Tice 28/03/2024
O menino que sobreviveu
Infelizmente, os ataques às escolas, especialmente as americanas, é um fato presente. Quando acompanhamos os telejornais, por vezes, nos deparamos com essa triste notícia - se bem que já faz algum tempinho que não aconteceu nenhum, graças a Deus. Um outro destaque curioso é que o agressor é sempre alguém ligado à escola: um ex aluno, um parente de algum funcionário; com vítimas fatais ou não, esse é um tipo de acontecimento que choca a sociedade. Crianças que deveriam estar envolvidas na busca pelo conhecimento, seguras numa instituição educacional, de repente são acuadas, cobertas de medo e até mortas. Professores e demais funcionários se tornam alvos da violência e não sabem se se protegem ou se protegem as crianças. Não é, nem em sonho, uma situação fácil de administrar. Porém, até aqui, eu só ouvia relatos de um acontecimento como esse contado sob a ótica de um adulto ou dos jornalistas. Nessa obra, eu tive a oportunidade de ouvir a sequência de fatos contada por Zack, um garoto de 6 anos que sobreviveu a uma tragédia desse porte e viu seu mundo virar de ponta cabeça. Dor, desamparo, medo, desespero, luto, perdas - não sei aonde esse menino encontrou recursos para experimentar tudo isso em um mesmo momento e ainda desenvolver um dos sentimentos mais bonitos da humanidade: EMPATIA. Enquanto alguns acusavam os pais do agressor de responsáveis indiretos pelo que aconteceu na escola, Zack se coloca no lugar de Charlie e entende a dor dele. Entende que ele também está sofrendo por ter um filho terrorista e suicida. É um nível de evolução que esse plano terreno não explica.
Uma história triste
Uma leitura precisa.