Do que estamos falando quando falamos de estupro

Do que estamos falando quando falamos de estupro Sohaila Abdulali




Resenhas -


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Caroline Casas 28/02/2022

Leitura super necessária
... e esclarecedora! Terminei a leitura com uma dor terrível pelas milhares de vítimas e injustiças. Ninguém deveria passar por isso... Não é não.
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Suelen 24/02/2022

Do que estamos falando quando falamos de estupro
Leitura extremamente necessária, apesar do tema ser super difícil.
Não consigo nem imaginar como deve ser estar nessa situação, mas desde pequena faço parte do grupo de mulheres que são ensinadas a se ?comportar? e evitar que isso aconteça. Como se a culpa fosse da mulher e não da pessoa que estupra.

É inadmissível esse crime horrível continuar acontecendo; inadmissível que ainda existem culturas que aceitam e apoiam esse crime.

O ano é 2022, mas as mulheres ainda são tratadas como objetos e como causadoras do crime, ao invés de serem acolhidas como as vítimas que são.
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Arissa 02/02/2022

Muito bom mas contém gatilhos para violência sexual
A autora trás muitas e boas reflexões sobre o estupro. É uma leitura pesada pois ela conta diversos relatos de violências sexuais. Esses relatos podem ser gatilho.
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Pâmela Cristina 05/01/2022

Livro necessário
O livro traz uma realidade absurda que nos faz entender a necessidade de falarmos sobre o estupro. Sohaila fala sobre o assunto mesclando sua a realidade social de um indiana com a experiência pelo que passou de maneira fluida e racional. Super indicação para pais e mães que desejam falar sobre estupro com seus filhos e filhas.
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LACERDAZ 04/01/2022

O livro faz a gente pensar do início ao fim. A escrita é leve (apesar do tema ser absurdamente pesado) e me trouxe tanta reflexão (e muito aprendizado). Todo mundo deveria ler esse livro e aprender com ele.
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Paloma 13/11/2021

Nossas vozes importam!
Não serei capaz de fazer uma resenha a altura da magnitude desse livro. Colocarei então, alguns trechos que constitui a narrativa extremamente impactante e necessária:

"O estupro drena a luz. Como os incrivelmente pavorosos dementadores de J.K. Rowling, ele suga a alegria. E, além de drenar a luz da vida das vítimas tende a drenar à luz de uma conversa sensata. As discussões sobre estupro são muitas vezes irracionais, quando não totalmente bizarras. É o único crime diante do qual as pessoas reagem querendo aprisionar as vítimas. É o único crime que é tão ruim que se supõe que as vítimas serão irreparavelmente destruídas por ele, mas ao mesmo tempo não tão ruim que os homens que o cometem devem ser tratados como outros criminosos."

_______

"Como fizemos para nos transformarmos numa espécie tão repleta de estupros? Quando foi que nos permitimos ficar assim? Às vezes acho que consideramos os maus hábitos à mesa uma quebra de protocolo mais grave do que forçar um objeto qualquer pelo orifício do corpo de outra pessoa."

_______

"O Guia Abdulali para salvar a vida de uma sobrevivente de estupro;

Eu digo 'ela', mas as orientações se aplicam igualmente a todos os gêneros.

? Mostre-se horrorizada, mas não caia da cadeira, a ponto de obrigar a outra pessoa a cuidar de você.

? Acredite nela. Nada de perguntar 'E se...', ou discordar, ou duvidar. Simplesmente acredite nela.

? Deixe que ela tome a iniciativa. Se ela quiser falar, tudo bem. Se ela quiser ficar calada, tudo bem também. Se ela quiser chorar, a mesma coisa. Se ela quiser fazer piada, tudo certo. Se ela quiser tirar coisas na parede, sem problemas.

? Pergunte o que ela quer. Você não precisa adivinhar.

? Incentive-a a procurar ajuda ? médica, legal, física e mental. Mas não force isso.

? Não fique querendo saber detalhes, mas deixe-a saber que você está disponível para ouvir, se ela quiser explicar melhor.

? Não questione os julgamentos que ela fizer.

? Deixe que ela formule o que está dizendo do jeito que quiser, com as palavras que escolher.

? Não tente entender ou analisar. Simplesmente esteja disponível.

? Lembre-se de que essa é a mesma pessoa que você conheceu antes de saber que ela havia sido estuprada. Trate-a do mesmo jeito. Algo terrível aconteceu a ela, mas é a mesma pessoa. Talvez ela também precise ser lembrada disso.

? E, por fim, mas não menos importante, não poderia dar um conselho melhor (...):
não seja babaca."

_______

"Prevenção de estupro para iniciantes.

(...)

? Fique em casa; evite estranhos.
? Saia; evite a família.
? Mostre-se feroz.
? Mostre-se dócil.
? Seja assertiva.
? Seja delicada.
? Sorria.
? Não sorria.
? Seja amistosa.
? Não seja amistosa.
? Seja forte.
? Seja serena.
? Seja jovem.
? Seja velha.
? Tranque sua vagina.
? Tranque seus filhos.
? Tranque seus pensamentos.
? Desarme-se.
? Desapareça.
? Morra."

________

"E aqui estamos nós no século XXI, rodeados de milagres dos quais somos os autores. Descobrimos como ver um ao outro em telinhas que a gente carrega no bolso. Descobrimos como fazer o coração de alguém de 17 anos de idade bater no peito de outra pessoa de 60. (...) Como mapear galáxias que nem conseguimos enxergar. Como espécie, somos impressionantes. Então, por que é tão difícil descobrir onde é que você deve e onde não deve pôr o seu pênis? Ou compreender que ninguém pede para ser estuprado?"

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"Meninos e meninas recebem mensagens completamente diferentes a respeito do sexo. Incentiva-se a suposição de que o sexo é um prazer para os meninos, enquanto as meninas aprendem bem cedo que perder a virgindade é uma coisa dolorida. Alimentamos a ideia de que o sexo é desconfortável para as meninas, e criamos garotas que acham que não merecem ter prazer, e meninos que, na melhor das hipóteses, não estão nem aí para o prazer das suas parceiras, e na pior delas, são abertamente abusadores."

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"Sim, pergunte, e tente perceber sinais, e guarde seu pau dentro da calça até ter muita, mas muita certeza; no entanto, no final das contas, você tem que se importar. Tem que se importar com as vontades e os sentimentos da outra pessoa."
Juliana Rodrigues 18/11/2021minha estante
Nossa, mas que forte!

Obrigada por compartilhar, vou procurar para ler também.


Paloma 18/11/2021minha estante
Não vai se arrepender, Ju! ?




Ailauany 20/08/2021

"É o único crime que é tão ruim que se supõe que as vítimas serão irreparavelmente destruídas por ele, mas ao mesmo tempo não tão ruim que os homens que o cometem devam ser tratados como outros criminosos."
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Alice Olivier 18/08/2021

Impactante
?Do que estamos falando quando falamos de estupro? é um livro que deveria ser obrigatório, para homens e mulheres. Com uma narrativa direta, arrebatadora e por vezes até mesmo irônica e poética, Sohaila Abdulali traduz em palavras parte do horror vivenciado pela própria ao ser estuprada coletivamente em sua tenra juventude, enriquecendo sua narrativa trazendo uma série de relatos de outras vítimas, que de uma forma ou de outra, também tiveram suas vidas marcadas por um ato de tamanha brutalidade. Sem dúvidas, um livro de imensa relevância para os dias atuais.
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fev 14/08/2021

Um livro introdutório
Apesar do aviso prévio da autora em afirmar que o livro não discutiria o assunto de forma acadêmica ou profunda, eu estava esperando algo mais completo. Não foi o que encontrei. Isso não faz do livro um produto horrível, mas o torna menos impactante.

A autora traz relatos pessoais e de outras pessoas, inclusive homens, para discutir as várias formas de estupros, como as vítimas são condicionadas a todo estresse e o desfecho. Tudo isso em uma linguagem acessível e de fácil compreensão. Não há ao longo do texto descrições explícitas, mas isso não interfere no impacto. Apesar de forte, não é uma leitura impossível.

Em alguns momentos a autora foca mais nos relatos que em uma discussão sobre o assunto. Isso também afetou na minha avaliação. Apesar disso tudo acredito que seria um bom livro para introduzir em discussões com adolescentes com apoio de um texto mais sério e profundo.
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Luíza 08/03/2021

Livro extremamente necessário. Acho que todo mundo deveria ler esse livro! É preciso se conscientizar sobre um crime tão cruel e tão recorrente, que ainda é silenciado pela sociedade.
?Uma leitura valiosa para qualquer pessoa que acredite que as mulheres deveriam poder andar pelo mundo sem medo.?
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Sil 07/03/2021

Resenha de @kzmirobooks
Sohaila Abdulali é a primeira mulher indiana que em meados dos anos 80 foi estuprada por quatro homens desconhecidos na frente de seu melhor amigo e teve coragem de falar sobre isso. Como bem exemplifica a autora uma semana após ela ter sido estuprada leu uma história no jornal sobre uma mulher que também foi vitima de estupro coletivo, enquanto estava passeando com o marido, e no dia seguinte ao voltar para a casa se matou para não desonrar a sua família e o próprio nome. Situações como essas são bem comuns em países do oriente, entretanto Sohaila tem o que a maioria das mulheres não tem: uma família que a apoia sem julgamentos. Pode parecer estranho, por se tratar de uma família religiosa e conservadora, mas apesar disso eles sabem que a culpa não é da vítima pelo abuso sofrido.

Por mais que Sohaila tenha uma história para contar ela não passa o livro focando em si mesma, pois existem tantas nuances e diferenças de estupros, abusos e vitimas que poderiam ser escritos vários e vários livros para abordar cada um dos temas. Um ponto especifico que eu poucas vezes havia parado para refletir é a respeito dos homens que são estuprados e em como isso afeta sua vida. Há neste livro um homem especifico que levou anos para superar seu abuso e enfim construir sua vida e uma afamilia de forma saudável e uma tragédia acabou levando a filha dele, de apenas 9 anos. Este homem, apesar de sofrer tanto pela sua perda ainda explica que o abuso foi muito pior, pois ele não tinha ninguém para consola-lo, ele não tinha ninguém para dividir essa tristeza. Claro que em nenhum momento ele disse que não sofre pela morte de sua filha, mas que neste caso a dor é dividida com sua esposa, parentes e amigos, é uma rede de apoio com essa tragédia e nós sabemos que muitas vitimas de estupro nunca contam a ninguém que foram estupradas, entende?

A autora pode, para alguns, criar uma pequena polemica ao falar sobre a humanidade dos estupradores, mas ao argumentar conosco ela é muito especifica sobre o que quer dizer e, mais uma vez, é um ponto de vista que eu nunca tinha refletido. Nós temos costume de enxergar esses homens como monstros, mas o que eles são é nada mais do que seres humanos que tem uma escolha a ser feita: estuprar ou não estuprar. E eles escolhem a primeira alternativa, isso não faz deles monstros, mas fazem deles pessoas más que precisam ser julgadas como tal. Presumir que eles são monstros é tirar a responsabilidade deles como seres humanos ao tomar uma decisão. Seu embasamento se da, principalmente, com o relatos do caso Thordis e Tom (resumindo Thordis foi estuprada por Tom quando tinha 16 anos e 9 anos depois eles passaram a se corresponder por e-mail onde ele admitiu o que fez com ela e contou sobre o quanto isso o assombra; eles escreveram um livro juntos).

Esse é um livro importante para o contexto social e mesmo que ali não tenha nenhuma história de uma brasileira ainda assim devemos considerar todos os casos próximos a nós, já que no Brasil a cada 11 minutos há uma denuncia de estupro e nós temos aqui nossa própria cultura de estupro, além de atualmente um governo que claramente não respeita das mulheres e suas decisões. É um livro muito necessário para exemplificar todas as formas de estupro e abusos, e todas as formas que os estupradores e abusadores são visto na sociedade. As únicas que, raramente, são vistas com ambiguidade são as vitimas, não importa em qual situação.

site: https://www.kzmirobooks.com/
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Thaísa 01/03/2021

Extremamente sensível e necessário
A autora aborda, de maneira sensível e inteligente, vários aspectos que devem ser considerados quando a pauta é "estupro". Sem falar da violência de maneira detalhada, ela traz à reflexão diversas "entrelinhas" que devem ser consideradas na discussão sobre crime tão cruel. Extremamente necessário, este livro nós leva a refletir sobre tudo a que nos habitamos, mas que colaboram para o estigma da vítima e para a continuidade do estupro como cultura.
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Fernanda.Avila 12/01/2021

Transformador
Estupro, violência sexual, violência contra mulher são assuntos que sempre me interessam demais, tanto pela minha profissão como pela minha história e pela história de vida da minha mãe.
Porém comecei a ler esse livro sem grandes pretensões, acreditando que era só mais um livro sobre o assunto. Claro que eu sabia que eu poderia aprender muito, mas achei que seria um aprendizado mais técnico.
Preciso dizer que esse livro foi o livro mais importante que li esse ano e sem dúvida um dos mais importantes que li na minha vida. Ele me ensinou muito sobre muitas coisas, mas ele me mostrou muito mais sobre mim do que eu jamais imaginei que um livro como esse poderia mostrar.
Acho que nunca chorei tanto lendo um livro. E olha que eu sempre me emociono com as leituras. Mas é sempre emoção mesmo. Nesse caso o choro talvez tenha sido muito mais de alívio por compreender coisas que eu nunca tinha compreendido com tanta clareza.
Em alguns momentos eu precisei até ir mais devagar para digerir tudo aquilo que eu tinha lido.
Sou infinitamente grata a essa mulher maravilhosa por conseguir traduzir tantos sentimentos em palavras.
TODO MUNDO DEVERIA LER ESSE LIVRO. Seja para entender mais sobre si, seja para entender mais sobre o ser humano.
Que livro!!!
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May 05/12/2020

Esse livro foi como um soco no estômago seguido de um abraço bem apertado. Deu pra entender?

Sohaila foi de uma delicadeza sem tamanho ao falar sobre estupro (incluindo o dela). Sem nenhuma dúvida o assunto é pesado e cheio de gatilhos, mas a autora soube muito bem como conduzir o livro de uma forma leve (na medida do possível).

A leitura é super fluída e o livro é interessantíssimo, aborda questões como consentimento, estupro dentro do relacionamento, a culpa que a vítima inevitavelmente sente, orientações para ajudar uma vítima...

Definitivamente ela tem razão em dizer que nós precisamos falar sobre estupro.

Que livro mais maravilhoso, minhas amigas e meus amigos! Leitura mais do que recomendada. ?
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Babi 14/11/2020

Um Balde de Água Fria
Esse livro me deixou sem ar, inumeras vezes tive que fechar o livro e apenas refletir. Recomendo para todes, porque ser mulher não é facil e todos deveriam entender isso, ao menos minimamente.
PS: se você não se revoltou ao ler este livro, então não leu direito - por favor releia.
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