No fundo do poço

No fundo do poço Buchi Emecheta




Resenhas - No fundo do poço


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andrealog 11/05/2020

Um soco de realidade
Nesse primeiro livro, que na verdade é uma continuação do cidadã de segunda classe, Bucho apresenta a dura realidade de Adah em se manter e os cinco filhos vivendo em condições precárias e dependente do sistema de amparo social do Reino Unido. As particularidades de um novo meio de se fazer parte de uma comunidade e, ao mesmo tempo, sentir-se estranha nesse caldeirão de múltiplos cidadãos
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Pri | @biblio.faga 21/07/2020

Embora tenha sido publicado primeiro, no ano de 1972, o romance no “Fundo do poço” dá continuidade a história de Adah, a protagonista de “Cidadã de segunda classe”, por isso, recomento essa ordem de leitura.

No romance, Adah já separada do marido e com 5 filhos para criar, se vê obrigada a mudar-se para um conjunto habitacional, no subúrbio de Londres, local que dada a precária infraestrutura é denominado pela personagem como “o fundo do poço” – termo que dá nome ao livro. Sem conseguir conciliar sua tripla jornada (trabalho, casa e estudos), a sobrevivência de sua família passa a depender exclusivamente do pagamento do seguro-desemprego, tal como as típicas “famílias-problema” que lá habitam.

Como de praxe, a escrita de Buchi Emecheta é poderosa, envolvente e afiada. Honesta, embora narre todos os seus infortúnios e sua “eterna má sorte”, a protagonista não se retrata com autocomiseração. Adah é o oposto da autopiedade ou do coitadismo: uma mãe dedicada, mas, sobretudo, uma mulher forte, guerreira e inspiradora.

Pontualmente critica, valendo-se de reflexões inteligentes e comentários igualmente irônicos, a obra muito me lembrou do livro “Quarto do despejo” da brasileiríssima Carolina Maria de Jesus.

Além de posicionar-se contra a violência doméstica e a opressão/repressão da mulher, a escritora nos convida a refletir sobre a politica populista que, inúmeras vezes, notadamente por interesses mesquinhos, promove a manutenção da dependência econômica da população mais carente dos benefícios assistencialistas, permitindo que seja perpetuada uma imagem negativa (injusta e falaciosa) dos beneficiários.

Contudo, o livro também se permite um pouco de felicidade e fala sobre um lado bonito do ser humano: essa capacidade de solidariedade, compaixão e empatia; da amizade que nasce do mero compartilhamento de infelicidades e adversidades, e que é capaz de construir laços fortes e duradouros, verdadeiras redes de apoio para suportar uma existência tão dura.

Enfim, sempre que tiver a chance, leia Buchi Emecheta.
Leitura recomendadíssima!

~ Quotes:
“É uma sina ser órfã, uma sina dupla ser uma órfã negra em um país branco, uma calamidade indesculpável ser uma mulher com cinco filhos, mas sem marido. Toda sua vida tinha sido como a de um apostador eternamente sem sorte.”

“Ela poderia ser negra e orgulhosa quando tinha tão pouco de que se orgulhar exceto sua raça e seus filhos?”

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Augusto Stürmer Caye 25/08/2021

A Ecologia do Poço
O poço existe dentro e fora de você. São as pessoas, a estrutura, o sistema, a administração, tudo forma esse ecossistema chamado poço que Buchi Emecheta descreve tão bem.

Um bom livro, que nos leva a refletir como o sistema gera e alimenta os poços que existem por aí. Pena que o final não chega a uma conclusão, fiquei ansioso por saber mais da vida de Buchi; porém, não chega a ser uma crítica. As vezes o livro tem um propósito, e o propósito deste era o poço e nada mais.

Recomendo!
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Elineuza.Crescenci 26/03/2024

Em terra estranha
Leituras de Março 2024 – 16
Título: No Fundo do Poço
Autoria: Buchi Emecheta
País: Nigéria
Tradução: Julia Dantas
Páginas: 192
Editora Dublinense – SP- 2019
Avaliação: 4/5
Início da Leitura: 25/03/2024 Término da leitura: 26/03/2024

Autora
Nascida na Nigéria no ano 1944.
Estudou tardiamente em Londres, após um divórcio e cinco filhos, fez graduação em sociologia.
Trabalhou bastante para sustentar sozinha seus filhos e estudar.
O seu primeiro manuscrito foi queimado pelo marido antes de se divorciarem.
Escreveu mais de vinte obras entre teatro, romances e textos infantis.
Faleceu em 2017.

Sobre o livro
Primeiro romance da autora retrata um pouco de sua vida real e é dosado com um pouco de ficção também.
Adah está em Londres. Tem cinco filhos. Um deles é um bebê. A residência é precária e insalubre e a família é mantida pela assistência social.
Adah resolve arrumar um emprego, sabe que o recebido será bem pouco mas será algo que complemente a assistência recebida ou a faça se libertar dessa assistência.
Sozinha encara a vida sonhando dias melhores para as crianças e ela mesma.
Consegue trabalhar, estudar se graduar e morar em lugar melhor sem nenhum homem que a perturbe ou machuque.
Em Londres, nesse romance, Emecheta mostra as dificuldades de emprego, estudo e moradia para as pessoas pobres ainda mais as negras e oriundas de outros países.
A história do romance é comovente retrata a condição social do estrangeiro em outro país.
Esse foi o primeiro livro da autora que li Sei que os outros livros dela são altamente recomendados e pretendo lê-los.


site: https://entremeadaselivros.blogspot.com/2024/03/2024-marco16-leitura-anual-48-no-fundo.html
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Malu 24/11/2021

Uma continuação sofrida
Apesar de originalmente No fundo do poço ter sido publicado primeiro (1972), ele se torna uma continuação da história de Adah contada em Cidadã de segunda classe(1974), segundo livro da autora. Nesse livro os dramas enfrentados pela mãe negra imigrante recém-divorciada se cruzam com os enfrentados pelos seus vizinhos da classe trabalhadora (em sua maioria também imigrantes) sua família é considerada um problema o estado inglês não sabe muito bem como resolver. Sozinha no mundo com cinco crianças pra cuidar, encontrar solidariedade No fundo do poço é o que ajuda Adah a sobreviver para dar o melhor para si e para seus filhos.
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Amanda 03/04/2023

Eu acho que fiz tudo então
Uma resenha para dizer que eu não sabia que tinha um livro antes desse, li na ordem errada e ainda fiquei sem entender.
Boa noite apenas para os gênios como eu.
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amandapteix 17/09/2023

Eu gostei muito da escrita da autora nos dois livros e achei interessante essa história. Dá pra entender bastante da relação da classe baixa nessa época, a vontade de se sentir pertencido a uma comunidade e toda a rotina de alguém nessa situação. Porém, é bem mais simples que o primeiro e em questão de plot não acontece praticamente nada.
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Talita | @gosteilogoindico 29/10/2021

Gostei muito!
Fiquei um pouco perdida no início (faltavam informações pra mim). Aí fui pesquisar, e a história da personagem principal é contada no livro Cidadã de segunda classe, e tudo fez sentido kkk
Mas mesmo não tendo lido este livro, eu gostei muito de ter conhecido Adah e os demais personagens. Os livros com temáticas sociais me agradam muito de ler e ao mesmo tempo me deixam triste.
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Debora 01/11/2019

A autora melhorou muito depois deste livro
O primeiro livro que li da Buchi foi As Alegrias da Maternidade - e isso cria uma expectativa quanto aos próximos livros.
Recentemente li Cidadã de Segunda Classe e gostei muito tb. E li este como se fosse a continuação. Contudo hoje descobri que não, que No fundo do poço foi escrito antes, o que torna minha avaliação da leitura um pouco pior.
Pq eu só entendi o que estava no livro tendo em mente a história toda de Adah contada em Cidadã de Segunda Classe. Agora, se eu tivesse lido este livro primeiro, com certeza eu não teria gostado, porque a história fica muito solta.
Mas, como eu li depois, entendi o contexto e foi uma boa leitura.
Tina Lilian Azevedo 23/09/2021minha estante
Exatamente! A forma dela contar estórias ficou mais potente nos livros posteriores




Ana 29/01/2021

"Que péssima vida para uma mulher solitária, Adah pensou. Ah, Deus, me deixe morrer no meu país quando chegar a hora. Pelo menos lá haverá gente para segurar a minha mão."

Que livro minha gente! A escrita da Buchi me surpreendeu demais, ela tem um jeito de construcão que bota oposicões de uma maneira muito sutil mas muito poderosa também. Saber que o livro é em parte autobiográfico mudou a experiencia completamente, já quero elr os outros livros dela.
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Sadraque 26/12/2020

Como a sociedade obriga as pessoas a um lugar específico
Nesse livro Adah vai sendo adestrada até se tornar o que a sociedade inglesa espera de uma cidadã de segunda classe. Nele ela imerge no modo de vida dessas pessoas até se tornar uma delas.
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Boneca sem manual 31/10/2020

Buchi Emecheta dando mais uma aula de feminismo interseccional com ótimas pitadas de sororidade, além de mostrar que é sempre melhor ficar sozinha do que com um homem inútil.
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Danielle 26/05/2023

Leitura acalentadora que te abraça de diversas maneiras, escrita suave e muito fluida, a Adah é uma personagem impa, sinto que deveria ter sido mais explorada, mas entendo que a história em si é pra retratar mais sobre o fundo do poço, local onde as pessoas se sentiam em comunidade e se abraçavam diante dos problemas do dia a dia, a luta de Adah com os seus filhos e a sobrevivência em um pais que não era seu de origem, tudo isso enriqueceu a história. Eu amei tudo!
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Fernanda 29/07/2020

Gostei, mas...
Li primeiro as alegrias da maternidade, depois cidadã se segunda classe e agora no fundo do poço.
Gostei mais dos outros, esperava que este tivesse um final já que eu achei que fosse a continuação do livro cidadã, só depois de ler descobri que foi publicado antes, mas se tivesse lido na ordem de publicação não teria entendido tão bem a história dela.
Eu não gosto muito quando o final do livro fica a cargo da leitora heheh, por isso só dei 3 estrelas, mas super recomendo os livros da Buchi!
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