TriBooks 09/05/2012
Resenha do TriBooks - Da Próxima Vez
Esta resenha foi publicada no blog TriBooks
(http://tribooks.blogspot.com)
Um dia entre os tantos de longos passeios pelas livrarias junto com minhas amigas, encontrei uma pilha de livros com preços super bacanas. Enquanto ela passava as compras no caixa eu, curiosa como sempre, fui bisbilhotar os livros. Uma capa me chamou a atenção e corri os olhos pela sinopse, e "Da próxima Vez" de Marc Levy estava na minha mão para ir pra casa comigo. Acabei ganhando ele de presente da minha amiga Roh, e não imaginava que a história me surpreenderia tanto. Para aqueles que gostam de artes, o livro é um prato cheio, pois o autor utiliza vários termos e citações sobre pintura. E foi o amor pela arte que criou um forte laço de amizade entre Peter e Jonathan. O primeiro trabalha como leiloeiro e representa a casa Christie's e o segundo é um perito em pintura, especializado nas obras de Vladimir Radskin, um pintor russo do século XIX. Ambos moram em Boston e Jonathan está prestes a casar com Anna, uma pintora que ele conheceu em uma vernissagem. Alguns mistérios envolvem a vida triste de Vladimir Radskin, que teve que fugir da Rússia para Londres por conta da fúria de um czar por alguns de seus quadros.
"A harmonia perfeita de todas as cores do mundo não poderia pintar a sua dor". página 24
A última tela de Radskin, considerada a sua obra prima, desapareceu misteriosamente durante um leilão organizado em Londres, um ano após a sua morte, em 1868 e até então não havia sido encontrada. Inesperadamente uma oportunidade incrível surge para os amigos: Peter é avisado que uma galeria em Londres receberia os cinco últimos quadros que Radskin pintou e com a ajuda de Jonathan para autenticar as telas, a venda seria dada para ele, e assim salvaria sua carreira, um tanto desgastada depois de um fracasso ocorrido no último leilão. Devido aos seus trabalhos, eles sempre estavam viajando para palestras e congressos sob a visível desaprovação de Anna. Diante da oportunidade única de estar em contato com as obras originais daquele por quem dedicou anos de trabalho e pesquisa, Jonathan ignora a contestação da noiva e parte para a Inglaterra com Peter sem nem mesmo pensar duas vezes. Em solo londrino, Peter e Jonathan conhecem Clara, a dona da galeria de arte que receberia os quadros para autenticação.
"A arte nasce do sentimento, é isso que a torna atemporal, imortal". página 26
Passada essa primeira parte da história quando o autor descreve o início e seus personagens, o rumo das coisas mudam e muitas surpresas são reveladas. A escrita tranquila e com a quantidade certa de informaçãoes, marca livro de Marc. Como uma máquina a vapor, que movimenta suas engrenagens aos poucos e ganha velocidade no momento certo, os cenários vão se alternando entre Londres, Florença, Paris e Boston e gradativamente a névoa que encobre o mistério sobre as vidas dos personagens vai se dissipando até tornar-se totalmente visível. Me surpreendi com o final e me encantei com a sensibilidade da criação de Marc Levy.
"Do outro lado da rua, sob um céu londrino que começava a se cobrir de nuvens, o quadro de um velho pintor russo resplandecia com a luz de um verão de outrora, que jamais deixaria de existir". página 67
Boa Leitura,
Equipe TriBooks, Paula