Luiza Helena (@balaiodebabados) 28/05/2019Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/Uma Proposta Indecente é um romance de época que chama atenção não somente por essa capa maravilhosa, mas pela premissa um tanto “escandalosa”. Porém, não se deixe enganar por essa sinopse.
Caroline Wynn é uma viúva cujo casamento é algo que ela goste de se lembrar. Após sofrer abusos nas mãos do falecido marido, lady Wynn encontra na sua viuvez uma forma de liberdade que ela nunca teve na vida. Caroline é uma mulher decidida, inteligente e determinada. Os traumas de seu casamento são os motivos pelos quais ela não deseja mais desposar ninguém… Bem, isso acontece antes dela aceitar ser juíza dessa aposta louca entre o conde de Manderville e o duque de Rothay.
Nicholas Manning e Derek Drake são os típicos libertinos dos romances. Com uma lista de amantes mais extensas do que a minha de livros para ler, os dois fazem essa aposta em um momento de bebedeira, porém o livro vai muito além disso. Os dois lordes são charmosos e apaixonantes, porém (assim como Caroline) não tiveram boas experiências em relacionamentos passados.
Não pense que a história toda é um grande triângulo amoroso; muito longe disso. Logo no início fica bem determinado com quem Caroline iria se apaixonar e vice-versa. Claramente não vou dizer quem é. Só sei que a história toda foi completamente diferente do que pensei que seria. Gostei como a autora abordou a questão da descoberta do prazer feminino feita por Caroline. Lady Wynn teve um casamento, no mínimo, péssimo e suas experiências com seu falecido marido lhe deixaram marcas profundas, principalmente no tocante a relação sexual e fertilidade.
Além desse trio, uma outra personagem tem bastante importância na história. Annabelle está noiva, porém seu coração pertence a outro. Ao longo da história, vemos a personagem se questionar se vale a pena casar com alguém só porque ele lhe parece mais seguro ou perdoar aquele que quebrou seu coração mas que lhe trará a verdadeira felicidade.
Um detalhe que gostei bastante também foi a abordagem do modo de viver que a sociedade obriga. Nicholas e Derek, por serem herdeiros de títulos importantes, desde pequenos foram ensinados a como falar e agir na sociedade. Caroline, por ser mulher, foi criada somente para ser uma esposa de alguém e, mesmo depois da morte de seu marido, ela ainda tem que estar sob a “proteção” de um homem (no caso, um primo bem escroto do falecido). Não é muito distante da nossa realidade, onde homens e mulheres - infelizmente - ainda possuem uma educação distinta.
O livro levaria nota máxima se não fosse por conta de dois detalhes que não me agradaram muito. Fora isso, eu recomendo muito a leitura para quem deseja ler um romance de época diferente e envolvente.
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