Paraíso

Paraíso Toni Morrison




Resenhas - Paraíso


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Carol 05/09/2021

leitura complexa
Uma história cheia de altos e baixos, o bem e o mal estão em todo o lugar.
Homens dominando mulheres, negros contra mestiços e brancos, mães assassinando seus bebês, mentiras que matam.
comentários(0)comente



Lori 15/04/2011

Eu tenho uma relação complexa com Paraíso. No início considerei confuso, talvez seja por que li quando comecei a trabalhar e estivesse cansada, porém perto do fim consegui compreender mais e realmente o achei sublime. Logo escrever sobre o livro é difícil, não sei se saberei escrever algo decente, as impressões são bastante confusas dependendo da parte da qual falarei. Porém vamos começar pelo início (duh), Toni Morrison tem um peso na literatura extraordinário, sendo uma das maiores representantes da literatura afro americana (e creio que a maior voz feminina). Quando se tem interesse no assunto como eu tenho, o peso antes da leitura é imenso não só pela escrita, sim pela força política e social, e somar um Nobel da Literatura sempre ajuda. O importante é que sai querendo conhecer mais a obra de Morrison, conhecer autores que talvez eu queira ler toda a obra sempre é bom para aumentar a lista (que não é pequena) de futuros livros.

O tema do livro é preconceito, claro que não dedica suas 365 páginas para isso, mas é o tema que paira sobre o livro. Ele não se baseia somente em um preconceito racial de uma cidade negra contra um convento branco. Trabalha preconceito de gênero, religioso, cultural, de gerações. Essa é a maior força do livro para mim, por que a forma que Morrison trabalha é uma obra de arte. Como ela vem desconstruindo todo o preconceito em cada um dos personagens e como age sobre as suas ações. É uma força que te prende, principalmente quando fica mais latente e a escrita dela pulsa com isso. A ação dela já é ousada quando ela cria uma sociedade de negros ex-escravos que vivem no interior. Ela mostra como esses que foram atacados e sofreram preconceitos podem mudar de ação e perpetuam essas ações. Morrison não vai contra uma sociedade branca ou negra, ela vai contra uma sociedade preconceituosa.

O livro vem trazendo todas as histórias das moradoras do convento, antes da chegada até ficarem, sendo que através dessas narrativas conhecemos Ruby e seus poucos habitantes. O livro começa com “Eles atiraram na branca primeiro. Com o resto podem demorar.” Desse ponto que constrói toda a expectativa, vamos conhecendo as histórias prévias e os personagens. Talvez seja isso que o faz ser difícil de ler (parece que essa foi uma das críticas ao livro na mídia), cria um clima para depois ir para trás diminuindo bruscamente o ritmo e como não é linear causa confusões, e ela tem uma escrita poética. A escrita de Morrison tem uma força que é difícil de explicar, é uma intensidade em cada frase. Talvez seja as palavras ou a pontuação, difícil saber o que realmente é, o importante é que te prende ao mesmo tempo em que te assusta pela força.

Paraíso é difícil de ler, é um livro lento e profundo, o tema não é fácil por que a escrita de Toni não permita e não deseja ser. Talvez seja isso que faz o livro ser tão recompensador no fim, por que sabe que até chegar no fim é um grande percurso e não é um agradável. Por que o que a autora mostra é uma das piores faces humanas, aquele que ela leva a violência e separação. Não gostamos de falar sobre isso, gostamos de falar que é coisa do passado e agora vivemos em uma sociedade sem isso. Toni Morrison escreveu o livro em 1997, parecendo que ia prever o preconceito mais obviamente do que nos últimos tempos, só que dessa vez o grupo seria o muçulmano (não que já não tive). Por que nesse livro a questão é o preconceito e a perpetuação do ódio aliado a violência. O livro não poderia estar mais atualizado.

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http://depoisdaultimapagina.wordpress.com
Carol 22/03/2017minha estante
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Gláucia 26/09/2015

Paraíso - Toni Morrison
Publicado em 1997 é o último volume de uma trilogia junto com Amada e Jazz. A ação se passa na década de 70 numa pequena cidade de 360 habitantes no oeste americano de nome Ruby. A cidade é exclusivamente de negros e controlada por fanáticos religiosos tementes a Deus e não ouse ir para lá caso você não se encaixe nesses critérios.
O livro se inicia pelo final onde temos um massacre efetuado por 9 moradores de Ruby num local denominado Convento, antro de perdição e mulheres diabólicas, segundo a visão dos justiceiros. A partir daí cada capítulo recebe o nome de cada mulher que foi parar nesse Convento e suas motivações.
O livro trata de vários tipos de preconceito, submissão de mulheres, violência física e moral, hipocrisia. Os temas são bem interessantes, assim como a ideia do livro mas a narrativa é lenta e morosa, fragmentada, sem um foco bem definido, tornando a leitura algumas vezes confusa e trabalhosa. O finalzinho é muito bom mas até se chegar a ele tem que suar, exige esforço por parte do leitor.
Luís Henrique 26/09/2015minha estante
Boa resenha. Já tinha ouvido que tirando Amada, os outros livros dela não justificam o Nobel.


Marta Skoober 26/09/2015minha estante
Você é a segunda pessoa que conheço que dá três pra ele em menos de um mês. Eu sempre pensei que os livros dela seriam no mínimo fantásticos.


Gláucia 28/09/2015minha estante
Bom saber Luís e Marta, lerei Amada esse mês ainda pois a me basear por esses dois, não vi nada demais.




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