Nu e As 1001 Nuccias 28/05/2019Resenha Blog As 1001 NucciasVila das Estações é uma cidade do interior da França, bastante conhecida pela sua produção de flores, em especial as rosas. E as flores mais bonitas, as rosas vermelhas mais abundantes e chamativas, eram todas da Mansão das Rosas, onde vivia Álvaro e sua família, e onde trabalhavam os pais da pequena Cecília.
Aos 12 anos, ela assistiu deslumbrada ao casamento de Álvaro e Dália, ouvindo-o tocar seu violino tão lindamente que nunca mais esqueceu. Ali ela aprendeu o que era paixão, só não sabia disso. Mas acontecimentos tristes fizeram com que ela saísse de Vila das Estações para retornar apenas 10 anos depois, quando seu pai fica muito doente.
Ao chegar na cidade, desiste de voltar para a capital a fim de ficar junto do pai. Além disso, há algo na cidade que clama por sua presença, ela não sabe bem o que é. Então, se vai ficar, precisará de um emprego em Vila das Estações para poder comprar os remédios e pagar a casa de repouso. Uma indicação e ela vai até a Mansão das Rosas, aceitando o emprego como professora e governanta. Estranho é ter de se mudar para o local, mas ela o faz, sempre pensando no pai.
A Mansão já não é a mesma. Não há brilho, não há festa, não há luz. As rosas vermelhas? Morreram e não nascem mais. A música não é mais ouvida em nenhum cômodo. E aos poucos Cecília descobre o que aconteceu com Álvaro e sua família.
"A magia e o encantamento são ingredientes da verdade de corações crédulos, daqueles que acreditam no poder do amor verdadeiro e na existência de finais felizes."
Com a ajuda de sua amiga Jude, o apoio do pai, da antiga governanta Sônia e todos os demais funcionários da Mansão, Cecília e seu jeito curioso para entender as coisas, além de sua obstinação em ver o lado bom das pessoas e de tentar trazer a música de volta àquela casa obscura, irão mudar aos poucos o sombrio Álvaro e trazê-lo de volta à luz.
Baseado no romance e conto de fadas A Bela e a Fera, Quando a Música Morreu é um romance lindo, cheio de carinho, ternura, amizade e simpatia. Delicado como uma melodia feita nas cordas de um violino e impactante como o som que emana das teclas do piano.
Gostei MUITO da leitura, de fazer a revisão, de ajudar a escolher a capa, da construção dos personagens! É o primeiro romance que posso dizer com certeza absoluta que nada, nada mesmo, me chateou ou me fez torcer o nariz ou revirar os olhos (o que acontece quando tem muito "açúcar", pois é, sou uma leitora diabética).
"Estava furiosa. Como um ser humano normal poderia se irritar daquela maneira apenas por causa de uma fresta de cortina? Qual era o problema dele com a luz? Que homem mais obtuso! Que grosseria! Que falta de bom senso!"
Amei o fato dos personagens terem uma diferença de idade tão grande e mesmo assim se entenderam bem (ou quase rsrs), amei a amizade que Cecília tinha com Jude e sua relação com o pai, adorei o jeito com que ela lidava com a personalidade diferente de cada cidadão e amigo. Sua força vem de dentro, junto com empatia e carinho. O romance combinou tanto com o conto de fadas e ao mesmo tempo é tão diferente que não podia ser mais completo.
Não, nada disso é por ser amiga da autora, nem por trabalhar com ela, menos ainda por gostar dos chick-lit que ela já escreveu. Eu separo bem as coisas. Vocês precisam entender que esse livro é O MÁ-XI-MO! Apenas aceitem.
"Eu seria destruída se negasse quem sou e prefiro manter-me fiel à minha essência do que sucumbir ao medo."
Mais uma vez eu fiquei com um sem número de citações marcadas no livro. Escolhi algumas das mais impactantes. Aproveitem!
Então, Fê, meu mais sinceros parabéns por uma obra tão cheia de amor e música, exalando dedicação na escrita, e que ficou simplesmente maravilhosa! Quem curte romance, vai se apaixonar, quem não curte também!
"Eu morri. As rosas vermelhas morreram. A música morreu."
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