Dudu Menezes 25/03/2021
Boa noite, skoobers! Parem tudo e leiam esse livro!
Esse livro fala de perda e de redenção. Fala de amor, de ódio, de coragem, de fraqueza, de tudo que nos constitui enquanto seres humanos. Esse livro, de alguma forma, fala de mim e tenho certeza que, de alguma outra forma, vai falar de você, também. Mas ele faz tudo isso em meio a um contexto histórico diferente - e ao mesmo tempo tão próximo - do que vivemos, hoje. O livro retrata, de forma incrível, como a crise econômica, nos Estados Unidos, dos anos 1920, se refletia na forma como imigrantes italianos, sobretudo mulheres e crianças, eram tratados e precisaram lutar para sobreviver.
Personagens marcantes. Narrativa muito bem construída e fluída. Um livro perfeito e necessário. Que trata de temas cada dia mais importantes de serem debatidos, como: violência contra a mulher, racismo e xenofobia.
Pelo fato de eu ser jornalista, ele me marcou, também, de uma forma muito particular. Já que a escrita, o rádio e a fotografia são parte constitutiva - e decisiva - de quem eu sou. Tive a oportunidade de conversar com o autor, pelo Instagram, e contei a ele o quanto esse livro foi inspirador para mim; inclusive, ajudando a definir o que entendo, hoje, por fotografia.
Como disse à ele, ao meu ver, fotografar não é apenas "escrever com a luz". É aprender a usar essa luz para tatuar, na alma, um instante, por mais insignificante que pareça. É a única forma encontrada, até hoje, para dizer ao tempo que, se não podemos vencê-lo, pelo menos podemos, por um momento, fazê-lo parar o seu trabalho contínuo, emprestando-lhe tantos significados quanto possíveis.