Rafaela (@exlibris_sc) 02/09/2020Um relato primoroso sobre o paradeiro das obras de arte durante a Segunda Guerra MundialEm se tratando da 2ª Guerra Mundial, todos sabemos das atrocidades cometidas pelos nazistas e pelo Eixo. Judeus perseguidos, despidos de posses, pátria, famílias e até de suas vidas.
Mas, algo que os livros de história, filmes e documentários, não falam com tanto fervor diz respeito a luta de poucos heróis e heroínas que muitas vezes colocaram suas vidas em risco para salvar um tipo de patrimônio que foi amplamente cobiçado e caçado pelas maléficas mentes nazistas: as obras de arte.
Muito mais que a obra prima do italiano Leonardo Da Vinci, o leitor sairá conhecedor de alguns fatos e curiosidades que dizem respeito a própria construção, e inúmeras reformas do Louvre que, inicialmente, foi projetado para ser uma fortaleza e barrar possíveis invasões ao território francês.
A autora conta ao longo do livro, com uma base de pesquisa rica e várias fotografias que melhor situam o leitor dos ocorridos, sobre a missão hercúlea desenvolvida por curadores e diretores de museus franceses que partiram desde a catalogação por importância, codificação para evitar roubos, encaixotamento, percursos traçados e alocação das obras em depósitos, castelos e subsolos de bancos, longe da possível zona de conflito.
Foi impressionante e enriquecedor conhecer alguns dos detalhes daqueles anos da França ocupada pelos nazistas; de obras de judeus dilaceradas, um crime tão horrendo quanto o incêndio da Biblioteca de Alexandria, a inúmeras tentativas de roubo de obras consideradas arianas pelo alto escalão nazista, especialmente Göring, Himmler e Hitler.
Espionagem, resistência e a cultura dos séculos posta acima das vidas de seus cuidadores, por eles mesmos, são algumas das partes mais emocionantes narradas no livro que deve ser lido por todos porque, como dizia Tolkien, até a menor das criaturas pode mudar o rumo do mundo.
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