O silêncio dos livros

O silêncio dos livros Fausto Panicacci




Resenhas -


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Cinara... 06/11/2020

Apressa-te lentamente.
"Enquanto o mundo decretava a morte dos livros, tentando silenciá-los, eles resistiam: longe do burburinho quotidiano, do barulho das cidades, das buzinas dos carros, do ruído dos aparelhos, do falatório vazio, o silêncio dos livros não era de morte, como se buscava impor-lhes, mas de música. O silêncio tinha sons, e os livros iam conclamando, em cochichos, à leitura, e celebrando, aos gritos, a vida. O silêncio dos livros cantava. O silêncio dos livros era a própria música. "


Que escrita!!!! O livro fininho apenas 255 páginas mas parece que li um calhamaço de acontecimentos!!! Uma distopia que eu quero ficar bem longe?!! O autor me fez viver cada pequena passagem até mesmo dentro de uma prisão sentindo um quentinho no coração!
Para quem ama livro sobre livros vai amar?
Favoritado!!!
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Thamirys 12/05/2021

Eu não sei se esse livro está nas escolas, mas deveria estar.

?Pois é na Literatura que a Humanidade se confessa: é ela o espelho no qual nos vemos desnudados, e podemos então nos tornar um pouco melhores. Não que a Literatura tenha sido em algum momento capaz de extirpar da Humanidade a vilania; sempre foi nessa luta, no entanto, valiosa aliada. Mas nossa sociedade aboliu os livros, entorpecendo-se de estupidez??

Além da escrita maravilhosa do autor, o livro tem algo que sempre me cativa muito, a divisão em vários tempos, ou na perspectiva de vários personagens. No caso desse livro, é divido em 3 tempos ( ou partes por assim dizer), o fato é que cada parte é descrita em um tempo diferente.

Nessa história vamos conhecer Alice, uma criança que adora ouvir histórias e guardá-las através de anotações em seu caderninho, a garota mantém escondido um livro que sua avó já falecida um dia leu para ela, entretanto, um dia Louise mãe de Alice encontra o livro e com medo do governo invadir sua casa, decide destruí-lo.

E é pelo olhar de Alice que descobriremos o porque da atitude tão radical da sua mãe: os livros foram proibidos nos países europeus.

Mais tarde ela vai conhecer Santiago, um velho ativista, que age em prol da liberação dos livros, e é nesse segundo e terceiro tempo que a magia do livro acontece.

?Pois é na Literatura que a Humanidade se confessa: é ela o espelho no qual nos vemos desnudados, e podemos então nos tornar um pouco melhores. Não que a Literatura tenha sido em algum momento capaz de extirpar da Humanidade a vilania; sempre foi nessa luta, no entanto, valiosa aliada. Mas nossa sociedade aboliu os livros, entorpecendo-se de estupidez??
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@eu_sandroka 24/02/2020

Apenas leiam!!! Livro incrível!!! S2
* Pensava nos pais e na irmã como bonitas caixas de sapato, das quais se empilham em lojas, juntinhas, mas sem se verem umas às outras por dentro. *
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O misterioso Santiago Pena; Alice, menina desprezada pelos pais; Um antigo caderno com questões intrigantes; Um jovem acusado de crime que alega não ter cometido; A descoberta de uma biblioteca abandonada... Suspense e aventura misturam-se a profundas reflexões sobre os paradoxos da condição humana nesta arrebatadora história que trata de amizade, loucura, amor e perda da inocência.
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O #SandrokaIndika mais difícil que já escrevi.
Amo tanto esse livro, que acabei formalizando opiniões em vez de impressões. Portanto, rascunho rasgado e nova tentativa.
É minha terceira leitura desse lindo. A primeira participando da #LeituraColetiva organizada pela equipe incrível da @LCagenciadecomunicacao e com participação efetiva e muito especial do autor @faustopanicacci. #gratidão
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Vocês já leram aqui no ig que a história conta os desdobramentos das jornadas de Alice, Hilário e Santiago. Há outros personagens que permeiam as páginas, engrandecendo - ou não - as vidas dos nossos protagonistas.
Uma sociedade em que os livros foram proibidos. Em que as escolhas são feitas em modo randômico através de aplicativo. Em que não há jornais impressos há muito tempo. Em que criminosos são definidos por determinado gene. Em que a manipulação genética permite * filhos perfeitos *. Em que as árvores foram substituídas por imitações em plástico. Em que as fotografias também estão a caminho da proibição.
Afins queridos... Que distopia triste. E, de certa forma, redentora.
Uma obra prima que, a cada leitura, nos permite novas interpretações. As nuances dos personagens os aproximam de nós, me vi xingando, torcendo, julgando, vibrando, sentindo. Não há como sair imune dessa leitura. Não há. Mérito do autor.
No decorrer da história, temos dois contos em momentos distintos: “A menina e o tigre” e “O mito da videira encantada”. Não fosse o livro incrível por si só, valeria a leitura apenas por eles.
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* Uma grande metáfora sobre o papel dos livros na vida das pessoas. *
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* Uma declaração de amor à Literatura e também à Língua Portuguesa. *
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* Uma trama romanesca sobre amadurecimento. *
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* Fazer o leitor ver o mundo pelos olhos de uma criança é um dos grandes achados do romancista (...). O leitor sente junto com a menina, sente aquilo que ela sente. *
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5 estrelas, favorito da vida e #recomendadíssimo.
Livro disponível para compra nas livrarias e lojas online de todo Brasil.
2a edição é ilustrada.
Disponível no #KindleUnlimited
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#SobreLivrosEseusAfins #oSilêncioDosLivros #oSilencioDosLivros #FaustoLucianoPanicacci #LCAgencia #LCagênciaDeComunicação #BookLover #AmoLer #MarcadorOriginal #KindleÉtudoDeBom #AutorNacional #LeiaNacionais #Instagram


site: Https://www.instagram.com/eu_sandroka
Genilce 21/10/2020minha estante
Onde vc encontrou a edição ilustrada?


@eu_sandroka 25/10/2020minha estante
No kindle unlimited só... A edição física só pelo site da editora...


Genilce 30/10/2020minha estante
Ah... Ok


@eu_sandroka 30/10/2020minha estante
:-)




Antigo 04/12/2021

Imagine um mundo sem livros
Esse livro me tocou de um jeito especial, imaginar um mundo onde os livros são proibidos, onde o conhecimento não corre mais livremente para quem desejar saciar sua sede é DOLOROSO, mas nos faz refletir de muitas formas...
Diessica 04/12/2021minha estante
É um livro de não ficção?


Antigo 04/12/2021minha estante
Não flor, é DISTOPIA




Henris Andrade 14/06/2020

Ter Livros é crime?
Hilário Pena de Jesus, um garoto sem família, sem status, tornou-se um arquiteto, mas o destino se desenhou cruel. Quem mostrava-se amigo o condenou a prisão de Babel. Diante de uma tecnologia genética permaneceu por mais de trinta anos preso. Surge então António Aldo que mudou toda a história de Hilário, tornando-o Santiago Pena herdeiro de uma fortuna proibida, ?os livros?. Onde ?Ter Livros é um Crime?.
Santiago conheceu então sua vizinha, Alice, uma garota que diferente de sua família, amava ouvir histórias e tinha um segredo guardado em suas bonecas. O ?Avô dos Livros? mudou todo o mundo de Alice. Uma história cativante. Houve um momento emocionante quando António e Hilário veem que todos seus esforços na Livraria de Babel foram reconhecidos pelos presos.
Uma excelente leitura!
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Karollyne.Metzker 03/11/2020

Livro maravilhoso pra quem gosta de ler! Estilo distopia, num mundo onde testes genéticos dominam as escolhas. A segunda parte que é da prisão do Hilário foi a melhor pra mim. Vale muito a pena, a leitura é muito fluida e ressalta bastante sobre a importância dos livros e como podem mudar o rumo da vida de alguém.
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Gabi Voss 13/02/2020

"Um livro é a melhor companhia não humana que alguém pode ter - embora sua 'não humanidade' seja de todo questionável. "
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Carlinha.Santiago 13/10/2021

Lindíssimo! ?
Gente, pára o mundo que livro é esse? Juro que muitas vezes me sentia sem ar e ansiosa porque parecia que estava lendo a próxima notícia a ser dada no jornal, pois estamos em meio a tantas propostas de aumento de taxação do valor dos livros, então não há exagero em pensar que possam vir a querer proibir ler e ter livros. E sobre a escrita e linguagem utilizada pelo Fausto? F-A-N-T-Á-S-T-I-C-A! Poética, lúdica, riquíssima de detalhes e significados, além de ser cheia de referências maravilhosas! Estou encantada!
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Danny.Leal 29/09/2020

Como nasce o amor à leitura
Devemos resistir a tudo que nos desumaniza, e a eliminação das boas e velhas histórias, dos livros, é receita certa para a desumanização.

O Silêncio dos Livros é um reviver de várias obras da literatura, a começar por sua premissa que se aproxima de Fahrenheit 451, mas também de inúmeras citações de grandes clássicos da literatura, de forma direta ou indireta. Mas, acima de tudo, este é um livro que retrata especialmente o nascimento pelo gosto, pelo amor a leitura; que revela a curiosidade e o prazer que só sente aquele que se permite viajar pelas histórias contidas nos livros, indo além de suas entrelinhas; que evidencia a luta por manter vivo o conhecimento que só encontramos quando nos debruçamos sobre as páginas de um livro, repleto de histórias do passado e do presente para refletir sobre o futuro. Gostaria de um outro final para o livro, ou melhor, para Hilário... mas o que lhe foi dado não tira o brilhantismo da obra, apenas nos leva a refletir mais ainda: o que seria de nós, o que seria da humanidade sem as memórias, sem os conhecimentos contido nos livros?
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Fernando 13/07/2020

RESENHA LITERÁRIA: O SILÊNCIO DOS LIVROS, DE FAUSTO LUCIANO PANICACCI
Olá, Galera!
Vamos falar sobre um livro sobre o qual tecer qualquer elogio se torna um pleonasmo. A obra em questão intitulada de “O Silêncio dos Livros” merece uma resenha diferenciada, totalmente fora de qualquer convencionalismo.
O autor Fausto Luciano Panicacci criou um enredo que traz combinações interessantes entre coisas que já lemos em outros livros e espaços para o inédito (criativo). Encontrar palavras adequadas para expressar o significado e valor dessa obra é uma tarefa árdua, porém prazerosa.
Devido ao caráter misterioso que encontramos em suas páginas é aconselhável não realizar uma resenha meramente explicativa, mas devemos trazer palavras que representem as nossas emoções diante da leitura. Em “O Silêncio dos Livros”, temos a mistura perfeita entre o sensorial e o abstrato.
Inspirado em grandes clássicos da Literatura, o autor nos conduz a um mundo distópico onde a leitura dos livros é proibida. Ler é um verdadeiro crime. Nesse mundo futurista, nos deparamos com uma menina de nome Alice, uma figura um tanto curiosa. Essa menina sente prazer pela leitura. Por meio de suas ações e pensamentos, vamos entendendo o mundo que a cerca, esse lugar onde os livros são proibidos.
Com o desenrolar das ações da menina, vamos entendendo o que significa tal proibição. Nesse momento, devemos nos conter para não descrever a vocês, leitores, que leem essa resenha os pormenores dos acontecimentos, pois tudo se revela gradativamente. Essas descobertas graduais são o prazer da leitura. Adianto que no início, vemos uma cena hedionda, e o que nos choca é o descobrimento dos agentes de tal ação.
Em meio a narrativa, surge um novo personagem, um homem adulto cuja vida já desponta com alguns mistérios. A palavra mistério permeia toda trama. O termo chave “Processo Investigativo” resume bem a proposta do livro. O leitor se vê envolvido com questões curiosas que o prendem em cada página. Ficamos numa situação onde largar a obra é um total desprazer. Mistérios e mais mistérios vão surgindo. Alguns trazem as suas soluções adiantadas, outros permanecem e ainda há aqueles que geram mais mistérios.
O enredo não segue um roteiro linear, pois do presente, vamos ao passado, e depois, voltamos ao tempo anterior para entender melhor o que se passa. Outra característica valorosa do livro são as reflexões que suas páginas nos proporcionam. As ponderações que nos são dadas não ficam encerradas nas linhas de pensamento do narrador e nem nas ações dos personagens dos livros. Todo processo reflexivo tem um alcance elevado que dialoga com o nosso mundo real, especialmente quando pensamos em fatos contemporâneos.
Podemos divagar sobre muitas coisas com o decorrer da leitura. Se tivermos a oportunidade de nos reunir com outros leitores, as ponderações se tornam ricas. A obra, embora se passe num mundo futurista, nos conscientiza sobre temas atuais e quase nos obriga a pensar em soluções para eles. Disso, decorre a riqueza dessa leitura: não basta conhecer as dificuldades que nos permeiam, é necessário enxergar as soluções para colocá-las em prática.
De maneira indireta ou direta, isso depende do ponto de vista do leitor, a obra demonstra que o silêncio dos livros não se resume em proibições, mas eles partem da interioridade do ser humano. Vemos proibições de leituras em alguns cantos do mundo, mas também notamos que o ser humano já traz em si proibições interiores traduzidas pelo seu desinteresse em ler. A sociedade atual já está banindo os livros de suas vidas ao deixarem de ler, ao deixarem de frequentar bibliotecas e ao deixarem de comprar livros. Muitas pessoas já olham com desprezo para leitores assíduos, e até fazem chacotas com eles. Isso já nos demonstra o silêncio dos livros de uma maneira sutil.
Poderíamos dizer que o ambiente da obra, embora seja futurista, não se prende apenas a esse tempo, mas vai tecendo reflexões sobre passado e presente. Nessas páginas de ambientação futurista, também encontramos um quê de pensamentos medievais. Os historiadores entenderão melhor ao que estamos nos referindo quanto aos pensamentos medievais.
Sobre a obra “O Silêncio dos Livros”, há muito o que se falar. Mas não nos estenderemos. Um dos motivos para tal omissão já nos foi dito no início dessa resenha. O objetivo é não estragar o processo de descoberta do leitor. O outro motivo é que para se falar de todos os aspectos do livro, necessitaríamos de muitas páginas, ou praticamente, escrever uma outra obra com todas as análises de nossa leitura.
Essa obra que merece CINCO ESTRELAS é recomendável aos leitores famintos por um excelente livro, aos estudantes de letras, especialmente para aqueles que apreciam o estudo de Teoria Literária. Em “O Silêncio dos Livros”, temos uma ficção com grandes toques de realidade. As proibições e os fatos destacados na obra não estão distantes de nosso mundo atual.
Estamos ansiosos em saber a opinião de vocês, leitores, sobre a obra. Não deixem de adquirir o livro!
Abraços! Espero conversar com vocês em breve.
Fernando Nery

site: https://www.facebook.com/filosofodoslivros75/photos/a.114476943264698/205362417509483/?type=3&theater
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Kleyse0 20/02/2020

Surpreendente. E assim que começo a resenha de O Silêncio dos Livros. Em um país onde ter livros é crime quem fosse encontrado com eles seria preso. Alice Crastino, uma criança curiosa acaba conhecendo Santiago, um forasteiro que se mudou para Gaia para lutar contra a proibição dos livros e no meio de tudo isso acaba gerando interesses já família da pequena. A história dá um salto no passado para contar a história de Hilário Pena, mas não se enganem leitores, as duas histórias vocês irão descobrir que podem ter conexões. E dentre tudo isso, tem aventuras da pequena Alice, um pouco de suspense e acontecimentos surpreendentes. Um assunto que era para estar na só na ficção sobre a proibição dos livros, infelizmente, está virando realidade. Mas não podemos nos abalar e assim como Santiago e Alice devemos lutar para que isso não avance mais e mais.

site: https://www.instagram.com/p/B8yh62ZDTOP/?igshid=1we676b7oylo9
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Cristina 09/08/2022

Uma distopia maravilhosa, muito sofrida, pois trata de um mundo onde os livros são proibidos. Para mim inimaginável!!

Um tributo aos livros e seus encantos.

A trajetória de Santiago é sentida em cada capítulo, emocionante.
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Oda @bibliotecadeumacacheada 23/02/2020

Leia esse livro, você irá se emocionar ?
O livro conta a história de como os livros foram proibidos e quem tivesse estaria cometendo um crime e acabaria sendo preso, o livro é dividido em três partes :

Na primeira parte conhecemos Alice, uma menina que ama história, que sente saudades da avó e do tio, porque eles viviam contando histórias pra ela, Alice vive em Portugal com seus pais e sua irmã Beatriz, uma família que não dá atenção a Alice, se referem a ela o tempo todo como menina.

Na segunda parte voltamos ao passando, no Brasil, conhecemos Hilário, a história da sua infância e como ele foi parar na sua triste realidade. Hilário acaba conhecendo o Antônio, onde uma amizade logo surgue e juntos transformam a biblioteca de Babel, e é nos livros que a vida de Hilário se transforma.

? " Há ali sonhos, vidas talvez mais reais que as nossas. Com livros podemos transcender a platitude de nosso cotidiano, conhecer lugares aos quais nunca conseguiríamos ir."

Na terceira parte, voltamos a parte da Alice, onde pelo olhos dela vamos ver o que aconteceu quando os livros foram proibidos e por diante, e ainda podemos ver sua amizade com o misterioso Santiago e a luta dele para trazer os livros de volta.

? Genteeee que livro foi esse ? Não tenho palavras para dizer o que esse livro fez comigo, senti meu coração apertado em muitas vezes, teve partes que chorei porque querendo ou não é a nossa realidade.

? Nele vemos como o livro pode mudar a vida de uma pessoa, o autor tem uma escrita que conseguiu me prender na história e o final me surpreendeu e muito.
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Adriana 20/07/2021

O poder transformador dos livros
O livro é muito bem escrito e a história é interessante. Fala sobre abandono, erros e acertos, amizade, descobertas, aprendizado e recomeço. Mostra-nos como os livros podem transformar a vida das pessoas. O livro nos traz algumas reflexões, como, por exemplo, até que ponto a tecnologia pode interferir em nossas vidas, quais os limites da manipulação genética e como seria a vida sem os livros. Vale a pena a leitura. Recomendo!
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Josy @estantedajosy 20/02/2020

Ainda que os livros fossem crime, eu lutaria por eles
Hilário Pena de Jesus. Hilário em homenagem a um parente do homem do orfanato, pena por ser tão franzino e de Jesus, porque não era de ninguém. Foi o que o jovem foi por muito tempo, até sair do orfanato e cometer um crime. Ele acertou um homem com uma garrafa e o matou.

Apesar de ter visto de relance algumas reportagens que avisaram de uma nova lei, ele não prestou muita atenção, no entanto, e foi julgado perante essa nova lei. E nela, as pessoas que cometiam crime eram submetidas a exames para ser analisada a presença do gene-C em seu DNA. Gene-C seria o gene da criminalidade. Se você já tinha parentes na família com isso ou tendência para ser um criminoso, era detectado no exame e você recebia imediatamente a pena de morte.

Mas os exames de Hilário deram negativo para o gene-C, mesmo assim, ele havia cometido um crime. Então o que estava errado? Hilário foi preso de qualquer forma, afinal, poderia ter a possibilidade de ele ter o gene virtual. Em todas as hipóteses, mantê-lo preso era a melhor opção. A cada quatro anos ele repetia o exame, sempre dando negativo e sua liberdade continuando ser negada e aos poucos Hilário já perdia sua juventude... e sua sanidade.

Quando imaginava que estaria fadado a viver sua reclusão sempre sozinho, foi colocado ao seu lado um senhor que havia cometido um crime peculiar. O senhor de idade era acusado de tráfico, mas a mercadoria era livros! Os livros haviam sido proibidos no país!

Antonio comercializava livros desde sempre e permaneceu realizando seu trabalho mesmo após a proibição. Ao ser pego transportando para outro local, foi pego e levado a julgamento. Pegou uma pena e multa e agora era obrigado a dividir a cela com Hilário.

Essa aproximação não poderia ter sido mais satisfatória. A paixão que Antonio tinha pelos livros logo pôde ser transmitida para Hilário quando eles decidiram reformar a biblioteca da penitenciária. Hilário, que sempre foi um estudioso da arquitetura, jamais imaginava que poderia ser adeptos aos livros literários e se encantou com o mundo que encontrou ali.
“-Ora, e desde quando Literatura não é a sua área? Se ainda não está morto, então é a sua área. É minha área. É a área de todos”.
Paralela a essa história, somos apresentados a Santiago, um homem erudito, viajado que luta pelo retorno dos livros. Ele vive sozinho, mas foi acolhido pela família vizinha com quem sempre almoçava ou jantava. A família tinha uma pequena menina, muito rejeitada, mas que se encantou com Santiago e suas grandes histórias. A menina Alice, muito curiosa, estava sempre buscando uma oportunidade de ouvir as histórias que Santigo conhecia e passou a chamar ele de “Avô de letrinhas”.
“Gostava de ouvir conversas e repetir para si as falas dos outros, imitando as vozes para memorizar. Como uma catadora de palavras, anotava tudo em seus caderninhos. Não entendia bem o que os adultos diziam, mas abraçava as palavras mesmo assim – para quando crescesse e fosse sabida”

Confira a resenha completa no blog: http://www.estantedajosy.com.br/2020/02/ainda-que-os-livros-fossem-crime-eu.html

site: http://www.estantedajosy.com.br/2020/02/ainda-que-os-livros-fossem-crime-eu.html
@eu_sandroka 20/02/2020minha estante
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