A Arrogância Da Nobreza

A Arrogância Da Nobreza Diane Bergher




Resenhas - A Arrogância Da Nobreza


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Aisha Andris @AishandoBooks 25/04/2019

8 histórias apaixonantes
Eu fiquei sabendo desta antologia algum tempo antes de ela ser lançada na Amazon, porque já acompanhava as redes sociais de algumas das autoras. Tive a oportunidade de ler dois de seus contos ainda no Wattpad, o que foi suficiente para me deixar ansiosa para conhecer os demais também. E valeu super a pena. Michaelly Amorim, Diane Bergher, Amy Campbell, Raquel Cavalcanti, Daiane Duarte, Amanda Leandro, Jessica Mamede e Roxane Norris nos brindam com histórias que, embora curtas, são muito bonitas e bem escritas, com personagens interessantes e narrativas ora leves e divertidas, ora intrigantes, ora emocionantes, ora uma mistura de tudo isso.
A beleza da obra já começa no prefácio, onde Lis Wey, com palavras muito bem colocadas, nos prepara para o que vem a seguir e desperta nossa curiosidade ao apresentar lindamente cada uma das histórias. Todas focadas em personagens que, na maioria das vezes, por pertencerem à aristocracia, acham-se acima das vicissitudes pelas quais todos os seres humanos precisam passar, que o resto do mundo é uma extensão do seu direito natural de possuir todas as coisas e que todos os outros lhe devem vassalagem. Aqui, de uma forma ou de outra, eles acabam se dando conta de que são como os demais mortais, que nem tudo lhes pertence e que algumas coisas devem ser conquistadas, em vez de apenas tomadas. Acabam encontrando pessoas que vêm para desafiar sua visão de mundo e abalá-los de alguma maneira. Foi maravilhoso ver como essas experiências mexeram com cada um deles.
Em Jamais Insulte um Duque, encontramos um nobre que é o epítome da arrogância e da libertinagem. No entanto, logo ele tem a oportunidade de descobrir que nem todas as mulheres estão tão à sua mercê como imagina, embora isso não impeça que desfrutem de suas… atenções. Apenas enquanto desejam, é claro.
Em Um Marquês para Amar, o conto mais leve dessa antologia, acompanhamos o jogo de gato e rato entre um nobre português que, devido a problemas financeiros, busca uma esposa de posses no Brasil, e a jovem escolhida, que tem suas próprias ideias a respeito de sair do país que ama e acompanhar docilmente o esposo ao outro lado do mundo.
Annie é o nome de uma doce mulher que, após sofrer revezes cruéis nas mãos do destino, embora isso não altere sua essência, entra no caminho do marquês de Windcliff para abalar suas estruturas e despertar emoções e sentimentos que ele sequer imaginava possuir.
Pelas Mãos do Destino é a história mais sombria do livro e nos apresenta a conturbada relação entre dois irmãos e as reviravoltas terríveis que o ódio e a maldade, que não deveriam existir entre dois entes tão próximos e que compartilham experiências tão parecidas, ocasionam em suas vidas.
O Duque de Cantábria é o mais doce dos contos e mostra a amizade de infância entre um nobre, filho bastardo do rei, e a filha de um simples cavalariço se transformar em um amor puro e verdadeiro. Todavia, para viver com sua amada, o duque precisa fazer uma escolha difícil.
Em Um Duque por Contrato, conhecemos Davina, uma impetuosa dama escocesa que chega à Inglaterra em busca de matrimônio. Porém, logo no primeiro baile a que comparece, percebe que seus pais já fizeram a escolha de um marido para ela, uma que não lhe agrada em nada. E, para evitar ser vendida a um homem desprezível, faz um acordo vantajoso com um duque. Confesso que, neste conto em especial, eu tenho ressalvas sobre algumas atitudes da Davina e dos seus pais. Ela algumas vezes me soa um tanto infantil e malcriada; e seus progenitores me parecem um pouco fora da casinha também, fazendo o que fazem com a filha. Ainda assim, gostei da história.
Ophelia nos apresenta a dois jovens aristocratas que, ainda crianças, foram prometidos em matrimônio um ao outro por seus pais, dois bons amigos. A dama parecia bastante satisfeita com o arranjo, mas o mesmo não pode ser dito do cavalheiro e, por causa disso, as coisas não saem exatamente como o planejado.
Luiza, o conto que fecha esta antologia, é embalado pela música de Tom Jobim que leva o mesmo nome de nossa mocinha e nos apresenta à história dessa bela mulher que, embora não seja legítima, foi criada como se o fosse pelo comendador e sua esposa. A morena desperta olhares por onde passa, mas, numa situação inusitada, conhece alguém que também atrai os seus: o filho do visconde de Ouro Preto. Um obstáculo se interpõe a essa união, porém.
Chegar ao fim desse livro deixa uma sensação agradável, mas desperta certa inquietude também, porque, embora a maioria das histórias seja completa em si mesma, ainda que pudesse ser beneficiada por um desenvolvimento maior e aprofundamento em um romance próprio, algumas se encerram na melhor parte e atiçam a curiosidade e a vontade de ver o que acontece dali por diante. Confesso que fiquei com vontade de vê-las em continuações que elucidassem as questões que deixam em aberto. Não custa torcer para que isso aconteça…
A última coisa a ser dita é que o livro ficaria ainda melhor com uma nova revisão. Embora os erros não sejam gritantes, acontecem com frequência suficiente para incomodar durante a leitura.

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