Kawabata-Mishima

Kawabata-Mishima Yukio Mishima
Yasunari Kawabata




Resenhas - Kawabata-Mishima correspondência (1945-1970)


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Paulo 30/04/2021

Amizade e embate dos grandes
Eis uma troca de cartas interessantíssima. Começa com um Mishima desconhecido, jovem e inseguro. Não tem dinheiro, não sabe se escreve bem. Ao passo q Kawabata já é celebrado, abre portas para o jovem escritor. Ao fim, temos um Kawabata se sentindo cansado, caído, pedindo conselhos e admirando Mishima - já rico e famoso, celebrado no mundo inteiro. O destino trágico de ambos parece já demarcado. E o Nobel se impõe silenciosamente. Curiosíssimo, muito bom!
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Val Alves 28/12/2021

O posfácio de Donatella Natili pra mim foi a cereja do bolo para esse livro, pois conseguiu sintetizar e amarrar as ideias entre e por trás das correspondências trocadas entre Mishima e Kawabata nos anos de 1945 e 1970. Assim foi possível entender como se deu a amizade entre essas duas figuras tão diferentes e que, apesar de representarem a mesma arte, dificilmente os associaria, muito menos imaginaria a qualidade dessa relação.

Mishima tornou-se discípulo de Kawabata antes mesmo de conhecer de fato a sua obra e viu nele a esperança de entrar no universo literário como escritor respeitado e teve, provavelmente, o melhor mestre possível pois -dentre outras coisas- foi dele o primeiro Nobel de literatura concedido a um japonês.
Quando se encontraram pela primeira vez o jovem aspirante a escritor tinha apenas 19 anos e um texto audacioso em mãos ao qual ele queria aprovação e alguma esperança de facilitação na publicação por parte do influente e já respeitado Kawabata. Percebendo o grande talento do jovem Kimitake Hiraoka, Kawabata aceita sua solicitação e ali se inicia a relação entre esses dois gênios da literatura japonesa.

Eles formaram uma amizade para além das correspondências e da literatura, sendo que Mishima quase chegou a se casar com a filha de Kawabata (para se ter ideia dessa proximidade) e é interessante observar o que eles falavam e compartilhavam entre si enquanto essa amizade se desenvolvia.

Para mim ficou claro que o fato de ambos terem cometido suicídio não foram fatos isolados ou coincidência ( nas correspondências de Kawabata percebe-se já bem cedo traços de depressão e indícios de que está desejando deixar de viver, sobretudo em relação à condição precária de saúde) apesar de as motivações terem sido completamente diferentes. Mas sabemos o quão pode ser um fator de influência o suicídio entre as pessoas que tenham algum tipo de relação.
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Soninha 23/12/2022

Kawabata e Mishima
Segundo nota na introdução de Shoichi Saeki (escritor e crítico literário) este livro teve início a partir de uma casualidade, pois as cartas endereçadas a Kawamata por Mishima, e vice- versa, estavam em meio a alguns manuscritos que seriam avaliados e transferidos a uma vila no Japão. A relação de "Mestre - aluno" que durou por quase toda a vida de Kawamata e Mishima, já era conhecida havia tempos. O primeiro, Nobel de literatura em1968, tornou ainda mais conhecida a literatura japonesa. De Mishima, a única obra que li até agora foi " Mar Inquieto", que gostei muito. Graças a reunião dessas cartas, foi possível conhecer pela publicação da editora Estação Liberdade, um pouco do cotidiano desses dois grande autores. Já era de esperar de minha parte que fosse apreciar o livro, pois um dos estilos que gosto muito é o epistolar.
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Mozart 09/05/2021

CORRESPONDÊNCIA
As cartas de Mishima e Kawabata começaram com a ida do jovem escritor Mishima à casa do já consagrado Kawabata no período posterior a II guerra mundial.
Começou com cartas formais , depois foram trocas de ideias sobre livros que estavam sendo escritos,conselhos de amigos quanto a família, filhos, viagens, pedidos de ajuda e sugestões para a vida ser melhor.
Estas cartas mostram uma nova tendência na escritura japonês mas, sem esquecer a elegância, o ritual com erotismo, culto a beleza e também a cultura de uma morte com grande formalidade e heroísmo.
A formalidade da vida de ambos escritores, levou ambos ao suicídio , primeiro Mishima em 1970 e em 1972 Kawabata.
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Wilson 19/08/2019

Ótimo livro
Ótimo livro para compreender como se dava a relação entre mestre (Kawabata) e discípulo (Mishima).
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