Carlos Nunes 09/07/2018
Clássico da cavalaria
O escocês Walter Scott é considerado o pai do romance histórico, principalmente por causa da sua série de livros sobre a História, o povo, as lendas e costumes escoceses. Foi ele que apresentou a Escócia ao mundo, e praticamente tudo o que nos vem à mente quando falamos de Escócia está nos livros de Scott, particularmente nas obras Waverley e Rob Roy. Mas IVANHOÉ, que é considerado sua obra-prima, não se passa na Escócia e sim na Inglaterra do século XII, durante o reinado de Ricardo Coração de Leão, nume época em que a língua inglesa sequer existia. Nessa época, a nobreza original, saxônica, ainda via com receio a classe dominante, de origem normanda, falante do francês. Só mais tarde, com a miscigenação consolidada, da união dessas duas línguas surgiu o inglês atual. E nesse ambiente temos um típico romance de cavalaria, com liças de cavaleiros, donzelas em perigo, cerco de castelos, traições e reviravoltas mirabolantes. Lendo a obra hoje em dia, principalmente se já lemos as obras de Dumas, podemos até ter a sensação de que os acontecimentos são requentados de outros livros e o romance até um pouco simplório, mas se levarmos em conta que foi escrito bem antes, temos a real dimensão do pioneirismo de Scott. A se destacar aqui, principalmente, a participação mais que especial de Robin Hood e seu bando, com todas as características que moldaram histórias posteriores, como a motivação, os integrantes do bando, sua forma de agir, roupas e costumes, está tudo lá, cerca de 50 anos ANTES de Dumas popularizar a lenda. Fiz uma resenha mais completa em vídeo, convido para assistir, link ai embaixo:
site: https://youtu.be/4paaoAerQc4