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Diálogos Platão




Resenhas - Eutífron


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Cirineu.Nunes 30/03/2024

Em Busca da Piedade: Reflexões no Diálogo ?Eutífron??
Platão nos apresenta um diálogo intrigante entre Sócrates e Eutífron, que se encontram casualmente do lado de fora do tribunal em Atenas. O cenário é tenso: Sócrates enfrenta acusações de corromper a juventude e impiedade, enquanto Eutífron processa seu próprio pai por assassinato.

A palavra-chave aqui é piedade. O que é ser piedoso? Eutífron oferece cinco definições, mas Sócrates, sempre o questionador incansável, não está satisfeito. Ele desafia cada definição, desvendando camadas de significado. Afinal, a piedade é apenas seguir rituais religiosos ou também envolve uma virtude moral mais ampla?

O diálogo não nos dá uma resposta definitiva. Eutífron sai apressadamente, deixando a pergunta pairando no ar. Mas talvez seja essa a magia dos diálogos socráticos: eles nos fazem pensar, refletir e questionar nossas próprias convicções.

Então, se você busca uma leitura que desafie sua mente e aguce sua curiosidade, mergulhe em ?Eutífron?. Quem sabe você também não saia com mais perguntas do que respostas? ??
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Wesley Sales 30/10/2023

Piedade
Texto reflexivo na metodologia de Sócrates que visa estabelecer uma forma de julgar atos piedosos e impiedosos.
Uma conversa de Sócrates com Eutífron, não possuindo um consenso para a definição da hipótese a cerca do que é piedade.
Desfecho: Sócrates se encontra com eutífron pois está sendo acusado de agir contra os Deuses, enquanto eutífron acusa o pai de matar o escravo homicida, sem o devido julgamento.
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Anezio 27/09/2023

Como tudo começou...
Uma ação é piedosa porque os deuses a amam ou os deuses amam uma ação porque ela é piedosa?

Ou seja, Platão basicamente é o cara que começou com a máxima 'Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?'
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jonasbrother16 10/05/2023

Ler este livro me fez pensar que talvez o maior problema filosófico que Sócrates tentava resolver não era propriamente definir coisas específicas como "Amor", "Justiça", "Beleza", e no caso deste livro, a "Piedade". Talvez o maior problema seja, na realidade, como definir alguma coisa.

Esta é a constante em todos os livros protagonizados por Sócrates que li até agora. Basicamente, uma demanda é feita ("defina x"), uma resposta é dada ("x é isto"), e depois explica-se porque esta definição dada não é adequada, e em geral explica-se também o que uma definição deve ser ou conter.

É talvez a melhor maneira de ler todos estes livros de Platão onde não se chega em lugar algum -- as famosas "aporias". Porque afinal, já estamos falando do que interessa: como definir as coisas? Isto certamente Sócrates sabe.
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Bryan Damon 02/03/2023

O que é o piedoso?
Sócrates leva Eutífron, em seus questionamentos, a chegar a uma definição do que é o piedoso e como ele se opõe ao ímpio. Embora seja inconclusivo, todo diálogo é bastante interessante.

No final chega-se a um empasse onde se começa a andar em círculos para alcançar a definição correta. Ao meu ver, é porquê não há realmente uma conclusão concreta para isso. Mas, embora o contexto da época fosse diferente do atual, consigo ver boa parte desse diálogo se encaixando em um contexto atual.
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Eu. 04/02/2023

Apologia de Sócrates
Nos diálogos, tive uma impressão de um Sócrates um tanto quanto "sofista", com ótima oratória e capacidade persuasiva/discursiva , entretanto era um discurso autocentrado e irrisório.

Ao ler Eutífron e a apologia de Sócrates tudo foi por água abaixo , era de uma convicção e de uma confiança tão forte no seu julgamento , que era implícita a sua bondade e piedade.
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Pedro.Henrique 17/01/2023

Sócrates do céu....
Nesse livro acompanhamos conversas de Sócrates e Eutifron, sobre diversos assuntos envolvendo a Grécia.

Deuses, as histórias da Mitologia, justiça, o que é pio e ímpio. Eutifron leva seu pai a justiça o acusando de assassinato, sua família e a sociedade se viram contra ele.

Então ele conversa com Sócrates, e essa conversa vai girar em que o deuses acreditam que seria "pio" bom, e "ímpio" mal.

E eles conversam sobre as divergências entre os deuses e se Eutifron está certo ou não.


Eu gostei, na verdade eu gosto muito de assuntos relacionados à Grécia, a filosofia, a Mitologia grega, contanto que já li muitos livros de Platão, de Homero e lógico amo Percy Jackson.

Muitas pessoas podem não gostar, mas eu realmente amo esse tipo de história, que inclusive é uma história que realmente pode ter acontecido, o que a deixa mais legal ainda.

Gostei Muito!
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Felipe1067 27/04/2022

Andando em espirais
Em mais um diálogo sem conclusão, neste Sócrates discute com o religioso Eutífron sobre o que é e o que não é santidade, ou atos pios e ímpios.
Eutífron falha em conseguir dar uma resposta objetiva à pergunta "o que é o sagrado?", mas nunca se anda verdadeiramente em círculos quando o interlocutor é Sócrates, deixando para o leitor a tarefa de chegar (ou não) a uma conclusão.
Felipe1067 28/04/2022minha estante
A decisão de Platão de, neste diálogo, não chegar a uma conclusão é genial. Ao discutir os motivos da acusação (e posterior condenação e execução) de Sócrates, caso chegasse a um consenso Platão iria necessariamente cair em um de 2 casos: ou iria confirmar a acusação e portanto invalidar todo o discurso socrático, ou iria invalidar o sistema judicial ateniense e com isso Platão provavelmente teria o mesmo destino do mestre




Carol 10/03/2022

Diálogo socrático
Eutífron é um dos 4 diálogos de Platão que abordam o julgamento de Sócrates: Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton e Fédon. Sendo cada diálogo responsável por abordar uma etapa do processo.

No primeiro, ocorre um diálogo entre Eutífron e Sócrates acerca da Piedade, uma vez que Sócrates estava sendo acusado por impiedade e Eutífron era um suposto sábio no tema. O texto desenrola ao estilo dos textos socráticos, onde Sócrates inicialmente se coloca em uma posição hierarquicamente inferior ao seu interlocutor, fazendo perguntas e o induzindo a entrar em contradição, até que fique clara a sua falta de conhecimento acerca do tema. O texto ao fim termina sem nenhuma resposta para o que seria a piedade.

Nesse texto, as perguntas são feitas buscando entender os conceitos: o que seria a piedade? qual seria a feição da piedade que faz todas as ações piedosas serem piedosas? Em uma parte do diálogo Eutífron responde a pergunta do que seria a piedade para ele "o que é do apreço dos deuses é piedoso, e o que não é do apreço, ímpio" e obtém a seguinte resposta de Sócrates: "Será que o piedoso - porque é piedoso é apreciado pelos deuses, ou porque é apreciado é piedoso?". Sendo cada um dos argumentos de Eurítron refutado, o diálogo termina em aporia.

Leitura recomendadíssima para quem gosta de filosofia.
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Felipe 16/08/2021

Sócrates, igualmente irritante e sábio.
Em um dos diálogos aporéticos de Platão, vemos Sócrates, prestes a enfrentar seu julgamento, encontrando Eutífron, que ia acusar o pai de assassinato (ação que na época poderia ser mais grave e desonrosa que o próprio assassinato).

Sócrates questiona "Diga, então, o que você diz que é o piedoso e o ímpio?" e Eutífron procura estabelecer uma relação entre o que supostamente seria piedoso/certo e aquilo caro aos deuses.
Sócrates segue, da maneira mais debochada que Platão fazia, apontando os furos no discurso de Eutífron. Desde o impulso de conceituar algo através de exemplos à incerta certeza que Eutífron teria do que realmente seria caro aos deuses.

A conversa flui pelos conceitos de certo, errado, piedoso, ímpio, justo, injusto, amor e ódio, e o dilema de "Então, a piedade é amada pelos deuses porque é piedade, ou é piedade porque é amada pelos deuses?"

Assim termina em aporia. Sócrates aponta as falhas no discurso do companheiro mas também não nos oferece uma resposta.
Levando em consideração o anacronismo, visto que atualmente a questão do assassinato e de justiça são completamente diferentes, temos um provocativo diálogo no qual, através da figura de Sócrates, lembramos como temos tantas falsas certezas quando deveríamos reconhecer a própria ignorância.
Giulian.Mendes 07/02/2024minha estante
Acabei de ler, a sua resenha trouxe maior profundidade para a minha compreensão




Teorema Espectral 23/01/2021

Se Sócrates Fosse Brasileiro Faria Rap
Sempre digo que a forma mais pura do espírito filosófico é um diálogo platônico. Manter a clareza do raciocínio, com a pertinência da indagação, ao mesmo tempo que mantém o leitor tão entretido como num diálogo casual, são virtudes que só um filósofo do calibre de Platão consegue adquirir.

Nem sempre eu concordo com os argumentos de Sócrates, claro, mas nesse caso em específico eu concordo totalmente: O diálogo lança uma grande contradição sobre a fé politeísta. Ao menos, no que se refere às obrigações com os deuses. Tudo isso sem perder o tom irônico e os elogios exagerados que me fazem gargalhar lendo filosofia
Richard 24/01/2021minha estante
Tem um livro que narra um momento em que ele chega numa roda de amigos que estavam brindando à liberdade, lança "Talk less. Smile more", eles gritam "If you stand for nothing, Sócrates, what will you fall for?" ele fala "Iiiii..." e sai correndo. Ninguém nunca soube o fim da frase.


Teorema Espectral 24/01/2021minha estante
Top livros secretos escondidos por Roma desde o Concílio de Niceia




Jack 30/04/2020

Diálogos de Platão
Recomendo fortemente a leitura dos diálogos de Platão, é necessário a todos que desejam se aprofundar na filosofia.
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AnaLuVL / @anarilhando 19/03/2020

História Interessante, mas mais cansativo
Este livro li logo depois de Laques, do mesmo autor. Foi uma experiência muito Interessante ler duas obras seguidas de mesma autoria e comparar escritas e as personagens.

A escrita de Platão é bastante densa gramaticalmente, mas nem tanto no vocabulário, o que não atrapalha tanto no entendimento. O desafio é mais seguir a lógica e raciocínio, do que entender a palavra utilizada.

Neste livro, em oposição à Laques, Platão destaca apensar dois personagens: Sócrates e Eutífron. Ambos em uma situação jurídica.

A partir daí, começa a refletir sobre diversos assuntos, dentre eles e principalmente a piedade, indo em seguida para o que significa o amor dos deuses, o cuidar, e assim indo.

Mais uma vez, como é de praxe pelo visto, o autor declara seu amor por Sócrates através da voz do outro personagem em alguns momentos (mas bem menos do que em Laques) e, além disso, há o momento da "grande brisa" de Sócrates diante dos argumentos levantados.

E neste livro, com mais humor, o desfecho diante dessa "viagem" no raciocínio de Sócrates é bastante Interessante. Aqui, o autor apresenta um lado de Sócrates ainda não presente em Laques, provavelmente pela falta de amadurecimento.

Indico a leitura deste livro, acredito ser indispensável ele alguns clássicos.
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TalesVR 07/05/2018

Impiedoso
Nesse primeiro dialogo socrático de Platão, Sócrates se apresenta de forma impiedosa com o seu método de analise conceitual, ao demonstrar as falhas argumentativas do ''piedoso'' Eutífron. Chega a ser engraçado pois vejo Sócrates como um chato, que morreu por ''encher a paciência'' dos atenienses, e logo no dialogo que antecede o seu julgamento ele afugenta mais um cidadão ao expô-lo à sua própria ignorância. No minimo curioso hahaha, ele foi realmente, embora recusasse o título, um sábio.
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Elmo.Junior 08/01/2018

O que são as coisas piedosas e ímpias
Diálogo platônico sobre as questões morais e imorais. Eutífron julga saber a opinião dos deuses sobre o que são as coisas piedosas e ímpias para os deuses. Porém, Sócrates após uma longa jornada dialógica demonstra o erro da posição de Eutífron que denunciava o próprio pai por ter assassinado, ainda que involuntariamente, um servo homicida. Sócrates aponta os erros da argumentação de Eutífron.
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