FaBinho.Vieira 06/08/2019
Amizade sem empolgação
As últimas histórias da Turma da Mônica Jovem tem parecido querer deixar o leitor em modo ?stand by?. Sumiram as tramas empolgantes e/ou absurdamente engraçadas e, a cerca de dois anos, temos visto historietas mais preocupadas em ?fazer pensar / refletir? e até mesmo em fazer uma reparação histórica, pondo certos personagens secundários, como, aqui no caso, Jeremias, que é negro, no protagonismo. E isso é fantástico! Pena que a empolgação não acompanha. Também acabaram as histórias que duram mais de uma edição, e a ?saga fim do mundo? - que se conectava com o Chico Moço e até com a turminha clássica - está sem conclusão, deixando os fãs em suspensão há mais dois anos. Nesta edição, o ?dilema? é que o fútil Titi despreza os interesses de seu amigo Jeremias na defesa de que ter um corpo perfeito é mais importante que qualquer coisa. O curioso é que o fútil Titi ainda tá de bode pelo fim de seu relacionamento com a Aninha, que botou ele pra correr há uns CINCO anos... no nosso tempo. Ali, no universo da TMJ eles ainda são adolescentes de cerca de 14, 15 anos que não saíram da mesma série no colégio. Mas, essa ?questão temporal? só serve para retificar a falta de necessidade de certos personagens que funcionam bem no contexto coadjuvante da turminha clássica, mas se perdem ao ficarem jovens e exigirem traços de personalidade mais marcante. Porém, deve-se destacar o maior aprofundamento na personalidade de Jeremias ao ver que, apesar de fiel ao amigo, em nenhum momento ele se submete às vontades e pensamentos do fútil Titi. Teremos Jerê como quinto integrante da turma clássica em breve? Essa reparação histórica eu gostaria de ver.