Ponti

Ponti Sharlene Teo




Resenhas - Ponti


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@universoinfinitodoslivros 08/04/2019

Péssimo, só não dei nota Zero porque amo a Intrínseca.
Amo a editora e seus lançamentos em si. Leio praticamente quase todos os lançamentos da Intrínseca. Neste momento estou me perguntado o que se passou na cabeça dos responsáveis pela editora pra lançarem um livro tão ruim assim. Personagens mornos, histórias mornas, historia sem nenhuma mensagem ou aprendizado. Esse seria um livro no qual eu com certeza não me interessaria em comprar e ler.
Karina.Natalino 08/04/2019minha estante
Concordo com você. Terminei agora a leitura e senti que perdi horas lendo algo sem pé nem cabeça. Dei 2 estrelas somente porque gostei da parte gráfica do livro, porque se fosse pela história seria zero. A Intrínseca me deixou decepcionada esse mês.


Ju 08/04/2019minha estante
Estou me perguntando a mesma coisa... não ando curtindo os livros do clube. Tudo muito igual. E alguns bem ruins mesmo.


Carla Mentone 10/04/2019minha estante
Eu desisti. Simplesmente não consegui seguir... achei péssimo.


Lorrine 10/04/2019minha estante
Foi meu primeiro livro do clube, assinei anual. Espero que não seja nesse estilo sempre pq esse foi ruim demais. Não quero me arrepender de ter assinado.




Cláudia - @diariodeduasleitoras 24/06/2019

Ponti
"Sou uma pessoa má porque não esqueci que ela me amassou como uma bola de papel a vida inteira, e agora que ela se foi eu não sei como me desamassar."

Esse foi meu primeiro livro de assinatura do Clube intrínseco. O mês referência é Maio, caixinha 007 (comecei com número da sorte kkkkkk). Estava super empolgada com a chegada da caixinha e amei todo o cuidado e capricho que a editora entrega aos assinantes. Porém, a experiência com a leitura não foi das melhores kkkkkkk, acontece né?!

Ponti, é um livro de estreia de Sharlene Teo, autora de Cingapura, cujo é o cenário da sua obra (ficamos empolgadas com a região que se passa a história, ponto positivo).

Resumindo a obra.. somos apresentados a três mulheres/garotas: Amisa, Szu e Circe. A história é contada sob a perspectivas delas em três diferentes épocas. Amisa é mãe de Szu e, na década de 1970, foi a escolhida para protagonizar três filmes sobre pontianak, uma criatura da mitologia malaia, meio que um fantasma que aterroriza os homens. Amisa ficou muito conhecida pelo icônico papel, mas não teve o reconhecimento que queria, mesmo sendo linda como é. Szu é muito marcada por isso, pela beleza da mãe, que não é nada parecida com a filha e controladora e até um pouco cruel. Circe é uma amizade inesperada que acontece na vida de Szu e que também a muda para sempre.

Eu penso que não existe uma trama nesse livro. Comecei a leitura mega empolgada e fui desacelerando.. não foi uma história que me prendeu ou que causasse curiosidade, pelo contrário, causou certo tédio. Não tem um começo, meio e fim, como estou habituada. A história é mais uma reflexão, sobre amizade, sobre a relação de mãe e filha, e também sobre a cultura de Cingapura, como ela, de certa forma, interfere nessas relações. Além disso, é uma história que fala de bullying, ainda que de uma forma muito discreta, uma vez que isso é algo que conecta as duas garotas, enquanto estudam juntas.

Enfim, acho que um termo que define bem a experiência de ler um livro como esse, é sair da zona de conforto, totalmente. Não é uma obra que eu queira indicar para vocês comprarem, mas fica aqui minha consideração da minha experiência.
Dan Lazarini 24/06/2019minha estante
Também tive essa mesma impressão que não teve uma história, uma trama. Só gostei mesmo da ambientação, conhecer um pouco da cultura de Cingapura. Gostei mais da revista que veio do que do livro rs


Cláudia - @diariodeduasleitoras 24/06/2019minha estante
Hahahahaha.. exatamente eu! Adorei a revista! Amo Ásia... foi o melhor da caixinha.


Lorrine 24/06/2019minha estante
Ô livrinho ruim! ?


Cláudia - @diariodeduasleitoras 25/06/2019minha estante
kkkkkkk acho que todos se decepcionaram né?! Não vi uma pessoa que tenha adotado.




Erika Neves.1 06/12/2022

Sinceramente não consegui entender o pq de tantas pessoas não terem gostado desse livro e da sua nota baixa aqui no Skoob. Sem querer falar mal, mas já falando, eu acho que as pessoas estão tão acostumadas com a mediocridade das Collen Hover da vida, e seus plot twist mirabolantes tirados das profundezas do meio do cool, que simplesmente não conseguem apreciar uma história simples, sobre a vida de 3 mulheres sem nada de especial. Pq assim, é a vida. muita vezes (na maioria das vezes, eu me atrevo a dizer) não acontecem altas reviravoltas incríveis na vida de ninguém. Vc apenas vai vivendo a sua vida, e é isso!

No livro acompanhamos a história de 3 mulheres diferentes em épocas diferentes. Amisa cuja história se passa em 1978, Szu em 2003, e Circe, em 2020. Amisa é a mãe de Szu, e Circe é a melhor amiga da menina.

Amisa foi a estrela de um filme B de terror, e uma mulher que desde muito nova tinha uma beleza estonteante, e continuou sendo extremamente bonita mesmo depois dos 40. O que dificultou seu relacionamento com a filha Szu, que não chegava nem perto de ter a beleza da mãe. Em 2003, acompanhamos Szu e o inicio de sua amizade com Circe, que começa absolutamente por acaso, e demonstra ser bastante tóxica, já que Circe é bem egoísta.

Já em 2020, acompanhamos Circe adulta, tendo que preparar uma campanha nas redes sociais para o remake de “Ponti”, o filme B estrelado por Amisa, fazendo com que ela comece a lembrar o tempo que era amiga de Szu.

As personagens desse livro me deixaram completamente envolvida, pela forma como as mesmas são desenvolvidas e sobre todas as reflexões que de forma melancólica, a autora nos coloca. Em nenhum momento ela tenta esconder os defeitos de cada uma delas e admito que elas são difíceis de gostar, especialmente Circe, que demonstra ser uma amiga falsa é extremamente tóxica. Incapaz de apoiar Szu, no momento mais difícil de sua vida.

No meu entendimento a maior reflexão e lição que podemos tirar do livro é de como o tempo passa de uma forma tão rápida e imparável, que quando nos damos conta, já se passaram 10 anos e vc simplesmente não percebeu. A solidão tb é mostrada de uma forma bem profunda. Amisa com sua beleza, que fascina e afasta as pessoas. Szu, com sua feiura e esquisitice, e Circe em seu casamento fracassado. Todos são exemplos de solidão.

A escrita da autora é extremamente agradável, e fluida, apesar de em alguns momentos ela ser muito escatológica, e com algumas passagens bem nojentas que considerei desnecessárias. Mas ao mesmo tempo, ela é muito envolvente e cativante. Além disso, as suas descrições de Singapura são tão assustadoramente vívidas, que em determinados momentos eu quase consegui sentir o cheiro das ruas ou das comidas que ela estava descrevendo. E por falar em Singapura, definitivamente ela é a quarta personagem desse livro, que tb vai evoluindo com o passar dos anos. Da extrema pobreza dos anos 70 até a metrópole super moderna dos anos 2020.

De um modo geral, esse livro faz refletir sobre solidão, luto, amizades desfeitas, sonhos não realizados, principalmente sobre o tempo e como ele passa rápido. Recomendo bastante, a não ser que vc seja fã da “maravilhosa” Co-Ho e suas reviravoltas patéticas. Se for esse o caso, fique longe!
Lais544 06/12/2022minha estante
Nunca li o livro entt não posso opinar kk
Mais acho que o livro deve ser muito bom só não alcançou o público que deveria .

E as notas vão do gosto de cada pessoa, não é pq gostam de collen haver e seus plots mirabolantes que também não podem gostar de um livro mais lento kkk

Só minha humilde opinião ??


Mirella.Catarina 29/12/2022minha estante
Adorei sua resenha e concordo com tudo! É um absurdo a avaliação baixa desse livro aqui no Skoob, o que só pode ser explicado pelo intelecto baixo dos leitores que deram uma nota tão baixa (sinceridade beirando a agressividade kkk)


Erika Neves.1 31/12/2022minha estante
Nossa, sim. Eu fiquei super reflexiva depois de ler esse livro e passei diversos dias pensando nele.É um livro tão profundo, com tantas coisas nas entrelinhas, mas é assim mesmo. Sinceramente, sem querer ofender mas já ofendendo, só um intelecto muito baixo mesmo pra não ter gostado.
E Feliz Ano Novo pra vc. :)


Dani 19/03/2023minha estante
Oi Érika td bem? Vim aqui pq depois de terminar o livro tbm fiquei pensando no pq dele ter uma avaliação média pra baixo por aqui, e me peguei no seu comentário muito claro sobre como as pessoas estão esperando sobre os livros que leem né !? Faz muito sentido!
Tô aqui pensando em tantas coisas que o livro aborda , eu tô aqui meio nauseada com os cheiros e o pessimismo que a autora consegue nos fazer sentir.
Parabéns pela resenha! ?




Vivi 26/05/2019

Dessa vez não rolou
Tudo começa com uma adolescente solitária e cheia de angustia e esse é um retrato impressionte quando se fala desse tipo de solidão na adolescência.
Sem amigos e sem pai, Szu, de dezesseis anos, mora à sombra de sua mãe, Amisa, uma vez uma bela atriz e agora uma médium realizando sessões com sua irmã em uma casa enferrujada. Quando Szu se encontra com a privilegiada Circe, eles desenvolvem uma amizade intensa que oferece a Szu uma fuga da alarmante solidão de sua mãe, e Circe um passo mais perto da fascinante e incognoscível Amisa.
Em relação as três achei tudo muito pessimista e arrastado .Ok a vida a soliedade de Cingapura fizeram isso com elas é Contada pelas perspectivas de todas as três mulheres.
A relação Amisa / Szu ( mãe e filha) ao meu ver era só mais um caso de serem distantes uma a outra em nada me convenceu que era um relacionamento dificil. Mesmo a mãe culpando a filha por estar morrendo. Talvez isso devesse ser mais trabalhado.

Dezessete anos depois, Circe está passando por um divórcio em Cingapura quando um projeto surge no trabalho: um remake da série de filmes de terror "Ponti", o projeto que definiu a curta carreira cinematográfica de Amisa. De repente, Circe é desequilibrada: pelas lembranças das duas mulheres que ela conheceu, pela culpa e por um passado que ameaça sua consciência.
Não há muito o que esperar que aconteça. São muitas reflexões , muitos questionamentos de uma história que já estava acontecendo e que terminou acontecendo e ... nada realmente aconteceu .
Dessa vez não me agradou mesmo tendo alguns pontos riquissimos.
@livrosegatos 03/06/2019minha estante
Li 86 páginas até agora e estou com essa sensação, de que não fui a lugar algum


Vivi 04/06/2019minha estante
Eu sinceramente não curti foi massante e olha que intercalo com outros mas dessa vez....


Tonyght 17/07/2019minha estante
Eu ainda estou lendo, e até agr sinceramente não achei o propósito do livro, tipo, o porque dele me contar essa história.


Vivi 17/07/2019minha estante
Tony realmente essa escolha da editora foi um tiro no pé eu terminei e não goste.




ManiMeira 05/07/2021

Intenso
Sharlene Teo descreve personagens profundas e reais. Com um tom melancólico e descrições de um cotidiano grotesco.
Esse livro mostra três personagens em tempos diferentes, Szu, sua mãe Amisa e a amiga Circe, e a convivência entre elas, famílias e o mundo. Ao longo da história acompanhamos o impacto que elas tiveram uma na vida da outra.

A leitura me deixou completamente envolvida, me despertou diversas emoções e reflexões. Uma pena que para muitas pessoas o que mais vale em um livro é um plot twist avassalador, aqui temos simplesmente uma escrita impecável e o desenvolvimento de personagens cativantes mesmo com todos seus defeitos, tragédias e a solidão.
Dani Fuller 06/07/2021minha estante
Pelo que contou parece mesmo uma história a ser apreciada e bem interessante


Myzlen1 06/07/2021minha estante
Muito bom, gosto de livros que fogem o comum e certamente vou ler!


Fabi 26/10/2021minha estante
estou começando a ler agora e já senti que não é um livro comum!
qual foi a reflexão mais marcante q vc teve lendo o livro?
(pode dar spoiler, viu)




miu 13/04/2021

ah eu gostei...
grande supresa, me senti assistindo um filme pseudo cult
nem tudo precisa de um plot extraordinário pra ser bom
Karol Garnier 01/05/2021minha estante
Comprei esse livro na promoção da black friday, mas depois de ver a avaliação do skoob eu desanimei. Sua resenha me animou...


miu 01/05/2021minha estante
fico feliz que tenha te animado!! dê uma chance a ele sim, apesar de não acontecer nenhum plot extraordinário é um livro muito tranquilo e cheio de sentimentos




Ana Roque 16/12/2021

Não planejava fazer resenha desse livro, mas mesmo depois de meses de leitura ele não sai da minha cabeça. Comprei esse livro simplesmente por estar 10 reais na amazona e depois quando fui ver as avaliações no skoob descobri que é bem odiado, isso só me deixou mais curiosa em descobrir do que o livro se trata.
Diretamente de Cingapura, essa história conta a vida de três mulheres em fases diferentes da vida, mas que ainda assim não deixam de estar conectadas. Os elementos da cultura, os costumes e tudo isso me fez amar muito essa leitura. Gostei da escrita e narrativa, foi uma leitura extremamente prazerosa, mas entendo o porquê de muitos não gostarem, apesar de poder afirmar que esse livro foi injustiçado.
Eu fui para esse livro sem saber o que iria encontrar, com a mente aberta e pronta para receber o que quer que fosse, ao contrário dos outros leitores que foram esperando um livro diferente do que a autora quis passar. É um drama familiar com um pé de realismo mágico que apresenta coisas muito interessante sobre uma cultura diferente, é um livro sem plot com foco na construção dos personagens, o meu estilo de livro.
Não é um livro perfeito claro... achei que o final foi se perdendo, a autora acabou fazendo uma conexão muito fantasiosa entre duas das personagens que fugiu do estilo que ela estava seguindo até o momento. Porém, o que importa aqui não é o fim e sim a jornada, amei a construção das personagens e com certeza leria de novo, você vai encontrar muitas frases marcantes e intensas aqui.
O que podemos aprender é a não julgar o livro pela nota do Skoob
Mirella.Catarina 02/01/2022minha estante
Concordo com vc, Ana. Também comprei movida pelo preço e me surpreendeu demais, achei maravilhosa a narrativa, se tornou um dos meus livros favoritos.
Creio que vai do leitor apreciar a narrativa bela tanto quanto a história puramente considerada.


Nelyana.Girardi 26/02/2022minha estante
Também gostei do livro, tem tantos pontos interessantes pra discutir sobre ele. Fico um pouquinho revoltada com o fato de que muita gente considera um livro ruim só por ser mais introspectivo. Nem todas as histórias precisam ter 50 reviravoltas no enredo. Por isso, acabo sempre desconsiderando as notas no skoob.




Nick 20/04/2019

Boring, boring, boring.
Meu primeiro mês no clube Intrínsecos e a verdade é que escolhi uma péssima hora pra chegar. Pelo menos tive o cuidado de não fazer uma assinatura anual logo de cara.

Ponti é um livro que não nos acrescenta nada, sem sentido e sem propósito. Segue a tendêndia do momento de alterar capítulos entre visões de personagens diferentes, em anos diferentes. A autora não satisfeita com esses elementos decidiu que seria legal também alterar entre narrativas em primeira e terceira pessoa, o que não melhora em nada o livro em si. Esses elementos são legais quando o plot principal da história é denso, complexo, interessante... mas usar isso em um livro raso sobre um cotidiano chato não faz o menor sentido pra mim.

A notícia boa é que consegui terminar o livro, pelo menos.
LuTaty 20/04/2019minha estante
Eu ainda tô tentando terminar


Juk Andrade 20/04/2019minha estante
Eu percebi isto Tbm por isso que deixei ele de lado por enquanto




Kleber 16/11/2021

Ponti: Três histórias entrelaçadas e envolventes
Após um período consideravelmente longo de ressaca literária, concluo uma leitura, e o livro responsável por me tirar desse torpor foi Ponti, excelente obra de uma escritora cingapurense que muito me envolveu nesses últimos dias.

As personagens que protagonizam essa história são todas mulheres: a atriz frustrada Amisa, sua filha Szu e a colega de escola (e também única amiga) Circe. A narrativa vai se dividindo entre os três pontos de vista, mostrando o quão complexas são as personagens, apresentando os dramas e as infelicidades de cada uma, sempre com descrições muito cruas e até mesmo selvagens, guturais.

É interessante acompanhar as histórias de vida das três protagonistas, e apesar de todos os infortúnios aos quais elas passaram, é reconfortante enxergar um final esperançoso como o que é apresentado. Uma conclusão cheia de possibilidades, e que mostra como a vida é mais complicada do que geralmente parece.

Ponti é mais do que uma história sobrenatural, é mais do que uma narrativa sobre uma atriz que não alcançou o sucesso, é mais do que a história de uma garota que se vê rejeitada tanto pelo pai quanto pela mãe, é mais do que uma amizade turbulenta de duas adolescentes que estão começando a viver e a entender o mundo em que vivem. Mas também é sobre tudo isso.
Luiza 20/11/2021minha estante
Muito boa a resenha! Aconteceu o mesmo comigo.


Kleber 20/11/2021minha estante
Muito obrigado, Luiza! Esse livro foi uma grata surpresa. Admito que tinha comprado apenas por estar com um preço muito bom na época (10 reais), mas a história realmente me surpreendeu, e de maneira muito positiva.




Douglas | @estacaoimaginaria 17/06/2019

Um livro sobre uma cultura totalmente diferente
Esse foi o escolhido para vir na caixinha de número #7 do Intrínsecos: “Ponti”, livro de estreia de Sharlene Teo, autora de Cingapura, cujo é o cenário da sua obra.

Resumindo a obra, conhecemos três mulheres/garotas: Amisa, Szu e Circe. As três são o mote do livro, que é contado das perspectivas delas em diferentes épocas. Amisa é mãe de Szu e, na década de 1970, foi a escolhida para protagonizar três filmes sobre pontianak, uma criatura da mitologia malaia, meio que um fantasma que aterroriza os homens. Esse foi seu único papel, no entanto, em um filme que não teve muito reconhecimento, nem de crítica, nem de público. De qualquer maneira, Amisa ficou muito conhecida pelo icônico papel, mas não teve o reconhecimento que queria, mesmo sendo linda como é. Szu é muito marcada por isso, pela beleza da mãe, que não é nada parecida com a filha e controladora e até um pouco cruel. Circe é uma amizade inesperada que acontece na vida de Szu e que também a muda para sempre.

Eu penso que não existe uma trama nesse livro. É mais uma reflexão, de início ao fim, sobre amizade, sobre a relação de mãe e filha, e também sobre a cultura de Cingapura, como ela, de certa forma, interfere nessas relações. Além disso, é uma história que fala de bullying, ainda que de uma forma muito discreta e pertinente, uma vez que isso é algo que conecta as duas garotas, enquanto estudam juntas. Mas como eu disse, não há uma trama em que tem uma linearidade de início, meio e fim. É mais uma obra sobre relações e reflexões, apenas isso. Mas isso não é tudo, pois as reflexões são importantes. Além do que já falei, é um livro que fala da beleza, do tempo principalmente, das tristezas, do abandono. Enfim, sobre a vida.

Achei interessante a escolha da autora de contar a história dessas três mulheres, que se ligam de alguma forma, de perspectivas diferentes, não apenas do ponto de vista da pessoa, mas também da época. Enquanto Szu conta sua própria “parte” da história, em primeira pessoa, no ano de 2003, Circe conta, também em primeira pessoa, as suas lembranças, lá no ano de 2020. Circe e Szu já não são mais amigas, a primeira tem sua vida “feita”, um casamento arruinado e um trabalho relacionado com cinema. Ela não sabe de Szu mais, há muito tempo as duas perderam contato, e a própria Circe nos conta como isso aconteceu.

Já Amisa, nos é contada em terceira pessoa, desde a época de 1970, quando decidiu sair das casas dos pais e alçar novos voos e, então, conhece um produtor, que fica fascinado por sua beleza “assustadora” e consegue colocá-la na trilogia de filmes “Ponti!”, baseada na mitológica pontianak. Mas foi interessante essa diferença de narrativas e de épocas pois, enquanto uma conta o auge da história, no caso Szu, a outra, Circe, conta as lembranças dessa época e como isso influenciou sua própria vida. Já a terceira, Amisa, nos é contada sua trajetória até chegar ao momento em que Szu conta a história, tudo o que a levou ser quem é, cruel e triste como é.

Tenho que dizer que a autora consegue descrever com uma certa “normalidade” a cultura de Cingapura. O clima, principalmente, cheiros, culinária, enfim. É tudo colocado de uma forma sutil e aos poucos no meio da história, como eu disse, com normalidade. O que quero dizer é que ela não força a descrição dessa cultura tão diferente. Ela faz como se nós conhecêssemos Cingapura, as comidas, o clima. E, do ponto de vista nosso, do Brasil, até tem uma semelhança com a nossa cultura. Principalmente em relação ao clima. Claro que a intenção da autora não era necessariamente essa, mas creio que seu intuito era atentar para as diferenças da cultura, para que cada pessoa lesse o livro de uma forma diferente e, ao mesmo tempo, que pudesse relacionar com seu próprio tempo e cultura.

A amizade de Szu e Circe foge de todos os estereótipos que eu conheço de uma amizade. Szu é uma garota que não é feliz com a vida que tem. Ela reclama do início ao fim do livro, e isso tem uma explicação, é claro. Circe, por outro lado, é diferente. Ela tem uma boa vida, mas também não é daquelas garotas “mimadas” e as duas se conhecem meio que por acidente. Mas quando isso acontece, é quase como um ímã, é uma amizade natural. Ainda que as duas sejam totalmente diferentes, é meio que um encaixe perfeito. Mas é, também, uma amizade que tende ao fracasso, principalmente por Szu e Circe serem tão diferentes. E, creio eu, essa é mais uma reflexão que a obra faz.

Quando eu disse que não é um livro que tem uma trama com começo, meio e fim, quero dizer, também, que não é uma leitura fluída. Esse é mais um livro que não é o estilo de leitura que estou acostumado a ler, e isso é muito bom, e mais uma vez me sinto feliz por ter assinado esse clube, pois é um livro surpresa todo mês e não temos o direito de escolher um que nos agrade mais. Pois bem, “Ponti” não é um livro que eu provavelmente escolheria para comprar. Talvez se alguém me indicasse, quem sabe. Mas realmente, não foi uma leitura “fácil”. Isso não é uma crítica ao livro, pois eu gostei da história, só não é um livro que consegui desenvolver com facilidade. Acho a narrativa objetiva, mas em certos momentos, foi difícil “engrenar”.

Enfim, para finalizar, eu acho que um termo que define bem a experiência de ler um livro como esse, é sair da zona de conforto, totalmente. Isso não tem como discutir, pelo menos para mim e para quem não está acostumado a ler obras como essa. Acho que para um livro de estreia de Sharlene, está muito bem. Vi apenas um errinho de sequência (uma parte do livro em que Szu fala de uma revista do ano de 2013, sendo que o momento que ela está é 2003), mas pode ter sido apenas um erro de digitação, não sei bem. De qualquer maneira, valeu a pena a leitura, pois eu não poderia dizer o contrário.

Acho que cada um vê de uma forma as coisas, mas pra mim, toda leitura vale a pena. Mesmo que você não goste, você consegue absorver algo de todo livro. Inclusive, cito uma frase desse livro que eu guardarei, de uma parte da narrativa de Szu, ainda em 2003: “Tenho dezesseis anos e meio e estou começando a perceber que a vida às vezes acontece assim: depressa, sem maiores concessões. Você acha que ainda tem décadas de vida e de repente o tempo acaba.” E com isso, finalizo essa resenha dizendo: leiam essa obra, mesmo que não seja o tipo de livro que estão acostumados a ler, ou não gostem desse estilo. Valeu a pena pra mim e, creio, valerá pra você também. Até mais!

site: https://estacaoimaginaria.wordpress.com/2019/05/02/resenha-ponti-sharlene-teo/
@day_eng 19/06/2019minha estante
Eu gostei muito do livro. Algumas pessoas que leram o livro nao encontraram a sutileza da história, de como Sharlene é tocante.


Douglas | @estacaoimaginaria 20/06/2019minha estante
Sim, concordo. Eu não posso dizer que não gostei. Foge das leituras que costumo ler, mas gostei do livro e da forma como Sharlene contou essa história.




Gio 29/09/2021

Atenção, pessoas vocês precisam parar com a mania de comprar um livro só porque ele ficou 7 reais na Amazon sem ler a sinopse e depois sair por aí falando que o livro é muito ruim.

Uma história de três mulheres em Cingapura, um país na Ásia.

Eu achei as personagens tão reais e tão bem escritas, nenhuma delas tinha aquele objetivo de fazer o leitor se apaixonar por elas, são simplesmente mulheres existindo num mundo onde as pessoas são uma droga. A autora desenvolveu a história parece que com o objetivo de mostrar as relações entre elas e justificar seus comportamentos, quem ler realmente esperando uma história com plots twists inusitados ou focada na lenda de Ponti - e de repente esperar aparições assustadoras- está embarcando na história errada. As pessoas compraram a história pelo preço sem ler a sinopse e quebram a cara porque não é o estilo de história que vende hoje em dia.

Na minha opinião foi uma grande descoberta essa autora asiática maravilhosa, a ambientação que ela criou em Cingapura me deixou imersa, desmistificou o estereótipo da cidade e das pessoas a que habitam.

Com certeza não faz o estilo de leitura que a maioria gosta mas está longe de ser esse bicho de sete cabeças que todos falam, única coisa que me desanimou foi porque eu queria mais detalhes e cenas sobre Ponti (lenda asiática) em si, mas na verdade se trata de um filme "ponti" que uma das personagens protagonizou, e não sobre realmente a lenda que ia aparecer na história.
Maxwell.Leal 29/09/2021minha estante
Nossa concordo com tudo, nunca vi sentido desse livro ser massacrado




Carolzinhah 17/11/2019

Chato e decepcionante!!
Sabe aquela história que você fica o tempo todo esperando um grande momento e ele não chega? Daí você pensa que ele chegará no final com um desfecho maravilhoso, mas ele também não chega? Então, é exatamente isso que acontece em Ponti! É legal por conta de tudo o que aprendemos relacionado à cultura do país (Cingapura), principalmente sobre a Pontianak (criatura canibal da mitologia malaia que consiste numa jovem com deformidades que vende sua alma em troca de ser novamente bela) e das relações entre as personagens, especificamente entre Szu e Circe! Fora isso é tipo ... acabou? E logo em seguida cara de ué!
Viviane569 25/01/2020minha estante
Concordo contigo.




Sarah 14/11/2021

Fantasmas e personalidades
Nem sei como iniciar essa resenha, pois esse livro me tocou em pontos sensíveis, dolorosos, maa de uma maneira tão simples. Sharlene Teo fala sobre relacionamentos tóxicos, fantasmas do passado e escolhas, longe da profundidade que se esperar de tais assuntos, na verdade, ela escolheu o caminho mais inesperado para isso que é simplesmente contar o que aconteceu da perspectiva de cada narradora e apenas isso. Sem inventar, sem causar grandes conflitos de narrativa, apenas informar como cada uma construiu sua personalidade e como foi aquele breve espaço de tempo em que todas elas viveram juntas. E dói, menine. Como dói. Amisa é descrita como uma mulher fria. Szu é apática. E Circe é cínica. E de fato, elas são mesmo; não há momentos para inverter essas primeira impressões, pelo contrário, a autora só nos reforça como elas são assim, ao mesmo tempo que constrói uma narrativa dolorosa de como elas desenvolveram tais sentimentos e personalidades. Embora jovens, Szu e Circe são reflexos dos adultos que as cercam; e somos apresentados à uma jovem Amisa que também foi reflexo daqueles que, em teoria, deveriam protegê-la. Não há vilões nessa narrativa, pois todos são vítimas de circunstâncias, de situações que foram desencadeando outras e não há nada que nenhuma delas possa fazer pra mudar isso.

Quando a vida dessas três colidem, ao conviveram num curto período, é quase uma previsão de como elas irão, para sempre, serem assombradas umas pelas outras. Um filme de terror da vida real, com altas doses de drama. Dito isso, o relacionamento de todas é problemático. A mãe que rejeita a filha (Amisa e Szu), uma amizade de interesses frágeis (Circe e Szu) e uma admiração não correspondida - nem mesmo com a educação (Amisa e Circe).
É facil acusar monstros, descobrir cobras nessas relações, mas tá longe da intenção de Sharlene Teo provocar isso. A verdade é que podemos ver doses de ambição e fragilidade em todas elas. Além de ser possível se identificar com todas, em maior ou menor grau.

Se não se tornou meu favorito hoje, talvez venha a ser no futuro, pois ainda vou remoer por muito tempo os sentimentos que me causou.
Luiza 20/11/2021minha estante
??




Mii 20/06/2021

Sinceramente não achei o livro ruim
Ponti conta a história de três mulher e como ambas tem um papel importante na vida das demais. Os personagens são bens construídos e apresentam características bem reais, me peguei algumas vezes me comparando do a Szu. Enfim, acho que o grande problema é que as pessoas estão acostumadas a grandes reviravoltas, o que não acontece nessa história. Foi uma leitura reflexiva para mim e de certa forma reveladora e contrariando o que muitos dizem tem enredo sim e uma história riquíssima
ManiMeira 05/07/2021minha estante
Concordo com suas palavras.




Beth 23/07/2021

Diferente de tudo que já li!!!
Se você está procurando um livro com muitos plots e grandes acontecimentos, esse livro não é pra vc. Em Ponti acompanhamos Szu, Amisa sua mãe e Circe amiga de Szu, o livro retrata os relacionamentos das personagens entre si e entre as pessoas ao seu redor, a escrita da autora é muito boa, achei bem rápido de ler, gostei bastante das histórias e me identifiquei com a Szu, eu pensava um pouco como ela aos meus 16 anos kkkk
E a autora tem alguma pira esquisita com cocô, todo capítulo tem alguém cagando kkkkkkk
Maxwell.Leal 09/08/2021minha estante
mds eu achei que era o único que tinha reparado nessa nóia com cocô kkkkkk




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