A Paixão de Artemísia

A Paixão de Artemísia Susan Vreeland




Resenhas - A Paixão de Artemísia


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Anna 03/02/2024

Judith
Uma escrita leve e fluida, autora retrata bem a vida da Artemísia, juntamente com o papel que a mulher tinha naquela época.
Super recomendo!
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Day 12/09/2023

A paixão de Artemísia é pintar.
Artemísia Gentileschi uma mulher forte, guerreira e inspiradora,que amava(ama)pintar desde pequena foi violentada pelo seu professor de pintura (Augustino),o pai da Artemisia descobriu e levou o caso ao tribunal para o julgamento mas infelizmente o Augustino foi livre e inocentado de sua acusação,ela sofreu tudo isso a troco de nada simplesmente.mas depois de um tempo ela se casou e foi morar com o seu parceiro em Florença com quem teve uma filha a Palmira. mais o casamento não deu certo e ela seguiu sua vida como pintora e mãe.

Eu amo tanto o Galileu e a Graziela ??
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Hendrya 20/05/2023

A paixão de artemísia
Um livro mediano, de escrita simples com algumas frases na língua nativa da protagonista, que é italiana. Uma história continua, ou seja, visualizamos a passagem do tempo no decorrer da história. Gostei da história, do erótico também, porém creio que os acontecimentos finais não foram bem desenvolvidos. Recomendo o livro se querem uma leitura rápida, até mesmo para se livrar de uma ressaca literária.
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Talita Helen 07/05/2022

Artemísia Gentileschi, uma mulher à frente de seu tempo
A paixão de Artemísia retrata a história de Artemísia Gentileschi, pintora italiana que viveu no século XVI/XVII. Artemísia tinha por volta de 17 anos qua do foi violentada por Agostino, seu professor de pintura, o caso foi levado a julgamento, porém, Agostino foi inocentado e Artemísia saiu com sua reputação manchada, após um casamento arranjado Artemísia se muda para Florença onde conquista aos poucos a sociedade e faz alguns amigos como Galileu Galilei, o sobrinho de Michelangelo Buonarroti e Cosimo Medici, aos quais foram importantes para a ascenção de Artemísia como pintora, sua jornada a leva a muitos lugares. Artemísia tinha o dom de retratar mulheres reais, heroínas como ela mesma as chamava em cenas que muitos conheciam, mas Artemísia conseguia trazer um novo olhar para a arte da época causando um reboliço no senso comum.
A autora tratou questões familiares e sociais, o que mais me surpreendeu foi que ela fez isso em primeira pessoa, ou seja, foi como ler a própria Artemísia a história de sua vida. Eu pessoalmente gostaria muito que a autora tivesse escrito um relato de como foi escrever a história, mas infelizmente o livro não traz isso.
Assim como outros livros de romance histórico com personagens reais esse também me cativou de uma forma muito particular, vale cada segundo da leitura.
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Thamiris.Treigher 13/12/2021

Uma artista que desafiou seu tempo
"A paixão de Artemísia" é um retrato ficcional da história real da artista barroca italiana Artemísia Gentileschi, que viveu de 1593 a 1653, no período pós-renascentista.

Artemísia teve uma vida muito dura, ainda mais por ser mulher numa época em que mulheres só deveriam ser boas esposas. Aos 18 anos, foi violentada por seu professor de pintura Agostino Tassi, que também era um grande amigo de seu pai.

Durante o julgamento, foi humilhada de diversas formas e totalmente desacreditada. Além de ter sido vítima de um horror, ainda ficou com a reputação humilhada por toda sua vida.

Depois de ser torturada injustamente, com marcas (físicas e emocionais) que a acompanharam durante toda sua vida, seu pai arranjou um casamento de conveniência para ela, onde a felicidade também durou pouco. Seu marido, Pierantonio Stiattesi, também pintor, não incentivava sua vida de artista e tinha muito ciúme e revolta por sua esposa ter mais oportunidades e sucesso do que ele.

Apesar de todas as dores, humilhações, falta de apoio de tudo e de todos, Artemísia nunca desiste do que mais ama na vida: pintar. Suas artes revelam suas dores, suas verdades, suas emoções e fogem totalmente do comum, causando muita admiração na sociedade italiana. Além disso, torna-se a primeira mulher a ser membro da academia de pintura de Florença.

Artemísia é resistência, verdade, arte, busca, paixão... Eu não conhecia sua história e fiquei bastante impressionada!

"Consegue ver o alcance de seu sucesso, como primeira mulher a fazer parte da Academia? Uma mulher chutando a mesquinhez e a tradição. Uma mulher que enxerga as coisas por si mesma. Admirável".
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Andreza 25/07/2021

Uma mulher a frente de seu tempo, Artemísia Gentileschi é uma pintora que foi estuprada pelo seu professor, o melhor amigo e parceiro de trabalho de seu pai. Humilhada de todas as formas no julgamento de seu agressor, ela vai embora após seu pai conseguir um casamento arranjado para ela. Onde mais uma vez se sente humilhada e vai embora para tentar a vida de pintora ao lado da filha. Conflitos familiares e desafios rodeam essa história que me cativou do início ao fim.
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Sophia1534 27/03/2021

O trabalho do artista é estudar o universo através do olhos
Estou encantada. Me sinto menos sozinha sabendo que uma mulher como Artemísia Gentileschi já viveu entre nós e deixou um legado tão poderoso. A história é comovente, bela, um prato cheio para quem ama arte.
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Sally.Rosalin 19/02/2014

Mulher, pintora e mãe
Artemísia Gentileschi foi uma artista que se destacou por vários motivos. Podemos citar entre eles o fato de ser a primeira mulher a entrar em uma Academia de Artes formada apenas por homens há muitos anos. Também sobreviveu da sua arte e suas pinturas registraram cenas bíblicas e mitológicas com a presença da violência. Com sua filha (ou sozinha) ela viajou por Roma, Florença, Veneza, Nápoles e Londres. Filha do também artista, Orazio Gentileschi, foi violentada sexualmente pelo professor e amigo da família, Agostino Tassi. A obra começa com o julgamento, onde demonstra também o pensamento atual que a culpa sempre será da vítima. Após o fracasso do julgamento, Artemísia casa por conveniência e se muda para Florença. Sua vida conjugal foi dividida entre a arte e a maternidade. Rejeitada a princípio pela Academia, suas obras começam a ser solicitadas a partir da ajuda de Michelangelo Buoranotti. Admitida em 1616 na Academia de Artes, passa também a ter encomendas da poderosa família Médici. Na obra, a presença do personagem histórico, Galileu Galilei. Artemísia parte sem o marido para Gênova, a pedido de um mecenas. Depois retorna a Roma e Londres, ao encontro novamente de seu pai. Apesar de ser um romance histórico, há a presença de relatos artísticos do período renascentista e uma possibilidade de conhecer, mesmo que não seja de forma mais aprofundada, a pintora que não quis pintar flores e seres inanimados como as mulheres da época. INDICO!
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Renata 05/10/2013

(...)lembre: os verdadeiros princípios da vida não estão nas Escrituras. Estão nos laços de sangue, nas histórias, ditos, insinuações, olhares secretos, acordos clandestinos e em mãos cálidas que se tocam. quando aprender a identificar isso, sua vida será mais fácil, rica em oportunidades e recompensas. seja sensata, Artemísia. Fique atenta. Olhe na cara deles sem mostrar medo.(GRAZIELA, 57)
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Loise 26/04/2012

Confesso que no início achei meio piegas e "ensaiadinho" o jeito como falavam das suas obras, achava que poderia ter uma narrativa mais elaborada, etc.. Mas, com o passar do livro, fui me encantando mais e mais com ele.
É muito interessante ler algo romanceado com esse tema e sobre essa época. Você realmente "viaja" e se encanta, o que não aconteceria (tanto/da mesma forma) num livro de artes. Para quem desenha/pinta, dá mais vontade de fazê-lo. E acredito que a história da Artemísia por si só já merecia contada muitas vezes. =)
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Carlos Aglio 02/01/2012

Comprado pelo título na Bienal do livro em 2011, outra surpresa boa!...
VREELAN, Suzan. A Paixão de Artemísia; tradução Beatriz Horta. Rio de Janeiro, José Olympio, 2010.320 p. (ISBN 978-85-03-01096-2)

Tenho que confessar que faço muito isso: compro livros pela capa ou pelo título. Esse foi pelo título (a palavra paixão e o nome Artemísia me conquistaram de cara!). Nesse mesmo dia, na Bienal no Riocentro, eu comprei vários livros, assim pelo título ou capa. E até agora esse foi a melhor compra, apesar de ainda não ter lido todos os outros.
Desta forma, esse é mais um livro que foi para a minha galeria dos favoritos. Achei a história contada no livro baseada na vida da pintora Artemísia Lomi muito interessante. Os conflitos com o pai, a filha, o marido e todas as outras personagens deram uma bela história, entremeada às obras de artes que foram sendo pintadas por Artemísia. Para mim também foi uma aula de cultura sobre pinturas e personalidades históricas femininas, reconhecidas ainda hoje, apesar da trama ter se passado no século XVII.
Recentemente li o livro olhar, escutar ler de Claude Lévi-Strauss e achei muito interessante quando o autor descrevia a técnica de pintura usada pelo pintor Poussin, que grosso modo falando, antes de pintar praticamente fazia maquetes dos quadros de forma a alcançar as dimensões e destaques das figuras nas telas. Com a Paixão de Artemísia o enfoque fica por conta dos modelos vivos que passavam horas posando, encenando gestos, posições e expressões desejadas e/ou imaginadas...
Comprei o livro sim pelo título e agora ele consta como um dos meus favoritos!

By Carlos Aglio, em 01/01/2012.
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Andreia Santana 05/02/2011

Por amor a arte e pelo resgate de si mesma
Para quem gosta de histórias edificantes e de heroínas que superam todas as dificuldades em busca de realizar seu maior sonho, A paixão de Artemísia (Ed. José Olympio) é um prato cheio. A história trágica e o fato da personagem ter existido e conquistado reputação como artista em um mundo dominado por homens e regras rígidas de comportamento, só dão um molho ainda mais condimentado a essa biografia romanceada de uma das únicas pintoras que o Renascimento conheceu: Artemísia Gentileschi (Floresça, 1593-1653).

A autora Susan Vreeland poderia fácil ter descambado para o melodrama, porque a vida de Artemísia renderia um daqueles filmes bem lacrimosos sem muito esforço (em 1997, a Miramax fez uma cinebiografia da artista), mas ao invés de transformar sua heroína em mártir, a escritora faz a opção por mostrar o árduo caminho de uma mulher na descoberta de si mesma. É dramático, mas nem de longe piegas. O livro mescla de forma competente, os principais fatos da vida real e dolorosa de Artemísia com situações fictícias que dão o tempero a mais da obra, mas sem perder a dosagem. Pode tanto ser lido como um belo romance feminino que honra a tradição de uma Jane Austen, por exemplo, como pode ser saboreado como o rico panorama de um dos movimentos artísticos mais fascinantes da história. Não faltam alusões a Galileu, Michelangelo Buonarroti (sobrinho de Michelangelo) e outros artistas e cientistas célebres da época.

Imbuída de uma dignidade inata, Artemísia foi um daqueles espíritos geniais, que só de tempos em tempos povoa a terra. Dona de um dom artístico que provinha de uma sensibilidade impar para perceber o mundo, ela precisou brigar não só contra o preconceito de gênero para afirmar-se na academia de pintura de Floresça, mas também contra o ciúme e as “panelinhas” existentes nesse meio.

A concorrência era dura entre os homens, porque os artistas disputavam – nem sempre de forma muito honesta – as benesses das famílias nobres e abastadas. Era o tempo do mecenato e um artista sem um mecenas rico não ia muito longe. Para uma mulher, atrair os favores de um desses patrocinadores sem que ele cobrasse mais do que belos quadros, era uma conquista digna da mais acirrada feminista. Na ocasião em que Artemísia floresceu como artista, as mulheres eram aceitas nas academias de arte apenas como modelos para quadros e esculturas. Ela foi pioneira em buscar para as mulheres um lugar de destaque do lado oposto do cavalete.

A vida pessoal atribulada contribuiu para que se transformasse numa espécie de mito. Aos 18 anos, foi estuprada por seu professor de pintura. Seu pai denunciou o agressor à corte, mas de vítima, por hábeis manobras dos juízes, Artemísia passou facilmente a ré. Foi torturada com ferramentas da Inquisição para confessar que ao invés de ter sido agredida, havia se insinuado para o professor! Saiu do julgamento com a reputação na lama e o corpo alquebrado pelos castigos físicos, mas nunca deixou de acreditar na própria arte, que conquistou até a mais poderosa família italiana do período, os Médici.

Os fatos narrados sobre o estupro, o julgamento, o casamento de conveniência que o pai a obrigou a aceitar após a violência sexual, a filha que teve com o marido arranjado, o rompimento com a família e suas inúmeras viagens de cidade em cidade em busca de patrocínio, não são propriamente novidade. As biografias oficiais da artista – até no Google - trazem esses e outros detalhes.

Mas o que Susan Vreeland faz é tecer com a imaginação de boa contadora de histórias, as motivações pessoais que levaram Artemísia a escolher os caminhos que percorreu na vida. Ela vai além da cronologia dos fatos e explora, por exemplo, os dilemas de mãe e artista, em conflito eterno entre cuidar da filha e deixar-se envolver pelo turbilhão criativo. Paradoxo aliás, que aproxima essa mulher que viveu há quatro séculos, das mães de agora.

Através de descrições minuciosas dos quadros de Artemísia Gentileschi que sobreviveram à corrosão do tempo, Vreeland teoriza sobre a alma dessa mulher que tinha tudo para ter sido engolida pela vida, mas que decidiu beber até a última gota da taça de amarguras que lhe foi legada, usando uma metáfora bem renascentista, e extraiu de cada adversidade a matéria-prima de sua aclamada expressão artística.

Ao longo da vida, Artemísia transformou suas dores em quadros de nus femininos – outra revolução para a época, porque os nus dela eram a máxima expressão da realidade -, metáfora para o desamparo e a superação diária das mulheres vivendo em um mundo cruelmente masculino em seu tempo e, de certa, em todos os tempos antes e depois dela.
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