Balbie 22/07/2019
Esperava mais.
Maxim é o típico playboy que nunca se apaixonou e que tem sexo disponível sempre que tem vontade, com a ajuda da sua boa aparência. E agora ele é um duque. Não que fosse sua vontade, mas a morte repentina de seu irmão deixou como herança o ducado, assim como a fortuna e suas propriedades.
Alessia, por sua vez, é uma menina inteligente, adora música - principalmente clássica, as quais toca no piano, mas tem sua vida marcada por uma mudança brusca. Ela fugiu das opressões da Albânia e veio morar em Londres, onde trabalha como diarista. É assim que ela começa a atender o senhor Maxim ou Mister, como ela o chama.
O primeiro encontro dos dois foi arrebatador, pelo menos para Maxim, que se viu fascinado pela bela moça de cabelos e olhos escuros, de corpo magro e alto. Mas seria loucura se envolver como uma mulher de uma classe social tão diferente, ainda mais com ela sendo sua empregada.
Mesmo assim, ele não conseguia tirá-la da cabeça. Ainda mais quando via sua vida difícil, suas roupas e sapatos sempre surrados. Ela nem falava inglês fluente. Maxim nunca ligou muito para a situação dos outros, mas ela despertava algo nele. Ele queria a todo custo ajudá-la, tornar sua vida melhor.
Alessia era feliz na Inglaterra, longe de tudo que podia lhe fazer mal, mesmo não tendo um grande conforto em sua nova vida. Qualquer coisa era melhor do que a vida que levava em seu país natal. Mas tudo se complica quando seu passado volta com toda força atrás dela, demandando suas obrigações.
Quando Maxim percebe que Alessia vive um perigo constante, ele se sente obrigado à ajudá-la, mal sabendo onde estava se metendo e o que iria enfrentar.
Acho que a expectativa em cima desse livro era grande, devido ao grande sucesso da trilogia “50 tons de cinza”, mas ele não funcionou pra mim.
No começo, já torci o nariz. É a mesma narrativa do suposto mocinho, um homem lindo, maravilhoso, bom de cama, rico e que nunca havia amado e se apaixona à primeira vista. Não que isso não aconteça, eu sei que sim, mas é uma coisa meio cansativa quando se repete pela milésima vez.
A escrita da autora me incomodou muito. Em partes é o Maxim falando em primeira pessoa, enquanto mostra o que acontece com a Alessia em terceira. Tudo no mesmo capítulo. Ficou estranho demais. Fora que a Alessia não é nem um pouco carismática, chegando a ser até um pouco boba. Até o fato dela ficar chamando ele toda hora de Mister é meio chato.
Maxim também não tem simpatia. Mas pelo menos uma coisa me agradou: ele não é um homem possessivo, ciumento e controlador como era o Christian Grey. Ponto para Maxim.
Outra coisa positiva é que não teve tanta descrição de cenas com sexo como na trilogia passada da autora. Mas eles formaram um casal sem química e que pra mim não deu certo.
Quanto a história em si, achei bem sem graça e corrida. Parece que a autora tentou colocar um pouco de ação e mistério, mas acabou não funcionando.
A verdade é, eu não gostei muito do livro. Esperava um pouco mais, ainda mais sendo lançado tanto tempo depois da trilogia 50 tons.
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