Andréa Campos 30/01/2016O Império Das TrevasRomance e história?
A gente vê por aqui!!!
Aí você termina uma leitura às 2:15 da madruga e fica se perguntando de onde surgiu tanta disposição para resenhá-la?
Bem, eu não ia conseguir dormir mesmo. Um livro desses me faz ter total certeza de que somos vegetais num período em que deveríamos vestir armaduras e partir pra guerra.
Falaremos sobre o autor Christian Jacq. Historiador francês que se dedica ao incrível mundo dos antigos egípcios.
O cara consegue romancear a história de maneira encantadora, nos deixando apaixonados por uma época tão pouco exposta.
Talvez os professores de história de plantão já conheçam a incrível trajetória de Ahotep. Nomeada rainha do alto e baixo Egito aos 18 anos, se tornando uma mulher bravia e determinada num período nebuloso e muito opresivo da sua terra.
Mas para nós, simples leitores, essa será uma novidade ao pouco conhecimento que temos desses nobres guerreiros.
Estamos no ano de 1690 antes de Cristo, num Egito subjulgado pelos hicsos (pessoas de diferentes nacionalidades) que, sob a liderança de Apófis, estava dando fim aos tempos dos faraós e suas culturas.
Tebas, cidade do alto Egito, onde abrigava o templo de Karnak, a cidade santa do deus Amon. Ali vive Ahotep, 18 anos e disposta a morrer para livrar suas terras do domínio dos hicsos e restaurar a glória e paz que um dia ali existiram.
Uma garota se tornando, mulher, esposa, rainha, mãe e guerreira. Com sua obstinação e amor aos seus ideais, enfrentará, de maneira organizada, até então, o maior e mais forte exército já ocupado aquele lugar.
O autor consegue nos inserir nessa cultura, expondo de onde vem a maneira de governar e pensar, de uma sociedade que expandiu seus conhecimentos por meio de estudos e um grande universo simbólico baseado na natureza.
Sob os olhos de uma leitora curiosa, só me resta comtemplar a oportunidade de ter esse livro em mãos.
Não vejo a hora de ler o segundo e ver como se sairá essa rainha, que já conquistou meu respeito, por ser uma mulher e comandará seu exército.
Quero lembrar que, mesmo tendo seus momentos romanceados, é uma história real e merece ser conhecida e admirada.