Nii. 16/06/2011
"Life’s all about the revolution, isn’t it? The one inside, I mean. You can’t change history. You can’t change the world. All you can ever change is yourself."
Esse livro foi mais um que assim que chegou corri para começar a leitura. Desde que eu li a sinopse eu fiquei curiosa sobre a idéia do livro. Ainda não tinha lido nada da autora, mas já tinha ouvido bastante sobre os livros dela... Livros como “The Tea Rose” (“O Chá do Amor aqui no Brasil) e o YA “A Northern Light” (que já está entre os meus desejados) são super aclamados pela crítica e agora depois de ler “Revolution” eu posso entender o ‘porquê’.
O livro trás a história de duas garotas. Que apesar de partilharem anseios, medos e várias outras coisas estão separadas por séculos. Andi, no presente, é uma garota que tem uma boa posiçao social (Um pai que ganhou um Nobel!), mas uma família desestruturada pela ausência do pai e principalmente depois da morte do irmão, Truman. Diante dos problemas, Andi acabou se tornando uma pessoa fechada, mau humorada e reduzindo seu mundo a música. Fora seu professor, Nathan e o seu melhor amigo, Vijay ela não é de se relacionar muito. Já Alexandrine (ou apenas Alex) Paradis, que viveu na França revolucionária, se esforça para viver em meio às mudanças da revolução e literalmente como o “pão que o diabo amassou” (não tem frase melhor).
Por não está indo tão bem na escola e precisar escrever sua tese final o pai de Andi a leva em uma viagem para Paris (quero receber esse ‘castigo’ também). Ela ficará hospedada na casa do amigo do seu pai, G, que é um grande estudioso da revolução francesa. Inclusive ele e o sei pai estão trabalhando juntos para identificar se o coração que data do período da revolução é realmente de Louis- Charles. (o que realmente aconteceu) E é lá na casa de G e Lili que Andi encontrará o elo entre ela e a frança revolucionária, um diário escrito por uma jovem, Alexandrine. A história dela vai ser tornar uma verdadeira fixação para Andi.
‘The pages you now hold in your hands are no Fiction.’ Pg 107
E ao lado da pesquisa para sua tese sobre o músico Amadé Malherbeau, Andi vai decobrir um outro lado da revolução aos olhos de Alex e com esse olhar na vida de Alex acabar mudando a visão que ela tem da sua própria vida.
O Livro é incrível, mas tem que gostar de ficcção histórica e está preparado para uma leitura densa e que deve ser apreciada, nada de correr. Eu leio super rápido, mas tive que fazer algumas paradas longas antes de continuar a leitura. Mas vale muito a pena. A divisão do livro em “inferno”, “purgatório” e “paraíso” foi genial. As inúmeras referências tanto a música clássica ( Bach, Beethoven...) quanto a contemporânea(Led Zeppelin, Coldplay, Radiohead...) Toda a história da Alex em forma de diário também. Esse é um livro daqueles YA que além da problemática que todos nós estamos acostumados a ver no gênero tem conteúdo. Música e História preenchem as páginas e até a forma que a autora tratou os “clichês YA’s” tornou o livro diferente.
Tem romance, mas não é meloso ou melodramático. Existem as dificuldades de relacionamento e os problemas na família, mas estes foram tradados da forma mais real possível, nada de viverão felizes para sempre e só.
Os personagens são incríveis. Até mesmo os coadjuvantes são maravilhosos. Por exemplo, o Vijay, eu rir muito das ligações entre ele e a Andi, e lógico, a mãe dele que sempre vinha reclamar do porquê dele está perdendo no telefone tempo no lugar de estudar. Ela me lembrou a mãe do Howard de “The Big Ben Theory”. Também amei o Virgil, o par romântico da Andi, ele é a coisa mais fofa do mundo!
"Who knew that listening to a guy sleep could be so much deeper than sleeping with a guy."
{os momentos entre ela e o Virgil são únicos. Maravilhosos. Nada clichê}
Um livro completo, sem dúvida. Um livro com conteúdo. Se você gosta de “YA’s” e quer um livro que vai além dos conflitos que o gênero aborda, “Revolution” é a opção!
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