Fernanda631 29/08/2023
Uma Loucura e Nada Mais (Clube dos Sobreviventes #3)
Uma Loucura e Nada Mais (Clube dos Sobreviventes #3) foi escrito por Mary Balogh.
Vamos conhecer Samantha McKay, uma jovem viúva que vive sob a vigilância ferrenha de sua cunhada, que segue normas rígidas de comportamento, tudo de acordo com o que o patriarca da família determina.
Há quatro meses em luto, só resta a ela seguir essas rígidas convenções sociais totalmente distorcidas, o que equivale a uma prisão domiciliar, cujo carcereiro é a cunhada. Na verdade, sua prisão iniciou depois de quatro meses de casamento, quando seu marido foi à guerra e ela teve que ficar com a família dele. Depois passou anos cuidando dos seus ferimentos de guerra até que ele morreu. Ao total, são seis anos de pressões e de ter a personalidade tolhida. Em Samantha, o desejo de poder respirar livremente sem todas essas convenções, está cada dia mais forte. E por incrível que pareça, um quase acidente é o início da sua liberdade.
Benjamin Harper é um homem que pretendia aposentar na carreira militar, mas um acidente encurtou seu tempo no exército. Contando com a ajuda de duas bengalas para se locomover, Ben se sente um tanto perdido no que fazer da vida, mesmo que seja um barão e tenha algumas terras para mandar.
Sir Benedict Harper saiu gravemente ferido das Guerras Napoleônicas. Por pura determinação, não consentiu ter as pernas amputadas, e agora, seis anos depois da sua baixa no exército, depende de muletas para se locomover. Os ferimentos físicos não atingiram somente sua capacidade de se locomover livremente, mas também o afetou além do físico, tanto que se sente inseguro para gerir seus negócios.
Recluso na casa da irmã, decide desafiar a si mesmo e os limites do seu corpo, ao sair para cavalgar e instigar seu cavalo a dar um salto... que quase atinge uma mulher e um cachorro histérico. Mais tarde, ele descobre que a mulher coberta de preto é Samantha, e determinado a se desculpar por quase a ter pisoteado com seu cavalo, acaba se aproximando da jovem, começando uma inusitada amizade, misturada com um certo desejo de algo mais, que acaba complicando mais ainda a situação da jovem viúva.
Samantha não estava disposta a perdoar Benedict por seu ato imprudente a cavalo, mas estranhamente começa a criar um certo vínculo com o cavalheiro, a ponto de se expor completamente a ele, inclusive seus mais íntimos anseios. Só que sua amizade atrai a ira do seu sogro, que determina que agora ela fique sob seu rígido olhar, para não sujar o nome da família com seu comportamento imprudente.
Determinada a fugir disso tudo que a oprime, providencialmente lembra de ter herdado um pequeno chalé da sua tia-avó. Assim, ela embarca em uma viagem com o objetivo de viver sua própria vida, e mais, tendo como companheiro de aventura Benedict, que ainda está disposto a deixar as suas responsabilidades de lado e explorar os sentimentos que um desperta um no outro.
E ao fim dessa viagem, ambos vão reencontrar a si mesmos, através de sentimentos completamente inesperados.
Benedict no início, o vemos totalmente limitado, frustrado pelas suas limitações. Até embarcar na ideia de Samantha e seguir viagem com ela, o vemos voluntariamente preso em suas limitações. Depois, quando ele forma essa dupla tão perfeita com a viúva que considerava uma bruxa, o vemos florescer; na verdade, eles florescem juntos, pois Samantha nunca teve realmente a oportunidade de se mostrar como realmente é, sempre presa às convenções impostas por um casamento infeliz.
Amei como o relacionamento dos dois fluiu, em um universo de romances cheios de “instalove”, foi muito agradável ver a paixão deles evoluir e não parar somente no desejo, mas em um amor que os fez se dedicar um ao outro, ao mesmo tempo que se tornam livres de tudo que os prendiam.