Valéria Rezende nos presenteia.
Escrevendo desesperadamente à Dona Maria, a rainha Louca de Portugal, clamando por sua liberdade enquanto prisioneira num convento em Olinda, Isabel vai desfiando ao longo de quatro longos anos (1789-1792) as suas memórias.
Nestas ficamos a par de toda a sua vida, de órfã branca num mundo escravocrata, sua dedicação à sua senhorinha que se vê seduzida e enclausurada num convento até a morte prematura. E a partir daí, sua luta pela sobrevivência, com astúcias, e muitas, muitas contravenções.
O retrato final é um panorama da condição feminina no Brasil colonial embricadas em fatos históricos por nós conhecidis. Valéria Rezende consegue fazer rir e emocionar nesse livro que ainda faz referências a Diadorim percorrendo sertões mineiros e tantas outras mulheres que se destacaram no rude mundo masculino.
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Luciano 01/02/2023

Os primeiros capítulos são bem chatos... só na segunda parte do livro é que as coisas ficam mais interesssantes.
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@livros_no_quintal 05/12/2021

Carta à Rainha Louca
Presa em um convento, Isabel das Santas Virgens escreve uma carta à rainha D. Maria I(conhecida no Brasil como a Rainha Louca), na esperança de que esta a liberte de seu cativeiro.
Na carta, Isabel expõe os abusos cometidos pelos colonizadores aos escravizados, pobres e aqueles que iam contra suas regras. Relata também a opressão que sofria as mulheres, onde muitas eram mandadas a força para conventos, onde terminariam suas vidas.
Isabel escreve toda a jornada percorrida por ela na carta, todos os desafios que deve que enfrentar, já que na época a palavra da mulher de nada valia.
A carta é mais que uma denuncia, é um pedido de socorro para que mudanças fossem feitas no Brasil colonial.
Eu amei a leitura, foi uma experiência incrível e um final muito triste.
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Marcelo 29/09/2022

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Este livro tem uma escrita curiosa... Trata-se de uma mulher, que, na condição de escrava, por adversidades da vida e por amparo a sua dona, foi reclusa num convento em Olinda, no Nordeste do Brasil, em 1789.

Isabel das Santas Virgens passa a relatar à Rainha Maria I de Portugal ?toda a verdade sobre o que em Vosso nome se faz nestas terras e a mim me fizeram.? E nessa condição a personagem relata com detalhes toda a sua vida e de sua ama, os amores, os dissabores, os enganos, as lutas para sobreviver dignamente numa sociedade machista e escravocrata, além de um religiosismo extremo e anti-questionador.

Em suas cartas, ela relata os destemperos cometidos pelos homens da Coroa contra mulheres, escravizados e todos os que se encontravam mais vulneráveis. Por meio dos tormentos passados por ela e por sua senhora Blandina, nossa narradora expõe o pano de fundo da colonização brasileira e da situação da mulher que ousava desafiar.

A personagem, que aprendeu a ler e escrever com um padre, tem como um dos únicos prazeres e fuga a leitura (algo que quase não tem acesso) e a escrita como meio de sobrevivência.

Maria Valeria Rezende escreve com maestria e encanta com sua habilidade em escrever de forma fluida sobre um período tão distante e importante do Brasil. Apesar disso, não consegui me conectar totalmente com a leitura, mas reconheço o valor do trabalho da autora.
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Nat 25/04/2021

^^ Pilha de Leitura ^^
A protagonista Isabel está confinada em um convento e resolve escrever para a rainha Maria I, conhecida como Rainha Louca. Nas cartas, separadas em quatro partes, ela narra sua trajetória de vida e as dificuldades vividas não só por ela, mas por outras mulheres, por escravos e necessitados. O livro é muito interessante não somente por criatividade da ideia e da escrita maravilhosa de Maria Valéria, mas também por dar voz à essa denúncia da mulher ser inferior ao homem sempre, e pela luta de Isabel para provar sua sanidade. Muito bom, apesar de eu não ser fã de livro epistolar.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Daniel 28/07/2023

Romance ou realidade?
Numa mistura de vocabulário de época com atual, a leitura me transportou, e isso, por si só já vale a nota. Me senti como se pudesse ler Machado de Assis sem tantas consultas ao Houaiss.
A história é envolvente e o recurso de riscar partes do texto funcionam como um sublinhado ao sarcasmo.
Mais importante que tudo, a autora pincela a realidade do racismo e de uma sociedade patriarcal e machista, beirando a misoginia.
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Toni 26/08/2019

Carta à rainha louca não é apenas o último romance de Mª Valéria Rezende: ele consegue ser, um pouco, cada livro pregresso da autora, que distribuiu referências discretas e encantadoras de suas outras obras no discurso de sua narradora, variando entre menções a seus títulos (Vasto Mundo, Outros Cantos) ao pastiche de contos e cenas presentes em O voo da guará vermelha e Modos de apanhar pássaros à mão. Ou ainda, tematicamente, no escrever como forma de manter a sanidade (que também guia a Maria de Quarenta dias).
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O romance se baseia numa carta encontrada pela autora na Torre do Tombo (Portugal) em meados dos anos 1980 na qual a signatária, Isabel das Santas Virgens, se dirigia à então rainha de Portugal, Maria I, para pedir que a soberana intercedesse em seu favor e a libertasse de um encarceramento injusto. Apesar da premissa histórica, cada linha do romance foi inventada, uma vez que a própria autora confessa que quase nada pôde descobrir sobre a verdadeira Isabel. Talvez por isso mesmo ganhe mais o romance em força e imaginação, através de uma linguagem burilada que imita o português brasileiro dos setecentos e da mistura de imaginários populares e eruditos da época.
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Impossível não chamar a atenção para os trechos rasurados, críticas e intervenções autorais verdadeiramente “anacrônicas”, mas que, articuladas como desvarios da narradora que as corta prontamente com um risco (lembrando que papel era um bem raro e não podia ser desperdiçado), enche de argúcia e olhar crítico a conturbada narrativa de uma mulher em situação vulnerável (como milhares sem título de nobreza ou renda). A visão subversiva desta “louca”, que abraça escravizados e suas iguais, transborda de lucidez e reitera, pág. após pág., aquela noção de que a loucura é, muitas vezes, puramente uma questão de quem está no poder.
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Loucos são, pois, todos aqueles que escrevem, atrevendo-se a colocar em palavra não só aquilo que há de mais belo e bonito, mas precisamente a face mesquinha e doentia de um mundo presente que insiste em esconder vergonhas imprescritíveis.
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Debora 26/03/2020

Excelente representação do que era/é ser mulher
Neste livro, além da história envolvente, há uma grande pesquisa histórica, uma aula de Brasil,
A protagonista está presa e, para tentar aliviar sua situação, escreve à rainha. E é a partir desta carta, longa, escrita por anos, que tomamos conhecimento de sua situação e de pq está presa.
Um alerta: os 2 primeiros capítulos, introdutórios, são um pouco maçantes, sem aventura. Mas avance por eles, que o 3º e 4º trarão uma história que vc não vai parar de ler até o fime!
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Spolaor 07/04/2023

Ótimo!
O que acontece com uma mulher, pobre , sem família e sem dotes, mas que munida de sua habilidade de ler e escrever( uma habilidade perigosa para uma mulher) não desiste de enfrentar a vida ? É encarcerada, por homens, como louca em um hospício.
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Camila 31/12/2020

Terminei Carta à Rainha Louca impressionada com a precisão da escrita de Maria Valéria Rezende e intrigada com parte da História do Brasil que para mim era ainda muito confusa, embora tão atual. Gosto mais de um livro quando ele me faz querer saber mais e foi o caso deste.
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Janaina 20/03/2021

Isabel das Virgens, receba o meu abraço
Nunca houve uma época em que foi fácil ser mulher, no Brasil, mas o século XVIII, nossa...
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Gracielle 24/06/2020

O livro tem uma história fantástica de extrema importância sobre a situação da mulher no Brasil colônia.
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Carla Verçoza 08/09/2020

Ótimo!
Maria Valéria Rezende conta a história de Maria Izabel, que decide denunciar à rainha sua condição e de todas as mulheres do Brasil colonial. Romance histórico, com uma linguagem que mistura uma escrita mais antiga com moderna, elegante, não dá vontade de parar de ler até conhecer toda a história. Ser mulher em um mundo feito para homens nunca foi fácil.
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Leonardo Lemes 19/07/2022

CARTA À RAINHA LOUCA
Literatura contemporânea que revisita o Brasil Colônia e dialoga com o feminino em primeira voz, trabalhando sua dor, determinação e resiliência. Um romance nacional que expõe a vulnerabilidade causada à mulher, ao escravizado e a tudo aquilo que estivesse abaixo dos homens que diziam representar a Coroa portuguesa. A agressividade e a calamidade social sobre estes sujeitos é dita de forma sinestésica e, de certa forma, posta como uma crítica atemporal. Apesar da pauta histórica, o texto é uma denúncia e um clamor por intervenção, liberdade e justiça. Em um fluxo de consciência datado, a protagonista toma a escrita como forma de manter sua verdade viva e contrariar a insanidade que lhe fora atribuída. A identificação com a Rainha de Portugal vigora o conceito de loucura e estabelece um vínculo de poder entre remetente e destinatário. "Aqui me encontro, Senhora, ou seja lá quem me leia, à beira da minha minúscula janela ? que já não tenho forças para ir em busca de lume contra a escuridão da noite e da minh?alma ? a aproveitar os últimos raios de luz do dia para escrever ainda, pois escrever tornou-se meu único socorro nesta vida sem sentido que é a minha."
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