Tati Vidal 29/10/2023
Um Vorakkar maravilhoso, uma Morakkari corajosa
Peguei essa saga por causa da premissa: um rei de uma horda alienígena que se apaixona por uma humana. Parecia um romance bonito e diferente, mas eu fui surpreendida por uma história encantadora.
Primeiro começando pelo planeta Drakkar, que pertence aos Dakkari e por conta de acordos interplanetários acabaram cedendo lugares pata ocupação de outras raças da galáxia, entre elas, os humanos.
Os humanos vivem em aldeias com certas dificuldades, existe inúmeras leis dakkaris que afeta a subsistência deles e uma delas é não tocar fogo no solo, atitude tomada pelo irmão de Lunna que provoca a ira de uma horda. Seu rei aparece na vila disposto a castigar a pessoa que cometeu tal ofensa a Kakkari, deusa mãe, mas é afetado pela mulher que pra salvar a vida de sua única família, se entrega voluntariamente como prêmio de guerra. Ela concorda em aqueces suas peles, viajar com a horda, nunca mais ver sua antiga aldeia. E ele aceita.
É maravilhoso o que Zoey fez. O mundo que ela criou é implacável, com monstros terríveis, com regras diferentes, mas tão bem explicado que vai te fascinando. Vamos descobrindo com Lunna as peculiaridades dos Dakkari, vamos entendendo suas crenças e sonhos, se aventurando pelo inóspito mundo longe da capital. A horda é intensa, cada pessoa tem uma função e a desempenha bem como se fossem uma grande família. O rei, chamado de Varokkar, é respeitado pelo seu grande poder e dedicação a seu povo, ele sabe sua responsabilidade e a assume sem pestanejar.
E o romance é encantador. Adorei que eles não enrolam muito. Ela não fica de chatice e choramingando. Ela se entregou e não volta atrás. Lunna é destemida, corajosa, coerente. Quando ela entende que deseja o rei, apenas se entrega a esse prazer sem se considerar fraca por isso. Ela demora a entender que ele a quer de verdade, mas enquanto não entende não fica procurando meios de fugir. Ela deu a palavra que ficaria, então ela vai ficar. Achei isso bem legal. Cansei de heroínas que não sabem se defender e que ficam choramingando pelos cantos.
Já Arokan é meu amorzinho. Um homem imenso, de proporções colossais, forte e guerreiro que fica cadelinho de cara da humana pititica me pegou demais. Ele viu a coragem dela ao defender o irmão e pensou: quero ela como minha esposa predestinada. Ele nem cogitou que a horda não ia aceitar. Ele a queria, ele pegou, ela era dele. Foi lindo. As vezes que ele era doce e ela pedia pra ele parar pra não se apaixonar e ele continuava porque amava ela foi fofo. “...meu único desejo é sua felicidade, kalles.”
Quero um vorakkar dakkari pra mim também.