O mundo da escrita

O mundo da escrita Martin Puchner




Resenhas - O mundo da escrita


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Paulo 24/12/2020

A escrita criou a história
O Mundo da Escrita nos leva a uma jornada pela história da humanidade para nos mostrar como a escrita moldou (e ainda molda) os rumos de nossa história; de como o ser humano avançou dos relatos orais para um método de preservação duradoura das ideias: "Foi apenas quando a narração cruzou com a escrita que a literatura nasceu". E assim, com o poder desse invento, vemos como as ideias puderam atravessar gerações e se tornarem textos sagrados a serem seguidos, escritos políticos/filosóficos que influenciam pensamentos, textos que se tornaram a carta basilar da existência de diversos Estados e reinos, romances e contos com o poder de criar infinitos mundos etc. Além disso, a escrita nutre tradições culturais: os textos fundamentais "criam coesão cultural, contam histórias de origem e destino, conectam culturas ao passado remoto".

O livro em si não tem por objetivo contar o processo de criação das famosas obras que conhecemos, mas sim de mostrar como elas influenciaram pessoas mesmo séculos depois de sua criação, por exemplo como Alexandre, o Grande, se influenciou pela Ilíada de Homero para levar a cabo suas aventuras militares, ou como o Manifesto Comunista influenciou movimentos revolucionários do século XX, ou como a criação da constituição dos EUA ditou o futuro daquele país. Percorremos aqui pela história de um mundo que partiu da escrita sobre a argila para a atual disseminação mundial das ideias escritas por meio da internet.

Sobre a literatura, faço das palavras do autor as minhas quando ele diz que "o aspecto mais fascinante da literatura sempre foi permitir aos leitores o acesso à mente dos outros, inclusive daqueles mortos há muito tempo". É evidente, mas mesmo assim curioso, saber que ler um romance escrito há mil anos é viajar na mente de quem o escreveu, poder observar tempos idos, com suas diferenças mas também com suas semelhanças no comportamento humano em relação ao que podemos ver hoje com nossos próprios olhos.

Sobre o livro em si, é escrito em um linguajar fácil e fluido. O final talvez careça um pouco de profundidade, deferentemente dos primeiros capítulos que são bem instigantes. Mesmo assim, no geral é um bom livro para quem gosta de ler história.
Raj 24/12/2020minha estante
Livraço!




13marcioricardo 03/05/2023

Bom, mas de critérios discutíveis.
Livro que se propõe a fazer uma história de como a literatura e, principalmente, a escrita evoluiu. Obra interessante, que começa muito bem, mas acaba perdendo fulgor.

Alguns capítulos me souberam muito bem, como aquele em que Alexandre, o Grande é retratado como um grande admirador de Homero e tem como grande inspiração para si mesmo o herói Aquiles. Ou o que conta a história de Cervantes, e de como ele se inspirou em suas próprias aventuras para seu monumento Dom Quixote.

Porém, me parece que o autor deu atenção a pessoas que, não vou dizer que não a mereçam, mas pelo menos em grau de importância numa história da escrita, não a têm. Decerto haveria outras mais influentes. Ainda assim é um livro que vale a pena.
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Iris.Cacais 10/09/2021

Como a literatura mudou a civilização
Se você, assim como eu, ama literatura, pode se aventurar nesse livro sem ler essa resenha. Garanto que é um presente para os amantes da literatura, uma viagem incrível através da história para nos mostrar como a escrita moldou e ainda molda a humanidade.

O autor faz um relato instigante sobre o invento da escrita e de suas tecnologias como o papiro, o papel, a imprensa de Gutenberg e atualmente ebooks e a internet. Todas essas ferramentas foram fundamentais para a preservação de ideias, filosofias e ensinamentos de professores que nunca escreveram sequer uma palavra - como Jesus, Buda e Sócrates.

O livro conta com dezesseis capítulos, cada um nos leva a uma obra fundamental e seu momento histórico, sua influência e importância no mundo.

Somos apresentados a uma das figuras mais emblemáticas e poderosas da história: Alexandre, o grande. Um conquistador de terras que andava para cima e para baixo com uma cópia de um dos livros mais antigos da história: A Ilíada. Uma história feita para ser cantada mas que foi eternizada na literatura e dessa forma exerceu grande influência nos passos de Alexandre, não apenas em suas conquistas mas também na fundação da cidade mais letrada da antiguidade: Alexandria.

A história de Miguel de Cervantes que com sua obra Dom Quixote foi alvo de um dos primeiros casos de pirataria da literatura. O primeiro romance da história: O romance de Genji, escrito por uma dama de companhia que precisou aprender secretamente a arte da escrita na corte japonesa nos anos 1000. E A sociedade Maia que nos prova que a escrita foi criada duas vezes, em locais completamente distantes e distintos do mundo. Estes são alguns exemplos do que você vai encontrar nesse livro.

Uma leitura fluída, cheia de imagens e narrada como um grande romance da humanidade. É realmente um sapiens para quem ama ler.

''o aspecto mais fascinante da literatura sempre foi permitir aos leitores o acesso à mente dos outros, inclusive daqueles mortos há muito tempo.''


site: https://iriscacais.wixsite.com/navegantesliterarios
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almeidalewis 11/06/2020

Memorável
Com tantas tecnologias presentes hoje podemos está a frente novamente de uma segunda explosão, revolução nesse mundo da escrita.a tecnologia por si só não tem um poder de assegurar a literatura, porém a educação sim. O passeio histórico literário que fazemos é ímpar.tomamos mais consciência que o livro que está em nossas mãos ( hj) e ficamos mais consciente da sua tecnologia, importância, influência e transformação no ser humano, sua cultura e sociedade. pessoalmente fiquei muito feliz, tornei - me mais consciente dessa tecnologia ( livro) aprendi muito mais com essa obra. Visitei através do seu relato vários contextos literário e não apenas a obra em si. Valeu cada minuto e segundos que dediquei a essa obra.
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Hildeberto 15/02/2020

Basicamente, o livro trata do desenvolvimento das técnicas necessárias para a escrita, desde os primeiros alfabetos, passando pela descoberta do papel, da impressão, do surgimento do mercado literário... A partir disso, o autor aborda como esses processos afetaram a forma como os textos eram escritos e consumidos.

Puchner começa bem o livro, mas acaba sem fôlego. Os primeiros capítulos, até aquele que fala sobre Dom Quixote, são longos, detalhados e bem estruturados, ocupando quase a metade do livro. A partir daí, o livro continua interessante, embora os capítulos sejam menores e sem o nível de refinamento da primeira parte. A abordagem torna-se um pouco displicente, culminando em um capítulo que o autor conta de suas férias no Caribe, Santa Lúcia (sob o pretexto de uma entrevista com o ganhador do Nobel de 1992) e um outro minúsculo sobre as novas tecnologias de leitura - uma revolução tão importante como esta mereceria um pouco mais de atenção.

"O mundo da escrita" é um livro bom o suficiente para passar o tempo e entreter, principalmente para aqueles que se interessam por história e amam ler; com uma escrita fluída, ele traz muitas informações interessantes que nos mostram como o ato de ler e escrever é importante para a história da humanidade. Seu defeito está, na minha perspectiva, em não aprofundar-se nos movimentos dos últimos dois séculos.
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Felipe.Camargo 03/02/2022

Para os apaixonados pela leitura!
24ª Leitura do ano: O mundo da escrita, Martin Puchner
Peguei a dica no Podcast ?Daria um livro?, em uma entrevista com o grande neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis (aliás, quem gosta de podcast e de literatura, esse é maravilhoso!).
O livro é uma verdadeira viagem temporal e geográfica do autor (professor de Harvard) sobre como a literatura está presente nos mais diversos desdobramentos da história humana. Desde a identificação de Alexandre Magno com Aquiles (o grande herói da Ilíada), até o mercado literário bilionário que abrange o universo de Harry Potter e o mundo regido pela Internet.
Destaque para o capítulo da viagem de Goethe pela Sicília e sua aspiração por uma literatura universal e a utilização da literatura como arma de guerra pela poetisa Anna Akhmátova.
Amante da leitura, leia sem medo!
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Giovana.kuns 10/02/2024

O que lemos?
Me falta palavras para descrever esse livro. Quando vi esse livro na biblioteca da minha escola, confesso que não me atraiu de primeira. Então em um momento de tédio, peguei emprestado para ler. Foi inevitável me apaixonar logo nas primeiras páginas.
Sempre fui uma criança muito curiosa, a todo momento eu quis ter respostas para minhas perguntas. E esse livro me deu respostas para perguntas que eu nem tinha.
Ler esse livro sendo uma leitora ávida, mudou totalmente minha visão sobre os livros que eu li e lerei.
Precisámos entender o que lemos, se não entendermos ou não buscamos entender, sempre seremos pessoas ignorantes com frases dispersas na cabeça.
Recomendo muito a leitura mesmo! É um ótimo livro para quem procura saber mais sobre o que le, e também sobre a histórias que levaram ao livro que lemos hoje.
(Demorei um pouco para terminar porque sempre que o autor citava um livro do qual eu não conhecia eu procurava pesquisar ou dependendo -como A ilíada e a odisseia- ler o livro.)
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Fernando Teixeira 16/10/2021

Um resumo importante da História literatura
Achei a primeira metade do livro muito satisfatória, porém senti que a segunda metade teve algumas ?barrigas?, queria que o autor se aprofundasse em alguns temas, mas infelizmente nossos interesses não convergiram kkkk, natural, não foi a primeira obra com falta de sinergia que eu li. Não será a última também.
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Adriana1161 03/02/2023

De tudo um pouco
O livro é escrito em inglês mas o autor nasceu na Alemanha.
ë interessante, abrange os 4 mil anos da Escrita.
Fala como as línguas antigas persistiram, como novas tecnologias transformaram a literatura, a passagem da Literatura oral/escrita/registrada.
Fez pensar em muitas coisas relacionadas aos livros e à escrita em geral, tem alguns capítulos muito legais, porém, o autor deixa tranparecer falta de imparcialidade com relação a alguns acontecimentos históricos.
E também tudo isso é só a opinião dele, tendo deixado de lado alguns escritores e fatos importantes, sem avisar que estava fazendo isso.
Um bom apanhado geral, se conseguirmos separar a experiência pessoal do autor.
"O mundo da escrita está prestes a mudar mais uma vez"
Personagens: Gilgamesh/Assurbanipal/Genji /Dom Quixote/Goethe/Benjamim Franklin/Murasaki/Anna Akhmatova
Local: o mundo!
@driperini
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Paulo Sousa 03/04/2021

Leitura 08/2021
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O mundo da escrita [2017]
Orig. The Written World
Martin Puchner (Alemanha, 1969-)
Companhia das Letras, 2019, 488p
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?A característica mais marcante da literatura sempre foi sua capacidade de projetar o discurso no espaço e no tempo? (Pág. Kindle 376).
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Martin Puchner se propôs, nesse livro, um projeto ambicioso, ainda que não foi sua a primazia para tal: reconstruir in loco alguns dos principais episódios da história, cruciais para impulsionar e desenvolver a literatura como a conhecemos. Foi a lugares onde escrita, papel e impressora foram produzidos, leu vários dos livros tidos como representantes da cultura local, analisou documentos, viu preciosíssimas primeiras edições de alguns livros consagrados, conversou com ganhadores do Nobel Prize de literatura...
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É um sortudo: pode fruir o que muito amante de livros gostaria de fazer também, ainda que em menor escala! Para mim, que milito a tanto tempo na infindável e eterna caminhada pelos livros, ter feito tantas coisas como Puchner fez, seria algo inestimável, tamanho o assombro que naturalmente nutro pela história das coisas.
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O livro de Puchner é mais um compêndio histórico sobre o desenvolvimento da escrita e de como esta pode transformar o mundo do que um tratado sobre literatura e da literatura. E isso certamente torna esta leitura ? sem dúvida uma das melhores que já fiz em livros do segmento ? uma festa. O autor, que viajou ao berço nascedouro das principais obras literárias no mundo, vagueia abordando desde a codificação dos alfabetos mais rudimentares encontrados até às epopeicas obras de Homero, de ?As mil e uma noites? até os contos da escritora japonesa Murasaki, das manifestações literárias da África Central até uma pequena e obscura ilha caribenha detentora de um ganhador do Nobel de literatura. É notável o apanhado que o autor faz sobre o difícil ofício dos copistas e escribas, da invenção do papel, da invenção e desenvolvimento dos processos de impressão, iniciados mais ou menos na Alemanha de Lutero e a forte repressão russa sobre os escritores da época, buscando seguir o caminho inverso, ?pré-Gutemberg?, impedindo escritores como a poetisa Ana Akmátova e o escritor Soljenítsin de terem seus relatos do Gulag conhecidos pelo mundo.
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Como disse, o livro em si tenciona catalogar o lento caminhar da literatura, seu poder de transformação (ainda em movimento) e as perspectivas quanto ao futuro da leitura. Sendo uma espécie de ?Sapiens? ou ?Homo Deus?, creio que o livro agradará a leitores que, como eu, buscam refúgio na literatura e a tem como um dos mais preciosos legados da raça humana. Vale!
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regifreitas 02/08/2020

O MUNDO DA ESCRITA: COMO A LITERATURA TRANSFORMOU A CIVILIZAÇÃO (The written world: The power of stories to shape people, history, civilization, 2017), de Martin Puchner; tradução Pedro Maia Soares.

Martin Puchner nos apresenta aqui um panorama da evolução da literatura e da sua importância através da história. O autor toma como ponto de partida o progresso das tecnologias ligadas à escrita, desde a invenção do alfabeto, passando pelo desenvolvimento do papel, papiros e códices, até a sua mecanização, advinda com o surgimento da imprensa de Gutenberg, chegando aos modernos ebooks e ao mundo virtual.

É uma viagem feita através de dezesseis textos fundamentais e sua ligação com personagens e momentos da nossa história. A relação de Alexandre, o Grande, com seu livro de cabeceira, a ILÍADA; o relato de Gilgamesh, a mais antiga narrativa humana conhecida, até os dias de hoje; Esdras e a criação das escrituras sagradas; Miguel de Cervantes e o sucesso do seu DOM QUIXOTE, que acabaram influenciando no surgimento de um dos primeiros casos de pirataria na literatura. Puchner também nos revela que, o primeiro grande romance da história universal foi escrito por uma mulher, uma dama de companhia, na corte japonesa, por volta do 1000; bem como que, na América pré-colombiana, já existia uma tradição literária independente, como bem prova o POPOL VUH maia.

Esses são apenas alguns exemplos do caminho trilhando pelo autor para falar da literatura em diferentes épocas e culturas. É uma leitura que traz uma série de curiosidades, sem nunca se tornar cansativo ou excessivamente erudito.
Silvana (@delivroemlivro) 03/08/2020minha estante
Esperando baixar o preço para comprar desde o lançamento.


regifreitas 04/08/2020minha estante
Silvana, eu li em ebook porque estava curioso e o preço não baixava. mas acho que vale muito a pena ler a edição física, por conta das ilustrações.


beatlesisland 22/12/2020minha estante
O senhor o leu pelo ebook do kindle mesmo? Ou de outra fonte?




Allyne 28/03/2021

O mundo da escrita
Um livro incrível para quem ama literatura e a escrita em si. Ele conta sobre a evolução da escrita, desde a oralidade, a criação da escrita, a invenção da tipografia, da primeira máquina de escrever até os dias de hoje. Cada passo, cada personagem que contribuiu para cada transformação e se tornou famoso universalmente. O livro conta também sobre a primeira editora, a primeira obra plagiada e a criação de um registro para proteger o direito autoral de cada obra. O livro começa na oralidade mais antiga que é através das histórias contadas até na oralidade mais moderna que são os audiobooks. O autor viajou pelo mundo em busca de suas pesquisas para escrever essa fantástica obra que enriquece o conhecimento do leitor.
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Nivia.Oliveira 11/07/2020

"Sapiens para fanáticos por livros"
Este é o livro sagrado para nós, bibliófagos. E para todos, pois as histórias que os livros nos contam fazem parte da nossa vida. Sem contar na vontade de viajar para visitar, por exemplo, a biblioteca de pedra da Academia Imperial de Beijing na China.
Conhecer a história do livro é compreender como a civilização utilizou e ainda utiliza do conhecimento.
É curioso como o escriba trabalhando em sua pedra é parecido com o homem moderno lendo seu e-book. À parte o instrumento, é o desejo por histórias que nos move, contadas ou escritas. Em memória, pedra, tecido, papel, digital, não importa, sempre queremos eternizá-las.
Por outro lado, como os livros são fontes de conhecimento e conhecimento é poder, com perigo sempre poderão existir aqueles que os lancem em fogueiras ainda nos tempos atuais.
No final você termina com uma lista todos “os livros” (códices, poemas, escritos) que influenciaram pessoas e o mundo: Ilíada de Homero, Epopeia de Gilgamech, Sagrada Escritura, Sutra do Diamante, O Romance de Genji, As mil e uma noites, Donato, As 95 teses de Lutero, Popol Vuh, Dom Quixote de La Mancha, Declaração de Indepedência dos EUA, Viagem à Itália, Manifesto do Partido Comunista, Réquien de Akhmátova, Epopeia de Sundiata, Omeros do Caribe, Harry Potter.
Quanto mais leio mais tenho a sensação de que parece que eu já havia lido ou estudado aquela história antes: Puctner me contou que as histórias provém de outras bem mais antigas o que só aguça a vontade de ler ainda mais...
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Silvana (@delivroemlivro) 07/04/2021

"Sapiens para fanáticos por livros" - como diz na capa
Gostei muito do panorama histórico e da dinâmica do livro no entanto, teria achado mais interessante uma separação um pouco mais nítida (artificial mesmo) entre o "o mundo da escrita" e a parte "como a literatura transformou a civilização".

É evidente que, ao abordar certo período histórico, o autor escolheu um determinado livro para destacar, ilustrar tal evento no processo evolutivo da escrita e, por consequência, negligenciou outros. Em alguns casos apenas menciona vagamente livros que mudaram o curso da História como o A origem das espécies do Charles Darwin no capítulo dedicado ao Manifesto do Partido Comunista (página 297).

O capítulo final também não é muito feliz: dentre outras estranhezas, parece que houve um tentativa mal disfarçada para atrair o público juvenil ao incluir no fechamento do livro um certo mago de óculos e cicatriz na testa. Obviamente é um assunto que não se esgota e espero realmente que o autor esteja preparando outros livros acerca de tema tão fascinante.

Enfim, é de fato um "Sapiens para fanáticos por livros" como diz na capa mas, como ocorreu com o Sapiens do Yuval Noah Harari, de cuja leitura não retive muito coisa, desse guardarei mais (e melhores) recordações.
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Marisol 22/03/2021

O mundo da escrita, de Martin Puchner
“Como seria se as histórias fossem contadas oralmente?” É com essa reflexão que o professor de literatura Martin Puchner inicia “O mundo da escrita – como a literatura transformou a civilização”. ⁣

Lançado no Brasil pela Companhia das Letras, o livro é focado no desenvolvimento da escrita e nas revoluções que a literatura proporcionou. De forma linear, ele conta como surgiram primeiros registros e o que isso representou a governos na época, passando pela criação do alfabeto e do papel, entre outras tecnologias. E não poderia deixar de citar a primeira história registrada em placas de barro – a epopeia de Gilgamesh. No livro, você encontra em detalhes a narrativa.⁣

Ainda sobre Antiguidade, o autor fala como Esdras reuniu os livros que formam a Bíblia Sagrada e, aproveitando o gancho, como surgiu a literatura de discípulos – escritos a partir das mensagens pregadas por Buda, Confúcio, Sócrates e Jesus Cristo.⁣

Daí por diante, conhecemos a literatura pelo mundo – outro diferencial da obra. Há capítulos sobre a China, onde surgiram o papel e a prensa, Japão, entre outros lugares.⁣

O autor percorre por diversos outros momentos de grandes acontecimentos e transformações, como a prensa de Gutenberg; as 95 teses de Lutero; como nasceu Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, criando o romance moderno; a escrita do povo maia, no Peru, por volta de 1500; os meios de comunicação nos Estados Unidos e a assinatura da Declaração de Independência do país, principalmente pela atuação de Benjamin Franklin incentivando a criação de jornais, otimizando os serviços dos correios e construindo acervos bibliográficos.⁣

Há ainda um capítulo destinado à literatura de manifesto, iniciada por Karl Marx e Friedrich Engels, que inspirou movimentos artísticos como simbolismo, dadaísmo e, principalmente, movimentos ideológico-políticos ao longo do século 20. ⁣

Puchner ainda percorreu alguns dos lugares citados no livro. Com isso, ele trouxe a própria experiência às páginas, como no capítulo dedicado ao escritor alemão Goethe, e ao poeta Derek Walcott, do Caribe.⁣

Eu amei o livro!

site: https://www.instagram.com/marisoldeandrade/
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