flaflozano 10/04/2022
A little taste
O quanto de sexo tem nesse livro : 2/5
Quão explícito é :1/5
Drama: 3/5
Coerência : 5/5
Romance : 3/5
A PORTA DA CARRUAGEM SE ABRIU, E NICHOLAS FICOU IMÓVEL, ESPERANDO que não tivesse acabado de cometer o erro impulsivo de ouvir seu pênis indisciplinado. Caroline começou a subir, mas parou quando o viu, sua boca macia se abrindo em choque.
Ele disse baixinho:
— Por favor, entre e eu vou explicar.
— Nicholas, o que você está fazendo? — Ela ficou parada ali, sem entrar completamente na carruagem, transformando a pergunta em um sussurro ultrajado.
— Eu falei com o seu cocheiro. Ele nos levará por um caminho mais longo até sua casa. Então, por favor, entre antes que alguém comece a especular.Isso finalmente a fez entrar, e o jovem galês que a levou até Essex fechou a porta. Ela se sentou no banco com um gracioso farfalhar de saias de seda e, um momento depois, o veículo começou a se mover. Luminosos olhos
prateados olhavam para ele, mas estava escuro e ele não conseguia avaliar o quanto ela se opunha à sua presença. Caroline finalmente disse:
— Eu certamente espero que ninguém tenha te visto conversando com Huw ou, pior ainda, entrando na minha carruagem.
— Fui cuidadoso.
Ele realmente sentia-se muito feliz por ter tido tempo de falar com o jovem. Durante o período em que Caroline ficara com ele em Essex, ele e seu cocheiro discutiram sobre cavalos, um amor mútuo natural. Ali, aristocrata e servo ficavam nivelados com facilidade.
Além disso, Huw obviamente sabia exatamente onde sua patroa passara as noites, então, ele não hesitara quando Nicholas fez seu pedido.
— Eu não tenho certeza se você sabe ser discreto, Rothay — ela comentou em um tom ácido, mas um pequeno sorriso curvou sua boca.
— Por você, estou disposto a dar o meu melhor. — Ele relaxou um pouco, familiarizado com aquela expressão suave no rosto de uma mulher.
Não que saber que uma mulher desejava sua companhia tivesse sido tão importante para ele antes, mas com ela, era. Muito importante. Por mais incrível que pudesse parecer, ele queria saber que ela sentira falta dele da mesma forma como ele sentia a dela.
Ela ainda o repreendeu primorosamente.
— Se bem me lembro, eu te disse não. Percebo que você não está familiarizado com a palavra, mas, neste caso, receio ter sido sincera. Não quero correr o risco de tentar um caso clandestino com você. Há uma longa lista de pessoas que sabem sobre a minha viagem e permanência em sua propriedade, além dos motivos que me levaram até lá. Além de Huw, há a senhora Sims, os outros criados de lá, sem mencionar Lorde Manderville.
— Derek não dirá nada, ninguém em Essex foi informado do seu sobrenome e só você pode falar pelo seu cocheiro, mas ele parece ser leal o suficiente. Nós não seremos descobertos.
Seus cílios rendados baixaram minuciosamente.
— Deve ser bom ter sempre essa garantia de que a vida seguirá conforme seus desejos.
Nascer rico e com um título provavelmente dava a alguém uma certa confiança que era não só inata como imposta, mas ele realmente não queria debater o assunto, não com ela tão deliciosamente próxima. A leve fragrância do perfume dela colocava seu corpo em alerta total, e ele podia ver as curvas deliciosas de seus seios emoldurados pelo decote de seu vestido. Eram grandes, como George perguntara? Não. Eram femininos, firmes, perfeitos, que se encaixam em suas mãos e boca? Sim. Quando Winston começou a especular sobre sua aparência física, uma imagem muito vívida de seu corpo nu embaixo do dele veio à sua mente, e, naquele momento, tomou uma decisão, incapaz de resistir, sobre a qual teria que pensar com mais cuidado quando estivesse em um estado de espírito mais calmo.
Ou quando não estivesse tão excitado, uma voz irônica e mais civilizada em sua mente observou. Sua crescente ereção apenas por estar perto dela era uma prova irrefutável de que seu corpo concordava com isso.
— Eu estou esperando que esta noite melhore, na verdade. — Ele prendeu seu olhar e deu um tapinha no assento ao lado dele. — Venha se sentar aqui.
— Eu não deveria — sua resposta foi tranquila. — Você não deveria estar aqui.
— Deveria, sim. Estamos sozinhos. Seu motorista adiará nossa chegada até eu lhe dar um sinal. Quero apresentar-lhe as alegrias de fazer amor em uma carruagem. É um pouco apertado, tenho que admitir, mas pode ter resultados deliciosos.
— De alguma forma, tenho certeza de que é uma arte que você já praticou com frequência. — Apesar de seu tom seco, ela fez o que ele pediu e mudou- se para ocupar o assento oferecido. Um suspiro suave escapou quando ele mudou de ideia e a ergueu nos braços, colocando-a em seu colo. Seu traseiro tentador aninhou-se contra sua virilha, e ele endureceu ainda mais.
Nicholas se aninhou no pescoço dela.
— Você dançou esta noite. Não costuma fazer isso.
— Você me observou? — Sua garganta arqueou para trás para lhe dar maior acesso, fazendo a pergunta soar suave como uma nuvem.
Admitir que ele não fora capaz de evitar parecia tão imprudente quanto entrar em sua carruagem. Sua ideia de retirar-se para a sala de jogos também não ajudara em nada. Então, murmurou:
— Eu notei.
— Eu notei você também.
A admissão foi feita em voz baixa e seus olhos brilhavam como joias sob a luz fraca.
Então, eles tinham notado um ao outro. Nicholas não queria pensar muito sobre isso. Caroline estava se tornando uma distração em sua vida e o que deveria fazer era ficar longe dela até que a febre passasse. Mas, em vez disso, lá estava ele, roubando alguns momentos de seu tempo como um ladrão vagabundo que não tinha para onde fugir.
Aquilo era ridículo. Ele tinha dezenas de lugares para onde poderia fugir.
Lady Whitmore emitira um convite bastante óbvio enquanto dançavam, mas ele só valsara porque queria estar perto de Caroline.
Então, ele a recusou da maneira mais educada possível.
E em vez disso passou quase uma hora sentado em uma carruagem escura. Esperando.
Por ela.
— Você cheira a flores — ele disse, deixando a boca traçar a cavidade sensível sob sua orelha, tentando descartar seus pensamentos inquietantes. — Humm.
— Nicholas...
— Shh...
Ele tomou sua boca em um beijo ardente, porque não queria conversar, nem analisar os motivos de sua presença. Então, sua língua abriu passagem, encontrando e roçando a dela. Os braços de Caroline se entrelaçaram em seu pescoço, e ela se inclinou para o abraço, apoiando seu peso delicado e flexível à estrutura muito maior de Nicholas. Pelo menos o medo desaparecera completamente, ele pensou enquanto explorava sua boca vagarosamente com um prazer incandescente, e pelo modo como ela o beijava de volta, não havia dúvidas de que estava muito disposta.
A carruagem sacudiu, balançando-se levemente quando pegaram uma curva. Com corpos e bocas unidos, eles se moveram contra o movimento.
Nicholas percebeu-se ofegante quando levantou a cabeça, sentindo sua ereção mais parecer um pedaço de ferro que protestava contra o confinamento de suas calças.
Acalme-se.
Primeiro desamarrou o vestido, afastando-o de um ombro magro e feminino, abaixando-o cada vez mais até que um seio farto, firme e excitado se libertou. Ele inclinou a cabeça e lambeu o bico maduro, provando o mamilo, provocando-a, fazendo Caroline mudar de posição em seus braços.
— Oh... — um gemido rouco escapou.
Era um prazer secreto sentir os dedos suaves de Caroline embolarem em seu cabelo e testemunhar o arquear de sua coluna enquanto ele sugava seu seio, proporcionando a si mesmo uma profunda e pura satisfação masculina.
Seria muito melhor se estivessem em uma cama, ele pensou enquanto sutilmente a excitava, enfiando uma mão sob seu vestido e deslizando os dedos ao longo da parte interna de uma coxa quente e macia para encontrá-la quente e úmida, mas ele aceitaria aquela condição, pois era tudo o que, poderiam ter.
Talvez ela estivesse certa. Talvez ele estivesse acostumado a encontros fortuitos com suas amantes passadas, talvez ele assumisse o risco de ela ser comprometida por causa de sua notoriedade amaldiçoada.
E talvez ele não devesse tomá-la em uma carruagem em movimento, simplesmente porque não tinha autocontrole suficiente para aceitar uma recusa.
Enquanto erguia as saias do vestido, segurando o tecido macio agrupado em suas mãos e sentindo seu corpo implorar para ir mais rápido, ele hesitou.
Era um péssimo momento para ter um ataque de consciência, mas parecia que era o que estava acontecendo. Nicholas respirou profundamente.
— Quantas vezes em nosso conhecimento eu vou ter que pedir perdão por minha arrogância? Você quer isso, Caroline?
Ela soltou um suspiro, acompanhado de uma suave risada, que soprou um ar quente contra sua bochecha.
— Não pareço entusiasmada?
— Não estava quando subiu na carruagem.
— Isso foi uma objeção às implicações da sua presença, não à sua pessoa.
— Ela se inclinou mais perto e beijou-o, seus lábios úmidos, seu corpo meio nu se esfregando contra ele. Quando ela recuou, sussurrou: — Já aceitei o risco, então, por favor, não o desperdice. Pensei muito em você, Nicholas.
— Eu sou um idiota egoísta. O risco é todo seu, e eu não lhe dei uma escolha.
A mão dela deslizou para baixo e tocou a protuberância entre as pernas dele.
— Podemos debater isso em alguns minutos, por favor?
— Você tem certeza?
— Meu Deus, sim, Nicholas... Depressa.