Marina 24/03/2024Bom, mas preciosista e um pouco contraditórioEsse livro faz parte da coleção feminismos plurais, que tenta tratar temas complexos sobre o feminismo negro de forma simplificada e acessível.
No todo, gostei do livro, em especial pela escrita disruptiva e pela liberdade de crítica da autora que foge de uma discussão liberal sobre a interseccionalidade. Gostei de ler sobre as divergências teóricas acerca do termo, vai ser útil para a minha dissertação de mestrado.
Apesar disso, acho que ele pecou pelo academicismo em alguns pontos e pelo preciosismo teórico que afasta o público geral.
Ao ressaltar pequenas divergências de perspectivas entre acadêmicas negras sobre o uso do termo interseccionalidade, o potencial político do termo foi deixado em segundo plano.
Além disso, algumas das críticas trazidas não foram devidamente ?rebatidas?, como é o caso das da Angela Davis.
Por fim, concordo com a necessidade de se reforçar o caráter político e de combate a opressões estruturais em contraposição a um identitarismo pós-moderno. Por outro lado, para mim não ficou clara a posição da autora com relação a sexualidade, pessoas com deficiência e outras formas de discriminação- pessoalmente discordo da posição absoluta de que raça e gênero ?sempre vêm na frente? na ?escala de opressões?.