Jude, o Obscuro

Jude, o Obscuro Thomas Hardy




Resenhas - Jude, o obscuro


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Nado 21/05/2020

Desnecessariamente longo
Uma história tocante, de um homem que tem em sua vida duas mulheres que estão à frente de seu tempo. Uma história de amor, ódio e possessão que marcou muito quando publicado. Porém, como a obra foi lançada em formato folhetim há mais de 1 século, a história ficou muito extensa com trechos desnecessários para um livro, com situações repetidas ao longo do tempo. Recomendo a leitura, porém com a ressalva de que tem que ter dedicação e objetividade para lê-lo.
skuser02844 06/09/2020minha estante
Concordo, muito enrolado. E não gostei muito da história também


Nado 06/09/2020minha estante
A história eu até gostei, mas 1/3 das páginas seria o suficiente.


skuser02844 06/09/2020minha estante
Verdade


Paola 07/02/2021minha estante
Um livro a frente de seu tempo.


gabrielleabr_ 18/02/2024minha estante
Reginaldo, estou na metade do livro e já concordo com você. Estou precisando reunir toda a minha força de vontade pra prosseguir rs.




Rayza.Figueiredo 31/01/2024

O livro mais triste que você lerá na sua vida
Aaah gente, que livro triste e cru; ficção da vida real ?
que pessoas tristes, de sonhos impossíveis e massacrados pela malfadada realidade de suas vidas miseráveis.

Judas era um órfão de pai e mãe, vindo de um casamento entre primos que deu errado, sob os quais surgiu um ?carma? de infelicidade matrimonial.
Foi criado pela tia, sem nenhum pingo de sentimento, apenas por obrigação de dar um teto e alimento. Não era, porém, amargurado; sempre teve um sonho de ir pra cidade grande estudar e se tornar um sábio, um erudito, e desde tenra idade começou a trabalhar pra juntar recursos para ir atras de seu sonho.
Nem preciso dizer q deu tudo errado pelo meio do caminho; alias, deu tudo errado desde sempre?
este livro não tem um início feliz, não tem meio feliz e muito menos um final feliz.
Hardy faz varias criticas à sociedade, mas a maior delas é sobre o matrimônio, o peso que ele obriga, principalmente, as mulheres a carregar. Os julgamentos que pessoas divorciadas enfrentam, e é um preconceito TÃO grande, a ponto de fazer uma família que está fora dos padrões sociais, ser completamente dizimada.

Não é um livro para ser lido rápido; é um livro lento e muito bem construído; o autor faz poucas divagações fora do contexto dos personagens principais, e tudo que ta ali é pra salientar o sofrimento ?

alerta ?? tema sensível de suicidio; se pode te trazer algum gatilho, sugiro que pule esta leitura.
Emilia.Reis 31/01/2024minha estante
deprimente, quero!


Rayza.Figueiredo 31/01/2024minha estante
hahahah leeeiiiaaa


Jordana Borges 31/01/2024minha estante
já quero ler, não posso ver uma tristeza que quero hahaha


Rayza.Figueiredo 31/01/2024minha estante
esse tem de sobra kkkkk




Lala 27/01/2022

Chato
O livro começa bem até, a escrita do autor é boa, a infância e adolescência do Judas são até interessantes. Pra mim o negócio começou a desandar na parte dois, em Christminster. É tão tão enfadonho!
Acho que a coisa que mais contribuiu para a minha avaliação baixa foram os personagens que são todos INSUPORTÁVEIS. Juro, não tem um personagem legal nessa história. Todo mundo é chato (e não no bom sentido) kkk.
Primeiro, o Judas. No começo ele até tinha personalidade própria, dps ele virou um chato sem sal que só quer saber da Sue. O livro quer muito que você simpatize com o Judas e o drama dele. Parece que ele tá toda hora dizendo "Ó, olha leitor, o pobre Judas Fawley!Ele só sofre na vida, não se dá bem no amor!Sintam pena dele!Por favor!".
Mas eu não consegui me importar com o Judas, não torci por ele, já que ele não me despertou simpatia nenhuma. Acho que as únicas emoções que esse cara me causou foram estresse e tédio. Eu lia pensando "Que demora, vamo logo".
Segundo, a Sue. Mano, que raiva que eu peguei dessa personagem!Ela é a mais insuportável do livro. Em boa parte do livro ela é a criatura mais narcisista do mundo, tem um ceticismo com tudo, mas as ideias dela são "verdades absolutas" pra ela. Ela sempre tem que tá certa e é sonsa pra caramba.
Terceiro e mais importante, o romance entre os dois. Haja paciênciaaa!É uma enrolação, um tédio, um saco. A Sue fica iludindo ele aí dps diz que ama, fica junto e separa...aquele dileminha chato de "casa ou não casa". Ler as interações românticas dos dois era tipo tortura (mds, os fãs desse livro vão me matar kkkk).
Pra ser mais positiva na resenha, a última parte, assim como a primeira é interessante. Tem eventos trágicos chocantes que nos fazem entender a realidade vitoriana e que são muito bem escritos. O final tbm é bom.
O problema é que o meio (que é a maior parte) só me fez passar raiva e sair com ranço de todo mundo nessa história ?????
Kim 27/01/2022minha estante
Eu tenho esse livro na minha biblioteca, foi um presente de uma amiga, veio cheio de elogios, agora fiquei curioso. Será? Neste ano não dá. Em outro momento quem sabe... Gostei do seu ponto de vista.


Lala 27/01/2022minha estante
Tem bastante gente que gosta mesmo, acho que é mais questão de gosto. Eu n gostei muito, no caso kkkk, acho que só lendo pra saber


Raphael 01/03/2023minha estante
Eu também não gostei muito do livro, mas a gente precisa situá-lo no seu contexto histórico. No que representou para a sociedade da época, em que a separação era um tabu . Precisamos ler o que não está escrito no livro. Confesso, no entanto, que, em uma palavra, é um livro chato




Rodiney 01/06/2020

Tão obscuro, demasiadamente, obscuro.
Toda pessoa que adquiriu conhecimento por seu próprio sacrifício se identificará com Judas, pois todo seu conhecimento vem da leitura livre dos clássicos e não das salas de aula de Universidades. Isso não quer dizer que Judas não desejava ingressar em uma Universidade, ao contrário, esse era o seu maior desejo. No entanto, a classe social de Judas não produzia intelectuais, mas artífices. E essa sina o martirizará por toda sua breve vida.

Desculpem-me os admiradores da obra-prima de Hardy, mas Judas não ama Suzanna. Judas não amou sua tia-avó, nem Arabella, nem o professor Phillotson, nem os seus filhos, nem ninguém. A obscuridade de Judas é justamente o seu desamor. Quero dizer: sua incapacidade de amar. Judas só tem um único desejo: Christminster. Não, não é propriamente Christminster, mas suas escolas e universidades. Judas deseja ardentemente fazer parte daquela classe divinamente separada dos intelectuais. Mas o tempo ainda não estava preparado para pessoas como Judas e pairava sobre ele uma nuvem densa e escura, obscura mesma. Daí, Judas se revolta contra a cidade, os professores, as escolas, e pensa amar perdidamente Suzanna. Porque Suzanna zomba de toda essa sociedade, de como a sociedade está organizada. Ela zomba de todas as convenções e tem um desejo imenso por ser o que ela deseja ser, casar com quem ela deseja casar, na verdade, ela nem mesmo deseja casar, pois o amor é como a liberdade e não pode estar sujeito a convenções. E Judas por revolta e não por amor se afasta de suas crenças e se aproxima cada vez mais das ideias de sua prima-amante. Judas abandona todos seus ideais e interioriza as falas e ideias da mulher. (É importante destacar na obra de Hardy o papel protagonista das mulheres, papel este que começa a revelar sua libertação e até mesmo influência sobre o destino dos homens). Contudo, nosso herói obscuro experimentará mais uma desilusão, a saber: a capitulação de Suzanna. Depois da tragédia que caiu sobre seus filhos, Suzanna é dominada pela desesperança e toda sua força se torna fraqueza e capitula diante das convenções que tanto zombou no passado. Suzanna passa a se entender pecadora e amaldiçoada, coisa que assombra nosso obscuro Judas. Agora não é mais a mulher que influencia o homem, mas a obscuridade do homem domina a mulher. E ironicamente, essa tragédia que leva Suzanna à capitulação acontece justamente quando Judas tenta novamente recuperar seus ideais em Christminster, seu verdadeiro amor. E como se o próprio zeitgeist que está inserido se levantasse contra sua ousadia de se libertar de sua condição social, proporciona-lhe uma mazela insuportável. "Não, Judas, você não é um dos nossos, você pertence à obscuridade da História!".

Por fim, não lhe sobra mais nada. O que sucede depois é simplesmente nada, um vazio, o sem-história. Judas retorna à embusteira Arabella e pela segunda vez é enganado e preso perpetuamente no engano. Suzanna se anula e se perde nas convenções sociais. E a vida segue, indiferente, esperando as mudanças naturais do tempo. E ninguém, ninguém mais se lembra de Judas.
Bruna 02/06/2020minha estante
Talvez se analisarmos ainda mais afundo, Jude somente ama Christminster, a cidade em si. Acho que nem mesmo os livros foram capazes de suprir seus desejos com afinco, pois a partir do momento que ele queima-os, ele se separa profundamente daquele "amor". Ao meu ver, ele entende que como Phillotson, a maneira mais fácil de chegar à Christminster seria através dos livros, estudar, viver como aqueles intelectuais universitários e de certa forma ser aceito como tal. E depois das desventuras com Sue, as desavenças com o próprio Phillotson, a união desgraçada com Arabella e por fim a morte da tia Drusilla, trouxe o rompimento, a aceitação do ser miserável e obscuro que ele é. Portanto, ele precisava somente de Christminster, convencer Sue para voltar à seu leito eterno e singelo, que nem Jude poderia compreender.


Bruna 02/06/2020minha estante
Talvez se analisarmos ainda mais afundo, Jude somente ama Christminster, a cidade em si. Acho que nem mesmo os livros foram capazes de suprir seus desejos com afinco, pois a partir do momento que ele queima seus mestres, ele se separa profundamente daquele "amor". Ao meu ver, ele entende que como Phillotson, a maneira mais fácil de chegar à Christminster seria através dos livros, estudar, viver como aqueles intelectuais universitários e de certa forma ser aceito como tal. E depois das desventuras com Sue, as desavenças com o próprio Phillotson, a união desgraçada com Arabella e por fim a morte da tia Drusilla, trouxe o rompimento, a aceitação do ser miserável e obscuro que ele é. Portanto, ele precisava somente de Christminster, convencer Sue para voltar à seu leito eterno e singelo, que nem Jude poderia compreender.


Rodiney 02/06/2020minha estante
Legal




angelica.martin 09/11/2021

Muita desgraça rolando
O final e o início do livro são muito bons, senti que o meio da uma enrolada legal. Vou citar a última frase que me impactou demais " Pode jurar isso de joelhos, sobre a santa cruz, tornar a jurá-lo até ficar rouca, mas não será verdade..nunca mais achou a paz, desde que saiu dos braços dele. E nunca mais há de achá-la enquanto não estiver como ele agora está" esse livro trata muito de ilusões perdidas, desencontros e fé cega também, apesar dos pesares eu gostei bastante.
Menard 10/11/2021minha estante
Esse livro é mto pesado, mas achei que retrata bem o que é a vida pra mtos, uma completa sucessão de desgraças.


angelica.martin 10/11/2021minha estante
Sim, fiquei com um sentimento gigante desesperança no final, credo




Leonardo1263 03/08/2019

Sofrer, sofrer e sofrer... Existe recompensa em vida por tanto sofrimento?
Thomas Hardy apresenta ao leitor um tipo diferente de romance, algo “desesperançado”, um embrolho melancólico da vida que foge completamente dos romances típicos da literatura. O personagem principal Jude Fawley, desde muito cedo injustiçado por sua condição de órfão de pai e mãe, é criado pela tia, criado na literalidade, pois o afeto e amor sempre lhe faltaram. Ainda criança conheceu um professor que lhe inspirou a vida. Agora o pequeno Jude tem um caminho a buscar, a vida acadêmica agora lhe tira o sono e traz um pouco de positividade em seus sonhos.

Mesmo naquela condição Jude prometeu a si mesmo que venceria na vida, estudaria por conta própria, aprenderia outras línguas e muitos conhecimentos que carecia. E assim o fez. Aprendeu sozinho, cresceu, despertou comentários de muitos sobre o seu esforço e também sobre sua investida. Porém nem tudo desenvolveu bem.
Mulheres o edificaram e ao mesmo tempo o atrasaram… Uma sociedade que não permitia que pessoas como Jude prosperassem, um sonho que a cada dia se tornava mais impossível… Como seguir adiante, frente a tantas adversidades?

Jude encontra Sue Bridehead, seu par romântico ao longo do drama. Uma mulher com cunho feminista, totalmente a frente de seu tempo. Indaga sobre os costumes e permissões das mulheres frente aos homens e critica ferozmente o modelo de casamento da época. Deixa claro seu ponto de vista e com um intelecto superior a muitos, se torna inflexível não apenas ao contrato (chamado matrimonio), mas também ao modelo de religião cristã que a sociedade adotou ao longo dos séculos. Jude é um homem sensível, uma qualidade vista com bons olhos nos tempos de hoje, mas pra época caracterizou um personagem apático, passivo e que vive da melhor forma que seus desejos permitem.
Já as mulheres de sua vida Arabella Donn e Sue completam o personagem trazendo características diferentes e por isso são tão marcantes. Seja pelo fato de uma sonhar demais e a outra ser pulso firme, seja pela inquietação da alma e a certeza do que se quer e tem.

Hardy descreve com maestria e ao mesmo tempo faz criticas ferrenhas ao modelo de vida do século 19. Lança provocações, personagens únicos, modernos para uma sociedade extremamente tradicional. Uma história sobre a vida, sobre a dureza do costumes sociais, sobre o preconceito aflorado (mais frequentemente religioso), sobre segundas chances, sobre culpa, medo, destino, sobre indagações da pobreza de nossas almas. Jude é um personagem a se lembrar por anos, um pobre diabo, envolto aos desejos de atender suas carências de infância… Thomas Hardy escreveu um livro não atemporal, mas que hoje é fácil de ser traduzido para os problemas contemporâneos.

Caso queira, o livro foi adaptado para o cinema, porém não com o mesmo nome aqui nas terras tupiniquins. Chegou no ano de 1996 com o titulo Paixão Proibida protagonizado pelos atores Christopher Eccleston (Jude Fawley) & Kate Winslet (Sue Bridehead).

site: https://mundohype.com.br/reviews-livros/review-jude-o-obscuro-de-thomas-hardy/
jessyhehe 03/08/2019minha estante
Esse livro é excelente!


Leonardo1263 03/08/2019minha estante
Concordo com você... gostei muito também!




Gláucia 04/06/2019

Jude, o Obscuro - Thomas Hardy
Publicado em 1895, foi o livro de maio/2019 da TAG indicado por Fernanda Montenegro.
Meu primeiro do autor que já queria conhecer. Aqui ele traz a história de Jude, cuja condição social e econômica o impedirá de realizar seu sonho de estudar e galgar uma posição através de conhecimento e cultura. Junto com sua prima Sue Bridehead aprenderão a duras penas como as convenções sociais dominadas pelo verniz religioso podem destruir a vida de alguém.
Não imaginava um final tão terrivelmente trágico. Não estava esperando por aquela cena das 3 crianças e foi difícil apagar essa imagem mental.
Gostei muito do livro mas achei os diálogos meio estranhos, um tanto quanto artificiais.
Marta Skoober 25/02/2020minha estante
Sobre os diálogos não teria sido a tradução?


Gláucia 25/02/2020minha estante
Pode ser que seja sim, mas no caso foram apenas os diálogos que ficaram estranhos. Soaram meio teatrais, artificiais... Difícil explicar




José 05/10/2021

Deliciosamente longo
Um livro que te pega pelos detalhes. São necessários tempo e paciência para a realização dessa leitura. Um livro com muitas faces, alguns assuntos importantes como: divórcio no século passado, o casamento como contrato, a falsa meritocracia e muitas outras discussões instigantes.
Pixlina 05/10/2021minha estante
Tenho ele há um bom tempo e ainda não li por ter me deparado com resenhas negativas sobre. Talvez um dia pegue ele da estante e resolva tirar minhas próprias conclusões.




otxjunior 19/03/2015

Judas o Obscuro, Thomas Hardy
Um dos últimos romances do escritor vitoriano e mais conhecido por ter sido banido na época por seu conteúdo "imoral", Judas o Obscuro é um estudo de personagem poderoso. O Judas (ou Jude) do título é um pobre trabalhador de uma região do interior da Inglaterra, no fim do século XIX, que sonha com uma vida melhor, de evolução intelectual e espiritual. Ingressar numa universidade da cidade vizinha, a exemplo de seu professor, torna-se uma obsessão ao jovem Judas que por uma série de enlaces amorosos e obstáculos sociais vê sua meta perdendo os contornos da realidade. Este é apenas um exemplo de um desejo frustrado de um personagem desse livro, cuja obtenção parece independente de suas ações. Nesse sentido, a segunda metade desta obra é especialmente desoladora. Thomas Hardy parece furioso contra os rígidos códigos sociais, econômicos e religiosos que regem os indivíduos.
Para citar um exemplo, o autor, em boa parte do livro, defende teses sobre o casamento. Observa especificamente como uniões extraoficiais parecem funcionar em contraponto aos infelizes matrimônios. Hardy aponta, sobre vários aspectos, a falência dessa instituição. Muitas das críticas, inclusive, continuam válidas. É fácil perceber o escândalo que provocou na época, pelos relacionamentos extraconjugais ou apenas não institucionalizados que permeiam a vida obscura de Judas. Além dele, outros personagens, tão bem desenvolvidos quanto, se destacam. Sue Bridehead, prima de Judas, surge como sua alma gêmea, alguém a frente de seu tempo, cujas ideias rivalizam as convenções morais vigentes. Seu arco narrativo surpreende e é quase tão pungente quanto o do protagonista.
Mais do que belas descrições do ambiente bucólico inglês, a prosa se sobressai pela coragem desse escritor desiludido pelos rituais do mundo "civilizado". Seus personagens pouco práticos não são poupados por escolherem rotas diferentes das geralmente aceitas. Tampouco os leitores, que são gradativamente lançados numa espiral das mais intensas emoções.
Arsenio Meira 23/03/2015minha estante
Bela resenha, Osman!
Já tô com meu exemplar. Logo, logo embarco na prosa do Hardy.




Leonardo 07/10/2015

Obscuro, iluminado e maravilhoso!
Por incrível que pareça, é este livro que me motivou a escrever a minha primeira resenha aqui no Skoob. Falo isso porque já havia tentado ler o livro mais de uma vez. Eu o tinha adquirido em um sebo e após algumas tentativas frustradas de leitura eu já estava a ponto de desistir e até de me desfazer dele. Inicialmente a minha leitura havia esbarrado em uma inadaptação à linguagem do autor e ao enredo do livro. Eu estava a ponto de me desfazer do livro e ter uma ideia equivocada de que este livro tratava de uma história muito complicada e deprimente, mas... aí veio o inverno e, tomado de uma inspiração por algo que me parecia uma profundeza inexplorada, me dispus a fazer uma nova tentativa. Várias vezes já havia acontecido isso comigo: tentar ler um livro mais de uma vez. E muitas vezes já aconteceu de isso ocorrer com os meus livros preferidos. Judas, o Obscuro se tornou, com certeza, um de meus livros preferidos! Bastou que eu persistisse na leitura e estivesse tomado do estado de espírito ideal para desfrutá-lo. É incrível como um livro do século retrasado aborda temas que ainda hoje são tão polêmicos: suicídio/assassinato de crianças, exclusão social, hipocrisia da sociedade, papel da mulher na sociedade e relações não convencionais. Judas, o Obscuro é um livro com poucos personagens, mas de uma profundidade psicológica e de conflitos existências muito grande. Depois da leitura vi o filme inspirado no livro (Paixão Proibida). Embora este filme tenha sido muito aclamado por quem o viu, com certeza isso se deve ao fato de esses espectadores não terem lido o livro, pois o livro é mil vezes melhor. O filme abordou, na medida do possível, tudo que o livro relata, mas de uma forma superficial, fora de contexto muitas vezes. Judas, o Obscuro é um livro para ser relidos, com certeza, várias vezes.
Valéria 23/01/2016minha estante
Já li 3 vezes e pretendo ler novamente. Um livro profundo e maravilhoso na abordagem de uma alma atormentada.




Eduardo 18/07/2020

Penso que todo livro que originalmente foi publicado em Folhetim se deve ter paciência ao ler. Outro formato, outro público alvo. Ainda mais um livro que tece críticas à sociedade vitoriana. Na verdade, esses romances clássicos são melhor lidos quando se contextualiza o livro em sua época. É um ótimo livro.
Jessé 18/07/2020minha estante
Eu tenho problemas com esses livros escritos em folhetim, quando eles são muito grandes, porque é certeza de encheção de linguiça do autor, já que na época eles ganhavam por capítulos né. Um exemplo foi aquele David Copperfield que todo mundo adora. Aquele livro se tivesse 500 páginas a menos não faria diferença nenhuma pro andamento da história.




Lusia.Nicolino 09/01/2020

Jude é Judas, mas a quem ele traiu?
Que paralelo traçamos entre o que vivemos e os livros que lemos?
Comecei Jude muito empolgada, no meio entediei-me um pouco, mas fui arrebatada pelo final.
É preciso entender o tempo do autor para mergulhar em sua obra e não fazer análises rasas.
Mas, deixo o profundo para os especialistas. Eu, por ora, penso que não é porque estamos de passagem que não aproveitaremos a paisagem.
Jude Fawley é um jovem órfão que mora com a tia – depois de ter perdido pai e mãe em circunstâncias pinceladas durante a história – numa cidade pequena da Inglaterra. Cresce ajudando a tia na padaria, lendo obras clássicas e sonhando em ser professor ou clérigo.
Conhece amores e desamores. O que é certo, o que é errado? Em seu tempo, o que é pecado?
Narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente, com quem, às vezes, queremos brigar.
Jude é Judas, mas a quem ele traiu? Os sinônimos de “Obscuro” lhe caem como uma luva: que não é iluminado; pouco brilhante; que denota tristeza; sombrio, sem nobreza; humilde.
É uma história sofrida, mas é preciso ler Hardy para entender as dimensões dos clássicos.
Quote: "Ele mal aguentava ver árvores derrubadas ou podadas, porque lhe parecia que sentiam dor; e a poda tardia, quando a seiva havia subido e a árvore sangrava abundantemente, havia sido uma dor real em sua infância. Essa fraqueza de caráter, como pode ser descrita, sugeria que ele era o tipo de homem que nascera para sofrer de forma considerável antes que o fechamento da cortina de sua vida desnecessária significasse que tudo estava bem com ele outra vez."

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
LivMessias 15/01/2020minha estante
Que ótima resenha, estou interessadíssima em ler!




Valério 15/03/2017

Busca e queda
Um livro que retrata uma época onde a ascensão social era quase impossível, a não ser por golpes de sorte.
Judas passa sua juventude estudando e sonhando em sair de seu povoado para ir para Christminster City, local que acredita concentrar grandes estudiosos. Sem recursos, sem ajuda, sem guia, sem escola e sem apoio. Mas Judas é obstinado e estuda sozinho, guarda tudo que ganha para comprar livros e os lê e relê sozinho. Aprende outras línguas (sozinho).
O roteiro de uma história como essa geralmente mostra o protagonista conseguindo superar as adversidades e ser reconhecido pelo seu esforço e talento.
Aqui temos uma realidade mais dura e mais próxima do mundo no final do século XIX.
Judas acaba se envolvendo com uma mulher somente interessada em arranjar um marido e não em compartilhar de seus sonhos (grande erro de muitos casamentos, aliás).
E é esorraçado em todas as suas tentativas de ser admitido em universidades.
Decepções seguidas e críveis, que tornam o livro pesado, sofrido. Li com o coração oprimido pelo sentimento de impotência contra o mundo.
Judas se afasta de tudo que ama em busca de tudo que sonha.
Se ficará sem quaisquer dos dois, não posso contar. Leia, sofra como eu sofri, reflita como eu refleti. Grande livro.
Tiago 13/11/2017minha estante
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Rebeca 22/04/2024minha estante
Ah, eu achei essa resenha massa! Nunca li o livro, não está na minha lista, mas fiquei tão curiosa que fui caçar mais resenhas negativas no Goodreads (acho que você pode gostar dessa: https://www.goodreads.com/review/show/1950171291).

Eu amei "Longe deste insensato mundo", mas comecei "Tess" e não engatou (apesar de gostar muitíssimo da minissérie). Ainda vou tentar de novo.




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