A Riqueza das Nações

A Riqueza das Nações Adam Smith




Resenhas - A Riqueza das Nações


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Karisma 26/02/2024

Clássico
Bom não sou do ramo da Economia, mas tinha vontade de ler esse livro. O livro não decepcionou e com certeza ajuda a entender o posicionamento do autor (Adam Smith) ainda mais para quem já leu Teoria dos Sentimentos Morais.

Por se tratar de um livro antigo, em alguns momentos é um pouco entendiante quando ele usa os casos práticos da época para explicar sua visão. Mas é um mal necessário, talvez uma edição atualizada poderia trazer uma nota de rodapé explicando melhor os cenáriosn enfim.

Ótima leitura, técnica. Gastei mais tempo do que gostaria, mas não adianta ter pressa.

Att.
Kárisma
BrunoFiladelfo 15/03/2024minha estante
Puts, me sinto no mesmo tédio, e é mais pela razão de não entender o contexto... Por mais que ele explique bastante, como é o desejo inicial dele, acho que para nós já está muito longínquo e dispersa essa realidade. Que edição você leu? Algumas mais novas tem muita informação pertinente.


Karisma 16/03/2024minha estante
Li a 5° ed. As partes mais teóricas fluem até bem, mas para os nossos dias usar como referência ouro e prata, acaba não fazendo muito sentido. Se alguma edição falasse em ações, bitcoin ou commodities, seria mais compreensível. ?




Francieli.Triches 14/02/2024

A base da economia
Um texto escrito em 17?? que define muitos dos termos técnicos que utilizamos na economia atual. Adam Smith faz uma análise detalhada e critica da econômia da época relatando como funcionava o comércio no interior dos países europeus na época, bem como o comércio exterior, entre esses países e a relação economica dos países com suas colonias.
Uma leitura que abriu minha mente e me ensinou muita história, é como estudar história do período das colonizações do ponto de vista economico.
Os vários tópicos abordados no livro fui relatando nos históricos de leitura até pra facilitar encontrar em que parte do livro está.
Enfim se você está curioso para aprender um pouco sobre a essencia da economia este é um bom começo, é um texto cansativo por ter bastante conteúdo sendo discutido em suas entrelinhas, mas vale muito a leitura.
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Thaís 29/01/2024

Um livro (não tão) introdutório para quem quer entender a economia mercantil.

Adam Smith é leitura clássica porque revolucionou o seu tempo ao estudar e categorizar os mercados. Ele apresenta em "A Riqueza das Nações" (nessa edição traduzida em "Riqueza das Nações") conceitos básicos para entendermos a evolução do mercado e seus negócios. No final do século XXVlII o conceito de serviço não existia, por exemplo, mas é possível antever a evolução e como as várias nações desenvolveram seus métodos de negociação e taxação.

E falando em edição, esta possui muitos erros de OCR, que não chegam a prejudicar a leitura (apenas um trecho me deixou na dúvida sobre o real significado). Ademais, os conceitos de Smith estão bem claros e contemporâneos, o que evidencia ser um clássico obrigatório em qualquer curso de economia e afins.

#bibliotecadoinatel
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Aline 19/11/2023

Livro V - Sobre Tributação
Um dos economistas mais famosos e mais citados hodiernamente estudou e analisou, no Livro V desta obra, as funções do Estado em sua época e, após a apresentação dos deveres deste (os quais seriam bastante diminutos quando considerados os deveres de um país atualmente), concluiu pela necessidade da existência dos tributos para sustentá-los. E, assim, estabeleceu quatro diretrizes que deveriam ser observadas para a cobrança de tais tributos, o que nem sempre ocorre:

(i) ?Os súditos de todo o Estado deveriam contribuir para sustentar o governo, tanto quanto possível em proporção às suas respectivas capacidade, isto é, em proporção à renda que respectivamente gozam sob a proteção do Estado.?

(ii) ?A taxa que cada indivíduo é obrigado a pagar deveria ser certa e não arbitrária.?
A necessidade de segurança e certeza na tributação é tão relevante que o autor argumenta que tratar-se de ?uma questão de tamanha importância que um grau bem considerável de desigualdade, parece-se, pela experiência de todas as nações, não é um mal tão grande como um pequeno grau de incerteza.?

(iii) ?Toda taxa deveria ser levantada no tempo ou da maneira que será mais conveniente para o contribuinte pagar.?

(iv) ?Toda taxa deveria ser elaborada de maneira a tirar e manter fora do bolso do povo o mínimo possível além do que traz ao tesouro público do Estado.?
Divide esta diretriz em quatro partes, as quais deveriam ser igualmente observadas: 1º) A coleta do tributo (ou seja, o aparato fiscal) não pode ser demasiadamente caro; 2º) O valor cobrado não pode ser tão alto a ponto de desestimular o particular (que é quem gera lucros e empregos); 3º) Os altos valores não podem estimular a sonegação e evasão fiscal; 4º) A cobrança não pode submeter o contribuinte a situações vexatórias, trabalho desnecessário e opressão. Nestes casos, a taxas seriam mais onerosas ao povo do que benéficas.

Seriam, portanto, válidos os tributos que observassem tais diretrizes. O Prof. Ives Gandra traz outros princípios com o mesmo objetivo.
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Itachi1001 [Washington] 13/07/2023

Básico
Adam Smith é um livro básico para entender economia, por ser já bem antigo a linguagem é pouco atraente, mas se você tem real interesse pelo assunto pode superar e aprender as bases da economia.
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Alan (@coracaodeleitor) 13/06/2023

Mais um clássico histórico que acabou me conquistando. Aqui temos a visão do autor sobre a economia e sua inteligentíssima forma de pensar que serve de base pra muitos ensinamentos hoje em dia.
Laura 01/07/2023minha estante
Esse livro é muito rebuscado?


Alan (@coracaodeleitor) 03/07/2023minha estante
A linhagem não é das mais fáceis. É um livro que fui lendo aos poucos, funciona melhor pra mim


Alan (@coracaodeleitor) 03/07/2023minha estante
Linguagem *


Laura 03/07/2023minha estante
Okk obg




Marcos606 24/04/2023

Apesar de sua fama como a primeira grande obra de economia política, A Riqueza das Nações é, na verdade, uma continuação do tema filosófico iniciado em A Teoria dos Sentimentos Morais. O problema final ao qual Smith se dirige é como a luta interna entre as paixões e o “espectador imparcial” – explicada naquela obra em termos do indivíduo único – produz seus efeitos na arena mais ampla da própria história, tanto no longo executar a evolução da sociedade e em termos das características imediatas do estágio da história típico da época de Smith.

A resposta a esse problema entra no Livro V, no qual Smith esboça os quatro principais estágios de organização pelos quais a sociedade é impelida, a menos que seja bloqueada por guerras, deficiências de recursos ou más políticas de governo: o estado “rude” original dos caçadores; uma segunda etapa da agricultura nômade; um terceiro estágio de “agricultura” feudal; e um quarto e último estágio de interdependência comercial.

De referir que cada uma destas fases é acompanhada por instituições adequadas às suas necessidades. Por exemplo, na era dos caçadores, “quase não há propriedade...; portanto, raramente há um magistrado estabelecido ou qualquer administração regular da justiça”. Com o advento dos rebanhos, surge uma forma mais complexa de organização social, compreendendo não apenas exércitos “formidáveis”, mas também a instituição central da propriedade privada com seu indispensável apoio da lei e da ordem. É a própria essência do pensamento de Smith que ele reconheceu esta instituição, cuja utilidade social ele nunca duvidou, como um instrumento para a proteção do privilégio, em vez de ser justificado em termos de lei natural: “Governo civil”, escreveu ele, “na medida em que é instituído para a segurança da propriedade, é na realidade instituído para a defesa dos ricos contra os pobres, ou daqueles que têm alguma propriedade contra aqueles que não têm nada”. Finalmente, Smith descreve a evolução através do feudalismo para um estágio da sociedade que exige novas instituições, como salários determinados pelo mercado, em vez de determinados pelas guildas, e empresas livres, em vez de controladas pelo governo. Isso mais tarde ficou conhecido como capitalismo laissez-faire; Smith o chamou de sistema de liberdade perfeita.

Há uma semelhança óbvia entre essa sucessão de mudanças na base material da produção, cada uma trazendo suas necessárias alterações na superestrutura das leis e instituições civis, e a concepção marxista da história. Embora a semelhança seja realmente notável, há também uma diferença crucial: no esquema marxista, o motor da evolução é, em última análise, a luta entre as classes, enquanto na história filosófica de Smith o agente motor primordial é a “natureza humana” impulsionada pelo desejo de si mesmo, aperfeiçoamento e guiado (ou mal orientado) pelas faculdades da razão.

A teoria da evolução histórica, embora seja talvez a concepção obrigatória de A Riqueza das Nações, está subordinada dentro da própria obra a uma descrição detalhada de como a “mão invisível” realmente opera dentro do estágio comercial ou final da sociedade. Isso se torna o foco dos Livros I e II, nos quais Smith se compromete a elucidar duas questões. A primeira é como um sistema de liberdade perfeita, operando sob os impulsos e restrições da natureza humana e de instituições projetadas de forma inteligente, dará origem a uma sociedade ordenada. A questão, que já havia sido consideravelmente elucidada por autores anteriores, exigia tanto uma explicação da ordem subjacente na precificação de mercadorias individuais quanto uma explicação das “leis” que regulavam a divisão de toda a “riqueza” da nação (que Smith via como sua produção anual de bens e serviços) entre as três grandes classes reclamantes - trabalhadores, proprietários de terras e fabricantes.

Essa ordem, como seria de esperar, foi produzida pela interação dos dois aspectos da natureza humana: sua resposta às suas paixões e sua suscetibilidade à razão e à simpatia. Mas enquanto A Teoria dos Sentimentos Morais havia se baseado principalmente na presença do “homem interior” para fornecer as restrições necessárias à ação privada, em A Riqueza das Nações se encontra um mecanismo institucional que atua para conciliar as possibilidades disruptivas inerentes a uma obediência cega apenas às paixões. Esse mecanismo de proteção é a competição, um arranjo pelo qual o desejo apaixonado de melhorar a própria condição – “um desejo que vem conosco desde o útero e nunca nos abandona até irmos para a sepultura” – é transformado em um agente socialmente benéfico, colocando o impulso de auto aperfeiçoamento de uma pessoa contra o de outra.

É no resultado não intencional dessa luta competitiva pelo auto aperfeiçoamento que a mão invisível que regula a economia se mostra, pois Smith explica como a competição mútua força os preços das mercadorias a seus níveis “naturais”, que correspondem aos seus custos de produção. Além disso, ao induzir o trabalho e o capital a se deslocarem de ocupações ou áreas menos lucrativas para áreas mais lucrativas, o mecanismo competitivo constantemente restaura os preços a esses níveis “naturais”, apesar das aberrações de curto prazo. Finalmente, ao explicar que os salários, aluguéis e lucros (as partes constituintes dos custos de produção) estão sujeitos a essa mesma disciplina de interesse próprio e competição, Smith não apenas forneceu uma justificativa última para esses preços “naturais”, mas também revelou uma ordem subjacente na própria distribuição da renda entre os trabalhadores, cuja recompensa era o salário; proprietários de terra, cuja renda era seus aluguéis; e fabricantes, cuja recompensa eram seus lucros.

A análise de Smith do mercado como um mecanismo de autocorreção foi impressionante. Mas seu propósito era mais ambicioso do que demonstrar as propriedades autoajustáveis ​​do sistema. Em vez disso, era para mostrar que, sob o ímpeto do impulso aquisitivo, o fluxo anual da riqueza nacional podia crescer continuamente.

A explicação de Smith sobre o crescimento econômico, embora não esteja bem organizada em uma parte de A Riqueza das Nações, é bastante clara. O cerne disso reside em sua ênfase na divisão do trabalho (em si uma conseqüência da propensão “natural” ao comércio) como a fonte da capacidade da sociedade de aumentar sua produtividade. A Riqueza das Nações começa com uma passagem famosa que descreve uma fábrica de alfinetes na qual 10 pessoas, especializando-se em várias tarefas, produzem 48.000 alfinetes por dia, em comparação com os poucos alfinetes, talvez apenas 1, que cada um poderia produzir sozinho. Mas essa importantíssima divisão do trabalho não ocorre sem ajuda. Só pode ocorrer após a acumulação prévia de capital (ou estoque, como Smith o chama), que é usado para pagar os trabalhadores adicionais e comprar ferramentas e máquinas.

A Riqueza das Nações está, portanto, longe do tratado ideológico que muitas vezes se supõe. Embora Smith pregasse o laissez-faire (com importantes exceções), seu argumento era dirigido tanto contra o monopólio quanto contra o governo; e embora exaltasse os resultados sociais do processo aquisitivo, quase invariavelmente tratava com desprezo as maneiras e manobras dos empresários. Ele também não via o próprio sistema comercial como totalmente admirável. Ele escreveu com discernimento sobre a degradação intelectual do trabalhador em uma sociedade na qual a divisão do trabalho avançou muito; em comparação com a inteligência alerta do lavrador, o trabalhador especializado “geralmente se torna tão estúpido e ignorante quanto é possível que um ser humano se torne”.

Em tudo isso, é notável que Smith estivesse escrevendo em uma era de capitalismo pré-industrial. Ele parece não ter tido nenhum pressentimento real da Revolução Industrial que se aproximava, cujos arautos eram visíveis nas grandes siderúrgicas a apenas alguns quilômetros de Edimburgo. Ele não tinha nada a dizer sobre o empreendimento industrial em grande escala, e as poucas observações em A Riqueza das Nações sobre o futuro das sociedades anônimas (corporações) são depreciativas. Por fim, deve-se ter em mente que, se o crescimento é o grande tema de A Riqueza das Nações, não é um crescimento sem fim. Aqui e ali no tratado há vislumbres de uma taxa de lucro secularmente decrescente; e Smith menciona também a perspectiva de que, quando o sistema finalmente acumular seu “pleno complemento de riquezas” — todas as fábricas de alfinetes, por assim dizer, cuja produção poderia ser absorvida — o declínio econômico começaria, terminando em uma estagnação empobrecida.
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Ju.Cardozo 12/03/2023

Este clássico é um marco pragmático e acessível na história da economia. Seu autor, Adam Smith, está incluído em todos os livros sobre história da economia. Contudo, as teorias de Smith, que hoje em dia são frequentemente citadas de forma fragmentada e incorreta, revelam todo seu poder inovador social e econômico apenas em seu contexto. Smith surgiu em um tempo em que os Estados nacionais absolutistas monopolizavam as reservas mundiais de metais preciosos e tratavam de aumentar sua própria riqueza mediante rigorosas políticas de exportação. Estes Estados eram motivados a abordar um conceito inteiramente novo sobre riqueza nacional: que esta riqueza provinha do trabalho dos habitantes, não do ouro. Com base nessa ideia, os mercados econômicos devem autorregular-se como se fossem guiados por uma “mão invisível”, impelida pelo interesse pessoal de cada indivíduo. O Estado deve apenas proporcionar uma estrutura ordenada e bens e serviços públicos específicos. Embora a imagem de Smith de uma harmonia econômica e social ideal possa ter revelado algumas fragilidades com o passar do tempo, suas ideias têm inspirado muitos economistas renomados nos últimos 250 anos, incluindo David Ricardo, Vilfredo Pareto e Milton Friedman.
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rafa_._cardoso 16/10/2022

Vale a leitura
Por ser um compêndio, aborda bem as ideias (pelo menos pelo o que pude ler em blogs e ver em vídeos sobre o tema).

Poderia ter mais exemplos e aplicações, mas vale a leitura
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Sandro 29/08/2022

Muito bom, o livro perfeito, de antemão traz uma visão capitalista, de modo. Trazendo como embasamento, as divisões do trabalho, no capitalismo industrial, com a doutrina do adam smith, liberalismo. Recomendo, para entender melhor sobre a nossa atual sociedade e também sobre economia.
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Douglas211 10/08/2022

Adam Smith - Gênio -
Ao meu ver a genialidade está em ele ter escrito esse livro em 1776 e desde essa época ter entendido como o o setor microeconômico e macroeconômico de fato funcionavam e/ou deixavam de funcionar. Adam Smith é um gênio que não tem o reconhecimento merecido fora da bolha econômica. Fez inúmeras observações e previsões corretíssimas, que influenciaram e impactaram o mundo desde então.

O livro é dividido em cinco capítulos principais, e você pode ler eles separadamente de acordo com seu interesse. O primeiro trata da fábrica de alfinetes ou divisão do trabalho, e foi com certeza a comprovação mais importante do autor, no entanto ele vai muito mais longe do que isso, ele parte do início nos explicando o porque começamos a utilizar o "dinheiro", nos explica o porque do lucro, salário e renda de terra. Os demais vão desde acúmulo de capital e como ele deve ser empregado, até análises de sistemas econômicos e modelos de nações.


Não é um livro que recomendo para muitas pessoas, apenas para entusiastas da historia da economia, pois ele é um pouco longo e creio que tem outros livros muito mais fáceis e práticos para quem busca informações mais simples e "necessárias" para entender sobre economia.

No entanto quem realmente se interessa pelo assunto, é um livro necessário, por ser considerado o livro mais importante para a economia mundial. Nele é possível você entender desde o motivo de ser necessário ter lucro nos produtos, o porque alguns recebem baixos salários e outros tão altos até como uma nação funciona ou deveria funcionar. Além de inúmeros subtópicos dentro dos capítulos explorando os assuntos mais importantes que impactam a economia e consequentemente as nações.


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Imna 12/05/2022

Bom
Li esse livro como extra pra faculdade, e foi uma grata surpresa.

Só me arrependo de não ter lido ele sendo um livro meu mesmo, porque eu poderia riscar, fazer anotações e tudo isso. O livro tem muitas coisas interessantes.

E mesmo que ele seja capitalista e tals, tem muitas reflexões sociais, especialmente sobre como a sociedade precisa de todas as pessoas para funcionar corretamente.

...

(...) Por exemplo, uma casaca de pano ordinário de lã, de que se veste o trabalhador diarista, ainda que pareça grosseira e áspera, é o produto do reunido trabalho de grande multidão de obreiros. O pastor, o tosquiador, o fiandeiro, o tecelão, o lavandeiro e o alfaiate, com muitos outros, devem juntar as suas diferentes artes a fim de completar aquela produção grosseira. (...)

A RIQUEZA DAS NAÇÕES
ADAM SMITH
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Stuart.bookster 28/01/2022

A Riqueza das Nações, de Adam Smith
O Pai do Liberalismo, Adam trata de conceitos centrais em seu texto, mais tarde explorados por toda a classe de industriários e economistas dentro da sociedade "capitalista" que se formava. Um referência na economia do período, foi mais tarde rebatido por Marx e Engels, além de Keynes e outros teóricos do tema. Assevero que não tenho capacidade suficiente para rebater ideias de Smith, sobretudo por viver um paradoxo quanto a lei de oferta e procura, entretanto posso afirmar críticas severas a ideia de não intervenção, que o mercado se auto-regula, sendo essa uma mentira deslavada e crônica do sistema liberal e, mais recente, neoliberal. Para entender a falsidade por detrás da afirmação de Adam Smith tem-sse que entender o contexto em que foi escrito, aplicado e quais as consequências reais que desmentem essa afirmação. Adam escreve no contexto de surgimento da Revolução Industrial, das mudanças repentinas, da época de ascenção dos burgueses e decadência da aristocracia do campo. Uma nova sociedade, mais urbana, surge e instaura-se em toda Europa, nesse contexto, logicamente, tentado-se destruir ideais arisocraas valem-se das ideologias e incentivos para transformarem-se em uma nova aristocracia, onde nascimento pouco importa, apenas se dá valor ao dinheiro, então a ideologia perfeita seria o liberalismo, uma vez que o Estado, representado pelos ricos aristocratas que tem direito a assentos nas câmaras e a corte são deixados de lado, apenas passando a interferir em assuntos de cunho social, ao invés de econômico. Além disso, essa ideologia tinha o ponto chave de afastamento do Estado e favorecimento desses novos burgueses, sendo assim deixados de lado os aristocratas falidos que possuiam apenas títulos, e, sendo isso seu último acesso a essa sociedade. Segundamente, após o sucesso e enriquencimento estrondoso de grande parte desses burgueses, o Estado afastou-se paradoxalmente e inteiramente desses assuntos econômicos, passando a não regular mais assuntos desse teor, sendo assim por mais de um século do lançamento do livro de Smith o mercado foi regulado pelo próprio mercado, entretanto por mais que a ausência do Estado tenha se dado de forma total, deve-se afirmar que isso pode não ser tanta verdade, de forma paradoxal deve ser mencionada a presença do Estado nesse século XIX, trata-se de um século marcado pela expansão das grandes potências rumo ao Oriente, a independência da América Latina e Anglo-Saxônica, além das turbulências e guerras que cobriam a Europa com a ascenção francesa de Bonaparte e conseguinte derrota e restauração de monarquias. Diante desse cenário floresce o nacionalismo exarcebado, então, logicamente ocorre a intervenção estatal, mas é observado que essa intervenção se dá de forma a aumentar a riqueza e poder dos burgueses, portanto, observa-se que a regulação não ocorre da forma que Smith criticava, mas de uma forma benéfica ao sistema econômico. Isso perdura durante todo o século XIX e chega ao XX deste mesmo modo, entretanto as tensões levam a Grande Guerra e o fim dela não modifica a ordem econômica, mas isso só perdura até 1929, com a Crise de 29, a pior da história, que se dá nos EUA. Diante disso que a mentira de Smith é percebida, o mercaod depois da Primeira Guerra Mundial passou a regular-se sozinho, com total ausência do Estado, esse não investia e nem proibia mais nada relacionado ao mercado, e, assim o mercado falhou, pois não pode auto-regular-se, necessitou do auxílio do Estado para reeguer-se, precisou daquilo que pediu afastamento, e, só assim as economias mundiais reergueram-se. Essa crítica se dá apenas a essa parte da regulação estatal, no ademais do livro eu não sou capaz de opinar. Recomendo o livro porque muitas vezes nós tratamos esses clássicos com desprezo e afins, mas devemos evitar isso para podermos reclamar com propriedade, devemos conhecer.
Lanai.valentina 24/02/2023minha estante
Ótimo comentário! Teve até um materialismo histórico dialético ai, haha. Cou ler para uma pesquisa




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