Encarceramento em massa

Encarceramento em massa Juliana Borges




Resenhas -


72 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Jorlaíne 22/08/2023

Essa obra foca análise do encarceramento no Brasil. A pesquisa é bem fundamentada e trata do sistema de castas implementado no país que reforça a marginalização dos não brancos.
comentários(0)comente



Manu 05/07/2020

Esse livro é essencial pra quem de fato quer introduzir-se na temática do encarceramento em massa no contexto brasileiro. Apesar de a autora apresentar exemplos e contextualizar historicamente a história do negro no que tange a estrutura racista do encarceramento apresentando a história de outros países, ela aprofunda-se na história brasileira, demonstrando de que forma o encarceramento em massa da população negra acontece por fatores interseccionados e sistêmicos, como o capitalismo e o patriarcado. Foi pra mim uma leitura curta, mas não rápida, e que agregou muito no meu conhecimento sobre a temática. Muito feliz por ter conhecido essa leitura!
comentários(0)comente



Layla.Ribeiro 07/07/2023

Encarceramento em massa é uma obra de extrema importância para conhecer acerca do problema carcerário que assola o Brasil, escrito por uma pesquisadora de antropologia, a autora irá trazer em seu texto a interseccionalidade de raça, gênero e classe. O livro é dividido em três partes: a primeira que discorre sobre o contexto histórico sobre a justiça e o sentimento de punição no mundo e no Brasil, a segunda parte sobre a ideologia racista no sistema jurisdicional sua construção durante a pós abolição e por último sobre a interseccionalidade e a guerra às drogas. Essa terceira parte em específico achei muito interessante, pois não pensava como essa guerra às drogas é um dos principais motivos para a manutenção tanto das desigualdades raciais como da crise carcerária, e claro, a quem está mais vulnerável a mulher negra e pobre. Barbosa foi sensível e assertiva ao apresentar alguns relatos verídicos sobre injustiças baseada em raça, na qual me causou revolta. O livro é curto, com uma linguagem muito bem acessível, recomendo muito essa leitura para descontruir principalmente algumas ideias.
Lina_2013 07/07/2023minha estante
Bah, muito interessante.




Caroline.Santana 27/01/2021

Perfeito para ter na estante pronto para consultas.
Senhorxs, essa obra é uma investimento incrível, uma referência no tema, aquele tipo de livro para ter em mãos a fim de realizar consultas.
Ótimo para aprofundar debates, para embasar pontos.
Tão importante que é as informações trazidas pela autora, que eu trouxe alguns pontos, que falam por si mesmos, vamos lá:

- Segundo dados do INFOPEN, o Brasil tem a 3º maior população prisional do mundo (junho de 2016), com 726.712 pessoas presas. Cerca de 352,6 presos para cada 100 mil habitantes (p. 19);
- 64% dos presos são negros (pretos e pardos), enquanto 53% da população brasileira é negra (dados do IBGE), ou seja, dois em cada três presos no Brasil são negros (p. 19);
- 55% da população carcerária é jovem, sendo que os jovens (entre 18 e 29 anos) são 21,5% da população brasileira. Em 2075, uma em cada 10 pessoas estará em privação de liberdade, dados do INFOPEN 2014 (p.19);
- 37.380 mulheres estão em situação prisional. A 5º maior população de mulheres presas no mundo. Sendo que, 50% tem entre 18 e 29 anos e 67% são negras (INFOPEN, 2014), logo, duas em cada três mulheres presas são negras (p. 20);
- Medidas Socioeducativas: meninas entre 15 e 17 anos, 68% negras, no Estado de São Paulo chega à 72%. Maioria dos atos infracionais cometidos são tráfico de drogas e roubo. (Conselho Nacional de Justiça em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco, de 2015, p. 21). Recorrente situação de vulnerabilidade social;
- Pesquisa do Instituto Data Popular de 2014, aponta que 92% dos brasileiros acreditam que há racismo no Brasil, apenas 1,3% se assumiu racista. Dos adultos, 68,4% já presenciaram um branco chamando um negro de macaco, 12% fizeram algo a respeito. E, 1 em cada 6 homens brancos não gostaria de ver sua filha casada com um homem negro (p. 22);
- Entre a população masculina carcerária, 26% estão presos por tráfico, enquanto as mulheres são 62%. Dentre essas, 54% cumpre pena de até 8 anos (p. 24);
- Em 1990 os presos eram pouco mais de 90 mil pessoas, hoje mais de 726 mil. Um aumento de 707% de pessoas presas, o crescimento abrupto ocorre a partir de 2006, com a aprovação da Lei de Drogas. De 1990 à 2005, foram 270 mil em 15 anos, de 2006 até 2016, foram mais de 300 mil novos presos (p.24);
- Em 2015, 61% dos acusados de cometer o crime de tortura eram agentes públicos e 37% agentes privados. Destes, 67% ocorreram em locais residencial ou de retenção (p. 38);
- Por ano, mais de 30 mil jovens são assassinados no país (Mapa da Violência, 2014). Desses, 23 mil são negros (p. 56);
- Os negros são 76% dos mais pobres do país, em 2015 negros recebiam 59,2% dos rendimentos dos brancos (p. 87);
- A prisão provisória ocorre em 54,6% dos casos, com 46% de troca dos Defensores, 75,4% troca de Promotores e 73,5% com troca de Juízes (p. 88);
- 84,5% dos magistrados são brancos, 15,4% negros e 0,1% indígenas (p. 89);
- 64% dos magistrados são homens, 82% das vagas nos tribunais superiores são ocupadas por homens;
- 69,1% dos servidores do judiciário são brancos, 28,8% são negros e 1,9% amarelos (p. 89).

Aqui números importantes para se vislumbrar a realidade do Brasil, no livro tem muito mais informações, fica o convite para esse estudo. Juliana Borges fez um trabalho incrível.
comentários(0)comente



Diego 14/08/2020

Livro essencial para os estudos introdutórios do encarceramento em massa
comentários(0)comente



Jana 23/04/2021

Essencial
Livro com linguagem acessível e de fácil leitura para entendermos o contexto histórico do surgimento das prisões. É bem curto, não sei se a proposta era ser uma introdução ao tema. Mas tenho interesse nessa temática e pretendo ler mais obras para entender melhor a proposta de uma sociedade sem prisões.
comentários(0)comente



Luíza | ig: @odisseiadelivros 15/02/2021

Só seremos livres em um mundo sem prisões
Os pequenos-grandes livros da coleção Feminismos Plurais se constituem com informações responsáveis acerca de discussões pertinentes para a sociedade. Em especial, a brasileira.

Juliana Borges, na introdução, diz que este livro não tem como objetivo dar soluções, mas incentivar perguntas. Um tema tão complexo quanto o encarceramento em massa não poderia ter outra abordagem.

Em primeiro lugar, apresenta-se um breve histórico do sistema de justiça criminal, incluindo termos técnicos da área. Como pessoa leiga no assunto, senti que a pesquisadora explicou de forma satisfatória para que todas as pessoas entendessem. Em seguida, ela se detém no processo histórico do Brasil, parte fundamental para que entendamos os caminhos que nos levaram para a justiça criminal que temos hoje. Finalmente, Juliana aborda o atual sistema de justiça criminal com intersecções de gênero, raça e classe, debruçando-se sobre a denominada "guerra às drogas".

E por que o foco na "guerra às drogas"? Com dados estatísticos, isso fica mais claro. Em 2006, foi promulgada a lei n° 11343, que instituiu o sistema de política sobre drogas no Brasil. A partir disso, houve um superencarceramento no país. De acordo com dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (InfoPen), em um período de oito anos (2006-2014), a população carcerária aumentou em mais de 200 mil pessoas. Comparando com dados de 1990 a 2005, havia 27 mil pessoas encarceradas.

Consequentemente, vemos um aumento assustador a partir da promulgação dessa lei. Mas, sendo a coleção Feminismos Plurais dedicada ao feminismo negro, em que lugar se insere esse vertente nessa discussão?

É certo que, em números absolutos, as mulheres preenchem uma parcela pequena na população carcerária (35218, segundo dados do InfoPen, 2015), mas é a população que mais cresce dentro das cadeias. Entre 2000 e 2014, houve um crescimento de 567,4%. Para comparar, o aumento da população prisional masculina, neste mesmo período, foi de 220%.

Os problemas são muito estruturais para discorrer acerca disso em uma resenha, mas, pensando que a maior parte dessas mulheres são negras, temos uma noção do grande problema que o encarceramento em massa acarreta para a sociedade como um todo. É necessário que não apenas pessoas da área pensem nessas questões, mas nós também, pessoas comuns, temos de ter a noção de o quanto isso nos afeta direta e indiretamente.

site: https://www.instagram.com/odisseiadelivros/
comentários(0)comente



Juliana 20/10/2020

Livro curto e grosso sobre um tema importantíssimo, que a gente pouco ouve falar. Traz reflexões importantes, me fez pesquisar mais sobre o assunto. Juliana Borges é incrível.
comentários(0)comente



Ca Melo 28/09/2020

Necessário demais!
Quando pensei em colocar Encarceramento em massa na minha lista de 12 livros nacionais para 2020 tinha como objetivo me desafiar a ler mais da produção literária brasileira, assim como conhecer um tema ao qual eu não tinha nenhuma opinião sobre, ou pelo menos ideias baseadas no senso hegemônico. Falar de encarceramento em massa e sobre as condições dos presídios é tratar de polêmicas e muitos tabus, afinal quem está lá é porque mereceu, certo? Nem sempre.

Juliana Borges trata do assunto com extrema maestria, tratando principalmente do viés racista que permearam a constituição do Brasil enquanto uma nação independente de Portugal e que suas raízes permanecem até hoje, infelizmente. O fato da autora ser antropóloga contribuiu bastante para entender as questões legais e históricas ao longo do tempo sobre o tema da punição e encarceramento, e de como as políticas trabalham de modo a marginalizar, executar e aprisionar principalmente a população negra jovem.

Os dados apontados pela autora desmistificam várias das falsas verdades que nos são apresentadas: como a falsa guerra às drogas e o número crescente de mulheres presas nos últimos anos. Não por acaso Juliana Borges assume uma crítica interseccional, ou seja, suas ideias ponderam de forma a considerar no debate de forma simultânea gênero, raça e classe. Esses fatores são o que determinam as condições da realidade dos presídios que vemos hoje, e que também estão intrinsecamente relacionados à violência policial e a ênfase dos movimentos à favor do #BlackLivesMatter mundialmente.

Sua argumentação se divide em três partes tomando como base, principalmente, as obras como “Vigiar e punir”, de Michel Foucault, e dois livros clássicos de Angela Davis: “Mulheres, raça e classe” e “Estarão as prisões obsoletas?”. Estas e outras obras citadas podem servir como uma riquíssima fonte para aprofundar as discussões sobre quais são os critérios que determinam os porquês e quem são os aprisionados.

Essa não é uma discussão fácil, mas necessária. É preciso ter a mente aberta para compreender os diferentes ângulos de uma questão cada vez mais complexa.


site: https://abookaholicgirl.wordpress.com/2020/09/28/resenha-encarceramento-em-massa-de-juliana-borges-colecao-feminismos-plurais/
comentários(0)comente



Jay 19/07/2021

O livro é sensacional principalmente pra quem quer formar uma base ou fundamentar opinião sobre a temática abordada. Confesso que em alguns momentos fiquei entediada, principalmente quando o livro focou apenas em questões do Direito (já era algo a se esperar pelo tema). Além disso, senti falta da presença de dados e discussão sobre a população indígena nesses espaços de cárcere. Todavia, é um livro que vale bastante a pena ler!
comentários(0)comente



Lorrane Fortunato 19/05/2020

Todos deveriam ler!
Incrível!
Extremamente importante e necessário. Recomendo demais!
comentários(0)comente



Garcia 01/10/2020

Livro necessário!!
Me surpreendeu muito positivamente. Uma discussão simples e epistemológica de um assunto tão sério e esquecido.
comentários(0)comente



isabelle.araujo 27/07/2021

Detalhado e didático! Amei.
O jeito que a Juliana Borges destrincha o assunto, faz com que a leitura fique muito instigante. A relação de causa e consequência faz com que você entenda todo contexto histórico das opressões de gênero, raça e classe referente a violência de mulheres negras e de mulheres brancas, vulnerabilidade social, a economia do tráfico de drogas e o superencarceramento.
Um ponto muito importante do livro é a definição de crime e criminoso, visto que há persistente e histórica criminalização e o controle de corpos negros.
comentários(0)comente



isa.dantas 25/09/2020

Um livro cuja pretensão não é esgotar o debate sobre encarceramento em massa, mas que busca abrir nossos olhos sobre o racismo que envolve todo nosso sistema prisional.
comentários(0)comente



72 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR