Luiz Pereira Júnior 23/05/2020
Querida, encolhi a paciência...
Outrora lançada como “Miniaturas do Terror”, o livro de Tabitha King alcançava preços astronômicos em sebos, inclusive os virtuais. Isso me desanimou a comprá-lo e coloquei a obra na minha lista de “comprar quando o preço baixar”.
Ainda bem que assim o procedi: teria, com certeza, me arrependido se tivesse pagado o valor absurdo por uma obra que, ao lê-la, não me empolgou como eu imaginava.
Sim, sei que estou reclamando e que fui até o final da obra, Parece contraditório, é verdade, mas ao menos a ansiedade para descobrir o final não me abandonou no decorrer do romance (e tome isso como um elogio).
Talvez a temática não me tenha atraído (não sou fã de casas de bonecas, nem de miniaturas – mas disso eu já sabia pelas resenhas), talvez o tom americanófilo irritante no decorrer do livro (não tenho o menor interesse pelo interior da Casa Branca), mas também não sei o que me dava vontade de parar a leitura (mas não parei, e tome isso como um elogio).
Para muitos leitores, funcionará, mas, para mim, pareceu-me uma história repleta de chavões, com personagens maniqueístas (o mocinho chega a ser tolo, apesar de sua tão autoproclamada inteligência, e é possível muito bem imaginar a vilã como uma daquelas mulheres horríveis das novelas mexicanas, ou dos filmes metidos a besta sobre a aristocracia inglesa).
Mais uma vez: uma história que funcionará para muitos leitores (principalmente para quem tiver interesse pelos temas abordados), mas, para mim, não passou de algo bem pouco – muito pouco – empolgante.
(Ressalva: não posso deixar de mencionar que a edição da Darkside logicamente é primorosa em todos os detalhes e vale a pena o preço do livro – pela forma, não pelo conteúdo.)