spoiler visualizartenhosardas 23/04/2024
Gostei, mas não tanto assim.
As histórias dos casamentos (os oito) são muito interessantes e bem desenvolvidas e os personagens todos são muito bem construídos, com personalidades e histórias bem traçadas e coerentes. Também é muuito legal ver a imersão da Evelyn no mundo dos holofotes, a construção da imagem dela, a manipulação das histórias que são contadas, o jogo de interesse que há em tudo.
Gostei de os seios serem um elemento tão marcante na Evelyn, em sua vida pessoal e na artística, e se tornarem, ao final, o que a destruía. E gostei também das semelhanças e contrastes entre o que a Evelyn fez com o pai da Monique e que a Monique fez com a Evelyn: uma deixou um homem morto dentro de um carro e a outra deixou uma mulher prestes a morrer em seu apartamento, mas, além da diferença dos contextos de cada morte, a motivação da primeira foi bastante egoísta e fria e a da segunda foi baseada no que ela considerava respeitoso.
O que me insatisfez um pouco foram dois pontos: o link entre a Evelyn e a Monique, que achei fraco (meio clichê, talvez), e, principalmente, aquele papo de a Evelyn ter escolhido a Monique para escrever a sua biografia por conta da matéria que fez sobre o direto à morte. Isso não é desenvolvido antes, vem meio de surpresa no final pra justificar a Monique ter compreendido e respeitado a decisão da Evelyn, mas, poxa, isso é uma informação TÃO importante e impactante pra ter recebido tão pouco foco. Talvez a autora tenha feito dessa maneira pra surpreender mais o leitor e nos deixar mais comovidos e inconformados com esse fim da protagonista kkkk mas a mim, sinceramente, não convenceu.