Alive

Alive Tsutomu Takahashi
Tsutomu Takahashi




Resenhas - Alive


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Clio0 16/09/2023

Alive é um tratado de filosofia.

O personagem principal, Yashiro Tenshuu, é um escritor condenado a pena de morte por ter matado quatro pessoas. No dia de sua execução, junto a outro detento, lhe é dada a escolha de viver ou morrer. Ao escolher a primeira, ambos se tornam parte de um experimento em que tomam contato com uma entidade maléfica habitando o corpo de uma jovem. A premissa é bem básica, mas o desenrolar da história vai trazendo aspectos que são o verdadeiro cerne da obra e que expõe o leitor e sua própria moral.

Em primeiro plano, a escolha da vida. O que se pode considerar viver? Essa é a questão sútil que nos é apresentada. Vale lembrar que ambos estavam no corredor da morte e, ao aceitarem a proposta, ficam presos em uma instalação secreta sem contato com nada do mundo exterior. Após tomarmos ciência disso, vemos o interior da mente de Tenshuu, onde ele rememora, mas não propriamente se arrepende, das mortes que o levaram a receber tal sentença.

A ideia é que o ato de vingança que realizou foi baseado na sua necessidade de reparação pessoal, uma coisa egocêntrica e machista, e não a proteção ou justiça de uma inocente. A grande sacada do artista foi exatamente o paralelo com a sociedade japonesa, onde o conceito de honra e reparação permeiam todas as relações – mas não se engane, a cultura nipônica centraliza a figura masculina e, logo, todos os atos se baseiam nela.

O entendimento que Tenshuu tem de suas ações é um leve tapa na cara. Não chega a ser nada que não tenha sido discutido antes – embora reforce a premissa da violência. O que seria isso? Trata-se da outra proposta do autor: O Mal não tem gênero, é um predador, assim como o homem. Para explanar sobre isso, ele utiliza a proposta do mal sobrenatural que habita o corpo de uma jovem e corrói sua alma.

Os desenhos do mangá servem para chamar a atenção nos aspectos emocionais que o texto traz. Como o conflito é interno, íntimo, há muitos closes de rostos e muita atenção é dada para ângulos superiores. O traço de Takahashi é bonito e se especializa em detalhes, fugindo a regra de muitos artistas atuais que preferem linhas mais rápidas e limpas.

Recomendo.
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miri.miri 23/12/2023

"VIVO"
Um conceito muito interessante, uma história de volume único, completa e conclusiva, o único defeito do mangá é não ser maior.

A existência da "entidade" foi um elemento bem intrigante na trama, além disso a história (e o passado) dos personagens também teve profundidade.

Conhecemos o protagonista que está prestes a ser executado pelo crime de assassinato (e mais). Antes ele recebe uma proposta duvidosa, quer viver ou morrer? Ele decide viver, mas o preço disso é alto...
Excelente obra, recomendo muito ???
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PedroHarpy 12/06/2021

Poderia ser melhor!!!!!!
O mangá "Alive", narra a história de Tenshu Yashiro, um detento condenado a pena de morte no Japão, foi preso pelo assassinato de cinco pessoas incluindo a namorada, Misako Hara. Entretanto, no dia de sua execução ele recebe uma proposta que o "libertaria" da sua pena de morte, para isso, ele deve ser cobaia de uma estranha experiência. Ele aceita a sobrevida e assim começa sua segunda condenação.

É um mangá de terror/suspense, sendo uma leitura rápida, em uma hora você consegue ler todo o livro tranquilamente. Apesar da temática pesada a obra não abusa de muito sangue ou gore, tentando impactar através de situações que geram tensão, com suicídio, tentativa de suicídio e estupro, mas nada é explícito. Possui ótimos traços, sendo bem limpos e realistas, mas a história deixa a desejar, para mim faltou mais imersão em todos os personagens, com um aprofundamento maior na história principal e secundárias. Dessa forma, o mangá teria uma boa possibilidade em se tornar um 5 estrela.
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Lari 13/05/2021

Começa bom e termina ruim
A sinopse do mangá é bem interessante, serial killer, entidades, etc.
O começo é muito bom, os traços são impecáveis e você começa entrar na leitura. Só que o final é COMPLETAMENTE mal feito, coisa que um mangá maior teria sido sensacional. Fiquei decepcionada demais com esse final mdss
Caio.Lucas 22/03/2022minha estante
Meu problema foi logo no começo quando introduzem a menina possuída, eu senti que ia decepcionar pq já vi que o autor não saberia executar essa junção de ideias. Acho que o final funcionaria amparado por um começo e desenvolvimento melhor, mas não é o caso.




Mari 19/10/2021

Nhe... Bem razoável.
Por ser one-shot é esperado uma história curta e com menos detalhes, porém não acho que foi bem sucedido já que algumas coisas ficaram mal explicadas e algumas páginas a mais já teria mudado essa perspectiva.
Agora, alguns pontos negativos. Achei a violência gratuita, visto que - novamente - não se aprofunda, então tem-se uma vaga ideia de como tal situação prejudicou o protagonista. Além de que é sim bastante sexista, mas eu relevo por conta da época que foi produzido. O elemento "sobrenatural" foi jogado aleatoriamente para que a história fizesse mais sentido, mas não deu certo.
Gostei muito da arte, o autor desenha (principalmente mulheres) impecavelmente, um traço bonito e delicado, ao mesmo tempo que é cheio de detalhes - como qualquer mangá.
Valeu a experiência, mas não é algo que eu vá lembrar com emoção daqui um ou dois meses.

Nota: 2,5 ?
Caio.Lucas 22/03/2022minha estante
Eu achei que a menina possuída foi muito sexualizada e teve uns furos na trama que me soaram sem lógica. A arte é o melhor do mangá, mas arte só pra mim não compensa, vc compra pela história.




Ro 09/02/2020

Pouco não é o suficiente
Um mangá que precisaria de continuação para explorar mais o plot criado. A história encaminhada um tanto quanto de forma muito rápida a partir da metade do desenvolvimento. Não entendi porque o espírito tinha que surgir do macaco. Parece que já está cristalizada a noção de que o parentesco com os primatas é um portal para doenças e infecções na humanidade. Freud explica este apego aos nossos primos.
Caio.Lucas 22/03/2022minha estante
Acho que nem isso, a execução do autor juntando a trama prisional com a sobrenatural foi péssima, duvido que uma continuação consertasse isso. O papel dos cientistas na trama me pareceu pouco justificado.




Diego 04/01/2021

One Shot que vale
Alive de Tsutomu Takahashi

Pouco antes de ser executado, o assassino Tenshu Yashiro consegue escapar da pena de morte graças a uma certa organização. Nessa estranha experiência, ele será colocado em uma sala onde ficará completamente isolado do mundo tendo como companhia outro condenado e uma entidade além da compreensão humana. Tudo atravéz dos olhos dos membros da organização misteriosa. Apesar de ter ganhado uma sobrevida começa agora sua segunda condenação.

Na primeira vez que li não dei tanta atenção pra este material mas mudei de opinião. É muito bom! Ainda mais considerando que é um One Shot o autor fez um ótimo trabalho. Uma pena não ter saído outras obras dele por aqui.
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Carlos531 26/02/2024

Alive, de Tsutomu Takahashi
"Alive" é um mangá bem curto e interessante que cinta também com um longa-metragem de mesmo nome.
Sendo sobre um jovem que recebe uma proposta de sair da pena de morte,(no qual ele estava por matar os 4 abusadores de sua Namorada) mas há um certo custo que ele não sabe qual é.
Gostei bastante da história, tanto que após acabar a leitura, li novamente a obra.
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MelQuezado 16/12/2021

Achei a arte incrivel, capa primorosa, porém a história um pouco besta.... Acho que tinha tudo pra ser bem legal.. enfim...
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Yamstar 14/12/2023

Eu creio que "Alive" traz uma filosofia sobre arrependimentos e escolhas. É um mangá rápido e, por esse motivo, acredito q a história acaba se perdendo aos poucos, apresentando situações previsíveis. No entanto, apesar de tudo, trata-se de uma narrativa tensa que explora as relações humanas.
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Paulo 18/12/2018

Alive é um mangá que trata, entre outros assuntos, de arrependimento. Aquele arrependimento por alguma ação passada e que nos trouxe infelicidade de alguma forma e não somos capazes de seguir em frente. Mesmo que esse arrependimento nos siga até o túmulo e além. Ações que na crença oriental fazem com que a alma de um indivíduo fique presa no mundo terreno. Enquanto não somos capazes de aceitar aquilo que fizemos e transcender nossos erros, alguma parte de nós permanece quebrada.

A edição da Panini está bem bacana com uma capa cartonada, o título com brilho prateado e orelhas (aliás, isso de orelhas na capa se tornou quase como um padrão ultimamente). A quarta capa é colorida e algumas das páginas iniciais tem algum colorido. Entretanto, não julgo esse como o melhor mangá para um tratamento luxuoso. A capa é simplesmente pavorosa e não diz absolutamente nada sobre a história (a Panini manteve a capa original). O papel usado é o Pisa Brite que também não foi a melhor escolha, já que o autor usa e abusa do preto. Como o Pisa Brite usado não é de alta gramatura as cores mais escuras acabam vazando para a folha de trás causando alguns efeitos bem estranhos. Alive é o tipo de mangá que poderia ter tido um tratamento mais econômico com papel jornal e uma capa comum que não teria feito muita diferença no final. E teria ficado com um preço bem mais em conta.

É, vocês já perceberam que eu não gostei muito do mangá. Achei o roteiro muito confuso e o autor acaba se perdendo ao longo da trama. Ele começa trabalhando bastante o medo e o remorso do protagonista e o quanto ele teme a sua execução. Logo em seguida ele aceita trabalhar para um estranho grupo que o coloca em uma espécie de sala enorme junto de outro indivíduo que também estava marcado para a execução. Aí vemos parte da interação entre ambos e quando a gente acredita que ocorreria uma confrontação, aparece uma mulher estranha. Aí a coisa degringola para uma trama sobrenatural com uma criatura que possui corpos. O que eu percebi através da leitura é que o autor tinha muitas ideias interessantes e pouco espaço para colocá-las em funcionamento. Ao invés de recuar nas ideias, ele quis colocar tudo ao mesmo tempo. O resultado é uma trama estranha e confusa que não segue para lugar algum e não chega a lugar algum.

O traço definitivamente não me agradou. O autor até tem uma boa pegada no design de personagens e ele consegue dar uma aparência bem séria e crua a eles. Vi uma clara inspiração do Takahashi no traço do Takehiko Inoue, o mestre mangaká por trás dos mangás Slam Dunk e Vagabond. Dá para perceber os traços faciais, a preocupação com os lábios, as sobrancelhas e as curvas corporais. Mas, isso é só no começo. A partir do terceiro capítulo o traço fica mais instável e parece muito corrido. A ponto de ele ser mais rabiscado do que definido. Tem algumas cenas mais para o final que são estranhas demais, e estranhas no mau sentido. O uso do preto no começo cria uma atmosfera de suspense e de tensão, mas à medida em que a história vai seguindo, ele vai parecendo vazado demais. Lá para o final do nono capítulo o autor parece recuperar um pouco do brilho inicial e consegue até fechar com algumas cenas bacanas como a do Yashiro olhando para o céu azul.

Definitivamente eu não consegui me relacionar com os personagens. O Yashiro é o típico protagonista que cometeu um erro e sabe que o cometeu, mas se arrepende. Ele aceita a punição que lhe é conferida. O companheiro de Yashiro nos jogos estranhos é tão superficial que eu tive que procurar onde estava o nome dele (é Gondo). Acho que a ideia era colocá-lo em confronto com Yashiro... mas isso acaba nunca acontecendo e constitui um momento totalmente anticlimático para a narrativa. A Bruxa também constitui um momento de virada narrativa, mas ela é introduzida muito cedo. Ao mesmo tempo, o autor não dá tempo de construirmos uma tensão entre a personagem e os demais. Não dá nem para desconfiarmos sobre quem ela seria ou não (o autor revela tudo logo em seguida).

A temática do arrependimento de Yashiro é a única coisa que acaba me prendendo até o final. Achei interessante a maneira como o autor faz um paralelo entre o protagonista e a cientista que teve sua irmã possuída por uma entidade. Enquanto ambos não foram capazes de darem o seu grito de liberdade e seguir adiante, a vida para eles permaneceu estática. A entidade acaba brincando com esses sentimentos do protagonista. Só que eu achei isso muito mal realizado pelo autor que não aproveitou melhor essa questão psicológica para fazer aquela disputa no final. Tudo pareceu trabalhado muito superficialmente. O final é bonito e revela uma espécie de transcendência do personagem quando ele aceita seguir adiante, mas estávamos tão confusos o tempo todo que toda aquela construção não teve o impacto necessário.

Alive não é um mangá interessante e tem apenas alguns flashes de uma arte interessante. O autor tinha muitos bons temas a serem trabalhados, mas a tempestade de ideias não surtiu o efeito esperado. Acabou que a história ficou rasa demais diante de um cenário que parecia promissor.

site: www.ficcoeshumanas.com
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amanda 24/05/2020

Hm
É uma boa história. Mas como um mangá de volume único não há tempo para desenvolver muito a história e se pegar a qualquer personagem.
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Caio.Lucas 22/03/2022

Tinha tudo pra funcionar, mas juntou duas ideias que não rolaram
A ideia de juntar a trama prisional com elementos da fantasia como uma jovem possuída por uma "entidade" não funcionou. A execução não ajudou tbm, os personagens são bem rasos e em momento algum vc se identifica ou torce para o protagonista apesar de o mesmo ser colocado na trama como o mais inocente dos prisioneiros. Achei tbm alguns furos de lógica na trama como o papel dos cientistas na trama e o que rola na cadeia no final do primeiro capitulo.

A arte é linda, não tenho o que reclamar dela, mas a história simplesmente não rolou para mim. Dos mangás que li que me decepcionaram, esse certamente foi o que mais me decepcionou, o começo foi legal, mas aí o mangaká quis enfiar outra trama na história, que ao meu ver não funcionou.
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